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HOMENAGEM AO SAPIENTÍSSIMO IRMÃO SYLAS SCUSSEL

Sapientíssimo Irmão
Silas Scussel

COMENDADOR
PEDRO I °
TÍTULOS E CONDECORAÇÕES MAÇÔNICAS

COMENDA DA ORDEM DO MÉRITO D. PEDRO I - GOB


Para a concessão a Maçom da “Comenda da Ordem do Mérito de D.
Pedro I”, é necessário que o mesmo já seja possuidor do Título da “Cruz da
Perfeição Maçônica” e tenha, no mínimo, cinqüenta anos de efetiva atividade
ou trinta e cinco anos de atividade e prestado relevantes e excepcionais
serviços à Ordem, à Pátria ou à Humanidade, a juízo da Comissão de Mérito
Maçônico.
Esta condecoração somente será concedida por decisão do Grão-Mestre
Geral.
Quando da concessão desta Comenda, o Grão-Mestre Geral baixará ato
regulando a solenidade e demais detalhes concernentes ao acontecimento,
que deverá ter a maior divulgação possível, tanto no meio maçônico universal,
quanto no meio profano, especialmente junto às autoridades constituídas do
País

Comenda da Ordem do Mérito de D. Pedro I


SILAS SCUSSEL
 
Iniciação: 09/11/1963 na Loja ESTRELA UBERABENSE
 
Elevação: 18/02/1964
 
Exaltação: 06/06/1964
 
Instalação: 02/06/1997
 
Filiação:
 
Pai: JOÃO SCUSSEL FILHO

Mãe: HILDA DE CARVALHO SCUSSEL


 
Profissão: ECONOMISTA
 
Esposa: MARTA RODOVALHO SCUSSEL
 
Filhos:

DEBORA RODOVALHO SCUSSEL


DENISE RODOVALHO SCUSSEL
RENATO RODOVALHO SCUSSEL
SILA SCUSSEL JR
 
 
25/04/1995 Orador Per. 93/95 – Loja Estrela Uberabense

13/12/1995 2º Vigilante Per. 95/97 – Loja Estrela Uberabense

09/08/1996 Benemérito da Ordem

13/08/1996 Grande Benemérito da Ordem

11/07/1997 Venerável Per. 97/99 – Loja Estrela Uberabense

23/07/1999 Venerável Per. 1999/2001 – Loja Estrela Uberabense

07/03/2003 Membro Honorário da Loja Fraternidade Uberabense nº 2958

14/06/2005 Fundador da Loja Acadêmica União Uberabense nº 3661

15/06/2005 Secretário Per. 2004/2005 – Loja Acadêmica União Uberabense

31/08/2005 Estrela da Distinção Maçônica

28/06/2006 Secretário Per. 2005/2006 – Loja Acadêmica União Uberabense


14/08/2006 Secretário Per. 2006/2007 – Loja Acadêmica União Uberabense

14/12/2007 Cruz da Perfeição Maçônica

18/09/2010 Desfiliação da Loja Acadêmica União Uberabense

05/12/2013 Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I


DOM PEDRO

D. Pedro Guatimozin
(por Luiz Gonzaga da Rocha*)
 
Reminiscências

... Estas reminiscências têm o seu início no dia 17 de junho de


1822 ou o 28oº dia do 3o mês do ano da verdadeira luz de
5.822, quando os maçons do Rio de Janeiro se reuniram em
sessão magna e extraordinária presidida pelo Irmão João
Mendes Viana [Graccho],venerável mestre da Loja Comércio e
Artes na Idade do Ouro, única até então existente e regular no
Rio de Janeiro, para a criação e instalação do Grande Oriente
Brasílico ou Grande Oriente do Brasil. Escolhendo 
José Bonifácio de Andrade e Silva [Pitágoras] como Grão-
Mestre.
... Da ata da nona sessão do Grande Oriente do Brasil,
realizada em 02 de agosto de 1822 consta "ter o Grão-Mestre
da Ordem proposto para ser iniciado nos mistérios da
do Brasil e seu defensor perpétuo. Aprovada de forma

