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3° CONGRESSO INTERNACIONAL

DO BOI DE CAPIN

Salvador - Bahia – Brasil


16 a 18 de julho de 2008

Desafios para os Sistemas de Vigilância na etapa


final da erradicação da FA em Sul América

Dr. José Naranjo


Unidade de Epidemiologia
PANAFTOSA, OPS/OMS

CENTRO PANAMERICANO DE FIEBRE AFTOSA, OPS/OMS


Temário

Evolução epidemiológica da FA.


Cenário epidemiológico atual.
Cenários epidemiológicos futuros.
Desafios dos sistemas de vigilância.
Propostas
Evolução situação
epidemiológica da Febre
Aftosa na América do Sul

Onde estamos?
Etapas do processo de erradicação
Situação sanitária Etapas do programa
Situação endêmica epidêmica Sem programas de controle
generalizada/ surtos esporádicos estruturados

Situação endêmica epidêmica Início de programas de controle com


generalizada/ surtos esporádicos campanhas obrigatórias de
imunização
Redução presença clínica da Etapa de controle avançado
doença

Ausência de atividade clínica Etapa final de erradicação

Ausência de circulação viral Declaração de livre

Ausência de circulação viral/ Prevenção reingresso


risco de re-introdução?
Surtos de Doenças Vesiculares, Febre Aftosa e Est. vesiculares.
Anos 1972-2007

18000

16000

14000

12000

10000
Total
Con Est. Vesic.

8000 Con F.A

6000

4000

2000

0
72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
Focos da febre aftosa em América do Sul
1972 - 2007
6000

5000
Nro. de focos FA por año

4000

3000

2000

1000

0
72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07

Años
Distribuição quadrantes com Doenças Vesiculares Anos 78-82
(casos por semana)

SudAm erCuadCont5 by Fr7882


69 to 204 (61)
37 to 69 (102)
17 to 37 (162)
1 to 17 (460)
0 to 1 (1241)
Distribuição quadrantes com Doenças Vesiculares Anos 83-87
(casos por semana)

SudAmerCuadCont5 by Fr7882
69 to 204 (61)
37 to 69 (102)
17 to 37 (162)
1 to 17 (460)
0 to 1 (1241)

SudAmerCuadCont5 by Fr8387
85 to 248 (25)
33 to 85 (89)
12 to 33 (162)
1 to 12 (517)
0 to 1 (1233)
Distribuiçãoby
SudAmerCuadCont5 quadrantes
Fr7882 com Doenças Vesiculares Anos 88-92
69 to 204 (61) (casos por semana)
37 to 69 (102)
17 to 37 (162)
1 to 17 (460)
0 to 1 (1241)

SudAmerCuadCont5 by Fr8387
85 to 248 (25)
33 to 85 (89)
12 to 33 (162)
1 to 12 (517)
0 to 1 (1233)

SudAmerCuadCont5 by Fr8892
84 to 282 (22)
30 to 84 (51)
15 to 30 (86)
1 to 15 (604)
0 to 1 (1263)
Distribuição
85 to 248 (25) quadrantes com Doenças Vesiculares Anos 93-96
33 to 85 (89)
12 to 33 (162)
(casos por semana)
1 to 12 (517)
0 to 1 (1233)

SudAmerCuadCont5 by Fr8892
84 to 282 (22)
30 to 84 (51)
15 to 30 (86)
1 to 15 (604)
0 to 1 (1263)

SudAmerCuadCont5 by Fr9396
80 to 181 (12)
30 to 80 (18)
17 to 30 (43)
1 to 17 (538)
0 to 1 (1415)
Distribuiçãoby
SudAmerCuadCont5 quadrantes
Fr8892 com Doenças Vesiculares Anos 97-99
84 to 282 (22) (casos por semana)
30 to 84 (51)
15 to 30 (86)
1 to 15 (604)
0 to 1 (1263)

SudAmerCuadCont5 by Fr9396
80 to 181 (12)
30 to 80 (18)
17 to 30 (43)
1 to 17 (538)
0 to 1 (1415)

