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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM


SAÚDE DA FAMÍLIA – PRMSF

USF DR. MÁRIO ALVES PEIXOTO


UET : ARRANJOS ORGANIZACIONAIS DE ATENÇÃO À SAÚDE
CT: : Modelos Tecnoassistencias e organização das práticas na Atenção Primária à Saúde

ITABUNA – BA
2023
EQUIPE
Modelos de saúde
Modelo não é padrão, não é exemplo, não é burocracia. Modelo é uma razão de ser – uma
racionalidade. É uma espécie de “lógica” que orienta a ação.
Modelo de atenção à saúde ou modelo assistencial não é uma forma de organizar serviços
de saúde. Também não é um modo de administrar (gestão ou gerenciamento) o sistema e
os serviços de saúde.
Modelo de atenção é uma dada forma de combinar técnicas e tecnologias para resolver
problemas de saúde e atender necessidades de saúde individuais e coletivas.
É uma maneira de organizar os meios de trabalho (saberes e instrumentos) utilizados nas
práticas ou processos de trabalho em saúde.
Modelos
alternativos
• A disputa entre o modelo biomédico
hegemônico e propostas de modelos
alternativos, desencadeadas na década de
1980, tem continuidade na década de 1990
e início dos anos 2000. O debate se
ampliou nas Conferências Nacionais de
Saúde (CNS), colocando em pauta, na X
CNS (1996), a necessidade de construção
de um modelo de atenção para a qualidade
de vida, e na XI (2000), “esta questão
reaparece como um dos subtemas de
discussão: modelos de atenção voltados
para a qualidade, efetividade, equidade e
necessidades prioritárias de saúde”
Medicina Comunitária
Surge nos anos 60, nos Estados
Também chamada de Cuidados Na América Latina, programas de
Unidos, numa conjuntura de
Primários de Saúde, Medicina saúde comunitária foram
intensa mobilização popular e
Simplificada, Programas de implantados na década de 60,
intelectual, em torno de questões
Extensão de Cobertura Urbana e principalmente na Colômbia, no
como direitos humanos, guerra do
Rural e outros. Brasil e no Chile.
Vietnã, racismo e pobreza.

Em 1978, em Alma Ata, a


Conferência Internacional sobre
A OMS passou a ser, então, a
Atenção Primária à Saúde,
maior difusora da filosofia da
promovida pela OMS, reafirmou a
atenção primária e o Banco
saúde como direito do homem e
Mundial, o maior financiador
estabeleceu a atenção primária
dessas políticas.
como estratégia para se conseguir
a Saúde Para Todos no Ano 2000.
As principais características da Medicina Comunitária

O resgate da preocupação com a saúde dos grupos


populacionais, embora se restrinja à população local, não
se remetendo aos contextos sociais mais amplos e
diluindo as determinações macrossociais;

As ações preventivas e curativas, vistas como


serviços básicos, são oferecidas universalmente,
especialmente aos grupos vulneráveis e de risco;
As principais características da Medicina Comunitária

A estruturação do serviço é hierarquizada, os serviços de atenção primária, de natureza


simplificada, funcionam como porta de entrada do sistema;

A utilização de pessoal auxiliar treinado, orientado pelos profissionais de nível superior,


visando à extensão de cobertura, inclusão de práticas médicas alternativas, busca
aumentar a eficácia e a aceitação da população, bem como a revisão da tecnologia
incorporada, objetivando redução de custos; e entrada do sistema;

A participação comunitária é incentivada, como forma de envolver a população na solução


dos seus problemas.
SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE
• Os Sistemas Locais de Saúde (SILOS), vistos como marcos conceituais, foram
apresentados, em 1986, na Conferência Sanitária Pan-americana, propondo um modelo
distritalizado com base em níveis hierarquizados de atenção. Segundo Paim & Almeida7,
na década de 80, os princípios da saúde comunitária estão integrados às primeiras
iniciativas de reforma da saúde nos países subdesenvolvidos já com o rótulo atualizado
de SILOS.
PRINCÍPIOS
• Os princípios básicos da proposta de distritalização constituem-se na descentralização e
no planejamento local, como forma de exercício de autonomia e participação da
comunidade, organizando-se por problemas, estabelecendo prioridades para
intervenção com base territorial e favorecendo a coresponsabilidade entre serviços e
população.
CONCEITOS CHAVES
• A proposta utiliza alguns conceitos chaves, como território, problema e práticas sanitárias.
• O território-processo é concebido como espaço em permanente construção, fruto da disputa de
sujeitos sociais, numa determinada arena política.
• O reconhecimento do território favorece a identificação dos problemas de saúde ali contidos,
permitindo-se aos atores articular um conjunto de operações interdisciplinares, para solucioná-
los.
• As práticas sanitárias são as práticas de saúde articuladas com a totalidade social, em suas
dimensões econômicas, políticas e ideológicas.
A REORGANIZAÇÃO DO NÍVEL CENTRAL

A DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO

A PARTICIPAÇÃO SOCIAL

A INTER-SETORIALIDADE

ASPECTOS A READEQUAÇÃO DOS MECANISMOS DE FINANCIAMENTO


FUNDAMENTAIS
O DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO MODELO DE ATENÇÃO

A INTEGRAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE

O REFORÇO DA CAPACIDADE ADMINISTRATIVA

A CAPACITAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO


Referências
• PAIM, J S. Modelos de Atenção à saúde no Brasil. IN GIOVANELLA, Lígia Giovanella; ESCOREL,
Sarah; LOBATO, Lenaura de Vasconcelos Costa; NORONHA, José Carvalho de CARVALHO,
Antônio Ivo de (ORG) Política e sistema de saúde no Brasil. Ed Fiocruiz, 2ª ed, Rio de Janeiro,
2012, 1112 pag.
• SILVA JUNIOR, Aluisio Gomes da . Modelos tecnoassistenciais em saúde: o debate no campo da
saúde coletiva. HUCITEC, São Paulo, 1997. 150p.
• MALTA, D. C; FAUSTO, P. S. O programa de saúde da família (PSF) e os modelos de assistência à
saúde no âmbito da reforma sanitária brasileira, Rev. méd. Minas Gerais, Minas Gerais, v. 13, n. 4,
p. 251-259, dez. 2003.

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