unânime, D. Pedro foi imediata e convenientemente


comunicado, que dignando-se aceitá-la, compareceu na
mesma sessão, e sendo iniciado conforme prescrevia a
liturgia maçônica, 
prestou juramento e adotou o nome heróico de Guatimozin."
... Para a historiografia maçônica, a 17ª sessão do Grande
Oriente do Brasil se reveste de um significado particular.
Realizada em 04 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado
Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil em substituição a
José Bonifácio. A sessão foi presidida pelo Grande Mestre
Adjunto Joaquim Gonçalves Ledo [Diderot]. E no dia 21 de
outubro de 1822 dom Pedro determinou a interrupção das
atividades maçônicas, afiançando a Ledo que a suspensão
seria breve: "Meu Ledo. Convindo fazer certas
averiguações, tanto públicas como particulares, na
Maçonaria. Mando: primo como Imperador, segundo como
Grão-Mestre, que os trabalhos Maçônicos se suspendam
até segunda ordem minha. É o que tenho a participar-vos;
agora resta-me reiterar os meus protestos como Irmão –
Pedro Guatimozim Grão-Mestre. P.S. Hoje mesmo deve ter
execução e espero que dure pouco tempo a suspensão,
porque em breve conseguiremos o fim que deve resultar
das averiguações".
... De fato, quatro dias depois, em 25 de outubro de 1822,
Pedro Guatimozim, era assim que o Imperador assinava sua
correspondência maçônica, determinou o fim da suspensão dos
trabalhos em função do término das averiguações: "São
Cristóvão, 25.10.1822. Meu Irmão – tendo sido outro dia
suspendido nossos augustos trabalhos pelos motivos que
vos participei, e achando-se hoje concluídas as
averiguações, vos faço saber que segunda-feira que vem,
os nossos trabalhos devem recobrar o seu antigo vigor,
começando a abertura pela Loja em Assembléia Geral. É o
que tenho a participa-vos para que, passando as
necessárias ordens, assim o executeis. Queira o Supremo
Arquiteto do Universo dar-vos fortunas imensas como vos
deseja o – Vosso Irmão – Pedro Guatimozim – Grão-Mestre
– Rosa Cruz".

