Você está na página 1de 39

Positivismo

Há quem diga
que esta Historicismo
aprendizagem
é uma ilusão
Ideologismo
INTRODUÇÃO À
REPÚBLICA
(POLITEIA - Πολιτεία)
DE PLATÃO
Polis

Polités – cidadão, aquele que pertence


à polis
POLITEIA
Politikos – o estadista, político, aquele
que sabe das coisas relativas à polis

Politika – aquilo que tem a ver com a


polis
• OTANES – isonomia (mando dos muitos, igualdade
perante a lei), contra os abusos/insolência da
monarquia;
• MEGABUZO – oligarquia (governo dos melhores),
contra a monarquia e contra isonomia (enquanto
HERÓDOT governo dos muitos significa o mando dos piores);
• DARIO – monarquia, subscrevendo as críticas de
O, LIVRO MEGABUZO à isonomia/democracia, mas opõe-se à
III oligarquia como um governo de rivalidades e
instável. A monarquia é apresentada como o
governo do melhor homem. De resto, a
instabilidade da oligarquia e da
isonomia/democracia terminam com a instituição
da monarquia, o que demonstra a sua
superioridade.
DEMOCRACIA ATENIENSE (~400 A.C)
ASSEMBLEIA (EKKLESÍA) CONSELHO DOS 500 (BOULÉ)

Órgão de tomada de decisões. Escolhidos por


Todos os cidadãos (+ 20 anos) sorteio (50
têm assento e todos têm o homens de cada
direito de tomar a palavra. uma das 10
Magistrados e
Elegem os cargos electivos, como tribos).
jurados pagos pelo
os strategoi. Restantes Prepara a
erário público
magistrados (como os arcontes) agenda de
escolhidos por sorteio (todos temas a discutir
com mais de 30 anos) e sujeitos pela Assembleia.
a impeachment.
TRIBUNAIS POPULARES (DIKASTERÍA)

Jurados escolhidos por sorteio e com mais de 30 anos. Areópago


Decisões inapeláveis.
Audita legalmente o mandato de cada um dos magistrados
quando este se esgota.
Processos privados (diké) mínimo 200 cidadãos. Processos
públicos mínimo (graphé) 501 cidadãos.
República de Platão
• “Utopia”? – Thomas More, 1516
- U-topia?
- Eu-topia?
- Irrealizável?


Cícero, De Re Publica, II.52:

(Cipião): “[Platão procurou]... e criou uma comunidade política que era mais digna de ser desejada do
que propriamente aguardada; uma comunidade tão pequena quanto possível, não uma que pudesse
existir, mas uma cidade em que os princípios da organização cívica pudessem ser discernidos.”
República de Platão
• Contexto dramatúrgico da acção

Tempo: ?

Lugar: ?
República de Platão
• Contexto dramatúrgico da acção
TEMPO

Nussbaum, “provavelmente 422”;


Howland, “aproximadamente 421–420”;
• “mesmo antes de 420”;
Lee,
Allan e A. E. Taylor, “primavera de 421”;
Waterfield, “por volta de 420”;
Dover, “421–415”;
Ferrari, “Junho... entre 431 e 411”;
Shorey e Boeckh, “411 ou 410”;
Campbell e Voegelin, “411/10”;
Bloom, “provavelmente por volta de 411”.
República de Platão

• Contexto dramatúrgico da acção


Tempo: 429 a.C., no Verão (Junho);
Indicações:
- Festival da introdução de uma nova deusa trácia no culto oficial de Atenas, Bêndis (354a); duas datas possíveis 429
a.C. e 413 a.C. Mas em 413 a.C. o festival da Bendideia, já não seria “novidade”.

Problemas:
Gláucon seria um recém-nascido? (Gláucon do Banquete teria de ser um outro Gláucon)
ou
411-410 a.C., na fase final da guerra entre Atenas e Esparta, que esta venceria em 404 a.C.
Indicações:
- Participação recente de Gláucon e de Adimanto na batalha de Mégara (teriam à volta de vinte anos). Em Tucídides:
batalha de Mégara em 424 a.C. Mas entre 431 e 424 há várias invasões de Mégara. Ainda há outras referências a
batalhas em Mégara (Diodoro, 409).
- Lísias regressa a Atenas em 411 a.C.
Problemas:
Céfalo já estaria morto?
República de Platão
• Contexto dramatúrgico da acção


