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5. O Corporativismo
Nasceu como teoria da organização da sociedade e da representação
política, como solução para a questão social, e como alternativa ao modelo
da luta de classes. Contrapondo-se à concepção liberal individualista da
sociedade, afirmava a existência dos corpos intermédios, e contra a
concepção marxista e coletivista da luta de classes, defendia o
entendimento orgânico entre o capital e o trabalho e a concentração de
interesses no âmbito das corporações de patrões e trabalhadores,
recuperando dessa forma a tradição corporativa medieval.
Com o tempo, o corporativismo deixou de ser uma mera doutrina social
para assumir claramente o carácter de doutrina política, oposta ao
parlamentarismo liberal, de representação dos cidadão apenas pelos
partidos, e oposta também à ditadura que bania qualquer forma de
representação de interesses que não fosse o do capital e do trabalho. O
corporativismo seria uma alternativa ao liberalismo.
O corporativismo tanto se entendeu como corporativismo de associação
como corporativismo de Estado, consoante a iniciativa da sua criação se
atribuía à livre iniciativa da sociedade ou à criação compulsiva e
obrigatória do Estado. No primeiro caso, a representação corporativa não
eliminava nem substituía a representação política. Coexistia com ela,
podendo a representação política coincidir ou não com a representação
partidária. No segundo caso, a representação corporativa assumia-se
como própria representação política. Os grupos ou as corporações, eram
entendidas como estruturas próprias do Estado, criadas por ele,
coordenadas por ele. O corporativismo tornou-se uma doutrina
conservadora, com uma visão orgânica e organizada da sociedade,
hierarquizada, de colaboração dos interesses sociais.
Segundo o corporativismo, a sociedade não é um aglomerado de
indivíduos, mas um conjunto de grupos sociais – visão pluralista,
pluralismo social. Na base deste corporativismo está uma concepção
institucional da sociedade, que afirma a unidade da sociedade, mas com
autonomia dos grupos que a compõem. As Corporações seriam as
instituições funcionais da sociedade, que lhe daria uma estrutura vertical.
6. O Neo-Corporativismo
Quando surge, assume-se como teoria da democracia, como teoria do
Estado na sua relação com a sociedade, e muito especialmente na sua
relação com os interesses sociais organizados e, como teoria da
representação e da intermediação de interesses, a par dos partidos
políticos. Neste novo corporativismo, a representação funcional associa-
se à representação territorial, ou seja para além da participação nos
processos de decisão visa-se uma forma de articulação entre os grupos de
interesse e o Estado. É uma forma paralela de representação e de
Patrícia Lemos
A Crise do Estado
O Estado está hoje atravessado por uma crise interna e por crise externa. A nível
interno, nos assuntos domésticos o Estado está em expansão, devido sobretudo
aos programas de bem estar. Por isso se fala de pervasividade interna do Estado.
Simultaneamente, ao nível externo, no domínio dos negócios internacionais, o
Patrícia Lemos
1. A Crise do Estado-Nação
O Estado-Nação tem vindo a sofrer uma erosão por cima e por baixo da
sua soberania, pela globalização e pelo desenvolvimento do localismo
político, revelando-se demasiado pequeno para enfrentar os grandes
desafios e demasiado grande para intervir na resolução dos pequenos
problemas. Assistimos a uma progressiva desidentificação do Estado com
a Nação. Esta não coincidência de Estados e Nação levou a fragmentação
de Estados, mediante a decomposição dos seus elementos constitutivos,
ou à fragmentação política de Nações. Por outro lado assistimos também a
uma tendência para a perde de soberania do Estado-Nação, por via da
crescente internacionalização da vida económica, político-militar e socio-
cultural.