... Esses sãos os fatos históricos que julgamos bem apresentar


a título de reminiscências, que estão narrados no Boletim do
Grande Oriente do Brasil [Rio de Janeiro, ano 48, 1923, p.
690/691 e 917] e Arquivo da Casa Imperial do Brasil [Cartas de
D. Pedro I a Joaquim Gonçalves Ledo. São Cristóvão,
21/10/1822 e 25/10/1822. Registro: I-POB-21.10.1822-PLB c. 1-
2], citado por Alexandre Mansur Barata, in Maçonaria,
Sociabilidade Ilustrada & Independência do Brasil (1790-
1822), com adaptações. Os relatos dos historiadores maçons
comprometidos com a Ordem e não-maçons não destoam,
melhor, se coadunam com o histórico indigitado.
... Pretendo, com este artigo, reverenciar a memória de D.
Pedro, o primeiro Imperador do Brasil que, ao ser Iniciado
Maçom, adotou o nome histórico de Guatimozim, em
homenagem ao último Imperador das Astecas na região de
Anahuac [área do atual México] e que depois de supliciado, foi
amarrado e lançado sobre brasas até morrer, em 1522, pelos
invasores espanhóis comandados por Hernan Cortez.
... Simbolicamente, Pedro I considerou-se, à semelhança de
Guatimozim, disposto a sacrificar-se pelo Brasil, honrando o
título de Defensor Perpétuo do Brasil, que o Grande Oriente
Brasílico ou Brasiliano lhe concedera em 13 de maio de 1822.
.
Curiosidades Maçônicas
... Disseram-me um dia, como a muitos outros também deve ter
sido dito em algum momento da caminhada na vida maçônica,
que D. Pedro, numa mesma data teria sido iniciado, elevado,
exaltado e conduzido ao Grão-Mestrado da Maçonaria no
Brasil, e que teria adotado o nome simbólico de Guatimozim,
em homenagem ao último Imperador asteca do México que
resistiu em 1522 ao conquistador espanhol Cortez. O relato
histórico das reminiscências desmistificam os "ditos" para
conduzir ao real entendimento que dom Pedro de Alcântara,
iniciado em 02 de agosto de 1822, só foi guindado ao cargo de
Grão-Mestre em 04 de outubro de 1822, e confirma que o então
Príncipe Regente foi iniciado na Maçonaria com os rigores
ritualísticos, adotou o nome de Guatimozim e que não ordenou
o "fechamento"da Ordem Maçônica.
... Fica aqui o nosso primeiro registro curioso. O nome
Guatimozim, entrementes, era o nome histórico adotado por
Martim Francisco Ribeiro de Andrade, irmão carnal e maçônico
de José Bonifácio, e que perfilava ao lado de Falkland[Antônio
Carlos Ribeiro de Andrade], Tibiriçá [José Bonifácio de
Andrade e Silva],
 Caramuru [Antônio Telles da Silva], Aristides[Caetano Pinto
de Miranda Montenegro] e Claudiano [Frei Sampaio –
Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio] nas alas
maçônicas e registros do Apostolado e da Nobre Ordem dos
Cavaleiros da Santa Cruz.
... Ademais, no Recife existia uma Loja Maçônica denominada
Guatimosin, fundada em 1816 e que em 1821 mudou o seu
nome para "Loja 6 de Marco de 1817", em homenagem aos
maçons sacrificados na gloriosa Revolução Pernambucana de
1817. A historiagrafia maçônica, contudo, passa ao largo da
preferência de dom Pedro pelo nome heróico de Guatimozim.
... Outro registro nos remete ao restabelecimento dos trabalhos
maçônicos na forma ordenada por D. Pedro I. E estes, contudo,
não foram reencetados, haja vista que a 02 de novembro de
1822, José Bonifácio determinou uma devassa contra os
maçons do "Grupo do Ledo", no episódio que ficou conhecido
como "Bonifácia". As razões ainda são pouco claras, ao que
tudo indica o fato de D. Pedro ter sido aclamado Grão-Mestre
numa sessão presidida por Joaquim Gonçalves Ledo foi
interpretado como um golpe maçônico ao "Grupo do Bonifácio",
e os ânimos entre os grupos [azul e vermelho] que se
mostravam em acirramento crescente desde o episódio que
resultou em repreensão ao Frei Francisco Sampaio mostravam-
se mais radicalizados com a eleição de dom Pedro para o cargo
de Grão-Mestre em substituição a José Bonifácio. Devemos
dizer que José Bonifácio efetivamente não compareceu a
sessão em que D. Pedro tomou posse no cargo de Grão-
Mestre, como de resto, não compareceu a nenhuma sessão
importante e até mesmo foi colocado no cargo sem ser
consultado, mas não foi totalmente tirado da diretoria, porque
ainda era ministro de D. Pedro e continuava a exercer o cargo
de Grão-Mestre Adjunto e Lugar-Tenente de D. Pedro no
Apostolado.
... O clima realmente esquentou quando o "Grupo do Ledo"
tentou impor a D. Pedro, por ocasião da sua aclamação a
Imperador do Brasil, em 12 de outubro de 1822, um juramento
prévio da Constituição que seria elaborada pela Assembléia
Geral Constituinte e Legislativa convocada pela circular de 17