Local: Pireu, porto de Atenas, sede do poder comercial e naval-militar da democracia
ateniense
PROSOPOGRAFIA DA
“REPÚBLICA” DE
PLATÃO
• Platão de Colito, filho de Aríston (e de Perictione);
• Irmãos: Adimanto, Gláucon, Potone;
• Sobrinho de Cármides e primo de Crítias, ambos líderes
destacados dos Trinta Tiranos e ambos mortos a
combater a facção democrática que os derrotaria e ao
regime oligárquico de 404-403;
(PLATÃO) • Teria cerca de 20 anos aquando do regime oligárquico
(424/3 a.C.– dos Trinta Tiranos;
• Teria cerca de 25 anos quando Sócrates foi julgado e
348/7) condenado à morte;
• Se, como algumas fontes sugerem (por exemplo,
Diógenes de Laércio), Platão acompanhou Sócrates
durante 10 anos, então tê-lo-ia conhecido com cerca de
15 anos, provavelmente na companhia dos seus irmãos
mais velhos, Gláucon e Adimanto.
• Em 384/3, visita a Sicília onde conhece Díon e, por fim, o
tirano de Siracusa Dionísio I (Carta VII; Plutarco, Vida de
Díon);
• A parrhesía de Platão enfurece Dionísio I, que o vende como
escravo. O seu comprador, porém, viria a libertá-lo;
• Em 383, aquando do regresso a Atenas, funda a Academia;
(PLATÃO) • Em 366, regressa a Siracusa, depois da morte de Dionísio I;
aparentemente, o seu descendente teria inclinações
(424/3 a.C.– filosóficas. A visita salda-se por um novo fracasso, pois
Dionísio II exila Díon e expropria toda a sua riqueza. Os
348/7) repetidos esforços de Platão para levar a cabo uma
reconciliação falham todos.
• Em 361, regressa pela última vez a Siracusa, apenas para
constatar que Dionísio II perdera qualquer interesse pela
filosofia; acaba feito prisioneiro pelo tirano e com a sua vida
em risco. Com a ajuda de amigos regressa a Atenas. Anos
depois, Díon é assassinado.
CÉFALO – “Cabeça”
(?-428(-415))

• Céfalo de Siracusa, filho de Lisânias;


• Filhos: Polemarco, Lísias, Eutidemo;
• Péricles persuadira Céfalo a vir instalar-se em Atenas na década de 450 a.C. É, portanto, um meteco –
um estrangeiro residente sem direito de cidadania; e provavelmente um partidário da democracia
pericleana;
• Céfalo viveu em Atenas durante 30 anos;
• Um dos homens mais ricos de Atenas, com uma fábrica de escudos de guerra, que, bem depois da sua
morte, empregava mais de 100 escravos no ano de 404.
• Com a queda de Atenas, e a instauração do regime oligárquico, toda a fortuna da família desapareceria.
• O seu filho Polemarco seria executado pelos Trinta Tiranos; Lísias exilado.
POLEMARCO – “Senhor da Guerra”
(?-421(-415))

• Polemarco de Turii, filho de Céfalo;


• Irmãos: Lísias, Eutidemo;
• Veio para Atenas com o seu pai, Céfalo. É, portanto, um meteco – um estrangeiro residente sem
direito de cidadania; aceita a herança do pai – isso inclui o apoio à democracia?
• Foi para Turii, uma colónia pan-helénica no sul de Itália, por volta de 430, mas depois da catastrófica
expedição à Sicília (415-413), cresceu o sentimento anti-ateniense, e Polemarco regressa a Atenas.
• Aquando da Tirania dos Trinta, Polemarco, que se havia virado para a vida filosófica, é executado no
ano 404 a.C.
• Segundo Lísias, Polemarco foi forçado pelos Trinta a beber cicuta sem conhecer as acusações
formais de que era alvo; os Trinta expropriaram toda a riqueza da família de Céfalo/Polemarco.
• É na casa de Polemarco/Céfalo que a acção da República vai ter lugar.
GLÁUCON – “Brilhante”
(±429–>382)
• Gláucon de Colito, filho de Aríston (e de Perictione);
• Irmãos: Platão, Adimanto, Potone;
• XENOFONTE, MEMORÁVEIS (III.6)
Gláucon, o filho de Aríston, tentava converter-se em orador, desejoso de estar à frente da cidade, mesmo sem ter
ainda vinte anos. Não havia ninguém, parente ou amigo, que conseguisse afastá-lo da tribuna, exposto ao ridículo; o
único que conseguiu foi Sócrates, interessado nele por causa de Cármides, o filho de Gláucon, e de Platão.
Encontrou-o um dia e a primeira coisa que fez, para que ele não tivesse como não o ouvir, foi pará-lo e dizer-lhe:
- Ó  Gláucon,  estás  mesmo  apostado  em  ser  o nosso mentor, aqui na cidade, não estás?
- Claro, Sócrates.
- Pois, por Zeus, é o que de melhor um homem pode aspirar, porque é óbvio que se realizares um projecto desses,
poderás conseguir tudo o que desejares, serás capaz de ajudar os teus amigos, elevarás a casa dos teus pais,
enaltecerás a tua pátria, serás famoso primeiro na tua cidade e depois na Hélade, e talvez até entre os Bárbaros,
como aconteceu com Temístocles. Onde quer que vás, serás sempre considerado.
GLÁUCON
(±429–>382)

