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Conversão de Energia

3/10
Conversão Eletromecânica de
Energia

1
Introdução
 Vários dispositivos convertem energia
elétrica em energia mecânica e vice-
versa;
 Os dispositivos que convertem
continuamente a energia são chamados
de motores e geradores;
 Outros dispositivos produzem força
translacional e são conhecidos como
atuadores: solenóides, relés.
2
O Processo de Conversão de
Energia
 Um conversor eletromecânico tem
essencialmente três partes:
 Sistema elétrico
 Sistema mecânico;
 Campo de acoplamento.

3
Introdução
 Máquinas elétricas são conversores, em
modo contínuo, de energia elétrica em
energia mecânica e vice versa.
 Gerador  energia mecânica para
energia elétrica;
 Motor  energia elétrica para energia
mecânica.

4
Introdução
 Conversão eletromecânica de energia

Sistem a C am p o s Sistem a
E létrico M a gn étic o s M ec ân ic o
v, i A cop lad o s C e, 

F lu x o d e en erg ia
G erad or
M otor

5
Introdução
 Conversão eletromecânica de energia

6
Introdução
 A transferência de energia segue a
equação,

Energia = Energia + Energia de + Energia de


Elétrica mecânica acoplamento perdas

7
Introdução
 A energia de perdas está presente nos
três estágios da conversão:

 Elétricas  Perdas nas resistências dos


enrolamentos;
 Mecânicas  atrito e ventilação;
 Acoplamento  Perdas no núcleo.

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Introdução
Energia Elétrica = Energia mecânica + Energia do campo
- perdas + perdas + perdas

 Considerando um tempo diferencial dt


tem-se:
dWe  dWm  dW f

 As perdas não contribuem para o processo


de conversão, e se pequenas podem ser
desprezadas.
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Energia do campo magnético
 Num sistema em equilíbrio estático, tem-
se que,
dWm  0
dWe  dW f

 Desprezando-se as perdas no núcleo, toda


energia elétrica é armazenada como
energia no campo.
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Energia do campo magnético
 Logo, d 
e
dt dWf
dWe  e.i.dt
 dW f  i.d i

 A energia armazenada no campo é dada


por: 
W f   i.d
0
11
Energia do campo magnético
 Sendo Ni  H c lc  H g lg e  N  NAB

 H c lc  H g l g 
 W f     N . A.dB
 N 
 B 
 W f    H clc  lg . A.dB
 0 

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Energia do campo magnético
 A expressão da energia do campo ainda
pode ser reescrita como:
2
B
W f  Alc  H c dB  Al g
2 0
W f  w fc .Vc  w fg .Vg
W f  W fc  W fg
13
Energia do campo magnético
 Onde
 w  densidade de energia no núcleo
fc

 wfg  densidade de energia no entreferro (gap)


 Vc  volume do material magnético
 Vg  volume do entreferro (gap)
 Wfc  energia no material magnético
 Wfg  energia no entreferro (gap)

14
Energia do campo magnético
 Como normalmente a energia
armazenada no campo é muito maior
que a energia no material magnético,
esta última pode, em alguns casos, ser
desprezada. Para um sistema
magnético linear: H c  Bc
c
Bc Bc2
 w fc   dBc 
c 2 c
15
Energia do campo magnético
 Exemplo 3.1 Sen Pag. 97

16
Energia e Coenergia
 A característica -i depende do
entreferro bem como da curva B-H do
material magnético.

17
Energia e Coenergia
 A coenergia é definida como:
i

W    .di
f
'
0
'
Wf  W  W f   .i
f
Wf’

i Wf’ pode ser  que Wf,


nunca menor.

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Força Mecânica
 Se num sistema eletromagnético o gap diminui
lentamente, a característica -i tem duas
posições, e a corrente (i=v/R) em regime
permanente será a mesma.

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Força Mecânica
2
dWe   eidt   id  área abcd
1

dW f  área 0bc - 0ad


dWm  dWe  dW f
 área abcd  área 0ad - área 0bc
 área 0ab

20
Força Mecânica
 Logo o trabalho mecânico corresponde
a variação da coenergia.
'
dWm  dW  f m dx f
'
W (i, x )
f
fm 
x i  cte

21
Força Mecânica
 Fazendo a mesma consideração para
um movimento rápido do entreferro, de
forma que o fluxo permaneça constante
2
dWe   i.d  0
1
 x=x1
b x=x2
dWe=0 p
a dWm
área 0ap
i
0
22
Força Mecânica
 Notar que i.d=0, ou seja, sem
acréscimo de energia elétrica, e a
energia mecânica é toda fornecida pelo
campo eletromagnético.
f m dx  dWm   dW f * Força negativa significa
aumento do entreferro
W f ( , x )
fm  
x   cte
23
Força Mecânica
 Para pequenos aumentos do entreferro,
a energia mecânica necessária será
aproximadamente a mesma.

