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Perdão, Auto-perdão

https://www.youtube.com/watch?v=NXNByL63F0o

https://www.youtube.com/watch?v=_Wg2wU6_Gts

https://www.youtube.com/watch?v=EY0M_IBX3mo

https://tvmundomaior.com.br/autoperdao-e-reforma-intima/

https://www.youtube.com/watch?v=CNAofpRcj4Y

No Evangelho Seguindo o Espiritismo:

- Perdoai para que Deus vos perdoe

- Amor o próximo como a si mesmo

LUIS ROBERTO SCHOLL 


robertoscholl@terra.com.br  
Santo Ângelo, RS (Brasil)

http://www.oconsolador.com.br/ano6/294/luis_roberto.html

Culpa, perdão e autoperdão

A excelência do sentimento do perdão saiu das hostes da religião e adentrou nos


conceitos terapêuticos da psicologia e da medicina. Ninguém mais tem dúvidas de
que a sanidade mental e o equilíbrio emocional têm raízes profundas no indivíduo
que consegue exercer e receber o perdão.

Desta forma, somos chamados diariamente a praticar o perdão no lar, no trabalho,


no convívio social, nas pequenas coisas do cotidiano para que, quando necessário,
possamos utilizá-lo nas grandes mágoas. É como o treinamento de um atleta de
alta performance: muito exercício para atingir as grandes vitórias.

O prefixo PER significa ao todo, total; DOAR, dar. Doar, totalmente, esforço para
amar um pouco mais. Se alguém pisar no seu pé, sem querer, é relativamente fácil
perdoar, mas se pisar no pé que está com a unha inflamada, cuja dor é muito
superior, precisará de um esforço maior ainda...

Às vezes o perdão é quase instantâneo, também pode demorar algumas horas,


dias, meses, anos, séculos, algumas reencarnações. Mas se entender que o perdão
é inevitável à conquista da paz, da felicidade, peça fundamental na evolução do ser,
e que sem o perdão sempre haverá pendências que mais cedo ou mais tarde
deverão ser sanadas, o indivíduo, racionalmente, empreenderá todos os esforços
para atingir este intento.
No capítulo 10 de O Evangelho segundo o Espiritismo (Bem-aventurados os
misericordiosos), o apóstolo Paulo afirma:

Perdoar os inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes
prova de amizade. Perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor do que
antes. Perdoai, portanto, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe...

Quando estamos perdoando o outro, estamos também exercendo o autoperdão;


um é consequência do outro, porque somos com o outro como somos conosco
mesmo.

Allan Kardec indica, no livro O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o


Espiritismo, a psicoterapia do perdão e autoperdão: arrependimento (dar-se
conta que errou), expiação (desconforto e sofrimento moral pelo equívoco) e
reparação (o ato final, a corrigenda do erro). O verdadeiro perdão sempre envolve
atividades reparadoras.

Mágoas, culpas e ressentimento servem como alerta, um despertador avisando que


alguma coisa na nossa conduta está equivocada. Quando não trabalhados com a
tolerância e o perdão, trazem como consequências transtornos psiquiátricos ou
doenças físicas.

Emmanuel, na obra Pronto Socorro, nos diz que o remorso é um lampejo de Deus
sobre o complexo de culpa que se expressa por enfermidade da consciência.

Como você se vê no futuro? Como afirmou Pierre Dac, líder francês da resistência
nazista da Segunda Grande Guerra Mundial, o futuro é o passado em preparação.

Que passado queremos ter daqui a 20, 30 anos ou na dimensão espiritual ou nas
próximas reencarnações?

Vale a pena investir no perdão consigo mesmo e com o outro para que o remorso e
o arrependimento não sejam nossos companheiros no futuro.

Autoperdão

https://www.eusemfronteiras.com.br/autoperdao/

3 min de leitura
Escrito por Luiz Guimaraes

Disse Jesus: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua
alma, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus
22:37-40).

Com essa síntese do Mestre Jesus, não invalidando os demais mandamentos,


evidenciamos que devemos nos amar para podermos vivenciar esse sentimento
com os nossos semelhantes. O amor em sua plenitude requer uma maturidade
espiritual que ainda estamos a construir.

Perseverando para essa conquista, se tivermos amor e perdão por nós, estaremos
no caminho da libertação do sentimento de culpa. Se assim não procedermos,
seremos réus e juízes das nossas imperfeições e ficaremos energizando a culpa que
nos levará de forma inexorável à auto-obsessão. Conscientes de que Deus é bom,
justo e misericordioso, não nos condenando e mesmo Jesus nosso Mestre e guia
não tendo condenado ninguém, fica evidente de que o amor deve predominar como
objetivo maior em nossas vidas, caminhando junto com a caridade que é “aquele
sentimento em sua forma dinâmica”.