Globalização: fenómeno económico e financeiro, traduzido na
mundialização dos mercados, na internacionalização da divisão do
trabalho, na multinacionalização das empresas, acompanhados
pela circulação de pessoas, bens e capitais. A intensificação das
trocas comerciais , mundialização dos investimentos, a articulação
crescente dos sistemas produtivos, a destruição das barreiras
alfandegárias, a planetarização das interdependências, têm
provocado uma substituição da dimensão estadual-nacional dos
mercados, por uma mais vasta dimensão transnacional e
transcontinental. Os mecanismos económicos há muito que se
tornaram mundiais, não havendo capacidade dos governos
nacionais para impedir ou evitar a repercussão em cadeia dos
processos de recessão ou para um controlo exclusivo sobre as
economias dos próprios países. Há, a este nível, uma clara
diminuição da autonomia interna e da independência externa. A
concentração económica gerou, por seu lado, o aparecimento de
grandes empresas multinacionais, que se tornaram relevantes
atores da vida económica internacional, muitas das quais com
orçamentos superiores aos de muitos Estados, que atuam por cima
da capacidade interventora dos governos, condicionando-lhes a
atuação. Em suma, o Estado-Nação e a sua soberania estão hoje a
ser postos em causa por todos estes processos que lhes provoca
uma erosão “a partir de cima”. Por isso se vai falando de corrosão
do Estado e do seu enfraquecimento como escalão pertinente do
governo, da sua crise de legitimidade.
Localismo Político: A globalização fez desenvolver
simultaneamente com a grande dimensão, também, a pequena
dimensão. A necessidade de proximidade dos cidadãos e dos seus
Patrícia Lemos
Totalitarismo e Autoritarismo:
1. Teorias nacionalistas
Teorias que interpretam os modernos regimes não democráticos como
resposta às necessidades de construção ou consolidação de nações. A
Nação é entendida como antídoto do atomismo e da decadência das
sociedades demoliberais. Estes regimes surgiram solicitados pelos
processos de moderna construção dos Estados-Nações.
2. Teorias de modernização
Esta interpretação coloca os regimes não democráticos numa perspectiva
histórica mundial. As ditaduras entre guerras seriam uma etapa do
desenvolvimento político para a democracia parlamentar.
Analisando a partir do processo de nation-building, o desenvolvimento
das nações envolve um processo simultâneo de crescente produtividade
económica, de crescente mobilidade geográfica e social, de uma crescente
eficácia política na mobilização dos recursos humanos e materiais.
O desenvolvimento político, entendido como, constante aumento da
capacidade do Estado de utilizar recursos humanos e materiais do país, ao
serviço dos objectivos nacionais, esta estreitamente ligado ao
desenvolvimento 9económico e social.
O desenvolvimento político tem quatro fases fundamentais: o Estado da
unificação primitiva, o Estado da industrialização, o Estado
assistencialista (Estado assistencial) e o Estado da abundância.
Teorias da Democracia
A desigualdade do voto:
Foram várias as formas de diferenciação do voto:
O voto plural ou voto múltiplo, cada cidadão teria, além do seu, um ou
mais votos, conforme a sua fortuna e impostos e, conforme os seus
diplomas de educação formal – “pessoas superiores têm direito a uma
influência superior”.
O voto estratificado, divisão do eleitorado por estratos ou graus ou
categorias sociais, com desigualdade numérica de eleitores mas com
número igual de representantes.
O voto limitado, os eleitores não podem votar mais do que parte do
número de representantes de circunscrição.
A panachage, possibilita o corte ou acréscimo de algum nome as listas
apresentadas.
O voto público ou aberto, por vezes por aclamação, com declaração
pública em que se votava ou com evidência pública do sentido de voto.
O sufrágio indireto, utilizado como crivo do sufrágio universal, ou a cooptação de parte
das assembleias pela parte eleita.
Sistemas eleitorais:
O sistema eleitoral é o mecanismo de transformação de votos em mandatos. Os sistemas
eleitorais têm dois objectivos: visam a eleição de representantes e a escolha de
governantes, têm pois uma função legislativa e outra política. Estas duas funções dos
sistemas eleitorais – assegurar a governabilidade e a eficácia e, a legitimidade ou
representatividade – são de difícil compatibilização. Sistemas que servem para escolher
governantes, não servem tão bem para escolher representantes e, vice-versa. Os
sistemas eleitorais são apenas instrumentos a utilizar em função dos fins a prosseguir e
dos problemas a que devem fazer face de cada vez.
