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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS

FACULDADE INTERGRADA DE PATOS


PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA SOCIAL E POLITICAS DA
SAÚDE.

JOSIVÂNEA SALES MARINHO DE MEDEIROS

Os Desafios da Prática Profissional do Serviço Social em âmbito


Hospitalar.

Campina Grande
2022
JOSIVÂNEA SALES MARINHO DE MEDEIROS

Os Desafios da Prática Profissional do Serviço Social em âmbito


Hospitalar.

Trabalho de Conclusão de Curso em Pós Graduação em


Serviço Social e Politicas de Saúde, apresentado à
Faculdade Integrada de Patos, como requisito para a
obtenção do título de Especialista em Assistência Social
e Politicas da Saúde.

Orientador: Prof.ªDrª Juliana Nunes.

Campina Grande Guarabira


2022 2017
Dedico este trabalho a mim mesma.
Pois aprendi a ter uma enorme admiração por
mim.
AGRADECIMENTOS
Á Deus por ter me dado saúde e forças para superar as dificuldades.
Á orientadora Professora Juliana Nunes pelo suporte no pouco que lhe coube,
pelas suas correções e incentivos.
Aos meus filhos Pedro Henrique e Marinho Netto, que por vezes me
escutaram quando eu pedia para fazer silencio, pois eu estava em aula.
E principalmente ao meu esposo Alisson, no incentivo para minha pessoa, me
ajudando e me dando suporte para que eu conseguisse findar essa etapa da
minha vida, lembrando-me quanto ia ser gratificante após o termino de tudo.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação.
O meu muito Obrigado.
Todo paciente que você vê é uma lição muito
maior do que a doença da qual ele sofre.
William Osler.
.

MEDEIROS, Josivânea Sales Marinho de Medeiros. O Assistente Social e


seus desafios em âmbito Hospitalar: 2022. 27 folhas. Trabalho de Conclusão
de Curso em Pós Graduação, apresentado à Faculdade Integrada de Pato.
PÓS-FIP –, Campina Grande-2021.

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de analisar as atribuições e competências do


Serviço Social no âmbito da politica da saúde, especificamente na unidade
hospitalar. Busca- se no decorrer deste artigo demostrar a realidade e os
desafios diários do (a) profissional de Serviço Social considerando suas
atribuições, sendo essa atribuição sistematizada através dos Parâmetros de
atuação do Serviço Social, subsidiados pelo Código de Ética do Assistente
Social de 1993, a Lei 8666/93 que regulamenta a profissão e as Diretrizes
Curriculares para o Curso de Serviço Social aprovada pela ABEPSS, em 1996
e levando em consideração o espaço da realidade vivenciada pelo (a)
Assistente Social. A pesquisa é exploratória, tem como base a pesquisa
bibliográfica e documental. Durante a exposição, esse estudo faz um breve
analise acerca do Serviço Social frente à politica de saúde, apresenta
reflexões sobre demandas postas a profissão e, a perspectiva da
intersetorialidade na qual somos referenciados. A síntese conclusiva
apresenta a importância do conhecimento acerca das atribuições privativas da
profissão, não apenas pelos próprios (as) profissionais do Serviço Social, mas
pelo conjunto de profissionais que integram a equipe e a rede de atendimento,
com vista ao atendimento pleno da demanda dos (as) usuários (as).

Palavras-chave: Saúde; atribuições; competências profissionais; Serviço Social.


MEDEIROS, Josivânea Sales Marinho de Medeiros. The Social Worker and his
challenges in the Hospital context: 2022. 27 sheets. Postgraduate Course
Conclusion Paper, presented to Faculdade Integrada de Pato. POST-FIP -,
Campina Grande-2021

ABSTRACT

This work has the objective of analyzing the attributions and competences of
the Social Service in the scope of the health policy, specifically in the hospital
unit. The aim of this article is to demonstrate the reality and daily challenges of
the Social Work professional, considering their attributions, and this attribution
is systematized through the Social Work Performance Parameters, subsidized
by the Social Worker's Code of Ethics of 1993, Law 8666/93 that regulates the
profession and the Curricular Guidelines for the Social Work Course approved
by ABEPSS in 1996 and taking into account the space of reality experienced
by the Social Worker. The research is exploratory, based on bibliographic and
documentary research. During the exhibition, this study makes a brief analysis
of Social Work in relation to health policy, presents reflections on the demands
placed on the profession and the perspective of intersectoriality in which we
are referenced. The conclusive synthesis presents the importance of
knowledge about the private attributions of the profession, not only by the
Social Work professionals themselves, but by the set of professionals who
make up the team and the service network, with a view to fully meeting the
demand of the (as) users (as).

Key-words: Health; assignments; professional skills; Social service.


SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO.........................................................................................................13

2. REFERENCIAL TEORICO....................................................................................15

3. TRAJETORIA DO SERVIÇO SOCIAL NA POLITICA DE SAÚDE........................17

3.1Contextualizando a Politica de Saúde..................................................................20


3.2 Parâmetros de atuação X Realidade..................................................................24
3.3. Articulação com a Intersetoriedade....................................................................29

4.CONCLUSÃO.........................................................................................................34

REFERÊNCIAS.........................................................................................................37
13

1 INTRODUÇÃO

Diante do tema exposto, este trabalho tem o objetivo de analisar a


intervenção do Serviço Social em âmbito hospitalar, frente às demandas
profissionais e seus desafios cotidianos, que podem envolver subnotificações, seja
pela ausência de conhecimento por parte do conjunto dos profissionais que atuam
em equipe interdisciplinar junto ao Serviço Social e até mesmo pelo não
encaminhamento da demanda a rede de serviço Intersetorial, dos serviços que tem
como referências o Serviço Social.
O Serviço Social tem suas atribuições e competências previamente
determinada através do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) sendo regido
com base no Código de Ética do (a) Assistente Social (1993), pela Lei de
Regulamentação 8.662/1993 e pelas Diretrizes Curriculares da ABEPSS (1996),
Porém será que essas atribuições e competências são de conhecimento dos
profissionais e dos usuários da unidade hospital?
Em alguns momentos da atividade profissional o/a Assistente social já foi
demandado para intervir em situações que não correspondem às atribuições, ou
mesmo, em outros casos, demandas que efetivamente seria necessária à atuação
destes profissionais, que ficaram subnotificadas por não serem encaminhados por
equipe multidisciplinar, por desconhecimento destas atribuições do Serviço Social na
instituição seja pela equipe multiprofissional ou mesmo por seus usuários.
A escolha do tema se deu por ser o âmbito hospitalar o meu espaço sócio
ocupacional de atuação e por ser nítido para os profissionais que atuam em serviços
de saúde, e neste caso especifico referindo- se ao contexto hospitalar, a
precariedade do saber acerca das atribuições e competências dos (as) Assistentes
sociais.
Primeiro iremos apresentar os elementos metodológicos da pesquisa
classificada como descritiva e que tem como técnica a pesquisa bibliográfica. Que
Segundo Vergara (2000) A pesquisa bibliográfica é desenvolvido a partir de material
já elaborado, constituído, principalmente de livros e artigos científicos e é importante
para o levantamento de informações básicas sobre os aspectos direta e
indiretamente ligados á nossa temática.
Tendo como método indutivo, e composto por capítulos que trazem a pratica
do Serviço social na Saúde inicialmente como assistencialismo através da igreja
14

