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FÍSICA

Gases e Termodinâmica

PROF. ESP. CARLOS A. VICENTIN JR.


DEFINIÇÃO

Termologia

Termometria Dilatometria Calorimetria Gases Termodinâmica

Gás é definido, como um fluido que


pode ser comprimido infinitamente e
que não tem forma nem volume definido.
Sempre assume a forma do recipiente
que contiver.
Gás x Vapor

Pode ser liquefeito diminuindo Pode ser liquefeito apenas


a temperatura E aumentando a diminuindo a temperatura OU
pressão aumentando a pressão
Propriedades dos Gases
 A maioria dos gases são compostos moleculares, com exceção dos gases nobres que são
compostos por átomos isolados.

 No estado gasoso as moléculas encontram-se muito mais afastadas entre si.


Gás ideal, real e perfeito
 Gás Real é aquele que se encontra na natureza;

 Gás Ideal é aquele que possui propriedades inexistentes nos gases naturais, sempre
confirmadores da teoria cinética dos gases. Além disso, não existe nenhum gás ideal, sendo
esses gases irreais ou não existentes na natureza;

 Gás Perfeito é aquele que tem suas características próximas à do gás ideal, porém tal fato se
dá através de processos não naturais, sendo assim o mais próximo possível em contemplar a
teoria cinética dos gases;

 Os gases reais, que encontramos na natureza, podem ser considerados gases ideais em
temperaturas elevadas e pressões baixas. Nessas condições, as distâncias intermoleculares
são grandes, e as forças intermoleculares, desprezíveis.
Gás ideal x Gás real

 Pequeno tamanho da
partícula em relação ao
espaço entre elas
 Interações entre partículas
são insignificantes
Gás Ideal
Além da expansividade e da compressibilidade, os gases ideais têm as seguintes características:

1.ª – as moléculas que os compõem possuem mesma massa;


2.ª – o volume das moléculas pode ser desprezível em relação ao volume do recipiente que as
contém;
3.ª – o volume ocupado pelo gás é determinado pelo recipiente que o contém e suas partículas
estão distribuídas uniformemente, ocupando todo o volume;
4.ª – apresentam movimento aleatório, regido pelas Leis de Newton;
5.ª – consideram-se desprezíveis as forças gravitacionais e elétricas entre as moléculas,
uma vez que estão muito distantes entre si;
6.ª – as colisões das moléculas entre si e com as paredes do recipiente são perfeitamente
elásticas.
Constantes de um gás
 Massa molecular (m): É a quantidade de matéria que um gás possui

 Massa Molar (M): É a quantidade de matéria de um mol do gás

 Um mol de um gás contém 6,02.1023 moléculas desse gás

 Número de mols (n): Relaciona a massa molecular com a massa molar.

m
n 
M
Variáveis de um gás
 Temperatura (T): é a medida da agitação das moléculas que constituem o gás e deve ser
medida em kelvin.

 Volume (V): o gás ocupa todo o volume do recipiente que estiver disponível para ele.

 Pressão (p): é a pressão exercida pelo gás sobre as paredes do recipiente que o contém.

F
P 
A
Equação de Clapeyron

PV  nRT

p  pressão do gás
V  volume do gás
n  número de mols
R  constante universal dos gases
T  temperatura absoluta
Lei Geral dos Gases

ESTADO A ESTADO B
Pressão PA Pressão PB
Volume VA Volume VB
Temperatura TA Temperatura TB
Número de mols nA Número de mols nB

PA V PB V B
A

n A T A n B TB
Unidades de Medida

S.I. SU
[p] = Pa (pascal) [p] = atm (atmosfera)
[V] = m3 (metro cúbico) [V] = L (litro)
[n] = mol [n] = mol
[T] = K (kelvin) [T] = K (kelvin)
R = 8,31 J/mol.K R = 0,082 atm.L/mol.K
Lei de Avogadro
“Mantendo-se a pressão e temperatura constantes, ao dobrar o número de mols
dobra-se o volume do gás.”

VA VB

nA nB
Transformações Gasosas
Isotérmica - Lei de Boyle-Mariotte
“Em uma transformação gasosa que mantenha a
temperatura constante, o volume e a pressão são
inversamente proporcionais.”

PA VA  PB VB
Transformações Gasosas - Isotérmica - Aplicação
Transformações Gasosas
Isocórica (Isométrica/Isovolumétrica) - Lei de Gay-Lussac

Mantendo o volume constante, a pressão e a temperatura são


diretamente proporcionais.

PA PB

TA TB
Transformações Gasosas - Isocórica - Aplicação
Transformações Gasosas
Isobárica - Lei de Charles

Mantendo a pressão constante, o volume e a temperatura são


diretamente proporcionais.

VA VB

TA TB
Transformações Gasosas - Isobárica - Aplicação
DEFINIÇÃO

Termologia

Termometria Dilatometria Calorimetria Gases Termodinâmica

Estuda as relações de troca


entre o calor e o trabalho
Criação de máquinas:
realizado na transformação de
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
um sistema físico, quando esse
interage com o meio externo.
Teoria Cinética dos Gases
Postulados:

1 – o gás é formado por moléculas que se encontram em movimento desordenado e


permanente. Cada molécula pode ter velocidade diferente das demais.

