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PR VENÇÃO AO SUICÍDIO

COMPREENDENDO O SUICÍDIO
• Redução 36% no mundo/ Aumento 17% nas Américas.
• Anuário Estatístico Brasileiro 2022 – Taxas suicídios: 6,3% 2020/
6,7% 2021.

• As lesões autoprovocadas apresenta-se como um problema de saúde pública


passível de prevenção;

• As campanhas promovidas vem modificando o estigma e permitindo maior


busca por acompanhamento profissional.

• O COMPORTAMENTO SUICIDA ADEQUADAMENTE ABORDADO PODE


SER PREVENIDO E TRATADO.
COMPORTAMENTO SUICIDA
Suicídio - morte resultante de comportamento autolesivo intencional,
associado a qualquer intenção de morrer (OMS).

Pressupõe:
Agência – Instigado ou iniciado pela própria pessoa.
Intenção – Desejo de morrer.
Resultado – deve ter potencial real ou acreditado de causar a morte.

O ato de causar lesão a si mesmo, independentemente do nível da lesão e


da motivação [...] pensamentos de autodestruição e atitudes de
autoagressão capaz de levar à morte. (MAGALHÃES; ANDRADE, 2019).
FENÔMENO COMPLEXO E MULTIFATORIAL
• Determinantes multifatoriais que predispõem uma vulnerabilidade a tendência
suicida, tendo inter-relação com perturbações emocionais, fatores
socioculturais, vivências traumáticas, história psiquiátrica e vulnerabilidade
genética (ABP, 2014).

• Nenhuma das variáveis sozinhas é suficiente para desencadear um ato


suicida. Na verdade, esses fatores se acumulam e interagem entre si para
aumentar a vulnerabilidade de uma pessoa ao comportamento suicida
(BOTEGA, 2015).
ASPECTOS COGNITIVOS (CRENÇAS DESADAPTATIVAS)
Desesperança: expectativa negativa ou falta de expectativas com relação ao
futuro e está associada ao aumento da ideação e intenção suicida.

Perfeccionismo: padrões elevados de desempenho, autocrítica elevada e


preocupação constante em evitar falhas e erros.

Sentir-se como um peso/estorvo; Baixo pertencimento;

Déficits de resolução de problemas; dificuldade de lidar com frustrações;

Pensamento dicotômico: tendência em fazer julgamentos extremos e


polarizados;

Alocação de atenção para o negativo.


SINAIS DE RISCO DE SUICÍDIO
1. Mudanças significativa no comportamento ou personalidade.
2. Maiores tempos de isolamento (ansiedade no contato com os outros).
3. Irritabilidade ou oscilações de humor (agressividade).
4. Frases negativas em relação a si mesmo, aos outros e ao futuro
(desesperança)
5. Tristeza persistente.
6. Dificuldades nos relacionamentos com familiares e amigos.
7. Estar enfrentando uma situação muito estressante na vida (bullying, assédio
moral, perda de um ente querido, problemas financeiros, problemas familiares
ou conjugais...).
8. Presença de um transtorno mental.
9. Ter sido afetado pelo suicídio de uma pessoa querida ou referência.
10.Tentativa de suicídio anterior.
11.Presença de outros comportamentos auto lesivos.
12.Abuso e dependência de álcool e outras drogas.
FATORES PROTETIVOS
1. Ausência de sintomas psicopatológicos
2. Autoestima elevada
3. Bom suporte familiar. Senso de responsabilidade com a família; Ter
criança em casa.
4. Capacidade de adaptação positiva
5. Capacidade de resolução de problemas
6. Estar empregado
7. Autocuidado
8. Laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares
9. Frequência a atividades religiosas, culturais ou étnicas.
10. Ter sentido existencial
11. Capacidade de procurar ajuda;
12. Estar aberto ao conhecimento;
13. Perceber uma boa saúde.
AÇÕES PROTETIVAS
Necessário medidas para: AUMENTAR OS FATORES DE PROTEÇÃO E
DIMINUIR OS FATORES DE RISCO.

1. Aumentar contato com familiares e amigos;


2. Buscar e seguir tratamento adequado para doença mental;
3. Envolvimento em atividades religiosas ou espirituais;
4. Iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado;
5. Reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas;
6. Procurar ajuda profissional quando necessário;
7. Entender seus sentimentos, pensamentos e limites;
8. Pratique atividades físicas.
ALVOS TERAPEUTICOS COM PACIENTES EM RISCO
DE SUICÍDIO
Alvos
terapêuticos

Estressores Transtornos Personalidade


mentais

- Traços mal
- Fatores - Tratamento dos
adaptativos
desencadeantes transtornos
- Como lidar com o
- Estressores - Alívio dos
problema
modificáveis sintomas

Fonte: BOTEGA, 2015.


O QUE NUNCA SE DEVE FAZER
1. Condenar ou julgar – “isso é covardia”, “é fraqueza”, “é drama”.
2. Minimizar a situação e o sofrimento da pessoa ou comparar seu
sofrimento com o de outras pessoas.
3. Banalizar as justificativas apresentadas.
4. Opinar e dar sermão – “Você quer chamar a atenção”, “isso é falta de
Deus”, “tantas pessoas com problemas mais sérios do que o seu; siga
em frente”...
5. Clichês de incentivo – “Levanta a cabeça, dê a volta por cima e deixe
disso.” “Pense positivo.” “A vida é boa.”
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para cada doença mental existe um tratamento adequado e eficaz que pode
melhorar sua qualidade de vida.

Procure um profissional de saúde mental (psiquiatra ou psicólogo).

O suicídio pode ser prevenido e a vida voltar a fazer sentido.

LEMBRE-SE: A VIDA É A MELHOR ESCOLHA.


CUIDE-SE!

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