católica e decorrendo a Trajetória do Serviço Social na Politica de Saúde com a


Constituição Federal de 1988, Com as referencias da Pratica de Serviço Social,
cotidiano, formação e alternativas na área da saúde de Ana Maria de Vasconcelos.
Em um segundo momento será contextualizado a Politica de saúde com o
inicio em 1930 com a Fundação do Serviço Especial de Saúde Publica, conhecida
como SESP, passando pelo momento histórico da Reforma Sanitária em 1986.
E por último e não menos importante é versado sobre a referência teórica do
projeto ético politico do serviço social, através do código de ética de 1993 e através
do documento elaborado pelo CFESS 2010, chamado de “Parâmetros para atuação
de Assistentes Sociais na saúde”, é onde fica nítido a diferença da teoria na pratica,
pois, os profissionais muitas das vezes não sabem suas verdadeiras atribuições ou
não podem exercê-las com autonomias por conta de tratados políticos.
15

2 REFERENCIAL TEORICO.

Tartuce (2006) aponta que a metodologia científica trata de método e ciência.


Método (do grego methodos significa, literalmente, “caminho para chegara um fim”)
é, portanto, o caminho em direção a um objetivo; metodologia é o estudo método, ou
seja, é o corpo de regras e procedimentos estabelecidos para realizar uma pesquisa;
científica deriva de ciência, a qual compreende o conjunto de conhecimentos
precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber.
Metodologia científica são o estudo sistemático e lógico dos métodos empregados
nas ciências, seus fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias
científicas. Em geral, o método científico compreende basicamente um conjunto de
dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado para a formulação
de conclusões, de acordo com certos objetivos predeterminados.
Segundo Gil (2007), pesquisa é definida como o (...) procedimento racional e
sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são
propostos. A pesquisa desenvolve- se por um processo constituído de várias fases,
desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.
Dessa Forma a Ciência é um procedimento metódico cujo objetivo é
conhecer, interpretar e intervir na realidade, tendo como diretriz problema
formulados que sustentam regras e ações adequadas à constituição do
conhecimento. Dentro desses métodos científicos temos a pesquisa exploratória e a
bibliográfica que foram as pesquisas utilizadas para construção deste artigo
Aonde a pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a construir
hipóteses, sendo assim, este trabalho tem em seu levantamento bibliográfico, que
estimulem a compreensão.
Foram utilizados neste artigo os instrumentos de pesquisa bibliográfica e
Documental que é feita a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas, e publicadas por meios escritos, como livro: “A Pratica do Serviço Social,
Cotidiano, Formação e Alternativas na Área da Saúde”, de Ana Maria de
Vasconcelos da Editora Cortez, 8º edição, 2015 e o livro “Serviço Social Ética e
Saúde, Reflexões para o Exercício Profissional”, de Maurilio Castro Mattos, também
da Editora Cortez, 2017, artigos científicos: como (Serviço Social e Praticas
Democráticas na Saúde) por Ana Maria Vasconcelos; (Desafios Atuais do Serviço
16

Social na Saúde- SUS e suas Exigências para os Assistentes Sociais) de Vera Maria
Ribeiro Nogueira e Regina Célia Mioto, (Considerações Sobre Atribuições e
Competências Profissionais de Assistentes Sociais na Atualidade), por Maurilio de
Castro de Matos, Algumas Lei, entre elas a Lei 8.662/1993 de Regulamentação da
Profissão do Serviço Social, instrumentais ético, teórico e metodológico do Serviço
Social do Nosso Projeto do Código de Ética. da Resolução do CFESS 2010 no
Documento “Parâmetros de para Atuação de Assistentes Sociais na Politica de
Saúde”.
A Pesquisa bibliográfica, Segundo Gerhardt e Silveira (2009), Considerada
mãe de toda pesquisa, fundamenta-se em fontes bibliográficas; ou seja, os dados
são obtidos a partir de fontes escritas, portanto, de uma modalidade específica de
documentos, que são obras escritas, impressas em editoras, comercializadas em
livrarias e classificadas em bibliotecas.
A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da pesquisa bibliográfica,
não sendo fácil por vezes distingui-las. Segundo Gil, 2008, A pesquisa bibliográfica
utiliza fontes constituídas por material já elaborado, constituído basicamente por
livros e artigos científicos localizados em bibliotecas. A pesquisa documental
abrange: Arquivos públicos; Arquivos privados; Dados de registro (um
acontecimento, em observância a normas legais e administrativas).
17

3 TRAJETORIA DO SERVIÇO SOCIAL NA POLITICA DE SAÚDE.

No Brasil, as primeiras escolas de Serviço Social surgiram no final da década


de 1930, quando se desencadeou no país o processo de industrialização e
urbanização. Nas décadas de 1940 e 1950, houve um reconhecimento da
importância da profissão, que foi regulamentada em 1957 com a Lei nº 3252.
Acompanhando as transformações da sociedade brasileira, a profissão passou por
mudanças e necessitou de uma nova regulamentação: a Lei 8662/93. CFESS.
Ainda em 1993, o Serviço Social instituiu um novo Código de Ética,
expressando o projeto profissional contemporâneo comprometido com a
democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos. A
prática profissional também é orientada pelos princípios e direitos firmados na
Constituição de 1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e
aos direitos da população. Não pode haver qualquer tipo de discriminação no
atendimento profissional. CFESS.
Para analisar a trajetória do Serviço Social na área da saúde, principalmente
nos anos 1990, destacamos dois projetos políticos: o projeto privatista e o projeto
da reforma sanitária, os quais apresentam diferentes requisições para os
assistentes sociais (CFESS, 2010).
A nova configuração da politica de saúde vai impactar o trabalho do
assistente social em diversas dimensões: nas condições de trabalho, na formação
profissional, nas influências teóricas, na ampliação da demanda e na relação com
os demais profissionais e movimentos sociais. (Parâmetros da saúde, 2008).
O campo da saúde representa um dos maiores empregadores de assistentes
sociais, estes profissionais estão inseridos nesta área na perspectiva de garantir
aos usuários deste serviço o acesso de forma efetiva, na perspectiva do direito.
Portanto, faz-se necessário discutir a atuação profissional neste espaço para que o
caminho perpasse o projeto ético-político e do enfrentamento das manifestações da
questão social.
Para falar da inserção do assistente social na área da saúde é necessário
situar o reconhecimento deste profissional como integrante da equipe de saúde
através da inserção nestas políticas desde o seu surgimento, apresentando-se,
hoje, amplamente inserido nos serviços e programas da área.
18