 Ex. 3.2 Sen Pag. 125

24
Sistema Linear
 Desprezando-se a relutância do material
magnético: Wf =W’f
  L( x ).i
  2
Wf   d 
0 L( x ) 2 L( x )
  2  2 dL( x ) 1 2 dL( x )
f m      2  i
x  2 L( x )   cte 2 L ( x ) dx 2 dx

25
Sistema Linear
 Para um sistema linear:

1
W f  W  L( x )i 2
f
'

2
 1 2 1 2 L( x )
f m   L( x )i   i
x  2  i cte 2 dx

26
Sistema Linear
 Desprezando-se a relutância do material
magnético no sistema da figura 3.2
(Sem pag.94) tem-se,
Bg
Ni  H g 2 g  2g
Pressão
0
2
magnética: Bg
Wf  Ag 2 g
Bg2 2 0
2
Fm  N /m 2 2
2 0 
  gB  B
fm  Ag 2 g   g Ag
g  2 0  0
 27
Sistema Linear
Ex. 3.3 Sen Pag. 104
2 2 2
Bg   B g  Bg
Wf  Ag g fm  Ag g   Ag
2 0 g  2 0  2 0

 Ex. 3.4 Sen Pag. 105


+ Para formas de onda contínuas o valor médio
é igual ao valor RMS.

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Máquinas Rotativas
 Dois fenômenos eletromagnéticos
promovem a conversão eletromecânica de
energia:
 Quando um condutor é movimentado em um
campo magnético, uma tensão é induzida no
mesmo (Lei de Faraday);
 Quando um condutor, conduzindo uma
corrente, é movimentado em um campo
magnético, o mesmo experimenta uma força
mecânica (Lei de Lenz);
29
Estator, rotor, pólos
 A parte fixa chama-se estator e a parte
móvel é chamada de rotor. Figura 3.6

estator
 ir
is

m

rotor

30
Energia no campo
 Considerando que os dois enrolamentos
são alimentados em tensão e que o
sistema está parado, a energia no
campo é dada por:
dW f  esis dt  erir dt
 is ds  ir dr

31
Fluxo rotórico e estatórico
 Expressando em termos das indutâncias,
para um sistema linear:
s  Lssis  Lsrir r  Lrsis  Lrrir

 Onde Lss  auto-indutância do estator


Lrr  auto-indutância do rotor
Lsr=Lrs  indutâncias mútuas entre
rotor e estador.
32
Fluxo rotórico e estatórico
 Escrevendo em termos matriciais:

s Lss Lrs is

r Lsr Lrr ir

dW f  is d Lssis  Lsr ir   ir d Lsr is  Lrr ir 


 Lssis dis  Lrr ir dir  Lsr d isir 

33
Energia no campo
 A energia no campo é:

is is is ,ir
W f  Lss  is dis  Lrr  ir dir  Lsr  d (isir )
0 0 0

1 2 1 2
 Lsis  Lrir  Lsrisir
2 2

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Força Translacional - Torque
 O torque desenvolvido para um sistema
linear, visto que o fluxo enlaçado varia
cossenoidalmente com a posição do rotor,
é dado por:
W f  W f'
W f' i,  
T
 i  cte

1 2 dLss 1 2 dLrr dLsr


 is  ir  isir
2 d 2 d  d 35
Força Translacional
 Na expressão anterior, os primeiros dois
termos são chamados de torque de
relutância.
 O terceiro termo é devido à variação da
indutância mútua entre rotor e estator.

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Força Translacional
 Usando a identidade trigonométrica:
1
sen s cos t  sen s  t   sen s  t 
2
 A máquina de relutância desenvolve torque
e gira à velocidade síncrona (freqüência da
fonte).

37
Máquinas Cilíndricas
 Nas máquinas cilíndricas o entreferro é
constante. Logo, a relutância não varia com
a posição do rotor. Fig. 3.7
E ix o r ot or

= m t+ 

E ix o e st at or

38
Máquinas Cilíndricas
 Também deve-se notar que não existe
torque de relutância:
0 0

1 2 dLss 1 2 dLrr dLsr


T  is  ir  isir
2 d 2 d d
dLsr
 isir
d
39
Máquinas Cilíndricas
 Somente a indutância mútua varia com a posição
do rotor:

Lsr  M cos( )
 Onde: M é o valor máximo da
indutância mútua
 é o ângulo entre o eixo
magnético dos enrolamentos rotórico e
estatórico.
40
Máquinas Cilíndricas
 Sendo as correntes nos
dois enrolamentos iguais a:
is  I sm cos(s t )
ir  I rm cos(r t   )
 E a posição do rotor em
qualquer instante igual a:
  mt  
41
Máquinas Cilíndricas
 Onde m é a velocidade angular magnética
e  a posição do rotor em t=0.
 Logo,
T   I sm I rm M cos(s t )
cos(r t   )
sen (mt   )
42
Máquinas Cilíndricas

I sm I rm M
T  senm  s  r t     
4
 senm  s  r t     
 senm  s  r t     
 senm  s  r t     
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Máquinas Cilíndricas
 O torque varia senoidalmente com o
tempo, e seu valor médio é zero.
 O torque médio será diferente de zero se o
coeficiente de t for 0 em algum termo
senoidal:

m  S  r
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