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A intolerância

religiosa no Brasil.

O que é intolerância religiosa?

 A intolerância religiosa é o desrespeito ao direito
das pessoas de manterem as suas crenças religiosas.
Podemos considerar como atos intolerantes as
ofensas pessoais por conta da religião ou as ofensas
contra liturgias, cultos e outras religiões. Ações desse
tipo, em suas formas mais graves, podem resultar em
violência, como agressões físicas e depredação de
templos.
Exemplos de práticas de
intolerância religiosa:

 a profanação pública de símbolos religiosos, com o
objetivo de afetar pessoas daquela denominação;
 a destruição de locais de culto;
 a recusa à prestação de serviços nesses locais;
 a restrição ao acesso a locais públicos ou coletivos
por conta de fatores religiosos.
Lei sobre intolerância
religiosa

 O artigo 5º da Constituição Federal de 1988 garante
que o Estado brasileiro é laico, o que coaduna com o
que está expresso na Declaração Universal
dos Direitos Humanos. Já a lei nº 9.459, de 13 de
maio de 1997, prevê punição para crimes de
discriminação, ofensa e injúria praticados em virtude
de raça, cor, etnia, procedência nacional ou religião.
Intolerância contra as religiões
de matriz africana.

 As religiões de matriz africana, como umbanda e o
candomblé, são as que mais sofreram preconceito
por intolerância religiosa em 2022.

 Brasil registra três queixas de intolerância religiosa
por dia em 2022; total já chega a mais de 545 no
país.
 Estado com mais registros é São Paulo, com 111
denúncias, seguido do Rio de Janeiro, com 97,
Minas Gerais (51), Bahia (39), Rio Grande do Sul
(26), Ceará (11) e Pernambuco (13).
 As denúncias em sua grande maioria se referem a
intolerância contra as religiões de matriz africana.
21 de janeiro, o Dia Nacional de Combate à
Intolerância Religiosa, Lei Federal nº
11.635/2007

 é baseada em uma história real de racismo religioso,
praticado contra a mãe de santo Gildásia dos Santos e
Santos, Mãe Gilda, de Salvador (BA). Em 1999, a Igreja
Universal do Reino de Deus publicou uma reportagem no
jornal Folha Universal com o título “Macumbeiros charlatões
lesam o bolso e a vida dos clientes" e a foto de Mãe Gilda.
 Desde então, a mãe de santo e outros membros do terreiro
de Candomblé Ilê Axé Abassá de Ogum, fundado por Mãe
Gilda, passaram a ser alvos de perseguição, o que resultou
no agravamento de problemas de saúde, levando-a à morte
no dia 21 de janeiro de 2000.

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