de setembro de 1822. Tal fato desagradou profundamente ao
"Grupo do Bonifácio" e ao próprio D.Pedro I, daí a interrupção
dos trabalhos ordenada por este, para as "averiguações
procedimentais", na forma narrada.
... A abertura da "devassa" ordenada por José Bonifácio, dois
dias depois da autorização emanada do Imperador e Grão-
Mestre para o recomeço das atividades maçônicas, ocorreu
depois que os Andradas [José Bonifácio e Martim
Francisco]colocaram seus cargos de ministros à disposição do
Imperador. Tão logo a notícia tornou-se conhecida no meio
maçônico, iniciou-se um movimento no sentido de fazer o
Imperador reintegrar os Andradas, o que acabou acontecendo.
Reintegrados e fortalecidos pelas manifestações favoráveis,
José Bonifácio desencadeou violenta repressão aos maçons
identificados com a liderança de Joaquim Gonçalves Ledo e
esse conjunto de fatos ficou conhecido como "Bonifácia".
... O devassado, Joaquim Gonçalves, Ledo fugiu para a
Argentina com o auxílio do Cônsul da Suécia. José Clemente
Pereira foi preso e depois deportado [30 de dezembro de
1822] para Havre, na França, em companhia de Januário da
Cunha Barbosa, e posteriormente, os dois foram para Londres.
Outros maçons foram presos e depois libertados, as lojas
encerraram seus trabalhos e o Grande Oriente do Brasil
fechado, deixando os maçons em polvorosa. Com a cissura, o
fechamento do Grande Oriente do Brasil e sem oposição, os
anti-maçons recrudesceram em campanhas, fazendo com que
a Maçonaria aparecesse como inimiga do Imperador e do
Trono, constituindo uma memória da Independência cada vez
mais distante dos maçons e da Maçonaria. E a única voz que se
ouvia bradar na imprensa era a do brigadeiro e maçom
Domingos Alves Branco Moniz Barreto [Sólon] em seu jornal
"Despertador Constitucional".
... O que se registra no meio maçônico, contudo, e em que pese
o fechamento do Grande Oriente do Brasil, é que muitos
maçons continuaram a se reunir às escondidas enquanto as
lojas cerraram suas portas, atas e documentos maçônicos eram
destruídos por todo o Brasil, à exceção de Pernambuco, onde
as lojas funcionavam e os maçons se reuniam em oposição às
determinações do Rio de Janeiro, e até conduziram os
preparativos do movimento que ficou conhecido como 
Confederação do Equador – um dos momentos marcantes dos
tempos de ouro da maçonaria pernambucana. Mas este é um
relato para outra oportunidade.
... Outra curiosidade marcante fica por conta de dois fatos. O
primeiro, D. Pedro em 20 de julho de 1822, portanto, doze dias
antes de ser iniciado, enviou um bilhete a José Bonifácio no
qual tratava da Província da Bahia, convulsionada e resistente à
Regência do Rio de Janeiro. Anote os termos maçônicos
usados. Dizia o Príncipe Regente: "O Pequeno Ocidente toma
a ousadia de fazer presente ao Grande Oriente, duas cartas
da Bahia e alguns papéis periódicos da mesma terra há
pouco vindas. Terra a quem o Supremo Arquiteto do
Universo tão pouco propício tem sido. É o que se oferece
por ora a remeter a este que em breve espera ser seu
súdito e I\" [Arquivo da Casa Imperial do Brasil. Cartas (2) de
D. Pedro a José Bonifácio. São Paulo, 20/07/1822 e
01/09/1822, II-POB-20.07.1822 – PI.B – c. 1-2, citado por
Barata, ob. cit. p. 233], numa patente demonstração que os
termos maçônicos não lhe eram desconhecidos e que esperava
ser iniciado em nossa Ordem.
... Outro fato singular refere-se a possibilidade do Príncipe
Regente dom Pedro pertencer ao Apostolado da Nobre Ordem
dos Cavaleiros da Santa Cruz, sociedade secreta de fins
maçônicos fundada em 2 de junho de 1822 por José Bonifácio.
O atesto é feito por Castellani ao citar Rio Branco em nota
à "História da Independência do Brasil" de Vernhagem: "D.
Pedro já pertencia, como ficou dito, a uma sociedade
secreta, a Nobre ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz,
denominada Apostolado. Pelo livro das atas que S. M. o Sr.
D. Pedro II possui, e figurou na Exposição de História do
Brasil [no 6.986], sabe-se hoje que essa sociedade fundada
por José Bonifácio, começou a funcionar em 2 de junho. D.
Pedro era, com o título de arconte-rei, o chefe do
Apostolado, sendo José Bonifácio seu lugar-tenente. Pelo
livro do juramento, também exposto em 1881, ficou patente
que Gonçalves Ledo e Nóbrega, também pertenciam ao
Apostolado" [Castellani, in História do Grande Oriente do
Brasil, p. 70]. O Nóbrega referido poderia ser os maçons
Francisco Luiz Pereira da Nóbrega ou Luiz Pereira da Nóbrega
de Sousa Coutinho.
.
Conclusão