A inserção dos (as) profissionais do serviço social na área da saúde deu- se


no fim década de 60 período em que ocorreu a unificação dos Institutos de
Previdência Social –IAPS e a criação do Instituto Nacional de Previdência Social-
INPS, logo depois surge o Instituto Nacional de Assistência Médica de Previdência
Social- INAMPS consolidando- se assim, o serviço social na saúde.
Nessa época, a assistência não era destinada a todos, os usuários de serviço
social eram chamados de “beneficiários” e buscavam atendimento médico nas
Santas Casas de Misericórdia.
Segundo Bravo, (2009, p. 30) o serviço social médico, como era dominado,
não atuava com procedimentos e técnicas de desenvolvimento de comunidade,
mas sim, e prioritariamente, com o serviço social de casos, orientação inclusive da
Associação Americana de Hospital e da Associação Americana de Assistentes-
Médico- Sociais. A participação só era visualizada na dimensão individual, ou seja,
o engajamento do “cliente no tratamento”.
Em dado momento histórico, emerge a proposta de uma possível reforma na
estrutura da saúde pública no Brasil. Porém, segundo Sousa e Costa (2010),
somente com a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) em 1986, a Reforma
Sanitária foi pensada a partir de uma nova perspectiva. A 8ª CNS, realizado em
Brasília envolveu a participação da sociedade civil, trabalhadores, usuários do
serviço de saúde, profissionais de saúde, delegados do Estado resultou na
proposta da criação do Sistema Único Saúde (SUS). “Os participantes, também
chegaram à concepção de que previdência social deveria ater-se ás ações própria
do seguro social, enquanto a saúde deveria ser entregue a um órgão federal com
novas características” (BRASIL, 2011, p.22) pode-se dizer que foi através dessa
Conferência que as políticas sociais de saúde, tomaram um novo direcionamento o
do direito social universalizado (BRAVO, 2004, p.33).
Na Politica da saúde, a Reforma Sanitária pode ser considerada como um
conjunto de idealismo político, econômico e social num contexto histórico de lutas e
inserção de políticas sociais, em continuo processo de adequação, transformação,
estruturação/reestruturação que se apresenta em diversas faces e avanços, no
campo de assistência de saúde pleiteando um atendimento qualitativo e
quantitativo a toda população em geral. Embora que por meio de técnicas ainda
deficientes e metodologia cristalizada em medicina curativa, pautada no arcabouço
dos exercícios precários, permeado pelo assistencialismo, obtiveram um
19

reconhecimento positivo ao combate as epidemias, contribuindo assim, para uma


construção lenta e gradual das dimensões políticas ideológicas e tecnológicas
(MENDES, 1999).
De acordo com Bravo (2009): “[...] 1974-1979, o serviço social na saúde não
se alterou, apesar do processo organizativo da categoria, do aparecimento de
outras direções da profissão, do aprofundamento teórico dos docentes e do
movimento geral da sociedade”.
Os dois projetos políticos existentes na saúde continuam em disputa (o
projeto da reforma sanitária versus o projeto privatista).
O projeto privatista requer do assistente social entre outras demandas, a
exemplo da seleção socioeconômica dos usuários, da atuação psicossocial,
através de aconselhamento, e da ação fiscalizadora dos usuários dos planos de
saúde e predomínio de práticas individuais (CFESS, 2010). Já o projeto da reforma
sanitária, demanda aos assistentes sociais ações no sentido da democratização
das unidades e dos serviços de saúde, atendimento humanizado, estratégias de
interação das unidades de saúde, com ênfase em abordagens grupais ao acesso
democrático das informações que estimulam a participação cidadã (CFESS, 2010).
Destaca- se, a partir do exposto, que há uma relação entre o projeto ético-
politico e o da reforma sanitária, principalmente nos seus grandes eixos: principais
aportes e referencias teóricas, formação profissional e princípios. Os dois projetos
são construídos no processo da redemocratização da sociedade brasileira e se
consolidam na década de 1980. As demandas democráticas e populares, a
mobilização e organização dos trabalhadores urbanos e rurais colocam na agenda
politica brasileira a exigência de transformação politicas e sociais e a necessidade
de articulação dos projetos profissionais societários que são propostos para o
conjunto da sociedade. Netto (1996).
Para isso é preciso que o profissional assistente social tenha clareza das
atribuições e competência agindo dentro das normativas do Código de Ética
Profissional para não incorrer, novamente como salienta Iamamoto (1992), nem no
voluntarismo político‐profissional para o qual basta à boa vontade e um ideal para
se transformar a realidade e nem no fatalismo para o qual não há alternativas na
realidade, pois, ela seria um dado factual e imutável. Mas, ainda é necessária a
mesma clareza para se compreender as dificuldades que estão postas
20

cotidianamente para os assistentes sociais em suas variadas inserções


profissionais.

3.1 .CONTEXTUALIZANDO A POLITICA DE SAÚDE.