• XENOFONTE, MEMORÁVEIS (III.6)


Ouvindo estas palavras, Gláucon envaideceu-se, satisfeitíssimo com o elogio. Sócrates continuou:
- E é óbvio, Gláucon, que se queres ser honrado, tens de ser útil à cidade, não?
- Sim, claro.
- Bem, pelos deuses, então, não nos escondas nada e conta-nos de que modo vais empreender os teus benefícios
à cidade.
Gláucon manteve-se em silêncio, como se estivesse a pensar por onde começar, e Sócrates perguntou-lhe:
- Se quisesses aumentar o património de um amigo, tentarias torná-lo mais rico, não é verdade? É também assim
que tencionas fazer com a cidade, torna-la mais rica?
- Precisamente.
- E ela não se tornaria mais rica se aumentassem os seus rendimentos?
- Provavelmente.
- E, diz-me lá, de onde é que resultam actualmente os rendimentos da cidade e a quanto ascende o seu
montante? Porque é óbvio que já fizeste essa análise, para aumentares aqueles que forem mais baixos e
repores os que estiverem em falta.
- Não, por Zeus - exclamou Gláucon -, ainda não cheguei a tal ponto.
GLÁUCON
(±429–>382)
• XENOFONTE, MEMORÁVEIS (III.6)

(...)
- Eu, Sócrates, podia ser útil à casa do meu tio, se porventura ele me quisesse ouvir.
- Ora, quer dizer que não és capaz de convencer o teu tio e acreditas que vais ser capaz de convencer os
Atenienses todos, incluindo o teu tio?
Cautela, Gláucon, não vás, de tanto andar atrás de glória, acabar no contrário. Ou não vês como pode ser
perigoso para alguém falar ou fazer o que não sabe? Pensa bem noutros que conheces que se comportam assim,
que dizem e fazem o que evidentemente não sabem; parece-te que, com essa actuação, obtêm mais elogios do
que críticas ou que são mais admirados do que desprezados? E pensa bem, também, naqueles que sabem o que
dizem e o que fazem, e descobrirás, creio eu, que em qualquer circunstância aqueles que recebem a glória e a
admiração são os que sabem mais e que os mais criticados e desprezados são os que são ignorantes. Assim, se
pretendes a glória e a admiração da cidade, esforça-te por saberes mais sobre o que queres fazer, pois se
consegues distinguir-te dos outros nessa preocupação e, nessa altura, tentas obter o comando da cidade, não
estranharia se com enorme facilidade conseguisses o que desejas.
• Adimanto de Colito, filho de Aríston (e de
Perictione);
• Irmãos: Platão, Gláucon, Potone;
• Em 399 a.C., Adimanto é um dos anciãos, ou
ADIMANTO cidadãos mais velhos, invocados por
Sócrates durante o seu julgamento
– “Sem Medo” (Apologia de Sócrates), sendo bastante mais
(±432–>382) velho do que Platão, que teria cerca de 25
anos por altura da condenação à morte de
Sócrates;
• Trasímaco de Calcedónia; Calcedónia era um porto
colonizado por gregos no Mar Negro;
• Retor e diplomata;
• No Fedro (267c-d), Sócrates descreve Trasímaco assim:
Quanto à arte de fazer discursos
lamentando os males da pobreza e da velhice, o
TRASÍMACO prémio, na minha opinião, vai para o poderoso
calcedónio. Ele também é quem sabe melhor como
“Audaz em combate” inflamar uma multidão, e, quando já está
(±455–?) inflamada, como a silenciar outra vez com o feitiço
mágico das suas palavras, como ele próprio diz. E
não nos esqueçamos de que ele é tão boa a
maldizer como é a refutar a maledicência, seja qual
for a sua fonte.
• Ainda no Fedro, Sócrates acaba por recomendar a
Fedro que não procure melhorar a sua retórica com a
aprendizagem de Trasímaco.
Outras personagens
silenciosas
(além do escravo de
Polemarco que chama • Nicérato (filho de Nícias): morre executado pelos
Trinta Tiranos com cicuta;
Sócrates no início) • Lísias (irmão de Polemarco; exila-se em Mégara e
financia a contra-revolução democrática em
Atenas);
• Eutidemo (irmão de Polemarco);
• Carmântides (velho e rico como Céfalo; ou o seu
neto (!))
CLITFONTE
(±452–>404)

