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FUNDAÇÕES

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Professor: Fernando Aquino, MSc

1
2023 / 1
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA
Aula 02

2
Investigação Geotécnica

1. Sondagens Diretas e Semi Diretas

3
Panda
Penetrômetro dinâmico rápido
Panda – Penetrômetro Dinâmico
Princípio do ensaio:
O ensaio consiste em penetrar, por Cabeça
meio de golpes manuais (martelo), uma para envio
série de barras com uma ponteira e
medir a resistência do solo até a dos dados
profundidade desejada até a
unidade
central de
aquisição

Unidade
central de
aquisição
Terminal
Ensaio Panda – Eixão Norte/Brasília/DF de diálogo
Panda – Penetrômetro Dinâmico

Medida da resistência do solo:


Fórmula Holandesa:

E = energia de golpe variável medida à cada


impacto
Panda – Penetrômetro Dinâmico
Norma francesa NF XP P 94-105 :

Ponta fixa de 2 cm²

Ponteiras perdidas acima de 4 e de 10 cm²


DPL
LIGHT-WEIGHT DYNAMIC PENETROMETER
(DPL)
Penetrômetro Dinâmico Leve
LIGHT-WEIGHT DYNAMIC PENETROMETER (DPL)

www.nilsson.com
LIGHT-WEIGHT DYNAMIC PENETROMETER (DPL)

Normas Internacionais
PN-B-04452 Geotechnika. Badania polowe.
EN ISO 22476-2 Geotechnical inwestigation and testing. Field testing.
Part 2. Dynamic probing.
EN 1997-2 Geotechnical design. Part 2. Ground investigation and testing.

www.nilsson.com.br
LIGHT-WEIGHT DYNAMIC PENETROMETER (DPL)

DPL – Características do Ensaio

• Ensaio até 12m. Cone de 35,7


mm com ângulo 90º.
• Martelo – 10,0kg – levado a
caída livre 50cm.
• Parâmetro: N10, golpes para
descer 10cm.
• Alcance: 12m. Utilização
abrangente (70% dos projetos
em engenharia civil).
• Velocidade: > 50m/dia. (SPT<
15m/dia)
DPL – Trecho experimental Brasília/Formosa - UnB
LIGHT-WEIGHT DYNAMIC PENETROMETER (DPL)
Apresentação dos Resultados:

www.nilsson.com.br
CPT
Cone Penetration Test
Ensaio de Penetração Estática
Cone Penetration Test (CPT)

Características do Equipamento:

Piezocone resistivo  Fernando Schnaid


Edgar Odebrecht (2012)
Cone Penetration Test (CPT)

O princípio do ensaio de cone é bastante


simples, consistindo da cravação, no terreno, de
uma ponteira cônica (60° de ápice) a uma
velocidade constante de 20 mm/s ± 5 mm/s. A
seção transversal do cone é, em geral, de 10
cm2, podendo atingir 15 cm2 ou mais para
equipamentos mais robustos, de maior
capacidade de carga, e 5 cm2 ou menos para
condições especiais.
Fernando Schnaid, Edgar Odebrecht (2012)
Cone Penetration Test (CPT)
Equipamento:
Cone Penetration Test (CPT)
Equipamento:
Cone Penetration Test (CPT)

Apresentação dos Resultados:


MENARD
PRESSUREMETER
Ensaio Pressiométrico
Pressiômetro de Ménard

O termo pressiômetro foi usado pioneiramente


pelo engenheiro francês Louis Ménard em 1955,
para definir “um elemento de forma cilíndrica
projetado para aplicar uma pressão uniforme nas
paredes de um furo de sondagem, através de uma
membrana flexível, promovendo a consequente
expansão de uma cavidade cilíndrica na massa de
Pressiômetro

Ilustração do pressiômetro tipo Ménard


O procedimento de ensaio
consiste, basicamente, na
colocação da sonda dentro de
um furo de sondagem na cota
desejada, para, a seguir,
expandi-la mediante a
aplicação de incrementos
de pressão de mesma
magnitude, ou seja, o ensaio é
realizado a pressão
controlada.

Fernando Schnaid, Edgar


Odebrecht (2012)
DMT
Dilatometer Test
Ensaio Dilatométrico
Dilatômetro

Ilustração do dilatômetro
Dilatômetro

Característica do Ensaio

A interpretação dos resultados dilatométricos


possibilita a estimativa de parâmetros
constitutivos do solo a partir de correlações de
natureza semiempírica, em particular do
coeficiente de empuxo no repouso (K0), do
módulo de elasticidade (E ou M), da razão de
pré-adensamento (OCR), da resistência ao
cisalhamento não drenada de argilas (Su) e do
ângulo de atrito interno de areias (ɸ’). A
experiência tem, ainda, demonstrado a
aplicabilidade do ensaio como indicativo do tipo
de solo.
Seismic Refraction
Sísmica de Refração
Métodos Geofísicos – Sismógrafo
Sísmica de Refração Rasa

ASTM D 5777
Determinar a Obs.: Vp1 < Vp2
profundidade do
topo rochoso, zR Geofones t1
Tiro t2
Sísmico t3
t4

Solo: Vp1
zR

Frente de
Rocha: Vp2
Métodos Geofísicos
Sísmica de Refração Rasa

Sismógrafo

Cabo dos geofones

Fonte sísmica (marreta,


Geofones explosivos, etc)
Trigger - Disparador

Onda Direta

Onda Refratada Solo

Rocha
Onda Direta Posicionamento dos Geofones

Primeiras Quebras
Onda Refratada
Processamento dos
Dados Sismicos

Ondas Superficiais
Tempo Decorrido

(m)
1049

1039

3.00
1029 2.85
2.70
2.55
2.40
1019
2.25
2.10
1.95
1009 1.80
1.65
1.50
1.35
999 1.20
1.05
0.90
0.75
989
0.60
0.45
0.30
979
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 (km/s)
Sísmica de Refração - Velocidade propagação da onda P para vários
materiais (Modificado de Herzig, 2003).