O conceito de saúde contido na Constituição Federal de 1988 e na Lei n°


8.080/1990 ressalta as expressões da questão social, ao apontar que “a saúde é
direito de todos e dever do Estado, garantindo mediantes politicas sociais e
econômicas que visem á redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário =as ações e serviços para a sua promoção, proteção
e recuperação” (CF, 1998, art. 196) e indica como fatores determinantes e
condicionantes da saúde, “entre outros a alimentação, a moradia, o saneamento
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o laser e o
acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população
expressam a organização social e econômica do País” (Lei nº 8.080/1990).
O Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) foi criado durante a 2ª guerra
mundial, em convenio com órgão do governo americano e sob patrocínio da
Fundação Rockefeller. Com a politica Nacional de Saúde, que se esboçava desde
1930, foi consolidada no período de 1945- 1950. No período de 1945 a 1964, a
situação da saúde da população (com algumas variações identificadas
principalmente nos anos 50, 56 e 63, em que os gastos com saúde pública foram
mais favoráveis, havendo melhoria das condições sanitárias), não conseguiu
eliminar o quadro de doenças infecciosas e parasitárias e as elevadas taxas de
morbidade e mortalidade infantil, como também a mortalidade geral.
Apesar das pressões, a assistência medica previdenciária até 1964, era
fornecida basicamente pelos serviços próprios dos Institutos. As formas de compra
dos serviços médicos a terceiros aparecem como minoritária e pouco expressiva no
quadro geral da prestação da assistência medica pelos institutos. Esta situação vai
mudando completamente, em diferentes patamares no regime que se instalou no
País após 1964.
A politica social, no período de 1974 a 1979, teve por objetivo maior
efetividade no enfretamento da questão social, a fim de canalizar as reivindicações
e pressões populares, a reforma realizada na estrutura organizacional não
21

conseguiu reverter à ênfase da politica de saúde, caracterizada pela predominância


da participação da previdência social, através de ações curativa, comandadas pelo
setor privado. O Ministério da Saúde, entretanto, retomou as medidas de saúde
pública, que embora de forma limitada, aumentaram as contradições do Sistema
Nacional de Saúde.
No Brasil, ocorreu um fato marcante e fundamental para a discussão da
questão saúde, ocorreu na preparação e realização da 8º Conferencia Nacional de
Saúde, realizada em Março de 1986 em Brasília, O projeto de Reforma Sanitária,
construído a parti de meados dos anos 70, está perdendo a disputa para o projeto
voltado para o mercado privatista, hegemônico a partir da década de 1990.
(CFESS). Entre os pontos pautados na conferência, foi versando sobre o tema
central:

 I A saúde como Direito inerente a personalidade e a cidadania.

 II Reformulação do Sistema Nacional de Saúde.

 III Financiamento setorial.

A promulgação da constituição de 1988 neste processo representou no plano


jurídico a promessa de afirmação e extensão dos direitos sociais em nosso país
frente a grave crise e as demandas de enfretamento dos enormes índices de
desigualdades social.
De acordo com Teixeira (1989: 50-51), os principais aspectos aprovados na
nova Constituição foram:
 O direito universal á saúde e o dever do Estado, acabando com
discriminação existente entre segurado/ não segurado, urbano/rural;
 As ações e serviços de saúde passam a ser considerada relevância
pública, cabendo ao poder público, sua regulamentação fiscalização e controle;
 Constituição do Sistema único de Saúde integrando todos os
serviços públicos em rede hierarquizada, regionalizada, descentralizada e de
atendimento integral, com participação da comunidade;
22

 A participação do setor privado no sistema de saúde deverá ser


complementar, preferencialmente com as entidades filantrópicas, sendo vedada a
destinação de recursos públicos para subvenção ás instituições com fins lucrativos.
Os contratos com entidades privadas prestadora de serviço far-se-ão mediante
contrato de direito público, garantindo ao Estado o poder de intervir nas entidades
que não estiverem seguindo os termos contratuais;
 Proibição da comercialização de sangue e seus derivados.
O projeto da saúde articulado ao mercado ou a reatualizarão do modelo
médico assistencial privatista está pautado na Politica de ajuste, que tem como
principais tendências: a contenção dos gastos com racionalização da oferta e a
descentralização com isenção de responsabilidade do poder central.
A tarefa do Estado, nesse projeto, consiste em garantir um mínimo aos que
não podem pagar, ficando para o setor privado o atendimento aos que têm acesso
ao mercado. Suas principais propostas são:
 Caráter focalizado para atender a população vulnerável por meio do
pacote para a saúde;

 Ampliação da privatização;

 Estimulo ao pacote básico para a saúde;

 Estimulo ao seguro privado;

 Descentralização dos serviços em nível local e;

 Eliminação da vinculação de fonte com realça ao financiamento.

O Serviço Social tem um grande numero de profissionais atuando na área da


Politica de Saúde, Politica essa que tem como objetivo promover a qualidade de
vida e reduzir vulnerabilidade e riscos á saúde de acordo com as condições de
trabalho, ambiente, educação, lazer e acesso a serviços essenciais. Nem sempre a
saúde foi um dever do Estado, sendo esta universal e gratuita.
23

Dentro da nova configuração da politica de saúde vai impactar o trabalho do


assistente social em diversas dimensões: nas condições de trabalho, na formação
profissional da demanda e na relação com os demais profissionais e movimentos
sociais. Amplia- se o trabalho precarizado e os profissionais são chamados para
amenizar a situação de pobreza absoluta que a classe trabalhadora é submetida.
Para Camargo (2011, p.35) o movimento pela efetivação do direito social á
saúde deve ocorrer articulado ás demais categorias profissionais, tendo em vista a
interdisciplinaridade e a integralidade das ações. Precisa estar comprometido coma
defesa da reforma sanitária como modelo de atenção e proposta politico –
democrática orientadora do processo de trabalho em saúde. Além disso, visar á
afirmação do Sistema Único de Saúde-SUS como forma de organização da politica
pública de saúde, de responsabilidade estatal, caráter universal e abrangência
Intersetorial.
Nessa conjuntura, as entidades do Serviço Social têm por desafio articular
com os demais profissionais de saúde e movimentos sociais em defesa do projeto
da reforma sanitária, construindo a partir dos meados dos anos 1970. Tem - se por
pressuposto que transformações estruturais nas politicas sociais e na saúde em
particular, só serão efetivadas por meio de um amplo movimento de massas que
questione a politica da crise gestada pelo grande capital e que lute pela ampliação
da democracia nas esferas da economia, da politica e da cultura. (CFESS).
Note- se que nos serviços de saúde, a inserção dos (as) assistentes sociais
no conjunto dos processos de trabalho destinado a produzir serviços para a
população é mediatizada pelo reconhecimento social da profissão e por um
conjunto de necessidades que se definem e redefinem a partir das condições
históricas sob as quais a saúde publica se desenvolveu no Brasil.