1) Sistemas maioritários
O sistema maioritário mais antigo é o inglês. Trata-se de um sistema
uninominal a uma só volta, a um só turno, em que ganha por maioria
simples o candidato que fica à frente.
O sistema maioritário uninominal a duas voltas, que existe em França,
exige a obtenção da maioria absoluta para se ser eleito. Se essa
maioria for conseguida na primeira volta, o candidato é eleito. Caso
contrário, processa-se a uma segunda volta, à qual concorrem apenas
os dois candidatos mais votados.
O sistema maioritário é, em regra geral, um sistema de single-member
constituency ou de circunscrição uninominal, muito embora com o
tempo tivesse adotado também a modalidade de circunscrição
plurinominal, em duas versões: lista completa ou lista bloqueada
plurinominal, ou maioritário de lista – em cada circunscrição distrital
era eleita toda a lista vencedora; ou lista incompleta plurinominal –
permite às minorias, que não conseguem representação em nenhum
círculo, juntar os votos dispersos, para obter representação própria.
O sistema de voltas sucessivas, pode concentrar-se apenas numa só
operação, assumindo a forma de voto alternativo, com várias
contagens. A aquisição da maioria obtém-se com as distribuições
adicionais das segundas escolhas as primeiras, começando pelos
eleitores dos candidatos menos votados.
Voto único não transferível, cada eleitor tem um único voto mas em
circunscrições plurinominais, ou seja escolhe-se entre um certo
número de nomes apenas um desses.
Voto limitado, onde nas circunscrições se elegiam vários deputados,
podendo cada eleitor votar em apenas um deles.
Voto acumulativo, atribuía-se a cada eleitor tantos votos como o
número de membros da lista.
Características fundamentais:
- Proximidade candidato-eleitor.
- Governabilidade, estabilidade e eficácia governativa.
- Diminui influência dos partidos sobre deputados, e faz crescer a dos deputados nos
partidos.
- Valoriza os votos dos indecisos.
Patrícia Lemos
- Pragmatiza os partidos.
- Proporciona maior rejuvenescimento.
Correções da proporcionalidade:
- Cláusula barreira, que impede as mais pequenas formações políticas de aceder ao
Parlamento, evitando o efeito fraccionalizador e polarizador da proporcionalidade.
- Moção de censura construtiva, refreia a instabilidade governativa favorecida pela
proporcionalidade.
3) Sistemas Mistos
São sistemas que tentam conciliar as vantagens dos anteriores, minorando os
correspondentes defeitos. Têm vindo a crescer, principalmente em novas democracias.
Em que sobrepõem dois níveis de atribuição de lugares, sendo um nominal ou pessoal e
outro de lista.
Patrícia Lemos
Sistemas partidários
Os partidos são condição indispensável da democracia, que se organiza através deles. Os
partidos nasceram com o governo representativo, ou seja com o pluralismo do
parlamentarismo liberal, quando se começaram a formar frações nos parlamentos. Os
partidos do parlamentarismo são formas de mediação estrutural e duradoura entre os
parlamentares e os eleitores, entre a sociedade civil e o Estado.
Função de representação
Função de seleção de candidatos e recrutamento de pessoal político
Funções de educação e socialização política
Função de regulação de conflitos
Função tribunícia
Função de legitimação-estabilização
Função de revezamento político de autoridades de substituição
c) Organização de partidos
São organizações que tendem a institucionalizar-se para além dos seus fundadores,
dotando-se de autonomia própria.
Os partidos começaram por ter uma base e dimensão nacional, mas rapidamente se
internacionalizaram e se regionalizaram. Os partidos diferenciam-se à partida pela sua
origem. Duverger estabelece a diferença entre partidos de origem parlamentar e
eleitoral e partidos de origem exterior ao parlamento.
A importância da contagem dos partidos reside no facto de esse valor numérico indicar
um aspecto relevante do sistema político: a medida em que o poder político é
fragmentado ou não fragmentado, disperso ou concentrado. Da mesma maneira que
sabendo quantos partidos existem ficamos alertados para o número de possíveis fluxos
de interação que estão envolvidos.