• Platão dedicou-lhe um diálogo, o Clitofonte.


• Começa com Sócrates a dizer a Clitofonte que alguém o informou que
este preferia os logoi de Trasímaco aos de Sócrates. Na resposta,
Clitofonte riposta que não prefere Trasímaco. Apenas se queixa de que
Sócrates não satisfaz o desejo de virtude dos que já estão persuadidos
da sua bondade. Sócrates não ensina a virtude a Clitofonte.
CLITOFONTE
(±452–>404)

• Clitofonte de Atenas; filho de Aristónimo;


• Associado ao partido oligárquico ateniense na sua corrente mais moderada,
Clitofonte era conhecido por ser um vira-casacas político.
• Companheiro de Trasímaco e de Lísias, ansioso por dominar as técnicas
retóricas;
• Na República, tem pouquíssimas falas e apenas para vir em socorro de
Trasímaco. Rejeita implicitamente a distinção entre ser e parecer em 334b–d e
propõe um relativismo mais radical interpretando a tese de Trasímaco como
dizendo que o interesse do mais forte é pura e simplesmente aquilo que o
mais forte acreditar ser o seu interesse. Sintomaticamente, Trasímaco não o
acompanha;
SÓCRATES
(469–399)

• Sócrates de Alopécia, filho de Sofrósnico (e de


Fenarete);
• Casado com Xantipe; pai de três filhos Lamprocles,
Sofrósnico, Menexeno;
• Serviu Atenas como soldado hoplita em pelo menos
três ocasiões: Potideia (430, onde salvou Alcibíades),
Délio (424, em cuja retirada a conduta de Sócrates foi
caracterizada como heróica por Laques e por
Alcibíades), Anfípolis (422);
• No final da vida, dizia-se que ele só havia abandonado
Atenas para combater – e ido uma vez até ao Istmo de
Corinto para assistir aos Jogos.
SÓCRATES
(469–399)

• Em Outubro de 406, Sócrates é o prytanis do Boulé, ou o Conselho dos 500, quando seis dos oito
generais da batalha das Arginusas foram julgados por não resgatarem os soldados perdidos no mar
depois dos confrontos;
• Alguns queriam julgar os generais em grupo, em violação da lei de Atenas, que exigia um julgamento
separado por acusado quando estava em causa a pena capital. Sócrates recusa autorizar essa
veleidade, mas apenas consegue adiar o julgamento colectivo na Assembleia a que tem de presidir.
Todos os generais serão executados.
• Julgado em 399 por 500 cidadãos atenienses escolhidos por sorteio. O libelo de acusação dizia:
Esta acusação e depoimento é jurado por Meleto, filho de Meleto de Pito, contra Sócrates, filho
de Sofrósnico de Alopécia: Sócrates é culpado de recusar reconhecer os deuses reconhecidos pela
cidade, e de introduzir novos deuses. Ele também é culpado de corromper a juventude. A pena
exigida é a morte.
SÓCRATES
(469–399)

- “Sócrates fez a filosofia descer dos céus e colocou-a nas cidades dos
homens e trouxe-a também para as suas casas e forçou-a a falar da vida e
da moral.” Cícero, Tusculanarum Disputationum, V.10.
- Ironia - εἰρωνεία (Aristóteles, Ética Nicomaqueia, 1127b; Platão, República
337a; Banquete, 216e; Górgias, 489e; Apologia de Sócrates, 37e-38a;
Aristófanes, Nuvens, 449)
ARISTÓFANES
(±450–±386)

• Aristófanes de Cidateneu, filho de Filipo;


• Poesia: Epopeia, Comédia, Tragédia;
• Das 44 peças que se diz que concebeu, apenas 11 sobreviveram até hoje;