2 – cada molécula do gás interage com as outras somente por meio de colisões (forças normais
de contato). A única energia das moléculas é a energia cinética.

3 – todas as colisões entre as moléculas e as paredes do recipiente que contém o gás são
perfeitamente elásticas. A energia cinética total se conserva, mas a velocidade de cada molécula
pode mudar.

4 – as moléculas são infinitamente pequenas. A maior parte do volume ocupado por um gás é
espaço vazio.
Energia interna (U)
É toda energia que ele tem armazenado dentro de si.

Tipos de Energia

 Energia cinética de translação das partículas;


 Energia cinética de rotação das partículas;
 Energia potencial de ligação entre as partículas.
Energia interna (U)
Para gases perfeitos e monoatômicos a energia interna se resume na energia cinética de
translação das moléculas

3 GÁS
U  nRT
2 MONOATÔMICO

GÁS 5
U  nRT
DIATÔMICO 2
Unidades de medida - SI

 [U] = J (joule)
 [n] = mol
 [T] = K (kelvin)
 R = 8,31 J/mol.K
Lei de Joule
A energia interna de um certo número de mols de um gás depende exclusivamente da
temperatura, sendo essas grandezas diretamente proporcionais.

U1 U2 U3
   .....
T1 T 2 T 3
Variação de Energia Interna (ΔU)
Ocorre quando há VARIAÇÃO de temperatura.

 Aquecimento: temperatura aumenta, energia interna aumenta, ΔU é positivo.


 Resfriamento: temperatura diminui, energia interna diminui, ΔU é negativo.
 Isotérmica: temperatura constante, energia interna constante, ΔU é nulo.

3 GÁS
U  nRT MONOATÔMICO
2

GÁS 5
DIATÔMICO
U  nRT
2
Trabalho de um Gás

 (-)  (+)
Trabalho de um Gás - Para pressão constante
  F d
  p  A d
  p  V

EXPANSÃO: Volume aumenta, trabalho positivo, gás REALIZA


F
p  trabalho.
A
COMPRESSÃO: Volume diminui, trabalho negativo, gás RECEBE
F  p  A trabalho.

Isocórica: Volume constante, trabalho NULO.


Trabalho de um Gás - Para pressão variável
A -> B: EXPANSÃO: TRABALHO POSITIVO B->A: COMPRESSÃO: TRABALHO NEGATIVO
Trabalho de um Gás em ciclos

 12   Área  21   Área


Trabalho de um Gás em ciclos

Ciclo Horário → τ +

Ciclo Anti-Horário → τ -

 ciclo   Áreaciclo
Lei Zero da Termodinâmica
Se um corpo A estiver em equilíbrio térmico com um corpo B e este último com
um corpo C, podemos afirmar que A e C também estão em equilíbrio térmico.
Primeira Lei da Termodinâmica
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

U = Q - 
Sendo:
Q  Quantidade de Calor ( J )
  Trabalho ( J )
U  Variação da energia interna ( J
1ª Lei da Termodinâmica

U  Q  
Gás realiza trabalho
t>0
Aquecimento: U > 0 Gás recebe calor Expansão / ciclo horário
Q>0 Gás recebe trabalho
Resfriamento: U < 0 Gás doa calor t<0
Q<0 compressão / ciclo anti-
horário
Isotérmica: U = 0 Adiabática
Isométrica
Ciclo: U = 0 Q=0
t= 0
Primeira Lei da Termodinâmica em transformações
 Isotérmica ( T  constante)
U = 0  Q = 
 Isométrica ( V  constante)

U  Q  
 = 0  Q = U
 Isobárica ( p  constante)
 = p. V  Q - p.  V = U
 Cíclica
U = 0  Q = 
 Adiabática ( Não troca calor)
Q = 0   = - U
Isotérmica x Adiabática
Entropia
Grandeza que determina o grau de desordem, pela ação da temperatura, em um sistema
termodinâmico.

O sentido de ocorrência natural dos fenômenos é aquele em que o nível de desordem, isto é, a
entropia, é crescente.

Q
S 
T

Quando um sistema recebe calor (ΔQ > 0), a entropia do sistema aumenta (ΔS > 0). Se o
sistema perde calor (ΔQ < 0), a entropia do sistema diminui Δ(S < 0).
2ª Lei da Termodinâmica
“É impossível que o calor passe arbitrariamente de um corpo de temperatura menor para outro
corpo de temperatura maior sem que algum trabalho forçado (de um elemento externo ao
sistema) seja realizado.”

Condição 1 (máquina térmica): É impossível desenvolver uma máquina termodinâmica que retire
calor de uma fonte e transforme esse calor integralmente em trabalho.

Condição 2 (máquina frigorífica): É impossível desenvolver uma máquina termodinâmica que


retire calor de uma fonte fria e envie para a fonte quente espontaneamente.