... Procuramos demonstrar que o período de adormecimento da


Maçonaria Brasileira, entre 02 de novembro de 1822 e a
abdicação de dom Pedro I, em 07 de abril de 1831, não
corresponde ao relato propalado por muitos maçons dentro e
fora das lojas, seja porque as atividades maçônicas não tenham
se encerrado totalmente neste período; seja porque a
suspensão dos trabalhos não pode ser responsabilizada a D.
Pedro I; seja porque o Grão-Mestre Pedro Guatimozim pouco
fez para interromper os trabalhos ou se colocar contra a
interrupção; seja porque pertencia ao apostolado [cujas
reuniões suspendeu pessoalmente], ou seja, porque sofreu a
oposição dos maçons que resultou em sua abdicação ao Trono
Brasileiro. A suspensão ocorreu por conta da dissensão interna
que confrontava o Grupo do Ledo ao Grupo do Bonifácio e
às questões políticas havidas no seio da Maçonaria.
... Em relação aos trabalhos maçônicos, Castellani escreveu
que "pelo menos a Loja 6 de Março de 1817, do Recife,
fundada em 1821, continuou funcionando, sob a proteção
de maçons americanos, já que foi instalada e regularizada
pelo Grande Oriente de Nova Iorque. A ela ajuntou-se, em
1823, a Sociedade Carpinteira, de moldes e finalidades
maçônicas. Por ocasião da revolta de 1824, todavia, ela foi
obrigada a entrar em recesso. No terreno político
institucional, o principal fato foi, exatamente, o movimento
revolucionário de 1824, que visava a congregar sob regime
republicano – na chamada Confederação do Equador – as
províncias do Nordeste, que se haviam rebelado contra os
atos de D. Pedro I". E mais adiante assevera que "De 1824 a
1829, pouco se sabe sobre a atividade maçônica. Parece,
todavia, que, em 1825, alguns maçons mais corajosos,
revolveram enfrentar a perseguição que sofriam, fundando
um Quadro intinerante, denominado "Vigilância da Pátria",
a qual, posteriormente seria repartido em dois novos
quadros, "União" e "Sete de Abril", para formar o Grande
Oriente Brasileiro, que precedeu a reinstalação do Grande
oriente do Brasil..." [Castellani, ob. cit. p. 75/76].
.
Nota Final: Os fatos e argumentos esgrimidos até aqui foram
extraídos e adaptados de fontes confiáveis, embora
secundárias, e poderão ser consultados e confrontados
a qualquer tempo por quem quer que seja. Serviram de fontes
de consulta, em ordem alfabética:
A Maçonaria Gaúcha no século XIX, obra escrita por Eliane
Lucia Colussi [2003]; A Maçonaria da Independência do Brasil,
escrita por Manoel Rodrigues Ferreira e Tito Lívio Ferreira
[1972]; Exposição Histórica da Maçonaria no Brasil, escrita por
Manoel Joaquim de Menezes [1857]; História do Grande
Oriente do Brasil, organizado por José Castellani [1993];Livro
Maçônico do Centenário, organizado por Octaviano de Menezes
Bastos, Optato Carajuru e Everardo Dias [1922];Maçonaria,
Sociabilidade Ilustrada & Independência do Brasil (1790-
18820), escrita por Alexandre Mansur Barata [2006];Quadro
Histórico da Maçonaria no Rio de Janeiro Dividido em
Épocas [de autoria desconhecida e sem data]. As obras de
Barata, Colussi, e dos Irmãos Ferreira, por serem mais recente
e mais fácil se serem encontradas, carecem de leitura pelos
maçons cultos.
 
Quem foi  Dom Pedro 1°

Dom Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil. Seu nome completo era Pedro de
Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim
José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. 

Biografia e reinado 
Nasceu na cidade portuguesa de Queluz em 12 de outubro de 1798. Chegou ao
Brasil em 1808, com 9 anos de idade, em companhia da mãe, D. Carlota Joaquina, e
do pai, D. João VI de Portugal.

Desde criança apresentou forte espírito de liderança. Quando, aos 22 anos, assumiu
o governo brasileiro na condição de príncipe regente, agiu como brasileiro visando
aos interesses de nosso povo. Também por este motivo, decidiu ficar no Brasil
quando a corte portuguesa o chamou de volta a Portugal. Nessa ocasião, conhecida
como Dia do Fico (9 de janeiro de 1822), ele demonstrou seu grande amor pelo
Brasil, levando-o a proclamar a nossa independência em 7 de Setembro de 1822.