E tendo em conta que estes fluxos de possível interação ocorrem a diferentes níveis –
eleitorais, parlamentares e governamentais – isto indica claramente que quanto maior
for o numero de partidos, maior a complexidade e interação do sistema.
Além disso as estratégias de competição e oposição entre partidos aparecem
relacionadas com o numero de partidos, e consequentemente com a formação de
coligações e como é que estas são capazes de representar.
Ou seja nenhum sistema de contagem pode funcionar sem regras de contagem. Logo se
recorrermos ao método de contagem , temos que saber como contar. Mas o problema é
que até em decidir se um partido é mesmo ou se é um sistema de dois partidos nós
enfrentamos problemas na classificação. Portanto não é de surpreender que a
abordagem do numero de partidos conduza a frustração.
2. Rules for counting
• Which parties are relevant?
• How much strength makes a party relevant, and how much feebleness makes a
party irrelevant?
• What size, or bigness, makes a party relevant regardless of its colligation
potential?
Para começar, a força de um partido traduz-se na sua força eleitoral, mas como o que
conta no final das eleições são os lugares, podemos entender a força de um partido como
“Strenght in seats”. Por outro lado e em termos de comparação num sistema
bicameralista a força do partido parlamentar é indicado pela percentagem de lugares na
câmara baixa.
Assim sendo, olhando para os partidos como um instrumento de governo, quanto maior
for o numero de partidos, mais temos que averiguar o potencial de governo e potenciais
coligações de cada partido. Porque aquilo que realmente pesa na balança do
multipartidarismo é o quão um partido pode ser necessário enquanto parceiro de
coligação para uma ou mais maiorias governamentais.
Assim os partidos devem ser contados de acordo com dois critérios: em primeiro lugar
pela relevância coligacional ou o potencial de alianças, e em segundo lugar o potencial
de intimidação ou capacidade de pressionamento da governação. Ou seja, o peso de um
partido depende não apenas no numero de votos ou de deputados, mas também da sua
colocação no espectro partidário, ou seja, dentro do sistema de partidos.
Ou seja, os partidos que devem ser considerados são aqueles que têm ou relevância na
arena de formação de coligações, ou uma relevância competitiva na arena oposicional.
Para conseguirem imaginar isto na prática, é como sistema inglês, que é bipartidário
mas porque o terceiro partido não é relevante para formar coligações.
Sartori vai mais além do que a utilização de um critério exclusivamente numérico,
olhando também para dimensão ideológica dos partidos e respetiva polarização ou
despolarização do sistema partidário.
Isto torna-se visível analisando a tipologia de sistemas de partidos que este apresenta,
cujo tema será aprofundado seguidamente mas enquanto base de partida importa fazer
a seguinte classificação:
• Partido único – totalitário em que não são permitidos outros partidos
• Partido hegemónico - Existem outros partidos mas em que nem sequer têm
possibilidade de ganhar
• Partido predominante - Exemplo da madeira eleições livres democráticas e
justas, mas quem ganha sempre é o PSD por isso pode-se falar em sistema de partido
predominante
• Bipartidarismo - caso britânico
Patrícia Lemos
Critérios de classificação
- Indicador da fragmentação: número
- Indicador da polarização: distância ideológica
Partido Cartel
Provem do Catch-all-party
Objetivos políticos: reivindicações concorrentes sobre a eficiência e a
eficácia das respetivas gestões
Competição entre partidos: controlado e gerido pelo reciproco
interesse
Liberalismo Político
Ascensão dos partidos liberais na Europa
Desde a Constituição de Cadiz em 1812 à I Guerra Mundial:
Acesso ao poder nos anos 30: orleanistas em França com a revolução de
1830; correção bonapartista de 1852.
Em Inglaterra, a afirmação das ideias liberais, políticas e económicas
precedem a afirmação política do liberalismo partidário.
Fragilidade do liberalismo perante o nacionalismo, nos países de
unificação nacional recente (Alemanha, Itália).