.
24

3.2 PARÂMETROS DE ATUAÇÃO X REALIDADE

Existe uma linha tênue entre o que são atribuições e competências do Serviço
Social, para o que nos é dado como demanda, apesar de temos todos os materiais
teórico, ético e metodológico da profissão de Assistente Social, em muitos campos
de trabalho, além da precariedade do material de apoio para trabalharmos, existe
ainda a falta de conhecimento da equipe multiprofissional, do usuário que não sabe
na maioria das vezes o real sentindo da profissão do Serviço Social e até de alguns
Assistentes Sociais que por um vínculo empregatício precário ou mesmo por ainda
ter aquele aspecto assistencialista dos primórdios da profissão, se recusam a
trabalhar da forma de acordo com o nossos materiais de embasamento
profissional.
Discutir as atribuições privativas e competências profissionais de assistentes
sociais é discutir a profissão. E esse debate se faz a partir de uma nítida
concepção de profissão, aquela que se forja na ruptura com o conservadorismo
que marcou o início da atividade e que está expressa no atual Código de Ética do
(a) Assistente Social, na lei de regulamentação da profissão de 1993 e nas
diretrizes curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço
Social (ABEPSS).
Sendo assim observa-se que o atendimento diário do Serviço Social, na
Unidade Hospitalar em que estou atuando como Assistente Social observa- se que
a maioria dos usuários não sabe sobre nossas atribuições que constituem em
tentar viabilizar seus direitos, mas sim, sabem sobre o que “eles acham” que o
Serviço Social faz.
Na atuação diária, às demandas reais que são desenvolvidas pelo assistente
social hospitalar são as seguintes: visita ao leito, relatório setorial, relatório mensal,
pareceres, atendimento social, escuta qualificada em cada leito que aguarda
regulação, orientação de planejamento familiar, entrevista social antes da
realização de algumas cirurgias, solicitação por parte dos usuários para a
marcação de exames e consulta e de solicitação de ambulância para translado de
alta hospitalar de alguns hospitais intermunicipal, entre outras.
Segundo o CFESS, as principais ações desenvolvidas nesse âmbito são:
informações e debater sobre rotinas e funcionamento das unidades, objetivando a
democratização da mesma e as necessárias modificações; analise dos
25

determinantes pela equipe; analise da politica de saúde e dos mecanismos de


participação popular.
As ações socioeducativa consistem em orientações reflexivas e socialização
de informações realizadas através de abordagens individuais, grupais ou coletivas
ao usuário, família e população de determinada área programáticas, sua finalidade
é proporcionar uma visão reflexiva e participativa aos usuários de serviço de saúde.
os grupos de convivência pode ser : mães/ acompanhantes de pacientes,
gestantes, hipertensos, diabéticos entre outros, proporcionando ao grupo a reflexão
de suas condições de doenças e possibilidades perdas. Deve ser o eixo central de
atuação do profissional de Serviço social e recebem também denominação de
educação em saúde. (CFESS, 2009)
No atendimento direto aos usuários, trabalhamos com pessoas fragilizadas
que nos pedem um gesto humano: um olhar, uma palavra, uma escuta atenta, um
acolhimento para que possam se fortalecer na sua própria humanidade, não muito
raro é nítida a diferença descrita pelos usuários de quando é atendido por alguns
profissionais que não seja o do Serviço Social na disseminação de informação que
segundo eles, fica mais fácil e melhor o atendimento quando se é feito por um
assistente social.
As ações socioeducativas ou educação em saúde não devem ficar baseada
no fornecimento de informações ou esclarecimentos que levem a simples adesão
do usuário, fortalecendo a perspectiva de subalternização e controle dos mesmo,
intencionando a dimensão da libertação na construção de uma nova cultura e
ressaltar a participação dos usuários no conhecimento critico da sua realidade
potencializando os sujeitos para a construção de estratégias coletivas. (CFESS,
2009). Ter consciência desse desafio faz do (a) assistentes social um profissional
apto a intervir nas questões sociais, bem como nas relações dos usuários com o
serviço de saúde.
Através da procura espontânea ocorre o atendimento aos usuários que
procuram o serviço social para buscar soluções e apoio em suas necessidades que
passam de dificuldade econômica a reclamações por conta da má qualidade dos
serviços.
A Lei de regulamentação da profissão (Lei n. 8.662/1993), os artigos 4° e 5°
tratam, respectivamente, das competências e atribuições privativas de profissionais
do Serviço Social. Iamamoto (2012), pautada em parecer da lavra de Sylvia Terra,
26

sistematiza: “No sentido etimológico, a competência diz respeito à capacidade de


apreciar, decidir ou fazer alguma coisa, enquanto a atribuição é uma prerrogativa,
privilégio, direito e poder de realizar algo” (p. 37). Assim, as atribuições privativas
são aquelas que se referem diretamente à profissão, como a atribuição privativa de
coordenar cursos, bem como equipes de Serviço Social nas instituições públicas e
privadas. E as competências são aquelas ações que os (as) assistentes podem
desenvolver, embora não lhes sejam exclusivas.
É preciso que o assistente social tenha clareza das atribuições e
competências do papel profissional agindo dentro das normativas do Código de
Ética Profissional para não incorrer, novamente como salienta Iamamoto (1992),
nem no voluntarismo político‐profissional para o qual basta à boa vontade e um
ideal para se transformar a realidade e nem no fatalismo para o qual não há
alternativas na realidade, pois, ela seria um dado factual e imutável. Mas, ainda é
necessária a mesma clareza para se compreender as dificuldades que estão
postas cotidianamente para os assistentes sociais em suas variadas inserções
profissionais.
O (a) Assistente social tem como objetivo cruzar o caráter emergencial e
burocrático, direcionando suas ações rumo a mobilização e participação dos
cidadãos na garantia de direitos á saúde.
No âmbito desse marcos legal e normativo, torna-se indispensável ressaltar a
importância dos Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Política de
Saúde, elaborados a partir de ampla participação da categoria profissional e
promulgados pelo CFESS, com o objetivo de “referenciar a intervenção dos
profissionais na área da saúde” (CFESS, 2010, p. 11).
Este documento, intitulado “Parâmetros para a Atuação de Assistentes
Sociais na Saúde”, tem como finalidade referenciar a intervenção dos profissionais
de serviço social na área de saúde. Visando responder, portanto, a um histórico
pleito da categoria em torno de orientações gerais sobre as repostas profissionais a
serem dadas pelos Assistentes Sociais as demandas identificadas no cotidiano do
trabalho no setor saúde e aquelas que são requisitadas pelos usuários dos serviços
ou pelos empregadores, expressando a totalidade das ações que são
desenvolvidas pelos assistentes sociais na saúde, considerando a particularidade
das ações desenvolvidas nos programas de saúde, bem como na atenção básica,
media e alta complexidade em saúde. Por outro lado, a opção em não estrutura- lá
27

