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DISCENTE
Ruth Geraldo Damião
Maicha Amade Assimo DOCENTE
Catarina Vicente Uale Charifo Mussa Taibo
Cristina Neves
Dércia Florinda Alberto
Canizio Sandar Ngaunje
Conclusão…………………………………………………………………………….17
Referência bibliográfica………………………………………………………………
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Introdução
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CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS EM MOÇAMBIQUE
Os cuidados de saúde primários podem cobrir a maioria das necessidades de
saúde de uma pessoa durante toda a sua vida, incluindo a prevenção, o tratamento, a
reabilitação e os cuidados paliativos.
Pelo menos, metade dos 7,3 mil milhões de pessoas em todo o mundo ainda não
beneficiam da cobertura total dos serviços essenciais de saúde.
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A OMS concebeu uma definição coesa com base em três componentes:
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saúde e bem-estar é crucial para compreender e dar resposta às complexidades de um
mundo em mudança.
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Ajudar os países a elaborarem políticas inclusivas, liderança interna e sistemas de saúde
baseados em cuidados de saúde primários que promovam a igualdade na saúde e
trabalhem no sentido de se atingirem os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável e a
cobertura universal de saúde.
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As que se viveram e vivem ainda desde que se iniciou o período da reconstrução
nacional (desde 20 de setembro que se instalou em Moçambique o primeiro governo
que controlava a situação nacional orientado pela linha da FRELIMO).
Descriminação económica;
Descriminação racial;
Descriminação Geográfica.
A descriminação económica:
A descriminação racial:
Descriminação geográfica:
Devido a diferentes facilidades de acesso a assistência medica nas zonas urbanas e nas
zonas rurais, caracterizado pelo reduzido número de unidades samintarias no campo,
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mas mesmo a rede de cuidados sanitários urbanos era pobre em cuidados hoteleiros e
em meios auxiliares de diagnóstico, estes só existiam nas grandes cidades onde vivia
apenas 7% da população moçambicana.
A fraca extensão dos serviços médicos governamentais está bem patente no orçamento
para saúde em 1974, o qual consumia 3.7% do orçamento geral do estado.
Cuidados médicos
Características
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entidades e organizações, a declaração defende a busca de uma solução urgente para
estabelecer a promoção de saúde como uma das prioridades da nova ordem econômica
internacional.
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como “completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de
doença ou enfermidade”. Por conta dos 40 anos de Alma Ata, completados neste mês de
setembro de 2018, o Portal EPSJV/Fiocruz ouviu o professor do Departamento de
Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e coordenador da Rede de
Pesquisas em Atenção Primária à Saúde (Rede APS) da Associação Brasileira de Saúde
Coletiva, Luiz Augusto Facchini, que fez um balanço das quatro décadas do documento
que foi um marco para o mundo. Nesta entrevista, Facchini fala ainda sobre a
Conferência Global da OMS sobre Atenção Primária em Saúde, marcada para outubro
em Astana, no Cazaquistão, quando será apresentada uma nova Declaração sobre
Atenção Primária à Saúde, analisando até onde os princípios apresentados pelo
documento se aproximam ou se distanciam do texto de 1978.
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essas iniciativas pontuais de atenção primária à saúde ao longo de todo século 20.
Quando então ocorre a Conferência de Alma-Ata, por uma iniciativa da Organização
Mundial de Saúde em parceria com a Unicef [Fundo das Nações Unidas para a
Infância], a proposta de atenção primária ganha destaque e relevância, pois explicita um
modelo altamente abrangente, uma ideia de saúde para todos. Portanto, conforme
anunciado em sua chamada, Alma Ata define a atenção primária como estratégia a ser
ofertada a toda a população. Traz a ideia de ideia de universalidade, e propõe isso no
contexto de um sistema de saúde. A noção de sistema de saúde é articulada nesse
encontro. Alma Ata defende um modelo que em inglês chamamos de compliance, ou
seja, um modelo de integralidade, que abrange o conjunto das necessidades de saúde da
população. O documento fala em articulações intersectoriais, fortalecendo as ideias de
nutrição e alimentação, como também de participação comunitária popular e de esforços
de educação. Alma Ata é uma recomendação de dois organismos internacionais, OMS e
Unicef, e assinada por uma grande quantidade de países que concordavam com a
proposta.
Assim que Alma Ata foi apresentada, começou o debate internacional em torno
da sua implementação. Ela não foi censurada em nenhum momento, mas foi
contraposta. Houve imediatamente uma contraposição àquilo que tinha sido aprovado
em Alma-Ata por iniciativa da OMS e da Unicef. Em 1980, depois de dois anos do
encontro, o Banco Mundial e a própria Unicef fizeram uma proposta alternativa à Alma-
Ata, sob os argumentos de que faltaria dinheiro, vontade política e infraestrutura. Então,
apresentaram um pacote de APS seletiva, com recortes mais restritos: a Estratégia
GOBI (sigla em inglês para indicar monitoração do crescimento, Reidratação Oral,
Aleitamento Materno e Imunizações). Era uma APS centrada fundamentalmente na
atenção à saúde da criança e da mulher. O foco na reidratação oral, por exemplo, se
dava porque na época a diarreia era uma das causas mais impressionantes de
mortalidade de crianças no período pós-neonatal. A ênfase no aleitamento materno era
estratégica para garantir melhores condições de nutrição e imunidade às crianças. E o
foco na imunização era uma forma de expandir toda a questão vinculada com a proteção
vacinal para doenças da época, como sarampo, difteria, tétano, tuberculose, poliomielite
etc. Havia outras recomendações genéricas: educação das mulheres, nascimento das
crianças, suplementação alimentar etc. A Estratégia GOBI, de uma APS seletiva, foi a
primeira na contraposição à Alma Ata. E boa parte dos países passaram a seguir as
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receitas do Banco Mundial, não apenas desenvolvendo a lógica de uma atenção primária
seletiva e recortada, com foco na saúde materno-infantil, como também passando a
pensar sistemas de saúde com os mesmos recortes.