Velocidade propagação da onda P para vários materiais (Modificado de


Herzig, 2003).

Velocidade Vp em m/s
Rocha ou Meio
Mínimo Máximo
Ar 310 360
Argila 1200 2500
Areia Saturada 200 1800
Água 1430 1590
Arenito (Friável) 1500 2500
Arenito (Denso) 1800 4000
Pedregulho, Brita, Areia Seca 100 600
Rocha Ígnea 4000 5700
Rocha Metamórfica 4500 6800
Deformações elásticas e movimento das partículas associada
com a propagação das ondas de corpo: a) Ondas P; b) Ondas
S (Barton, 1944).
Electrical Resistivity
Tomography
Eletrorresistividade
Esquema de montagem do equipamento.

• Esquema de montagem para o arranjo dipolo-dipolo


Obra VIA Premiere
(RJ - 2014)
Resultados do Equipamento
Obra Morar Bem – JC Gontijo (2014)

Lente de solo resistente – Nspt


> 20. Observado nas
escavações (cor amarela ou
branca) – equipamento tem
dificuldade de escavar
Camada de argila mole Nspt
entre 2 e 6

Camada de Silte duro – Nspt


>20
Detecção de matacões e topo rochoso

Topo
Rochoso

Obra Vilela e Carvalho – L2


Setor Noroeste de Brasília
Silva (2011)

Solo

h=6 m

Saprólito

Registro Fotográfico
Sondagem Mista – Brisas do Lago (Silva, 2011)

Furo 18

• De 0 a 1.000 Ohm.m – Solo;


• De 1.000 a 3.000 Ohm.m – Zona de transição;
• De 3.000 a 5.000 Ohm.m – Saprólito;
• De 5.000 a 10.000 Ohm.m – Rocha pouco alterada;
• Maior que 10.000 Ohm.m – Rocha sã.
S P
tandard enetration T est
Ensaio de Penetração Padrão
Descrição Geral do Ensaio
SPT é um ensaio dinâmico que consiste em cravar no fundo de um furo de
sondagem, devidamente limpo, um amostrador normatizado. No Brasil, o
ensaio é normatizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), NBR-6484 (Norma Brasileira)
O SPT foi desenvolvido em1927 e hoje é um dos ensaios mais usados no
Brasil e o mais econômico para obter dados sobre os solos.

Estima-se que 85% a 90% das fundações convencionais nos EUA usem
o SPT como ensaio de investigação.

A normatização do ensaio SPT foi realizada em 1958 pela ASTM


(American Society for Testing and Materials), sendo comum em todo o
mundo o uso de procedimentos não padronizados e equipamentos
diferentes do padrão internacional.

Apenas em Brasília (Plano Piloto) existem mais de 1800 sondagens


cadastradas em banco de dados e georreferenciadas (Silva, 2007).
Objetivo

• Conhecimento adequado das condições do subsolo.

• Identificação e classificação das diversas camadas componentes


do substrato (extensão, profundidade e nível d’água) antes da
construção.
• Em fundações não se pode generalizar – Solo não é um material
feito pelo homem.
• As características de um solo não podem ser determinadas
apenas pelo aspecto da camada superficial do solo. Há
necessidade de investigar o solo em profundidade.
Vantagens x Desvantagens
Vantagens Desvantagens

- Custo relativamente baixo; -Qualidade do ensaio depende do


-Facilidade de execução; operador;
-Possibilidade de trabalho em -Qualidade do ensaio depende do
locais de difícil acesso; equipamento;
-Permite descrever o subsolo em -Problemas diversos abaixo do
profundidade; NA;
-Permite coleta de amostras -Perdas de Eficiência do ensaio.
deformadas;
-Permite medir o NA (com
ressalvas)
-Permite medir o índice de
resistência à penetração;
-Permite uma série de correlações
com os resultados.
Lista completa do
equipamento SPT
O que significa o Número de Golpes SPT?

COMPACIDADES E CONSISTÊNCIAS SEGUNDO A


RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO - S.P.T.
SOLO DENOMINAÇÃO No DE GOLPES

Compacidade de Fofa 4
areias e siltes
Pouco Compacta 5-8
arenosos
Med. Compacta 9 - 18
Compacta 19 - 41
Muito Compacta  41
Consistência de Muito Mole 2
argilas e siltes
Mole 2-5
argilosos
Média 6 - 10
Rija 11 - 19
Dura  19
Neste furo obteve-se um índice
máximo de resistência de 10
golpes. Observou-se uma
variação constante entre areia
fina e média.
Após poucos metros de
sondagem (3m) observa-se a
cravação do amostrador padrão
eleva, alcançando 13 golpes
para os últimos 30cm.
Após uma pequena variação a
resistência permanece em 13
golpes e reduz
significativamente para 5
golpes mostrando a perda de
resistência da camada
estudada.
Ao final a resistência é
considerada satisfatória
permitindo a classificação da
camada como impenetrável.
Fundações - Aula 01
Sugestões da NBR-8036/1983
Distribuição dos Furos de Sondagem

Distribuição dos furos de sondagens - (a) Sugestão para distribuição em planta dos furos (b) Tabela com o
número mínimo de furos. (NBR 8036/83).
Exercício para
locação de
sondagem
Terreno representado no CAD
Resumo da Execução
Investigação Geotécnica

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