NENHUMA MÁQUINA TÉRMICA POSSUI UM RENDIMENTO DE


100%!!!!!!!
Máquinas térmicas - Motor Térmico
Retira calor da fonte quente e transforma parte dessa energia em trabalho mecânico.
Q q    Q F

  Q q  Q F


 
Qq
QF
  1
Qq
O rendimento é uma grandeza adimensional que expressa
o percentual de energia térmica que foi convertida em
trabalho útil.
ciclo otto
ciclo otto
Máquinas térmicas - Refrigerador
Utiliza trabalho mecânico para retirar calor de uma fonte fria e enviar para uma fonte quente.
A relação entre o calor retirado da fonte fria, e a energia total de entrada no sistema
(trabalho) é denominada eficiência ou coeficiente de desempenho (e) do refrigerador.

Q F    Q q

Q
e  F

Refrigerador
Ciclo Carnot - Máquina Térmica Ideal
O máximo rendimento de uma máquina térmica ocorre quando seu ciclo for constituído por
duas transformações isotérmicas e duas adiabáticas.

TF
 Máx  1
Tq
Exercícios de Assimilação

Fritz Kahn (1888 -1968) foi um médico ginecologista, autor de livros de ciências e especialmente
sobre o corpo humano. Ele tinha a tendência de retratar o corpo como uma fábrica
Exercícios de Assimilação
1. (Fuvest 2007) Uma equipe tenta resgatar um barco naufragado que está a 90m de
profundidade. O porã o do barco tem tamanho suficiente para que um balã o seja inflado
dentro dele, expulse a á gua e permita que o barco seja içado até uma profundidade de 10m.
O balã o dispõ e de uma vá lvula que libera o ar a medida que o barco sobe, para manter seu
volume inalterado. No início, a 90m de profundidade, sã o injetados 20.000mols de ar no
balã o. Ao alcançar a profundidade de 10m, qual a porcentagem de ar injetado que ainda
permanece no balã o? Dados: P V P V
F F
 R R
n F T F n R T R

P P 20000 mols      100 %


F
 R
n F n R
4000 mols      x
10 2 2 x  40

20 . 000 n R
x  20 %
n R  4000 mols
Exercícios de Assimilação
2. O grá fico abaixo ilustra uma transformaçã o 100 moles de gá s ideal monoatô mico recebem
do meio exterior uma quantidade de calor 1800000 J. Dado R=8,32 J/mol.K. Determine:
a)o trabalho realizado pelo gá s;

b)a variaçã o da energia interna do gá s; c) a temperatura do gá s no estado A.


Exercícios de Assimilação
3. Uma má quina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de 500K e
300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. O calor rejeitado para a fonte fria e o
trabalho realizado pela má quina, em joules, sã o, respectivamente:

 máx   rea l

T Q
1  F
 1  F
  Q  Q
T q Q q q F

T Q   2000  1200
F
 F
T q Q q   800 J
30 0 Q
 F
50 0 2000
Q F  1200 J
Exercícios de Assimilação
4. Uma má quina térmica cíclica recebe 5000 J de calor de uma fonte quente e realiza
trabalho de 3500 J. Calcule o rendimento dessa má quina té rmica.

QF
 real  1
Qq
  Qq  QF
1500
3500  5000  QF  real  1 
5000
QF  1500 J
 real  1  0,3
 real  0,7
Exercícios de Assimilação
5. Quando sã o colocados 12 moles de um gá s em um recipiente com ê mbolo que manté m a
pressã o igual a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o
volume ocupado passa a ser 1m³. Considerando a pressã o atmosfé rica igual a 100000N/m²,
qual é o trabalho realizado sob o gá s?

  pV
  1 10 (1  2)
5

  1 105 J
Exercícios de Assimilação
6. Um balã o foi preenchido com 1,6 L de gá s oxigênio, a 18 oC e à pressã o de 1 atm. Qual será
o volume do balã o, se a temperatura for elevada para 67 oC e a pressã o continuar constante?
P V P V
T  18  273
A A
 B B
A
n A T A n B T B
T A  291 K
V V
A
 B

T B  67  273 T A T B

T  340 K 1 ,6 V B
B

291 340
1 ,6
340   V B
291
V B  1 , 86 L
Exercícios de Assimilação
7. Antes de realizar uma viagem de carro, em um dia cuja temperatura era de 30oC, um
senhor calibrou os pneus utilizando 3 atm de pressã o. Quando chegou ao destino, depois de
5 horas de viagem, mediu novamente a pressã o dos pneus e constatou 3,4 atm de pressã o.
Sabendo que a variaçã o de volume dos pneus é desprezível, marque a alternativa que indica
a temperatura em que se encontravam os pneus:
a) 70,4 oC PA  V A PB  VB
TA  30  273 
b) 115,2 oC n A  TA nB  TB TB  C  273
c) 125,1 oC T  303 K
A
PA

PB 343,4  C  273
d) 121,5 Co
TA TB
e) 152,1oC 3 3,4
C  70,4º C

303 TB
1 3,4

101 TB
TB  343,4 K
FIM!!

PROF. ESP. CARLOS A. VICENTIN JR.

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