a partir dessas frentes de trabalho visa superar o registro de ações que são
comuns nessas frentes e que tendem a se repetir quando a perspectiva é apontar
as atribuições dos profissionais de saúde.
Além disso, ao demostrar que as diversas ações estão interligadas e são
complementares, aponta- se para uma equivalência no grau de importância entre
ações assistenciais, as de mobilização popular e as pesquisa e planejamento do
trabalho profissional, por exemplo.
As ações assistenciais referem- se aos atendimentos sociais mediantes as
demandas que os usuários trazem aos Assistentes sociais da sua pratica cotidiana
De grande importância para consolidação profissional do Assistente Social o
documento do Parâmetro para atuação dos Assistentes Social na saúde, além do
nosso projeto ético politico, mostra pra quem de interesse for que o Serviço Social
no hospital assim como em outra politica, ela não é baseada na caridade ou
assistencialismo que devemos ter “pena” dos usuários para que seu atendimento
seja efetivado, que tenhamos que dar “nosso jeito” para burlar o sistema e assim
conseguimos algo que deveria ser de efetivo direito.
Considera- se que o código de ética da profissão apresenta ferramentas
imprescindíveis para o trabalho dos assistentes sociais na saúde em todas as suas
dimensões; na prestação de serviços direto a população, no planejamento, na
assessoria, na gestão e na mobilização e participação social.
As principais ações a serem desenvolvidas pelos assistentes sociais são:
 Democratizar as informações por meio de orientações (individuais e
coletivas) e / ou encaminhamentos quanto aos direitos sociais da
população usuária;
 Construir o perfil socioeconômico dos usuários, evidenciando as
condições determinantes e condicionantes de saúde, com vistas a
possibilitar a formulação de estratégias de intervenção por meio da
analise da situação socioeconômica (habitacional, trabalhista e
previdenciária) e familiar do usuário, bem como subsidiar a pratica dos
demais profissionais da saúde;
 Enfatizar os determinantes sociais da saúde dos usuários, familiares, e
acompanhantes por meio da abordagem individual e /ou grupal;
 Facilitar e possibilitar o acesso dos usuários aos serviços, bem como a
garantia de direitos na esfera da seguridade social por meio da criação
de mecanismos e rotinas de ação;
 Conhecer a realidade do usuário por meio da realização de visitas
domiciliares, quando avaliada a necessidade pelo profissional do
28

serviço social, procurando não invadir a privacidade do mesmo e


esclarecendo os seus objetivos profissionais;
 Conhecer e mobilizar a rede de serviços, tendo por objetivo viabilizar
os direitos sociais por meio de visitas institucionais, quando avaliada a
necessidade pelo serviço social;
 Fortalecer os vínculos familiares, nas perspectivas de incentivar o
usuário e sua família a se tornarem sujeitos do processo de promoção,
proteção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde;
 Organizar, normalizar e sistematizar o cotidiano do trabalho profissional
por meio da criação e implementação de protocolos e rotinas de ação;
 Formular estratégias de intervenção profissional e subsidiar a equipe
de saúde quanti as informações sociais do usuário por meio de registro
no prontuário único, resguardadas as informações sigilosas que devem
ser registrada em material de uso exclusivo do serviço social;
 Elaborar estudos socioeconômicos dos usuários e suas famílias, com
vistas a subsidiar na construção de laudos e pareceres sociais a
perspectivas de garantia de direitos e de acesso aos serviços sociais e
de saúde;
 Buscar garantir o direito do usuário ao acesso aos serviços, em parece
individual ou conjuntos, observando o disposto na Resolução CFESS
nº 557/2009.

Por meio de convivência com os pacientes e seus familiares, deve ocorrer a


mediação em relação a direitos constitucionais, embasando- se sempre em
fundamentos teóricos, as legislações vigentes e a garantia de acesso universal a
saúde.
O profissional de serviço social na saúde deve ter claro as suas atribuições e
competências, como também a garantia de acesso a direitos para com isso
caminhar em buscar de uma sociedade menos desigual, bem como considerar que o
Projeto Ético- Politico do Serviço Social, adota a liberdade como princípio central e
propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação ou exploração de
classe, etnia ou orientação sexual (CFESS, 2009 p.33).
A intervenção profissional do assistente social acontece no campo da
proposição e formulação da gestão, do desenvolvimento e execução das politicas
públicas, possibilitando o acesso dos segmentos das populações excluídas dos
serviços, dos benefícios que foram conquistados socialmente que assegura a
cidadania, participação e exercício do controle social.
29

3.3. ARTICULAÇÃO COM A INTERSETORIEDADE.

Em todos os tipos e fases do atendimento e acompanhamento (individual ou


coletivo) e em todas as unidades de saúde, o Assistente Social realiza ações
voltadas para a "educação", informação e comunicação em saúde, quer por meio
de orientações, encaminhamentos individuais e coletivos, realização de eventos e
criação de espaços de discussão, reclamações e sugestões. COSTA (1998).
De modo geral, o Assistente Social é responsável pela sensibilização e
mobilização dos usuários nas situações relativas à captação de sangue, realização
de exames complexos, tratamento fora do domicílio, necropsias, superação de
preconceitos/tabus em relação ao tratamento e à doença etc. Além destas, são de
responsabilidade do Assistente Social as comunicações em geral. No caso dos
hospitais, essas comunicações referem-se a altas, óbitos e/ou estados de saúde
dos pacientes; nas unidades de atenção básica, centro clínico e ambulatórios
especializados, o Assistente Social concentra-se nas comunicações sobre
resultados de exames, particularmente aqueles que indicam sério
comprometimento do estado de saúde, ou de doenças transmissíveis como é o
caso da AIDS, ou, ainda, de doenças crônicas degenerativas, ou ainda no caso das
neoplasias, leucemias etc. BRAVO (2000).
Nos hospitais, o assistente social volta-se para a orientação sobre os
cuidados a serem tomados durante a visita, prevenindo comportamentos que
possam comprometer o estado de saúde do paciente, bem como Condutas pós-
alta, para auxiliar o cumprimento das recomendações terapêuticas, como é o caso
da administração de medicamentos, dos cuidados com a higiene e precauções
necessárias para evitar o contágio ou reincidência da doença.
Os Assistentes sociais atuam nos hospitais, conforme descreve Bravo, (2009,
p. 29). “O assistente social vai atuar nos hospitais colocando- se entre a instituição
e a população, a fim de viabilizar o acesso dos usuários aos serviço e benefícios.
Para tanto, o profissional utiliza- se das seguintes ações: plantão, triagem ou
seleção, encaminhamento, concessão de benefícios e orientações previdenciárias“.
Objetiva-se, ainda, nas informações sobre prazos a ser observada, a
importância do retorno para avaliação e esclarecimentos sobre o papel, a dinâmica
de funcionamento e as normas de acesso às unidades de referência que devem
30

