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Porque julgamos?

Nosso julgamento contra os


outros é na realidade um
julgamento contra nós mesmos,
ou seja, quando julgamos
alguém estamos julgando nós
mesmos!!!
Ao descrever a briga entre Esaú e
Jacó pelo direito à primogenitura, a
Bíblia explica que Esaú estava
furioso, com raiva do irmão e se
aproximou dele com a intenção de
matá-lo. Mas ao invés de fazer isso,
seu coração o impeliu a dar-lhe um
beijo! Abençoado beijo! O beijo do
perdão.
A lição que devemos aprender desse
episódio é que o perdão cria a
condição para que nós também
sejamos perdoados e dessa maneira
abrimos um caminho para que a Luz
se manifeste em nossa mente e
consequentemente em nossas vidas.
Provavelmente você já sentiu aversão
por alguém. Alguém próximo, um
amigo, um parente, um vizinho que
você “não suporta” literalmente! Tudo
o que essa pessoa faz lhe dá nos
nervos! Então você começa a emitir
opiniões sobre o que essa pessoa faz
ou diz, e se julga no direito de criticá-la
na frente dos outros e por traz dela.
Quando julgamos negativamente uma
atitude ou um defeito de alguém
estamos nos espelhando nele, ou seja,
estamos criticando no outro aquilo que
não suportamos em nós mesmos, mas
temos dificuldade de enxergar. Isso
porque o comportamento dessa pessoa
provoca em nós uma reação que não
gostamos, fazendo vir à tona aqueles
defeitos que procuramos esconder.
Afinal, todos nós usamos mascaras em
nosso dia-a-dia, para sermos admirados
e amados e para recebermos elogios e
reconhecimento. Escondemos de nós
mesmos nossos defeitos, dizendo: Eu
não sou assim, eu não reajo dessa
forma, eu não... eu não....
Mas será mesmo que nós nos enxergamos
como realmente somos?
A imagem que temos de nós mesmos é
criada através do Ego.
Uma criança construirá um Ego forte se
recebe elogios o tempo todo. “Como é linda!
Como é inteligente! Como é prendada”!
Etc... etc... Assim ela terá essa imagem de si
própria, linda, bonita, inteligente, prendada.
E se a criança só ouve “você é feia,
você é ruim, você é desastrada”, etc...
etc...”, ela construirá uma imagem
negativa de si mesma. Mas, como ela
precisa se sentir amada procurará de
alguma maneira ‘comprar’ o amor de
seus pais escondendo seus defeitos,
camuflando-os, ignorando-os
conscientemente ou não.
Porém, esses defeitos são inerentes à
sua personalidade e ela os têm, como
nós todos. E, quando mais tarde,
conscientemente ou não, ela for se
deparar com situações que os farão vir à
tona, ela irá detestar a pessoa “causa”
dessa reação. Porque através daquela
pessoa ela sentirá vir de dentro para
fora aquelas sensações que aprendeu a
reprimir no fundo de seu subconsciente.
Então, pelo medo de não ser amada,
irá julgar o outro assim como ela
própria foi julgada. Mas Deus não
nos julga assim, podem ter certeza.
Deus nos ama incondicionalmente.
O nosso Eu Interior, pode nos
aconselhar se soubermos escutá-lo.
É através do Eu Interior que
ouvimos a voz de Deus.
Esaú mudou seu impulso de matar
num beijo de perdão. Não é
magnífico? Ele escutou seu Eu Interior,
seu coração. E sabem por quê? Porque
ele reconheceu que dentro de seu
irmão Jacó existia a mesma Centelha
Divina que existia nele próprio.
Ao praticar o perdão podemos aprender a
lidar com aqueles defeitos reprimidos que
estão dentro de nós e, como adultos que
somos, podemos então aprender a
controlá-los conscientemente, de forma
voluntária. Perdoar o outro é também
perdoar a si próprio! Essa é a única forma
para suprimir aquela dor que sentimos
dentro de nós, que mina nossa estima
pessoal e nos faz sentir indignos do amor de
Deus.
Com essa atitude bloqueamos o fluxo da
Luz Divina que produz a felicidade interior.
Por causa dessas atitudes muitos de nós
julgam que não são merecedores das graças
divinas. Isso não é verdade!!! Quando você
se sentir deprimido, impaciente ou zangado,
você pensa: “Eu não deveria me sentir
dessa forma”, e fica triste por não ter
conseguido manter o controle dessas
atitudes negativas.
É claro que todos nós que estamos no
caminho da evolução espiritual
almejamos essa meta. Mas não somos
perfeitos! Perdemos a paciência,
ficamos bravos, ou deprimidos, porque
somos humanos!
Mas o importante, mesmo, é
reconhecer que, assim como nós, os
outros também são seres humanos.
Também erram, também têm defeitos.
Somente analisando pacientemente
nossos sentimentos mais dolorosos e
nos perdoando por tê-los e
melhorando-os a cada dia, poderemos
perdoar os outros e dessa forma
estaremos formando um “circulo
virtuoso” de Luz Divina que fluirá
através de nós, nos unindo uns aos
outros. Como Jesus ensinou: “Amai-vos
uns aos outros” .
O amor redime, o amor cura, o
amor abre nossos caminhos.
Então, não esqueça, pratique o
perdão, evite o julgamento
negativo de si mesmo, dos outros
ou das situações, quando você ou
alguém de seu convívio cometer
um ato que você detesta e que o
irrita, diga a si mesmo:
“Eu não vou julgar, mas exercerei
o perdão e a compaixão para abrir
meu caminho de Luz, pois esse é o
instrumento para a minha
redenção, e o reconhecimento que
também erro e necessito desse
perdão”.

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