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centralizados
O homem é por natureza um ser gregário. Desde os primórdios da
história que se anexou ao seu semelhante para a satisfação de
interesses comuns. Estabeleceu por diversos vínculos sociais,
através da convivência com os homens, primeiro, os vínculos de
parentesco e de residência, depois, vínculos de afinidade religiosa,
de profissão e política. Estes vínculos sociais deram origem a
diversas formas de sociedades: a família, a comunidade de
residência (aldeia, vila, cidade), a igreja, as associações
profissionais, a sociedade política ou o Estado. Beirão(s/d:10) citando (Fernandes,
1995:75).
Estas formas aparecem em diferentes graus da vida social. O
parentesco, a vizinhança, resultam de elementos de sociabilidade.
São, por isso, consideradas sociedades primárias2 pois integram
grupos restritos de fins determinados e tendências exclusivistas. As
regras disciplinares que nelas se formam aplicam-se
exclusivamente aos seus membros, e poder social que suporta e
mantêm essas regras é um poder particularista, preocupado apenas
com os interesses restritos que o grupo prossegue.
Todavia, os interesses de uma família, de uma comunidade de
resistência e de uma associação profissional opunham-se aos
interesses de outras sociedades do mesmo género e, muitas vezes,
tornaram-se rivais, sendo fontes de conflitos de interesses
permanentes.
A necessidade de superar os conflitos de interesses levou os
homens a conceberem sociedades mais complexas, que englobam
as sociedades primárias e criam entre elas possibilidades de
colaboração pela subordinação obrigatória e deveres comuns e pelo
reconhecimento de direitos recíprocos, garantidos por autoridades
dotadas de poder coercivo.
Bibliografia