SudAmerCuadCont5 by Fr9799
80 to 133 (6)
30 to 80 (21)
17 to 30 (26)
1 to 17 (287)
0 to 1 (1686)
Distribuição quadrantes com Doenças Vesiculares Anos 00-02
(casos por semana)
Distribuição quadrantes com Doenças Vesiculares Anos 03-07
(casos por semana)
Situación de Fiebre Aftosa en SudAmérica
según OIE, Febrero 2007
Libre Sin Vacunación
Libre Con Vacunación
No Libre
Suspensión Estatus Libre Con Vac
Situação epidemiológica regional de FA.
Conclusões
Evolución

• Situação endêmica epidêmica generalizada desde inícios de século XX


• Início de programas de controle
• Caída da incidência (frec de focos)
• Redução de distribuição espacial de focos
• Ausência doença clínica e de circulação viral em grande parte do território de Sul
América
• Reconhecimento de status OIE
• Ressurgimento FA em certas zonas previamente livres
• Situação endêmica persistente em certas regiões

Resultados
• Avanço significativo em melhora maioria sanitária dos territórios
• Dificuldades
• região andina (*Equador a Venezuela)
• amazônia norte e nordeste Brasil
•Cone Sul (zonas fronteira multinacional Arg Bol Bras Para)
Efeito da cobertura imunitária em situação
epidemiológica da Febre Aftosa em Sul
América
Evolução Focos de FA e Cobertura vacinal no Brasil
2500 100

90
2000

80

Cobertura vacinal
1500
Nro de Focos

70

1000

60

500
50

0 40
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Nro de Focos Cobertura vacinal


0%
100%

10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Sem vacinação
1 vacinação

O
2 vacinações
> 2 vacinações
Sem vacinação
1 vacinação

A
2 vacinações

6 a 12 m
> 2 vacinações
Sem vacinação
1 vacinação

C
2 vacinações
> 2 vacinações
Sem vacinação
1 vacinação

O
2 vacinações

> 2 vacinações
Sem vacinação
1 vacinação
A
2 vacinações
13 a 24 m > 2 vacinações
Sem vacinação
1 vacinação
C

2 vacinações
> 2 vacinações
Sem vacinação
1 vacinação
O

2 vacinações
> 2 vacinações
Sem vacinação
1 vacinação
A

> 24 m

2 vacinações
Figura 12. Representação gráfica dos níveis imunitários

> 2 vacinações
segundo número de vacinações, tipo de vírus e grupo etário

Sem vacinação
1 vacinação
C

2 vacinações
> 2 vacinações
Control de la epidemia de
fiebre aftosa por medio
de la inmovilización,
desinfección y vacunación
estratégica

NUMERO DE FOCOS
POR MES EN 2001
•ABRIL 97
•MAYO 1277
VACUNACIÓN VACUNACIÓN RE-VACUNACIÓN •JUNIO 563
REVACUNACIÓN
PERIFOCAL VACUNACIÓN PRIMARIA •JULIO 102
ESTRATEGICA COMPLETA
COMPLETA •AGOSTO 18
•SETIEMBRE 0
23/4 21/08 •OCTUBRE 0
120 DÍAS •NOV. 0
•DIC. 0
Fuente: Dr. F. Muzio DGSG MAGP, Uruguay
•TOTAL 2057
Conceitos sobre imunidade populacional

Taxa reprodutiva Ro = Número de indivíduos que pode infectar durante o


período infeccioso

Se Ro >1 Epidemia

Se Ro = 1 endemia

Se Ro < 1 agente desaparece

Ro é afetada por medidas de mitigação, ex. Vacinação, controle de


movimento, quarentena

Cobertura crítica de Vacinação = 1- 1/Ro

Ro de FA 2 a 6. (Epidemia RU R0 FA= 4.2)

CCV (Ro=4.2) = 76, 2%


Cobertura Crítica para quebre processo epidêmico.
90,0

80,0

70,0

60,0
Cobertura Critica

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7

Ro
Efeito da cobertura imunitária

O êxito dos programas de erradicação na América do Sul esta baseado


na eficiência de suas campanhas de imunização (fenômeno de
imunidade populacional)

