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Sumário

Tópicos

1 Características gerais
3 Análise dos elementos da
narrativa

2 Biografia do autor 4 Influências

5 Considerações
finais
Característic
as gerais
Iracema, ícone do indianismo romântico, teve sua primeira publicação em
1865 e figura até hoje entre as principais obras literárias brasileiras. De autoria
de José de Alencar, cujo projeto artístico envolvia a consolidação de uma
cultura nacional, Iracema é uma narrativa de fundação, ou seja, seu eixo
temático principal versa sobre a criação de uma identidade cultural, um texto
que se orienta para representar a origem da nacionalidade brasileira.

É por meio do enlace amoroso entre a índia Iracema, representante do povo


nativo ameríndio, e o português Martim, colonizador português do século XVI,
que José de Alencar constrói uma narrativa que remonta à gênese da pátria
brasileira: esse encontro de raças teria gerado o povo brasileiro.
José de
Alencar
• Nasceu em 1 de maio de 1829, • Em 1853 publica o primeiro
em Lagoa Redonda, próximo a romance, "Cinco Minutos", seguido
Messejana - Ceará. de "A Viuvinha" em 1857. Mas é
com "O Guarani" em 1857, que
alcançou notoriedade. Esses
• Cursou direito em São Paulo, foi
romances foram todos publicados
político, jurista, dramaturgo e em jornais e só posteriormente em
romancista. livros.
• Em 1859 tornou-se chefe da
Secretaria do Ministério da • Morreu dia 12 de dezembro de
Justiça, sendo depois consultor 1877.
do mesmo, tornou-se mais tarde
deputado estadual do Ceará.
Análise dos elementos da narrativa

Contexto histórico Gênero literário Tempo e Espaço Personagens e Enredo


Contexto histórico
Escrito nos anos finais da primeira geração do romantismo brasileiro, Iracema
é obra inspirada por forte nacionalismo, que caracteriza essas produções
românticas. À época, o Brasil era uma nação recém-independente de Portugal,
fato que direcionava artistas de diversos gêneros a pensarem e construírem
uma ideia de identidade cultural, de origem nacional, do que significa ser
brasileiro.

A narrativa de Iracema passa-se no século XVII (entre 1603 e 1611),


remontando aos anos da chegada dos portugueses ao continente sul-
americano. Entretanto, trata-se de uma idealização da figura do índio, bem
como do traumático processo colonial. A invasão portuguesa não despertou
grandes paixões dos povos originários pelos homens europeus, como retrata a
narrativa. Pelo contrário: os portugueses trouxeram consigo doenças, guerras
territoriais, escravidão e estupro de indígenas, além do grande genocídio das
populações que habitavam o território brasileiro.
COLONIZAÇÃO DO BRASIL

LINHA DO TEMPO
Foco narrativo
• Em 3° pessoa

• O narrador é onsiciente

• Inicialmente o narrador participa da história pois irá


contar uma narrativa que lhe contaram de sua terra
natal.

"Uma história que me contaram nas lindas vargens onde


nasci"
Gênero literário

ROMANTISMO

O romantismo é um movimento artístico e cultural que privilegia as emoções, a subjetividade e o


individualismo.

Contrário ao objetivismo e as tradições clássicas de perfeição, ele apresenta uma visão de mundo
centrada no ser humano com destaque para as sensações humanas e a liberdade de pensamento.
O romantismo surgiu na Europa no século XVIII no contexto da revolução industrial e do
iluminismo

No Brasil, foi um movimento divido por três gerações, que possuíam temas e características bem
distintas,

• 1ª Geração: nacionalismo, ufanismo, natureza, religião, indianismo.


Gênero literário

Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa” e narra a história de uma índia tabajara
que se apaixona por um colonizador europeu. Utilizando-se desse encontro entre a índia e o seu
amado, José de Alencar faz uma alegoria do processo de colonização do Brasil e de toda a
América.

O nome Iracema é um anagrama da palavra “América”, e o nome de seu amado, Martim, lembra-
nos Marte, deus romano da Guerra e da destruição. Para mostrar tamanho contraste dos
personagens e para a valorização do elemento indígena nacional, José de Alencar utiliza-se de
termos e expressões que remetam à linguagem do selvagem, aproximando o leitor da narrativa
histórica e indianista.
Tempo
Através do romance entre Iracema e Martim, José de Alencar romantizou o processo de
colonização do Ceará, simbolicamente representativo do processo de colonização do
Brasil. Iracema apresenta uma espécie de conciliação entre o branco e o índio, na
medida em que romantiza a dominação de um povo pelo outro. Desta forma insere nos
códigos artísticos do Romantismo europeu a temática do processo de colonização do
país. Com a obra se inaugura o mito heróico da pátria, de natureza indianista.

Portanto, o espaço da obra é o Estado do Ceará e o tempo é o início do século XVII.