Consideremos a questão 886, do Livro dos Espíritos: “Qual o verdadeiro sentido da


palavra caridade, como a entendia Jesus”? — Benevolência para com todos,
indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas. O “indulto” que
viermos a nos conceder através do autoperdão não se configura em desleixo nem
tampouco, omissão quanto às nossas faltas, e sim numa oportunidade para
realizarmos a necessária catarse.

O martírio da culpa não deve permanecer em nós.


 O conhecido aforismo: “águas passadas não movem moinhos”, esclarece que não
devemos ficar mergulhados no passado remoendo sofrimentos. No livro Momentos
de Consciência, pg. 25, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna
de Ângelis, consta: “(…) Desse modo quem se detém nas sombrias paisagens da
culpa ainda não descobriu a consciência da própria responsabilidade perante a vida,
negando-se a bênção da libertação”.

Encontramos, ainda no Livro dos Espíritos, questão 835: ““Será a liberdade de


consciência uma consequência da de pensar”? – A consciência é um pensamento
íntimo, que pertence ao homem, como os outros pensamentos”. Destarte, a culpa
deve ser superada mediante ações positivas, reabilitadoras, que resultarão dos
pensamentos íntimos enobrecedores. O Mestre Jesus disse a mulher adúltera: “(…)
Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (João 8:11).

É dessa forma que devemos alinhar nossas consciências exercitando-nos


diuturnamente nesse processo de reeducação, onde a indulgência tem nascedouro
em nossos próprios erros. No livro Jesus e o Evangelho à luz da Psicologia
Profunda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
temos: “(…) Amando-se, ultrapassa-se a própria humanidade na qual se encontra o
ser, para alcançar-se uma forma de angelitude, que o alça do mundo físico ao
espiritual mesmo que sem ruptura dos laços materiais”.

O autoperdão livra-nos do sofrimento, e também dos transtornos psicossomáticos


consequentes. (O ódio aprisiona; o perdão liberta).

AUTOPERDÃO – Hammed
Centro Espírita No Caminho da Luz - Espiritismo Cristão 13 de abril de 2016

http://www.centronocaminhodaluz.com.br/index.php/artigo12930/Hammed.

Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo…”.

““… Porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa
leve, como quereis que Deus esqueça que, cada dia, tendes maior necessidade de
indulgência?

(Cap. X, item 15)


Nossas reações frente à vida não acontecem em função dos estímulos ou dos
acontecimentos exteriores, mas sim em função de como percebemos e julgamos
interiormente esses mesmos estímulos e acontecimentos. Em verdade, captamos a
realidade dos fatos com nossas mais íntimas percepções, desencadeando
consequentemente peculiares emoções, que serão as bases de nossas condutas e reações
comportamentais no futuro.

Portanto, nossa forma de avaliar e reagir frente anos nossos atos e atitudes frente aos
outros, conceituando-os como bons ou maus, é determinada por um sistema de
autocensura que se encontra estruturado nos níveis de consciência da criatura humana.

Toda e qualquer postura que assumimos na vida se prende á maneira como olhamos o
mundo fora e dentro de nós, podendo nos levar a uma sensação íntima de realização ou
de frustração, de contentamento ou de culpa, de perdão ou de punição, de acordo com
nosso código moral modelado na intimidade de nosso psiquismo.

Nosso julgador interno foi formado sobre as bases de nossos conceitos acumulados nos
tempos passados das vidas incontáveis, como também com os pais atuais, com os
ensinamentos de professores, com líderes religiosos, com o médico da família, com as
autoridades políticas de expressão, com a sociedade enfim.

Também, de forma sutil e quase inconsciente, no contato com informações, ordens,


histórias, superstições, preconceitos e tradições assimilados dos adultos com quem
convivemos em longos períodos de nossa vida. Portanto, ele, o julgador interno, nem
sempre condiz com a realidade perfeita das coisas.

Essa consciência crítica que julga e cataloga nossos feitos, auto censurando ou auto-
aprovando, influencia a criatura a agir da mesma maneira que os adultos agiram sobre
ela quando criança, punindo-a, quando não se comportava da maneira como aprendeu

ser justa e correta, ou dando toda uma sensação de aprovação e reconforto, quando ela
agia dentro das propostas que assimilou como sendo certas e decentes.

