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Rating de

crédito AAA é
coisa do
passado
A P R E S E N TA Ç Ã O P O R

J O Ã O V I TO R B I T E N C O U RT S O A R E S

WILSON DE OLIVEIRA PEREIRA NETO (UC20100258)


Primeiramente, o que é o Rating
de Crédito?
 No mundo dos investimentos, o termo é utilizado para descrever a classificação de uma instituição
(ou mesmo de um país) conforme o risco que ela representa para o mercado quanto a sua capacidade
de honrar as dívidas assumidas por ela.
 Ou seja, quanto maior a capacidade da instituição de honrar com suas dívidas, maior será a sua nota
de crédito, permitindo que o mercado ganhe mais confiança em investir nos indivíduos, empresas e
países que possuem as maiores classificações.
 As três maiores analistas de crédito dão diversas notas, que variam do AAA, sendo a melhor, até D, a
pior possível. A “nota mínima” para uma instituição ser investida é o BBB-. Abaixo dessa nota, estão
as “empresas-lixo”, as junk ratings, que não atraem investidores devido aos seus grandes riscos de
inadimplência

11/06/2023
As principais
agências de
classificação de
risco

 Fitch Ratings

 Standard & Poor’s

 Moody’s

11/06/2023
Dúvida:
Nos anos 1980, mais de 60 empresas possuíam
nota de crédito AAA (a mais alta possível) no
mercado americano

Hoje, apenas duas empresas mantêm essa nota:


a Johnson & Johnson e a Microsoft.

Quais são as explicações para esse fenômeno?

11/06/2023
Ter uma nota AAA não é fácil
 Embora seja a maior nota de crédito que uma empresa possa conseguir e exista muito prestígio e
confiança inerentes, adquirir tal nota não é uma tarefa fácil.

 Essa nota simboliza que, não importa o investimento, a empresa é capaz de devolver o dinheiro e
pagar os juros sem grandes dificuldades, e sempre no prazo.

 Para adquirirem tal nota, as instituições têm que ter grandes margens de lucro, sempre com bastante
dinheiro disponível para seus investidores, para uma ocasião onde eles precisem do dinheiro de volta, e
para que quando o prazo do empréstimo acabar, a empresa já esteja com suas dívidas quitadas.

11/06/2023
 Nos anos 80, as instituições se esforçavam bastante para alcançar e manter essa nota, uma vez que ela
abre caminho para mais investidores, com muito mais dinheiro para oferecer e com juros baratos. Mais
de 60 empresas americanas tinham a nota máxima tão desejada.

 Com os anos, porém, isso mudou. O interesse das empresas em adquirir tal nota caiu, pois elas
perceberam que, para alcança-la, teriam que agir de forma muito conservadora e cautelosa, o que
desfavorece o crescimento.

 Hoje, apenas duas empresas americanas possuem essa nota. Atualmente, o mercado presencia uma
queda gradativa do interesse de instituições em adquirir a nota de crédito máxima.

11/06/2023
Empréstimos por juros baratos
 Um dos maiores motivos para as empresas pararem de almejar notas altas é a baixa taxa de juros dos
Estados Unidos.
 Por muitos anos, o Federal Reserve (banco central americano) têm fornecido empréstimos a diversas
empresas, cobrando juros muito baratos. O objetivo disso é incentivar a economia, favorecendo
empresas a crescerem, e a não se preocuparem em pagar dívidas muito altas em um curto prazo.
 Esses juros baixos favoreceram muito as empresas. Agora, mesmo empresas com notas
relativamente baixas – logo acima das chamadas junk – conseguem adquirir empréstimos bons e
baratos, sem precisar se preocupar com todas as obrigações que uma nota AAA carrega.

11/06/2023
 Essa facilidade fez com que muitas empresas “relaxassem” no quesito de manter uma boa nota de
crédito. Hoje, várias gigantes, como o McDonalds, AT&T e Western Union, possuem um nota de
BBB-, apenas um pouco acima das junks ratings. Essa nota, embora relativamente baixa, já é o
suficiente para que investidores depositem dinheiro e confiança.
 Atualmente, então, vemos que apenas duas empresas possuem a nota máxima de crédito nos Estados
Unidos: a Microsoft e a Johnson & Johnson, em contraste com as dúzias de instituições que
ostentavam tal nota há 40 anos.

11/06/2023
Fontes
• The Wall Street Insinder:

• Standard & Poor’s

• Blog.rico

• NPR.org

• John Lonski, chefe de análise de mercados financeiros do Moody’s

• Claire Boston, repórter de crédito do Bloomberg

11/06/2023

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