O relacionamento amoroso entre Iracema e Martim pode ser interpretado,


simbolicamente, como metáfora, como alegoria representativa do cruzamento das raças
indígena e branca, ou seja, o nativo e o europeu colonizador.
Espaço

A paisagem é elemento importante para a narrativa: o espaço geográfico


em que se situa são as matas selvagens do litoral cearense. Há uma
valorização da cor local por meio da ênfase na beleza das paisagens
descritas, típico recurso nacionalista da primeira fase do romantismo.
Metáforas e comparações ressaltam as paradisíacas terras brasileiras.
Personagens
• Iracema, índia tabajara, guardadora do segredo da jurema, planta
alucinógena;
• Martim, colonizador português, baseado em Martim Soares Moreno,
primeiro colonizador português do Ceará;
• Araquém, pajé tabajara e pai de Iracema;
• Caubi, guerreiro tabajara e irmão de Iracema;
• Irapuã, chefe dos tabajaras, principal inimigo de Martim;
• Andira, velho guerreiro, irmão de Araquém;
• Poti, guerreiro potiguara e aliado de Martim;
• Jacaúna, chefe dos potiguaras;
• Batuirité, velho sábio, avô de Poti;
• Moacir, filho de Iracema e Martim;
• Japi, cão de Martim.
Enredo
Tópicos

1 Parte I - A chegada do
guerreiro branco 3
Parte III - Um novo
começo

2 Parte II -
Abandono da 4
Parte IV - Final
Trágico
pátria
Parte I - A chegada do
guerreiro branco
Durante uma caçada, Martim, um guerreiro português, se perdeu
dos companheiros pitaguaras e caminham sem rumo durante três
dias. Quando se deparou com o Martim, surpresa e
amendoentrada a índia o feriu com uma flechada, arrependida a
moça correu até Marte e ofereceu-lhe hospitalidade.

a hospedagem ali não agradou: Irapuã, que era apaixonado por


Iracema.

Enquanto isso, Martim convivia com uma saudade de Portugal, e


também com a crescente admiração pela virgem Tabajara.
Parte II- Abandono da pátria

Apaixonada por Martim e assim traindo compromisso de virgem,


portadora do segredo da Jurema da tribo Tabajara, Iracema decide
fugir ao lado de seu amado e seu amigo Poti (guerreiro da tribo
inimiga, pitiguaras)

Iracema fugiu de sua aldeia rumo ao litoral. Ao perceber em


ocorrido, Irapuã e Caubi lideram os Tabajaras e perseguem os
amantes. No caminho encontraram os pitiguares. Ocorrendo
assim, uma batalha sangrenta.
Parte III- Um novo começo
A Fuga acabou numa praia deserta, onde o casal decidiu construir
uma cabana. Após um tempo os franceses se aliaram aos
Tabajaras e decidiram travar uma batalha com a tribo. Assim
Martim viu-se obrigado a ganhar junto a seu irmão Poti deixando
Iracema na cabana grávida.

E esse filho é mais uma amarra para Martim, que sonha com sua
terra natal mas não tem coragem de abandonar a mulher e o filho,
da mesma forma que não pode leva-los para a Europa.
Parte IV - Final trágico
Iracema deu à luz a um menino, mas foi um parto de risco, por essa razão ficou
debilitada, então seu filho foi chamado de Moacir, o filho da dor. De tanto chorar irá se
não perder o leite para alimentar o filho, conseguiu nutrir seu filho, mas a jovem perdi
as forças e o apetite.

O guerreiro branco, ao chegar e ouvir o canto triste da jandaia pressentiu a tragédia,


voltou a tempo de iracema morrer em seus braços. O sofrimento de Marte foi enorme
com a perda do seu grande amor

o lugar onde Iracema foi enterrada veio a se chamar Ceará.


Moacir, fruto de uma relação trágica entre sangue e portugueses e sangue indígena
tornou-se o primeiro cearense. No Ceará, Martim cria seu filho, implanta a fé cristã e
continuou uma amizade fiel com Poti.
Conclusões
• Conclui-se do presente trabalho, que este revela o ambiente do romantismo no Brasil,
descrevendo a união de uma mulher índia com o homem branco.
• amor que Iracema possuía por Martim, que a fez abandonar sua tribo e a sua família, é uma
clara referência a submissão do índio ao colonizador português.
• O amor que Iracema possuía por Martim, que a fez abandonar sua tribo e a sua família, é
uma clara referência a submissão do índio ao colonizador português.
• Assim, o amor de Iracema e de Martim significa a junção de dois mundos. Martim é o velho
mundo, representado pela Europa, e Iracema, o mundo selvagem, como indígena. Já seu
filho, Moacir, é a representação de um novo mundo, a América.
Conclusões

• O momento histórico do Brasil permitiu essa obra, dando roupa nova ao romantismo com
características próprias, advindo da independência, tornando o índio, um símbolo nacional.
• A Obra Iracema marca a revalorização de nosso passado literário, com liberdade no
escrever, dentro de forças definitivamente brasileiras e não mais sobre as influências
estrangeiras.
Alunos 2° B
RAYSSA PEREIRA
FRANKLIN FARIAS
LUIZ FELIPE
GIOVANA

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