ser procuradas para continuidade do tratamento. Também, nos casos de óbitos, ao


assistente social compete repassar as orientações e encaminhamentos junto à
família ou responsável para liberação do corpo junto ao Serviço de Verificação de
Óbito (SVO), translado e sepultamento incluindo orientações sobre trâmites nos
cartórios e junto à previdência social quando necessário para encaminhar e
operacionalizar esse trabalho, numa perspectiva mais coletiva, o assistente social,
além de dispor de normas e portarias, necessita tomar conhecimento da legislação
Social existente, de que é exemplo a LOAS, LOS, ECA, Código de Defesa do
Consumidor, CLT, Legislação Previdenciária etc., e estar atento às mudanças na
dinâmica do atendimento sejam em nível da unidade em que trabalha e/ou da rede
de saúde seja nas demais instituições para as quais rotineiramente, faz
encaminhamentos, com o objetivo de facilitar/assegurar o atendimento aos
usuários.
É um desafio para o profissional do serviço social, depararem- se com um a
outra demanda que é da relação da vida X morte, cabendo a esses profissionais a
habilidade de atendimento a usuários terminais e a familiares que acompanham
esses pacientes, os denominados “cuidadores”.
Fazem parte da atuação do profissional nos hospitais uma linguagem
diferenciada como exemplo tem o termo usuário, que no hospital passa a ser
chamado de pacientes e em alguns casos, pelo numero do leito. A classificação
internacional de doença (CID 10) também é bastante usada.
As vitimas de violências é outro desafio para o profissional, demanda essa
que impulsiona ao profissional trabalhar a relação de perdas bem como a
possibilidade de trabalhar com doação de órgãos. A abordagem da doação de
órgãos pode ser feita por qualquer profissional da saúde treinado para tal
atribuição, mas normalmente esta função é feita por assistentes sociais.
Ressaltamos então que “não é o assistente social“ o profissional responsável
para dar a noticia do óbito, porém é o profissional que vai acompanhar os familiares
no processo e diante das demandas que podem apresentar. São pertinentes as
orientações de direitos, benefícios como auxilio aos dependentes que ficam como
esposas e filhos menores.
A maioria das atividades do assistente social, em todos os tipos de unidades
de saúde (seja unidades básicas, hospitais ou ambulatórios e/ou serviços
especializados), consiste em tomar providências no sentido de:
31

 Atender às urgências sociais que envolvem o processo de prestação


de serviços, tais como providenciar transporte, marcação de exames,
consultas e leitos extras, mobilização de recursos assistenciais dentro
e fora do sistema de saúde.

Em geral, essa atividade consiste em contatar e sensibilizar profissionais e


gestores de unidades e serviços, instituições assistenciais governamentais e não
governamentais, Como ao Centro de Referencia Especializado de Assistência
Social (CREAS); Centro de Referencia de Assistência Social (CRAS); Centro de
Atendimento Psicossocial (CAPS); Conselho Tutelar Municipal, Casa de apoio ao
Adolescente e ao Idoso, etc., ações estas que se estendem às pessoas que
ocupam cargos políticos: prefeitos, vereadores, deputados, secretários etc., para
conseguir meios e condições necessários à viabilização do atendimento aos
usuários.
De acordo com CFESS (2009, p.26) a humanização é uma temática que
aparece com destaque no final de 1990 e inicio dos anos 2000, conseguindo
legitimidade a partir da 11º Conferencia Nacional de Saúde, realizada em Brasília
em 2000. Em 2001 foi criado o Programa Nacional de Humanização da Assistência
Hospitalar pelo Ministério da saúde com o objetivo de promover a cultura de um
atendimento humanizado na área da saúde.
Segundo Casati (2005): “Os Assistentes sócias têm sido chamados para
viabilizar juntos com outros trabalhadores esta politica. Uma das questões
fundamentais é ter a clareza das diversas concepções de humanização, pois a
mesma envolve aspectos amplos que vão desde a operacionalização de um
processo politico de saúde calcado em valores como garantia dos direitos sociais, o
compromisso social e saúde, passando pela revisão das praticas de assistência e
gestão”. (Casati e Correia, 2005 p.77).
A Politica de Humanização – PNH é uma resposta do Ministério da Saúde
para as constantes e inúmeras denuncias de mau atendimento e filas desumanas.
Entre as prioridades da PNH podemos destacar a redução de filas, ampliação do
acesso, atendimento integral, acolhedor, resolutivo com base em critérios de risco,
os usuários conhecerem os profissionais e a rede de serviços, a educação
permanente para os trabalhadores e a participação dos usuários e trabalhadores
na gestão.
32

A intermediação desses meios se dá segundo negociação entre os


assistentes sociais e os profissionais dos setores aos quais se vinculam as
demandas do usuário, ou através de encaminhamentos com referencias ou Contra
- referência a outras unidades e instituições sociais.
O trabalho em equipe merece ser refletido e as atribuições do profissional do
serviço social precisam ficar especificas e divulgadas para os demais profissionais,
resguardando- se assim, a interdisciplinaridade como perspectivas de trabalho a
ser defendida na saúde.
O (a) assistente social necessita debater o significado da humanização com a
equipe com o proposito de evitar visões distorcidas que levem a uma percepção
romântica ou residual da atuação, focalizado somente na escuta e redução de
tensão (CFESS, 2009, p.26).
O desafio da humanização é a criação de uma nova cultura de atendimento,
traçada na centralização dos sujeitos na construção coletiva do SUS. Para
consolidar essa proposta é necessário que os trabalhadores estejam motivados,
com condições de trabalho dignas e salários compatíveis (CFESS, 2009).
Iamamoto (2002, p. 41) afirma que é “necessário desmitificar a ideia de que a
equipe, ao desenvolver ações coordenadas cria uma identidade entre seus
participantes que leva a diluição de suas particularidades profissionais”, a autora
considera que “são as diferenças de especializações que permitem atribuir unidade
á equipe enriquecendo- a e, ao mesmo tempo, preservando aquelas diferenças”.
O Assistente Social, ao participar de trabalho em equipe na saúde, dispõe de
ângulos particulares de observação na interpretação das condições de saúde do
usuário e uma competência também distinta para o encaminhamento das ações,
que o diferença do medico, do enfermeiro, do nutricionista e dos demais
trabalhadores que atuam na saúde.
Cabe aos profissionais estimulares um método de discussão, com a
participação dos usuários, para revisar o projeto da unidade de saúde, das rotinas
dos serviços e ruptura com o modelo centrado na doença.
A partir do exposto, identifica- se que cada um desses profissionais, em
decorrências de sua formação, tem competências e habilidades distintas para
desempenhar suas funções, Concorda- se com Iamamoto (2002) que o trabalho
coletivo não diluiu as competências e atribuições de cada profissional, mas, ao
contrario, exige maior clareza no trato da mesma. A atuação em equipe, portanto,
33