A gênese do não-perdão a si mesmo está baseada no tipo de informações e mensagens


que acumulamos através das diversas fases de evolução de nossa existência de almas
imortais.

Podemos experimentar culpa e condenação, perdão e liberdade de acordo com os nossos


valores, crenças, normas e regras vigentes, podendo variar de indivíduo para indivíduo,
conforme seu país, sexos, raça, classe social, formação familiar e fé religiosa.

Entendemos assim que, para atingir o autoperdão, é necessário que a criatura reexamine
suas crenças profundas, sob a natureza do seu próprio ser, estudando as leis da Vida
Maior, bem como as raízes de sua educação da infância atual.

Uma das grandes fontes de auto-agressão vem da busca apressada de uma perfeição
absoluta, como se todos devêssemos ser deuses ou deusas de um momento para outro.
Aliás, a exigência de perfeição é considerada a pior inimiga da criatura, pois a leva a
uma constante hostilidade contra si mesma, exigindo-lhe capacidades e habilidades
ainda não adquiridas por ela.
Se padrões muito severos de censura foram estabelecidos por pais perfeccionistas à
criança, ou se lhe foi imposto um senso de justiça implacável, entre regulamentos
disciplinadores e rígidos, provavelmente ela se tornará um adulto inflexível e irredutível
para com os outros e consigo mesmo.

Quando sempre esperamos perfeição em tudo e confrontamos o lado inadequado de


nossa natureza humana, sentir-nos-emos fatalmente diminuídos e envolvidos por uma
aura de fracasso. Não tomar consciência de nossas limitações é como se admitíssemos

que os outros e nós mesmos devêssemos ser oniscientes e todo-poderosos. Afirmam as


criaturas: Recrimino por ter sido tão ingênuo naquela situação… Tenho raiva de mim
mesmo por ter aceitado tão facilmente aquelas mentiras… ; Deveria ter previsto estes
problemas atuais ; Não consigo perdoar-me, pois pensei que ele mudaria… .

São maneiras de expressarmos nossa culpa e o não-perdão a nós mesmos – exigências


desmedidas atribuídas a pessoas perfeccionistas.

Os viciados em perfeição acham que podem fazer tudo sempre melhor e, portanto,
rejeitam quase tudo o que os outros fazem ou fizeram. Não aceitam suas limitações e
não enxergam a perfeição em potencial , que existe dentro deles mesmos, perdendo
assim a oportunidade de crescimento pessoal e de desenvolvimento natural, gradativo

e constante, que é a técnica das leis do universo.

A desestima a nós próprios nasce quando nós não nos aceitamos como somos. Somente
a auto-aceitação leva a criatura a sentir uma plena segurança frente aos fatos e às
ocorrências do seu cotidiano, ainda que os indivíduos a seu redor não a aceitem e nem
entendam suas melhores intenções.

O perdão concede a paz de espírito, mas essa concessão nos escapará da alma se
estivermos presos ao desejo de dirigir os passos de alguém, não aceitando o seu
propósito de viver.

Deveremos compreender que cada um de nós está cumprindo um destino só seu, e que
as atividades e modos das outras pessoas ajustam-se somente a elas mesmas.
Estabelecer padrões de comportamento e modelos idealizados para os nossos
semelhantes é puro desrespeito e incompreensão frente ao mecanismo da evolução
espiritual. Admitir e aceitar os outros como eles são nos permite que eles nos admitam e
nos aceitem como somos.

Perdoar-nos resulta no amor a nós mesmos – o pré-requisito para alcançarmos a


plenitude do bem-viver .

Perdoar-nos é não importar-nos com o que fomos, pois a renovação está no instante
presente e o que importa é como somos agora e quais são as determinações atuais para o
nosso progresso espiritual.

Perdoar-nos é conviver com a mais nítida realidade, não se distraindo com as ilusões de
que os outros e nós mesmos deveríamos ser algo que imaginamos ou fantasiamos.
Perdoar-nos é compreender que os que nos cercam são reflexos de nós mesmos,
criações nossas que materializamos com nossos pensamentos e convicções íntimas.

O texto em estudo – perdoar aos inimigos é pedir perdão a si mesmo – quer dizer:
enquanto nós não nos libertarmos da necessidade de castigar e punir ao próximo, não
estaremos recebendo a dádiva da compreensão para o autoperdão.

… porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa
leve… , como haveremos de criar oportunidades novas para que o Divino Processo da
Vida nos fecunde a alma com a plenitude do Amor a fim de que possamos perdoar- nos?

Hammed.

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