A Crise do Liberalismo entre as duas guerras
- Instabilidade da representação política e da governação em quase todos os países da
Europa, a cedência da liderança aos partidos socialistas e católicos
- Ameaça autoritária e a rendição da cultura liberal elitista.
O Declínio dos partidos liberais no pós-guerra
- Marginalização política das formações liberais.
O Socialismo
a) Primeiro socialismo associativo – Owen, Fourrier, Siant – Simon.
b) O marxismo e o leninismo.
c) O anarquismo – Proudhon e Bakunine.
d) O socialismo reformista e a social democrata – E.Bernstein.
As internacionais: 1864-1872 I Internacional – finda com a Comuna de País
Sistemas Parlamentares
Funções e tipos de parlamentos
Parlamentos – o órgão do poder legislativo, onde se reúnem, para esse efeito, os
representantes eleitos do povo.
Funções:
o Função legislativa – consiste na transformação em leis as propostas de
lei e os projectos de lei do governo e dos vários grupos parlamentares
representados no parlamento.
o Função de representação política do povo – diversamente de outras
formas de representação (corporativa; geográfica – regional, estadual), a
representação parlamentar é estritamente política.
o Função de controlo político do governo e da administração pública.
Consoante desempenhem mais acentuadamente a função política ou a função legislativa,
segundo Nelson Polsby, constituem-se assim parlamentos arenas ou parlamentos
transformadores.
Arenas – o método principal é a discussão; pressupõem partidos fortes, que fazem do
plenário o seu centro, pois são parlamentos de discussão política.
Parlamentos transformadores – o método principal é a negociação; pressupõem
partidos fracos, valorizam o espaço das comissões onde se desenrola o principal
trabalho da função legislativa, através da negociação.
Sistemas parlamentares: monocamaralismo e bicamaralismo
Monocamaralismo – particularmente usado em países de pequena extensão territorial
e de reduzida dimensão demográfica, e de acentuada homogeneidade étnica e cultural,
funcionando como substituto da segunda Câmara, o Conselho de Estado ou as direcções
partidárias. Principalmente adoptado pelos estados unitários e não federais. Defendido
como sendo mais democrático, e porque a divisão do legislativo é vista como um
obstáculo ao progresso e ás reformas, os conflitos entre câmaras enfraquecem os
Patrícia Lemos
parlamentos; atacado por ser mais típico de situações revolucionárias por permitir
decisões imponderadas; facilitar a tirania e o despotismo.
Bicamaralismo - mais frequente em países de grande extensão ou de maior
heterogeneidade, sobretudo pelos estados federais. Defendido por corrigir excessos e
abusos da primeira câmara, por emprestar ao processo legislativo maior competência e
experiência, e evitar a precipitação de decisões em matéria legislativa
Pode ter várias modalidades:
Bicamaralismo assimétrico: a câmara alta difere de sistema de formação ou
constituição, e de competências.
Bicamaralismo desigual: a câmara alta é igualmente eleita, mas com desigualdade de
competências.
Bicamaralismo integral ou simétrico ou congruente: as duas câmaras com igual
processo de formação e idênticas competências.
Partidos e grupos parlamentares
1. Génese dos grupos parlamentares: meados do séc. XIX; a propósito da
designação dos membros das comissões; ligado ao controlo da
representação proporcional.
2. Funções dos grupos: coordenação e de representação do partido.
3. Disciplina de voto: quando o governo está comprometido; a disciplina é
maior quanto mais extremo é o partido; maior no governo do que na
oposição; aumenta com a força do governo; é elemento de simplificação;
afasta a confusão; o deputado não é tanto por mérito próprio mas mais do
partido.
4. Relações deputados – dirigentes partidários: Duverger enumera três
fases nesta relação; 1º, de domínio dos deputados, típica dos primórdios
da evolução dos partidos e do parlamentarismo; 2º de equilíbrio e
rivalidade entre deputados e dirigentes, própria do aparecimento do
partido de massas; 3º de domínio dos partidos sobre os deputados, típica
dos tempos mais modernos, o que se traduz em várias manifestações.
Governos e parlamentos
Governamentalização dos parlamentos: