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Indigenas

e
Afrodescendentes
Os povos indigenas na republica

Em 1916, os indígenas foram classificados como “incapazes” de exercer seus direitos e de atuarem efetivamente
como cidadãos. Além disso, no início da República, os povos indígenas não foram aceitos em suas diferenças. Eles
pareciam de modo semelhante, e sua pluralidade cultural não era valorizada.
Os Afrodescendentes na republica
A igualdade,era apenas artificial, afinal os negros tinham suas manifestações culturais fortemente limitadas
pelo Estado. A capoeira, mistura de dança e luta e uma das manifestações mais importantes da cultura afro-
brasileira, era considerada prática de vadios e desocupados, sendo por isso proibida pelo Código Penal de
1890. A legislação também considerava crimes contra a saúde pública “o espiritismo , a magia e seus
sortilégios”, o que enquadrava as religiões de matriz africana.
QUANDO ACONTECEU?
Os indígenas foram classificados como populações “incapazes” de exercerem seus
direitos e de atuarem efetivamente como cidadãos
Desse modo, esses povos deveriam então ficar submetidos à guarda
do Estado até que, após um longo processo de reeducação, eles pudessem ser
integrados à “civilização” brasileira.

Portanto, ao longo do período em que a Constituição de 1891 ficou


em vigor, as relações entre os povos indígenas e o Estado brasileiro
foram garantidas sob a esfera da tutela. Isso significa que os indígenas não tinham
direito à atuação e representação nas votações e decisões, nem mesmo em questões
envolvendo suas próprias terras.

Além disso, no início da República, os povos indígenas não eram aceitos em suas
diferenças. Eles eram vistos de modo similar, e sua pluralidade cultural não era
valorizada.
QUANDO ACONTECEU?
Os africanos se tornaram por mais de três séculos, o grande celeiro de mão de
obra escrava para a acumulação capitalista europeia e para os proprietários
rurais e de minas na América. Milhões de negros africanos foram trazidos para
a América ao longo de séculos de migrações forçadas, eram embarcados
geralmente em Angola, Moçambique e Guiné e desembarcados no Recife,
Salvador e Rio de Janeiro.

Segundo alguns autores, cerca de 10 milhões de escravos entraram na América


no período de 1502 a 1870. Ao longo desses séculos se formou uma grande
miscigenação entre europeus, principalmente portugueses, negros e índios.
Poucos países do mundo passaram por uma miscigenação tão intensa quanto o
Brasil.
Razões por quais se desenvolvem os fatos
A população indígena no país sofreu um enorme decréscimo, entre o século XVI e o século XX, passando de
milhões para a casa dos milhares. Extermínios, epidemias e também escravidão foram os principais motivos
dessa redução. Foi após a década de 80 que esse cenário mudou e a população indígena voltou a aumentar.
De acordo com o Instituto Socioambiental, os povos indígenas têm crescido em média 3,5% ao ano.

Então, a partir disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística passou a incluir os povos indígenas no
censo demográfico. Segundo a Funai, a população indígena cresceu cerca de 150% na década de 90 devido
ao aumento de pessoas autodeclaradas indígenas. O censo demográfico levou em consideração o
pertencimento étnico, as línguas faladas e a localização geográfica, considerando também a população
indígena residente fora das terras indígenas.
Razões por quais se desenvolvem os fatos
A rotina dos africanos escravizados no Brasil era muito dura, e eles poderiam ser colocados para
trabalhar em uma jornada que de até 20 horas. Sua escravização era justificada na época como algo que
cumpria um papel civilizatório para os africanos, e a obediência deles era obtida por meio da violência.

Além da obediência obtida por meio da violência, a sociedade colonial colocava o africano escravizado
como uma figura marginalizada e inferior, uma vez que ele não tinha autonomia sobre sua vida, sendo
proibido de escolher o seu trabalho e empregador. Além disso, ele não podia acumular posses, não
recebia pelo seu trabalho etc.
Conquistas
A Constituição de 1988 garante direitos que eram reivindicação dos povos indígenas e afrodescendentes, por exemplo
o direito dos quilombolas a propriedade de suas terras e aos indígenas o direito às terras que tradicionalmente
ocupam. Porém, ainda encontram dificuldades para que se faça valer a constituição e para a conquista de mais
direitos.

Conquistas dos Indígenas e dos Afrodescendentes


Os povos indígenas tem direito garantido na constituição de praticar e ensinar suas próprias tradições, crenças,
costumes e cerimônias; direito de uso de objetos cerimoniais, acesso aos sítios religiosos, direito à autodeterminação,
manter suas identidades e outros.

Os povos afrodescendentes conquistaram a política de cotas (abrange os indígenas), implementação de mecanismos


que evitem fraudes nessas seleções, o ensino da História da África, dos Afrodescendentes e dos Indígenas no ensino
básico e outros direitos.

Apesar dessas conquistas, esses grupos ainda encontram dificuldades na implementação de seus direitos e no acesso à
eles. Esses movimentos continuam ativos na luta por mais direitos que ainda os são negados.
Transformações sociais
As razões das disparidadas nos direitos coletivos realizados por grupos afro-latinos em recentes iniciativas de
reforma relacionadas à cidadania multicultural na América Latina. Em vez de atribuir o maior sucesso dos
índios na conquista desses direitos às diferenças no tamanho da população e níveis mais elevados de
identidade de grupo ou organização do movimento indígena, os autores argumentam que grande parte da
diferença se deve à atribuição de direitos que leva em conta o grupo distinto identidades definidas por
normas culturais. Em geral, os indianos estão mais bem equipados do que a maioria dos afro-latinos para
reivindicar uma identidade étnica distinta de sua cultura nacional e, portanto, são mais bem-sucedidos na
realização dos direitos coletivos.
Uma das possíveis consequências negativas de vincular os direitos coletivos às diferenças culturais é que isso
pode levar.
Elza Soares
“A carne mais barata do mercado

É a carne negra

Que vai de graça pro presídio

E para debaixo do plástico […]”

A letra exposta traz uma análise aos diversos tipos de opressão e violência
sofridos pela população negra no Brasil, que, mesmo se declarando para as
outras nações como uma democracia racial, ou um país sem racismo, o que se
observa na prática é que os resquícios e os estereótipos do período da
escravidão permanecem no imaginário, na cultura e nos costumes da população
brasileira e isso precisa ser erradicado.
Quem foi Elza Soares?
“Elza Gomes da Conceição, mais conhecida como Elza Soares, nasceu no Rio
de Janeiro em 1937. Perdeu dois filhos ainda na infância em ocorrência das
condições precárias em que viviam. Herdou o sobrenome Soares do primeiro
marido, com quem foi obrigada a se casar aos 12 anos de idade.

Aos 13 anos se apresentou, escondida, pela primeira vez na Rádio Tupi: “Ela
surgiu magra, com roupas remendadas por alfinetes e uma sandália da mãe. O
visual provocou o deboche por parte do apresentador Ary Barroso, que
questionou o lugar de onde a garota tinha vindo, ao que ela respondeu: 'Do
planeta fome'. No entanto, uma cantora só pode se dedicar à carreira de artista
depois da morte de seu primeiro marido.

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