Você está na página 1de 2

Quais são as suas expectativas quando ao Programa de Residência

em Medicina de Família e Comunidade?

Minhas expectativas quanto ao Programa de Residência em Medicina


de Família e Comunidade são primeiramente a capacitação e
aprendizado avançado como generalista sobre as diversas áreas da
medicina, compreendendo o ser humano de uma forma integral em
seu contexto biopsicossocial e em seu território, integrado na sua
comunidade. Em segundo lugar, avançar no conhecimento teórico e
prático sobre a atenção primária a saúde e o SUS, compreendendo o
funcionamento da rede de atenção a saúde de São Carlos e região,
localidade em que pretendo me estabelecer e atuar em minha prática
profissional futura. Em terceiro lugar, me capacitar como especialista
e adquirir o título de Médico de Família e Comunidade para atuar na
área assistencial e possivelmente docência. Por último, crescimento
pessoal mediante convivência com docentes, colegas e pacientes,
que somente a área da MFC proporciona devido a abrangência de
condições de saúde, contextos sociais e populações abrangidas pela
especialidade.

Faça uma narrativa reflexiva trazendo as aproximações e as


experiências com a Medicina de Família e Comunidade durante sua
graduação em Medicina, atividades de trabalho anteriores ou outras
experiências que julgar relacionadas.

Meu interesse pela Medicina de Família e Comunidade começou


durante o primeiro ano da faculdade de medicina, quando fomos até
uma UBSF e acompanhávamos os atendimentos, achei uma área
muito abrangente, com variedade interessante de condições de saúde
e com um olhar para o indivíduo e não apenas para sua doença.

Após isto, tivemos pouco contato realmente prático em UBSFs


até o sexto ano, mas ao participar da liga de Clínica Médica acabei
percebendo que tinha interesse em ser um médico generalista, que
abordasse as mais variadas condições de saúde no meu dia a dia
profissional, e não apenas problemas focais de algum sistema.

No sexto ano de graduação, tive minha decisão pela


especialidade de MFC ao passar no internato de saúde coletiva.
Passei os últimos 6 meses da graduação em uma UBSF em
Araraquara, onde devido à organização e serviço de excelência do
município, pude ver o quanto a especialidade era interessante e
efetiva na prática, resolvendo não somente as condições de saúde
mais frequentes, mas integrando referenciamentos de especialistas
focais e abordando os pacientes em aspectos em que antes não tinha
visto em serviços terciários ou de urgência, como saúde mental,
educação em saúde, redução de danos, desprescrição, visitas
domiciliares, dentre outros.

Na minha experiência profissional como médico formado, pude


perceber nos serviços de urgência como UPA´s e hospital secundário
a importância do referenciamento, do seguimento e da resolutividade
da atenção primária. Essa percepção decorreu da análise de
superlotação dos serviços devido à pacientes com condições de
saúde não urgentes, ou que poderiam ser resolvidos se olhados com
maior calma e tempo e tivessem um seguimento horizontal, ou que
ainda nunca frequentaram uma UBSF e se dirigiam diretamente ao
serviço de urgência/ emergência para resolução de suas condições de
saúde. Desta forma, compreendi a importância da organização e
aplicação da ética médica e dos princípios do SUS na prática clínica
diária.

Você também pode gostar