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dentro dos países, é política, social e economicamente inaceitável e constitui por
isso objeto da preocupação comum de todos os países.
III. O desenvolvimento econômico e social baseado numa ordem econômica
internacional é de importância fundamental para a mais plena realização da meta
de saúde para todos e para a redução da lacuna entre o estado de saúde dos
países
em desenvolvimento e dos desenvolvidos. A promoção e proteção da saúde dos
povos é essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social e
contribui
para a melhor qualidade de vida e para a paz mundial.
IV. É direito e dever dos povos participar individual e coletivamente no
planejamento e na execução de seus cuidados de saúde.
V. Os governos têm pela saúde de seus povos uma responsabilidade que só pode
ser realizada mediante adequadas medidas sanitárias e sociais. Uma das
principais
metas sociais dos governos, das organizações internacionais e de toda a
comunidade mundial na próxima década deve ser a de que todos os povos do
mundo, até o ano 2000, atinjam um nível de saúde que lhes permita levar uma
vida social e economicamente produtiva. Os cuidados primários de saúde
constituem a chave para que essa meta seja atingida, como parte do
desenvolvimento, no espírito da justiça social.
VI. Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em
métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e
socialmente
aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da
comunidade,
mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país podem
manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e
autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do
qual constituem a função central e o foco principal, quanto do desenvolvimento
social e econômico global da comunidade. Representam o primeiro nível de
contato
dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde
pelo
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qual os cuidados de saúde são levados o mais proximamente possível aos lugares
onde pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um
continuado processo de assistência à saúde.
VII. Os cuidados primários de saúde:
refletem, e a partir delas evoluem, as condições econômicas e as
características sócio-culturais e políticas do país e de suas comunidades,
e
se baseiam na aplicação dos resultados relevantes da pesquisa social,
biomédica e de serviços de saúde e da experiência em saúde pública.
têm em vista os principais problemas de saúde da comunidade,
proporcionando serviços de proteção, prevenção, cura e reabilitação,
conforme as necessidades.
incluem pelo menos: educação no tocante a problemas prevalecentes de
saúde e aos métodos para sua prevenção e controle, promoção da
distribuição de alimentos e da nutrição apropriada , provisão adequada de
água de boa qualidade e saneamento básico, cuidados de saúde materno-
infantil, inclusive planejamento familiar, imunização contra as principais
doenças infecciosas, prevenção e controle de doenças localmente
endêmicas, tratamento apropriado de doenças e lesões comuns e
fornecimento de medicamentos essenciais.
envolvem, além do setor saúde, todos os setores e aspectos correlatos do
desenvolvimento nacional e comunitário, mormente a agricultura, a
pecuária, a produção de alimentos, a indústria, a educação, a habitação,
as
obras públicas, as comunicações e outros setores.
requerem e promovem a máxima autoconfiança e participação
comunitária e individual no planejamento, organização, operação e
controle dos cuidados primários de saúde, fazendo o mais pleno uso
possível de recursos
disponíveis, locais, nacionais e outros, e para esse fim desenvolvem,
através
da educação apropriada, a capacidade de participação das comunidades.
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devem ser apoiados por sistemas de referência integrados, funcionais e
mutuamente amparados, levando à progressiva melhoria dos cuidados
gerais de saúde para todos e dando prioridade aos que têm mais
necessidade.
baseiam-se, aos níveis local e de encaminhamento, nos que trabalham no
campo da saúde, inclusive médicos, enfermeiras, parteiras, auxiliares e
agentes comunitários, conforme seja aplicável, assim como em
praticantes
tradicionais, conforme seja necessário, convenientemente treinados para
trabalhar, social e tecnicamente, ao lado da equipe de saúde e para
responder às necessidades expressas de saúde da comunidade.
VIII. Todos os governos devem formular políticas, estratégias e planos nacionais
de ação, para lançar e sustentar os cuidados primários de saúde em coordenação
com outros setores. Para esse fim, será necessário agir com vontade política,
mobilizar os recursos do país e utilizar racionalmente os recursos externos
disponíveis.
IX. Todos os países devem cooperar, num espírito de comunidade e serviço, para
assegurar os cuidados primários de saúde a todos os povos, uma vez que a
consecução da saúde do povo de qualquer país interessa e beneficia diretamente
todos os outros países. Nesse contexto, o relatório conjunto da OMS/UNICEF
sobre
cuidados primários de saúde constitui sólida base para o aprimoramento
adicional e a operação dos cuidados primários de saúde em todo o mundo.
X. Poder-se-á atingir um nível aceitável de saúde para todos os povos do mundo
até o ano 200 mediante o melhor e mais completo uso dos recursos mundiais,
dos
quais uma parte considerável é atualmente gasta em armamentos e conflitos
militares. Uma política legítima de independência, paz. Distensão e
desarmamento
pode e deve liberar recursos adicionais, que podem ser destinados a fins
pacíficos
e, em particular, à aceleração do desenvolvimento social e econômico, do qual
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cuidados primários de saúde, como parte essencial, devem receber sua parcela
apropriada.
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Conclusão
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Referência bibliográfica
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