vai requer do assistente social a observância dos seus princípios éticos- políticos,
explicitados nos diversos documentos legais (Código de ética Profissional e Lei de
Regulamentação da Profissão ambos de 1993, e Diretrizes Curriculares da
ABEPSS, datada de 1996)
Devem ser elaborados protocolos assistenciais e rotinas de trabalho e
investimentos na educação permanente de equipes, para refletir o modelo de
atenção á saúde, e no processo coletivo de trabalho em saúde, sendo também de
grande importância a participação dos usuários nesse processo.
A politica de humanização não pode estar dissociada dos fundamentos
centrais da politica de saúde e a garantia dos princípios do SUS, e deve ter como
referencial o projeto de Reforma Sanitária (CFESS, 2009).
O assistente social tem, tido muitas das vezes, dificuldade de compreensão
por parte da equipe de saúde das suas atribuições e competências em face de
dinâmica pelas pressões com relação a demandas e fragmentações do trabalho
ainda existentes, entretanto, essas dificuldades devem impulsionar a realização de
reunião e debate entre os diversos profissionais para o esclarecimento de suas
ações e estabelecimento de rotina e planos de trabalho, nessa mesma direção,
outra demanda que aprece para a equipe da saúde refere- se à violência contra as
crianças, adolescentes, mulheres, idosos, gays, lésbicas, homossexuais,
transexuais e pessoas com deficiências, entre outros.
Nessas situações a responsabilidade pela notificação é função de toda a
equipe. O assistente social deve colaborar nessa ação, mas não é atribuição
privativa do mesmo. Cabe ao profissional de serviço social fazer uma abordagem
socioeducativa com a família, socializar as informações em relação aos recursos
sociais existentes e viabilizar os encaminhamentos necessários para assim, ser
feito nosso papel que é de viabilizar os direitos a quem dele for detentor.
34

4 CONCLUSÃO

A atuação do Assistente Social na área da saúde dá- se sob a


perspectiva de garantias de direitos e bem estar dos usuários por meio do
atendimento. Logo, para promover um atendimento harmônico, sendo um elo entre
a clientela e a instituição. Atuando como um mediador e mobilizador, no que se
refere a projetos e programas que promovam um atendimento humanizado e
integral.
Não há dúvidas quanto à relevância do trabalho realizado pelo assistente
social para a consolidação do SUS. Para isso o assistente social necessita
conhecer não apenas o funcionamento da instituição e/ou a unidade em que
trabalha, mas a lógica de funcionamento do sistema de saúde (rede), a dinâmica e
a capacidade de atendimento de outras instituições públicas e privadas que
envolvam e/ou se apresentem como um meio de viabilizar o atendimento das
necessidades da população e que extrapolam a capacidade de atendimento
exclusivo das instituições de saúde.
Assim, pode-se afirmar que o Assistente Social se insere, no interior do
processo de trabalho em saúde, como agente de interação ou como um Elo
Orgânico entre diversos níveis do SUS e entre estes e as demais politicas setoriais,
o que nos leva a concluir que o seu principal produto parece ser assegurar a
integralidade das ações, embora o Assistente Social desenvolva atividades de
natureza educativa e de apoio pedagógico á mobilização e participação social na
comunidade, para atender ás necessidades de coparticipação dos usuários/
comunidade, no desenvolvimento de ações voltadas para a prevenção, a
recuperação e o controle do processo saúde/ doença, o conjunto das atividades
realizadas em todos os núcleos de objetivação apresenta uma predominância de
ações voltadas para a interação entre diversos níveis de concretização da
cooperação horizontal e vertical.
A falta de politicas públicas que garantam total acesso ao direito á população
usuária dos serviços públicos de saúde, fazem com este se torne um ambiente
desafiador para o Assistente Social, uma vez que desempenha a função de
mediador entre a instituição hospitalar e o paciente usuário assim, voltado para a
questão do reconhecimento profissional por parte do usuário.
35

É notório que o profissional de Serviço Social enfrenta vários desafios no


processo de trabalho para o cumprimento do preconizado no projeto ético- politico,
e ao mesmo tempo, responder a instituição ao qual faz parte, onde a atual
realidade é vivenciada no direito social, ficando algumas vezes expressa na
fragmentação do trabalho, sejam por falta de recursos financeiros, baixos salários,
espaço físicos inadequados, qualificações não sendo feitas em profissionais
regulamente.
Ou seja, um conjunto de ações que deixam de ser realizadas e algumas
demandas não atendidas simplesmente por a equipe multidisciplinar e o conjunto
de profissionais atuantes na área da saúde, terem conhecimento limitados acerca
das atribuições do Serviço Social.
Para Iamamoto (2002) existem diversas armadilhas no que se refere á analise
das expressões da questão social evidenciadas no cotidiano profissional. É
compromisso do profissional embasa- se no Código de Ética em contribuir para o
bem comum, com o esforço em atender o maior número de indivíduos
beneficiários.
Outro desafio também é proposto ao Serviço social é o de responder as
demandas e buscar articulação aos demais profissionais da saúde, aos
movimentos sociais e outras politicas sociais.
Nas ações em equipe devem ficar claras suas atribuições e competências
diante da Lei de Regulamentação da Profissão–Lei nº 8.662/93 (BRASIL,
1993).Segundo os Parâmetros de Atuação do Assistente Social na Saúde (2009)
na equipe interdisciplinar, geralmente é o assistentes Social que media a relação
com os outros profissionais, relatando a estrutura familiar e as necessidades de
orientações, além de solicitar aos outros profissionais de saúde as orientações e
treinamentos necessários.
Para efetivação da interdisciplinaridade é fundamental que o profissional
conscientize- se que sua profissão não pode estar isolada de outras profissões e
que para interagir com as mesma é necessário saber definir e ser competente em
seu campo, sendo esse um elemento fundamental para que haja troca entre
saberes.
Com isso concluímos que é possível sim a atuação interdisciplinar do
assistente social na equipe multidisciplinar de saúde, quando o profissional deve
36

manter o diálogo e olhar diferenciado para o objeto através da inquietação, saindo


assim da sua zoina de conforto em busca do novo.
Sendo assim, também é competência do Assistente social incentivar a
participação nos meios de controle social a qual os usuários tem direito, assim
como os Conselhos de Saúde, plenárias e fóruns, espaços onde se materializa as
politicas fundamental para a construção de sociedade mais justa e igualitárias.
37

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