Foi imperador do Brasil entre 1822 e 1831. D.Pedro foi o principal responsável pela
consolidação da independência brasileira, embora tenha tido um governo bastante
tumultuado em função das revoltas e conflitos ocorridos no Brasil durante seu
reinado.
D.Pedro I foi o soberano que abdicou a duas coroas. Herdou do pai a coroa
portuguesa, porém renunciou-a em favor da filha, D. Maria da Glória. Para terminar
com as lutas entre brasileiros e portugueses e com os conflitos no Brasil, renunciou a
coroa brasileira, passando-a ao filho, Pedro de Alcântara, que seria D.Pedro II.

Em Portugal, sua filha, D.Maria da Glória, encontrava-se com problemas na corte,


pois seu tio, D.Miguel, tentava apossar-se do trono português. Pedro I correu em
socorro da filha, afastando D.Miguel de suas pretensões políticas.

Aos 36 anos de idade, contraiu tuberculose, doença fatal na época. Faleceu em sua
cidade natal em 24 de setembro de 1834.
Iniciação de Dom Pedro
 
deldebbio | 13 de julho de 2010
 
O rei de Portugal, D. João VI, no ano de 1821, extinguiu o reinado do Brasil e
determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal. Nessa
época, funcionava no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual eram
membros vários homens ilustres ligados à corte, como o Cônego Januário da Cunha
Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros.

Após terem obtido a adesão dos irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, aqueles
maçons resolveram fazer um apelo a D. Pedro para que permanecesse no Brasil e que
culminou, como se sabe, com a celebre: “como é para o bem de todos e felicidade
geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”. Entretanto, não parou ai o
trabalho dos maçons. Teve início, logo em seguida, um movimento coordenado entre
os irmãos de outras províncias brasileiras objetivando promover a Independência do
Brasil.
É importante ressaltar que, naquela época, na metrópole, nas lojas “Comércio e Artes”,
“Esperança de Niterói” e “União e Tranqüilidade”, nenhuma pessoa era iniciada, sem
que fossem conhecidas suas opiniões sobre a Independência do Brasil. Ademais, todo
neófito jurava não só defendê-la como também promovê-la.
No dia 13 de julho de 1822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado na
Maçonaria, na loja Comércio e Artes, e logo elevado ao grau de Mestre Maçom.
Enquanto isso, crescia em todo o Brasil, o movimento pela Independência,
encabeçado pelos maçons.
Ir.’. Celso Benito, ARLS Icaro, 3840.
 
Maçonaria no Brasil – José Fier
 

A primeira notícia certa acerca da Maçonaria


propriamente dita no Brasil é fornecida pelo manifesto
que José Bonifácio dirigiu em 1832 aos Maçons de todo
o mundo, comunicando que, em 1801, fora instalada a
primeira Loja Simbólica Regular, debaixo do título
"Reunião" e filiada ao Grande Oriente da França, tendo
adotado o Rito Moderno ou Francês, professadamente
laico e materialista, que baniu a Bíblia de suas
cerimônias e não invoca o Supremo Arquiteto do
Universo. No ano seguinte, em 1802, encontramos na
Bahia a loja "Virtude e Razão", funcionando também
no mesmo Rito Francês. Escreve por isso o Maçom
Adelino de Figueiredo Lima: "A Maçonaria Brasileira é
filha espiritual da Maçonaria Francesa. Da França veio o
Rito Moderno com que o Grande Oriente atingiu a
maioridade"(Nos Bastidores do Mistério, Rio, 1954,
p.125). Quando o Grande Oriente de Portugal soube da
existência, no Brasil, de uma Loja Regular e obediente
ao Oriente francês enviou, em 1804, um delegado, a fim
de garantir a adesão e a fidelidade dos Maçons
brasileiros. Mas não foi feliz o delegado lusitano no
modo como queria impor suas pretensões. Assim,
resolveu deixar fundadas duas novas Lojas, submissas
ao Oriente do Reino: eram as Lojas "Constância" e
"Filantropia". Encontramos, pois, desde o início a
semente da discórdia no seio da Maçonaria no Brasil.
Outros desentendimentos sobrevieram, de maneira
que, em 1806, estas duas Lojas deixaram de funcionar.
Mais felizes foram as iniciativas na Bahia. A Loja
"Virtude e Razão", fundada em 1802, constituiu outra
em 1807, com o nome de "Humanidade" e mais uma em
1813, a "União". Completo assim o quadro mínimo de
três Lojas, foi criado, no mesmo ano de 1813, o primeiro
Grande Oriente. Mas devido à desastrosa Revolução
pernambucana de 1817, este Oriente e suas Lojas
"adormeceram". Em 1809 fundou-se outra Loja em
Pernambuco, que, por sua vez, serviria de núcleo para
outras três, sendo também estabelecida um Grande
Loja Provincial. Mas, como tinham fins
pronunciadamente políticos, tiveram de suspender,
também em 1817, suas atividades. No Rio de Janeiro
fez-se nova tentativa, com a fundação das Lojas "
"Distintivo" e "São João de Bragança". A primeira, no
ano de 1812, em São Gonçalo na Praia Grande ou
Niterói, e a segunda, no próprio Paço Real da Corte de
D. João VI, mas sem conhecimento do Monarca. Estas
duas Lojas também tiveram uma existência muito
efêmera. Com a fundação da Loja "Comércio e Artes",
em 1815, no Rio, à qual se filiaram numerosos Maçons
da antiga Loja "União", iniciou-se uma era mais sólida
para a Maçonaria no Brasil.
 