• Nuvens (423): Crítica radical à educação sofística. Um pai (Strepsíades) tenta


levar o seu filho (Fidípides) viciado em cavalos e em apostas para ser educado
com Sócrates. Strepsiades ouviu dizer que Sócrates é capaz de fazer o discurso
injusto levar a melhor sobre o discurso justo. Com esse treino, Fidípides
poderia enganar os credores de Strepsíades. Depois de muitas peripécias,
Fidípides torna-se discípulo de Sócrates, mas não se põe ao serviço do ludíbrio
dos credores do pai. Renuncia aos cavalos e acaba a bater no pai. Strepsíades
corre para a Academia de Sócrates e incendeia-a por completo.
ARISTÓFANES
(±450–±386)

• Assembleia de Mulheres (392 ou 391);

• Irritadas com a política de Atenas, com a incompetência dos homens que têm
o seu exclusivo, com a sua corrupção e repugnância pelo bem comum, as
mulheres de Atenas decidem agir lideradas por Praxágora. Disfarçam-se de
homens mesmo antes de o dia nascer e acorrem à Assembleia. Propõem,
como se fossem homens, entregar o poder às mulheres e instituir uma
ginecocracia. Com o poder na mão, as mulheres abolem as instituições
democráticas (como os tribunais) e instituem o comunismo dos bens, as
refeições em comum, a abolição da família. Mais do que a comunidade dos
homens e das mulheres, institui-se que as mulheres velhas e feias têm
prioridade no acesso aos homens jovens e bonitos.
“Desci ontem ao Pireu...”
• BANQUETE, 172a-c

• APOLODORO: De facto, a tua questão não me apanha desprevenido. Ainda no outro dia, ia eu a caminhar da minha
casa em Falero para a cidade quando um homem meu conhecido, que vinha atrás de mim, viu-me e me chamou à
distância: “Ó cavalheiro de Falero!”, gritou ele, tentando ser engraçado. “Espera aí, Apolodoro!” Parei e esperei por
ele. “Apolodoro, andava à tua procura!”, disse ele. “Sabias que houve um encontro na casa de Agaton quando
Sócrates, Alcibíades e os seus amigos jantaram juntos; queria perguntar-te pelos discursos que eles fizeram sobre o
Amor. Que tal foram? Ouvi uma versão de um homem que a escutara de Fénix, filho de Filipe, mas era uma versão
muito truncada, e ele disse que tu eras a pessoa a quem deveria dirigir-me. Por isso, por favor, podes contar-me tudo
o que se passou? Afinal de contas, Sócrates é teu amigo – quem tem mais direito do que tu a relatar a conversa dele?
Mas antes de começares”, acrescentou ele, “diz-me isto: tu também lá estavas?” “O teu amigo deve ter mesmo
contado uma versão muito truncada da história,” respondi eu, “para poderes pensar que tudo isto foi tão recente
que eu podia ter assistido”.
•Céfalo: “dizer a verdade e devolver aquilo
que se recebeu de alguém/aquilo que alguém
depositou em nós” (Respeito pelos deuses)
REPÚBLICA, •Simónides: “dar a cada um o que lhe
pertence/o que é seu” (reformulação de
PLATÃO Sócrates: “…o que lhe convenha”
•Polemarco: “fazer bem aos amigos e fazer
PRINCÍPIOS mal aos inimigos” (patriotismo)

DE JUSTIÇA •Trasímaco: “obedecer à lei/fazer o que os


governantes comandam”; “a conveniência do
mais forte” (Legalidade)
•Sócrates: “fazer o bem aos amigos e mal a
ninguém” (?) (cosmopolitismo)

•Kalipólis: “cada um cuidar dos seus próprios


assuntos”
Alegoria
da
Caverna
Evolução da cidade no diálogo
Cidade dos porcos – “verdadeira” e “saudável”

Cidade luxuosa – “febril”

Cidade purificada – “boa” e “correcta”


Guardiões com educação de ginástica e música; sem extremos de riqueza nem de
pobreza.

Cidade dos filósofos – Kallipolis.


Expulsão de todos os cidadãos com mais de dez anos.
Justiça – uma forma;
Injustiça – várias formas

Com Adimanto:
REGIME JUSTO (Aristocracia; virtude associada: sabedoria – filosofia)

DEGENERAÇÃ ⤋

O DOS
TIMOCRACIA (timé – honra; timôma – cidadania censitária)
(Timocrata)

REGIMES/ALM ⤋

AS (LIVRO
OLIGARQUIA (riqueza)
(Oligarca)

VIII) ⤋
DEMOCRACIA (liberdade)
(Homem democrático)

TIRANIA (licenciosidade?)
(Tirano)

Você também pode gostar