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Educação em Saúde:

Objetivo 1

Contextualização Histórica
Modelos de atenção a saúde
Vamos refletir?

 O que entendo sobre Promoção de saúde?


 Exemplos
 O que entendo sobre Prevenção de doenças?
 Exemplos
Refletindo historicamente a prática da “Educação em
saúde” e contexto histórico

 A relação entre a educação, saúde e suas práticas é condicionada por dimensões


estruturais complexas que precisam de uma análise histórica para sua maior
compreensão;
 A ideia de uma pedagogia higiênica organizou-se pela primeira vez no Brasil na segunda
metade do século XIX, sendo a população-alvo dessa prática as famílias da elite;
 Início do século XX, o Estado viu-se obrigado a estruturar as primeiras intervenções
sistemáticas de educação em saúde ampliadas às classes populares, justamente para
combater as epidemias de febre amarela, varíola e peste, que estavam trazendo grandes
transtornos para a exportação de café; Vasconcelos EM,2001
Fonte: Baseado no trabalho de Dias Gonçalves Rocha.
Modelos assistenciais
em saúde
Uma abordagem sistêmica
Reflexão:

 SAÚDE:
Intervenção em todos os aspectos:
 Promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

ALGUNS CONCEITOS
De acordo com Paim (1999),
Modelo assistencial :
Ações para a intervenção no processo saúde/doença, articulando recursos físicos, tecnológicos e humanos para
enfrentar e resolver os problemas de saúde existentes em uma coletividade.
Reflexão:

 Para Campos (1989), Modelo Assistencial é: “o modo como são produzidas ações de saúde e a maneira como os
serviços de saúde e o Estado se organizam para produzi-las e distribuí-las”.

 Na constituição de um modelo assistencial interagem os saberes e as formas de praticar a saúde com os


interesses e aspirações dos diversos segmentos que compõe a Sociedade e o Estado.

Campos, 1989
CRISE DO MODELO ASSISTENCIAL HEGEMÔNICO

Década de 70:
Crise da Medicina Científica
 Ineficácia
 Ineficiência
 Iniquidade
 Insatisfação dos usuários
Um pouco da História

ANOS 80...
 Modelo Assistencial: Centrado no médico
 “desigualdade no acesso ao sistema de saúde,
 inadequação dos serviços às necessidades,
 qualidade insatisfatória dos serviços e
 ausência de integralidade das ações
MODELO HEGEMÔNICO: CARACTERÍSTICAS

 Baseado na atenção médica (médico-centrado);


 Centrado na produção de procedimentos;
 Ênfase no indivíduo doente, isolando-o de seu contexto social;
 Fragmenta o cuidado em saúde (especialidades);
 Atuação desarticulada, desintegrada e pouco cuidadora;
 Consome acriticamente tecnologias;
 Hospitalocêntrico desconhecendo outros níveis de assistência;
 Medicaliza todas as questões;
MODELO HEGEMÔNICO: CARACTERÍSTICAS

 Não se articula com outras práticas


terapêuticas ou racionalidades;
 Atende apenas a demanda que o procura;
 Não avalia sistematicamente seus resultados
 Atendimento pouco eficaz e resolutivo;
CRISE NO SETOR SAÚDE

Financeira Recursos Humanos


 Saúde não tem preço mas tem custo  Profissional especialista
 Desequilíbrio no financiamento na saúde  Pouca integração com a sociedade
 Inversão de valores na estrutura organizacional
existente.
CRISE NO SETOR SAÚDE

Gestão Modelo Assistencial Modelo de ensino


 Decisão baseada em recursos e  Medico-centrado  Visão biologicista
opiniões  
Hospitalocentrico Ênfase a prática curativa
 Gestão das condições agudas
 Pouca vivencia com a
 Gestão dos meios coletividade
Uma outra realidade é possível?

SIM.... O que fazer?

Repensar e reconstruir o modelo de atenção á saúde em novas bases.

NOVO MODELO: centrado no usuário


• Acesso/ Acolhimento;
• Vínculo/ Responsabilização (nova relação profissional de saúde-usuário);
• Trabalho em equipe e multidisciplinar;
• Integralidade da atenção – níveis, tecnologias e recursos;
Uma outra realidade é possível?

SIM.... O que fazer?

Repensar e reconstruir o modelo de atenção á saúde em novas bases.

NOVO MODELO: centrado no usuário


• Prática clínica cuidadora - Gestores do cuidado ou cuidadores monitorando e articulando as diversas
intervenções em saúde através do acompanhamento do caminhar do usuário pela rede de serviços;
• Efetividade;
• Eficiência – custo/efetividade;
Uma outra realidade é possível?

SIM.... O que fazer?

Repensar e reconstruir o modelo de atenção á saúde em novas bases.

NOVO MODELO: centrado no usuário


• Resolutividade;
• Qualidade da atenção: acesso, continuidade, coordenação e satisfação;
• Profissionalização e democratização dos serviços;
• Articulação em Rede;
• Controle da Sociedade.
A Concepção Hierárquica da rede de atenção á saúde no
SUS

Alta
comp
lexid
ade

Média complexidade

Atenção primária
MENDES (2002)
Exemplo de mudança modelo assistencial

 A Superação da crise: Do modelo de atenção á saúde voltado para as condições agudas para o modelo de atenção á
saúde voltado para as condições crônicas;
 Do sistema fragmentado para as redes de atenção á saúde;

SISTEMA
FRAGMENTADO REDES INTEGRADAS DE ATENÇÃO À
SAÚDE

APS

MENDES (2002)
A Modelagem da Gestão dos Sistema

HOSPITAL
CENTRO DE
ENFERMAGEM HOSPITAL/DIA

UNIDADE
UNIDADE
BÁSICA DE DE
ATENÇÃO SAÚDE AMBULATÓRIO GESTÃO
DOMICILIAR ESPECIALIZADO

SADT SAF

FONTE: MENDES (2002)


Métodos e estratégias de ensino em saúde
A perspectiva temporal futura (PTF; future time perspective) é um construto associado a processos motivacionais,
cognitivos e comportamentais (Seginer, 2009), razão pela qual é investigada a partir de diferentes perspectivas teóricas.
As principais teorias sobre a PTF embasam-se em Kurt Lewin (1945/1965), que definiu perspectiva temporal (PT) como
“o modo do indivíduo ver o seu futuro e passado psicológicos existindo num determinado momento” (p. 86). 
Referências

 Teixeira, Carmem Fontes e Col. SUS, MODELOS ASSISTENCIAIS E VIGILÂNCIA DA


SAÚDE. IESUS, VII(2), Abr/Jun, 1998.
 Mendes, Eugenio Vilaça. A MODELAGEM DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE. Julho 2007.
 Costa Silva at all, Educação em saúde: uma reflexão histórica de suas práticas. Ciência & Saúde
Coletiva, 15(5):2539-2550, 2010.
 COSCIONI, Vinicius et al . Perspectiva temporal futura: Teorias, construtos e
instrumentos. Rev. bras. orientac. prof,  Campinas ,  v. 21, n. 2, p. 215-232, dez.  2020 .  
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
33902020000200009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  21  mar.  2022. 
http://dx.doi.org/10.26707/1984-7270/2020v21n208.

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