As dificuldades são explicadas por deficiências nas campanhas de


imunização

Níveis de cobertura imunitária populacional insuficiente

Bolsões de susceptibilidade que sustentam circulação viral


(nichos).
Cenários epidemiológicos futuros
Dependerá das decisões sobre futuro dos programas de
erradicação em relação ao manejo da susceptibilidade
populacional

Opções estratégicas
A) Uso da vacinação para erradicação
B) Uso da vacinação para evitar doeça

Cenário Opção A: Vacinação anti endêmica juntamente com outras


ferramentas consegue-se a erradicação (ausência de circulação
viral)

Cenário Opção B. Permanência de circulação viral com surgimento de


surtos esporádicos, sem viabilidade epidemiológica de erradicação
Cenário vacinação estratégica para a erradicação:
necessidades de ação.
•Prioridade em Cone Sul eliminação circulação viral residual

•Utilização de estratégias específicas de imunização "vacinação anti


endêmica".

•Plano de identificação de propriedades, área ou zonas com risco


potencial de endemismo residual (nichos), com base em:
- Trabalho em nível local
- Uso de conceitos de ecossistemas e sistemas
de produção
- Uso da análise de risco espacial
- Sistema de Informação específicos
- Censos georeferenciados
- Uso de dinâmicas espacial de movimento intra
e extra prediais (GTA)
- Uso de estruturas etárias como indicador de
risco
Proposta Metodológica para identificação e
intervenção de zonas com eventual endemismo
residual (nichos )

• Uso de conceitos de Ecossistema e sistemas de


produção
• Uso de perfis etários
• Sistemas de Informações Geográficas
Formas de produção, ecossistemas e nichos

Principais características
Eco
Formas de sistma Prob de
Prod. Den Den Nov Mob Tasa Nicho
Dif Vac FA
Bov Reb /Vac Intra Cont

Cría
Baja Baja Baja Baja Baja Alta End Alta
Extens.
Prim

Ciclo Med Med End Pri


Med Alta Alta Baja Med
Comp. Alt Alta ó Esp
Alt

Muy Muy
Engorda Alta Alta Med Alta Baja Esp
Alta Baja
Formas de produção - Principais indicadores
•Tamanho médio da rebanho
•Rebanhos/km²
•Densidade Bovina
•Relação: Nov/Vaca
•Relação: Bov < 2 anos/Bov >2 anos
•% Bov. < 2 anos
•Relação Ingresso/Egresso
Caracterização risco FA geográfica, zona alta vigilância FA, *Argentina,
Bolívia, Brasil e Paraguai
Caracterização risco FA geográfica, zona alta vigilância FA, *Argentina,
Bolívia, Brasil e Paraguai
Caracterização risco FA geográfica, zona alta vigilância FA, *Argentina,
Bolívia, Brasil e Paraguai
Análisis de Redes Sociales: Tránsito de Animales

Mato Grosso do Sul, Brasil


Mudanças nos paradigmas da vigilância
• Aumento da sensibilidade dos sistemas de vigilância.

• Final da etapa erradicação muito diferente da etapa de controle avançado

• Redirecionar as ações prioritárias para vigilância ativa com base nos


níveis locais de atenção veterinária

• Foco de atenção e prioridade em busca ativa de nichos de endemismo

• Incorporar uso de novos ferramenta ex. análise de estratégicas risco no


nível local com base em `sistemas de informações geográficas`,
vigilância participativa

• Reestruturação e fortalecimento dos serviços locais de atenção


veterinária para gerência sanitária por risco
Mudanças nos paradigmas nos sistemas de informação para a
vigilância
• Descentralizar, desconcentrar e integrar os SE com base na gerência da informação
nos níveis locais

• Mudança de enfoque de uso de informação, de arquivos estatísticos para nível central


a insumos para gestão de risco no nível local

• Política de fomento de bancos de dados estratégicos em saúde animal

• Política de melhoramento de infra-estrutura dos SI e adoção de normas abertas

• Política de interconexão da estrutura de nível local e de estandardização de formatos


de bancos de dados

• Política de gestão de informação em linha e em tempo real

• Política de capacitação de recursos humanos em instrumentos de gestão de


informação

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