Esta Loja existe ainda hoje, mas só conseguiu firmar-se
definitivamente em 1821.
Com efeito, em 1818, D. João VI proibiu "quaisquer
sociedades secretas, de qualquer denominação". Mas a
campanha da Independência do Brasil preservou a
existência da Loja "Comércio e Artes".
Outros fatos históricos:

Em 28 de maio de 1822, os Maçons da loja "Comércio e


Artes", tornaram-na independente do Grande Oriente do
Reino, instalando o Grande Oriente do Brasil em 17 de
junho de 1822. Foi aclamado Grão-Mestre o Senhor
José Bonifácio de Andrada e Silva.

José Bonifácio foi o responsável por iniciar D. Pedro


com o título de Defensor Perpétuo do Brasil, em 2 de
agosto de 1822, com o pseudônimo de Guatimozim.

Contra todas regras, o Aprendiz Guatimozim foi eleito,


pouco depois, Grão-Mestre do Grande Oriente do
Brasil.
No mesmo ano de 1822, o Grão-Mestre D. Pedro I
fechou o Grande Oriente, que só foi restaurado em
1831, com a volta ao Grão-Mestrado de José Bonifácio.

Somente em 1828 foi fundada no Rio a primeira Loja


sob o Rito Escocês Antigo Aceito, seguido hoje por mais
de 90 % da Maçonaria brasileira.

Depois de muitos conflitos intelectuais, em 1863, dois


corpos firmaram-se : Grande Oriente do Livradio e
Grande Oriente dos Beneditinos. Estes dois Orientes
voltaram a se unir, em 1873, por obra de uma "questão
religiosa" com a Igreja Católica.

Por todo o Segundo Império a Maçonaria teve grande


prestígio e influência política.
Jose Fier
 
Publicação: www.paralerepensar.com.br  31/08/2007
ORIENTE DE UBERABA
ESTADO DE MINAS GERAIS,BRASIL
– 06 DE AGOSTO DE 2014 da E.`. V.`.
 

A Loja Maçônica Estrela Uberabense n°0941 - GOBMG está em festa. Um de seus


integrantes, o Irmão Mestre Maçom Silas Scusssel, completou 50 anos de
fervorosos trabalhos e dedicação à maçonaria. Como Maçom, abraçou os princípios
de nossa Ordem com fé e determinação desde que lhe foi dada a oportunidade de
ingresso e de deslumbrar os princípios que a regem, vivendo-os plenamente, dentro
dessa concepção.De agora em diante o Sapientíssimo irmão ,assim o
chamaremos.

Honra cada degrau de nossa caminhada e honra de idêntica forma a Maçonaria


Universal. Enriquece a cada dia os Irmãos com os quais convive e vive como um
verdadeiro homem livre e de bons costumes. Nossa crença firme é de que, dentro
da seara maçônica, ele continue semeando harmonia, paz e virtudes, que virão a
germinar cedo ou tarde. Ao irmão Silas Scussel , desejamos um fraternal abraço,
além dos votos de muita saúde, paz e harmonia.

É o que desejam os seus irmãos maçons da Loja Estrela Uberabense n°0941 –


Cruz da Perfeição Maçônica
CRUZ DA PERFEIÇÃO MAÇÔNICA

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