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CONCEITOS ELEMENTARES SOBRE

ENGENHARIA DE SEDIMENTOS

Prof. Luiz Evaristo Dias de Paiva

1
OBJETIVO
Apresentar uma visão geral sobre o assunto
hidrossedimentologia, abordando temas que
contemplam aspectos relacionados a:

Origem e fonte dos sedimentos


Problemas ambientais associados aos sedimentos
Aspectos qualitativos do transporte de sedimentos em rios
Aspectos qualitativos sobre o assoreamento de reservatórios

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O CICLO DAS ROCHAS

Fonte: Geologia de Engenharia . Cap.2 (?)


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ORIGEM E FORMAÇÃO DOS

Desagregação química
SEDIMENTOS

Desagregação Mecânica

Desagregação orgânica

Desagregação química: ex. de agentes causadores: oxigênio dióxido de carbono e vapor de água
Desagregação Mecânica: ex. abrasão resultante do movimento natural; expansão causada por variações
químicas (Ex. Congelamento da água).
Desagregação orgânica: decomposição de raízes, animais e troncos de arvores.
Sedimento
“sedimento é todo material fragmentado transportado, pela
água ou ar, suspenso ou depositado, ou acumulado nos
leitos por outros agentes naturais; qualquer acumulação
detrítica, tal como o loesse” [segundo Worcester (1945) está e a definição do Subcomitê
sobre Terminologia da União Geofísica Americana ]

“sedimento: é a partícula derivada da rocha, ou de


materiais biológicos, que podem ser transportado por
fluido; é a partícula derivada da fragmentação das rochas,
por processos físicos ou químicos, e que é transportada
pela água ou pelo vento do lugar de origem aos rios e aos
locais de deposição; é o material sólido em suspensão na
água ou depositado no leito [Carvalho, 1994)
INTRODUÇÃO
Brasil Brasil exemplos de
reservatórios assoreados
Perdas por erosão
atingem, em muitos Pampulha em Belo
casos, 20 t / ha.ano horizonte (MG)

Paraná: 15 a 20 t /ha.ano Cariobinha em


Americana – (SP)
Perde em torno de 1,5
bilhão de dólares Reservatório da
Hidrelétrica de
Mascarenhas. Redução
de 46% da sua
capacidade. (Rio Doce
MG/ES)

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CÓRREGO SANTA LUZIA/TEIXEIRAS DEZ 2013 9
CHUVA DEZ 2013/BAIRRO CASCATINHA 10
CHUVA DEZ 2013/BAIRRO CASCATINHA 11
CHUVA DEZ 2013/BAIRRO CASCATINHA 12
EVOLUÇÃO DOS MODELOS
EVOLUÇÃO
DOS
MODELOS

TENSÃO VELOCIDADE ABORDAGEM POTÊNCIA DA


CRÍTICA CRÍTICA ESTOCÁSTICA CORRENTE

VELIKANOV
EINSTEIN (1950) BAGNOLD (1966)
DU-BOYS (1946)
E
(1879) SEGUIDORES YANG (1973)
LEVI (1948)

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INTRODUÇÃO

14
Diferentes formas de abordagem
PRINCIPAIS LINHAS DE INVESTIGAÇÕES

INÍCIO DO
MOVIMENTO

FORMAS DE
RESISTÊNCIA LINHAS DE
FUNDO
HIDRÁULICA PESQUIAS

TRANSPORTE
SUSPENSÃO
ARRASTE

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INÍCIO DO MOVIMENTO DO SEDIMENTO

Diagrama de Shields (1936) apud Chang(1981)

17
VARIAÇÃO DAS FORMAS DO LEITO COM O NÚMERO DE FROUDE

Configurações do leito de acordo com Simons e Richardson (1961). FONTE: Wilson-Jr (1972)

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RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO

U 12,27 . R H .  
 5,75 log  
U *  D 65 

 s   . D 35 
 
0
U
U *



Relação de resistência de forma baseada em dados de rios EINSTEIN & BARBAROSSA (1952) [ apud VANONI, 1975]
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RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO
d . S
1 
 s  
    1 . D 65

i   d  
U  g . d  . S 1 2 6,0  2,5 ln  
Anti-dunas

  2,5 D 65 

Ondas permanentes
ou leito plano

Transição

Duna

i
Relação de resistência de Engelund (1966) [ apud CHANG, 1988; SIMONS & SENTURK, 1992]

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DIFERENTES FORMAS DE TRANSPORTE DE SEDIMENTOS

Diferentes formas de transporte de sedimentos [Alvarez & Flores, 1996; Coiado, 2002-2003]
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TRANSPORTE POR ARRASTE: EQUAÇÃO DAS DUNAS E RUGAS

Acumulação volumétrica   Volume de sólidos   Volume de sólidos 


  
 que entram através de X  que saem através de X  X 
 no elemento X     

Y 1  qB
 0
 t 1   X

h
qB  1  λ Vs
2

Equação das dunas e rugas [Simons et al, 1965 ; Wilson- Jr & Paiva, 2003]

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PERFIL DA CONCENTRAÇÃO DO SEDIMENTO EM SUSPENSÃO

zw
z
C d  y a  k
  U*
C a  y y  a 

(y  a)
(d  a )
0,125
0,25
0,5
1
1
2
4 2

Z =4
C
Ca

Diagrama de Rouse (1937) apud Chang(1981)


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EXEMPLOS DE EQUAÇÕES DE CÁLCULO

FONTE: Paiva (2007)

24
METODOLOGIA PARA MEDIÇÕES

[FONTE: PAIVA, 2007]


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MEDIDAS HIDROMÉTRICAS – VELOCIDADE E VAZÃO

Ui  0,02278  0,2638 Ni
n
Qm   Ui . dmi . bi
i 1
Fonte:[Paiva, 2007]

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MEDIDAS SEDIMENTOMÉTRICAS – DESCARGA EM SUSPENSÃO

27
MEDIDAS SEDIMENTOMÉTRICAS – COLETA DO MATERIAL DO LEITO

Amostrador ARNHEM-BTMA Draga tipo PETERSEN

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RESERVATÓRIO: ASSOREAMENTO

FONTE: (COIADO; 2001: IN: Paiva, J.B.D.de.; PAIVA,E.M.C.D. (2001)

29
RESERVATÓRIO: ASSOREAMENTO MÉTODOS CONSERVADORES

FONTE: (COIADO; 2001: IN: Paiva, J.B.D.de.; PAIVA,E.M.C.D. (2001)

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Bibliografia
Carvalho, N.O; et al (2000). Guia de Avaliação de Assoreamento de Reservatórios .
Brasília. ANEEL, p.140.

Paiva, J.B.D.de.; PAIVA,E.M.C.D. (2001) – ORGANIZADORES. Hidrologia Aplicada à Gestão


de Pequenas Bacias Hidrográficas. Porto Alegre. ABRH, p.625

Paiva, L.E.D.de. (2007). A influência do Diâmetro Representativo do Material do Leito nas


Fórmulas de Cálculo do Transporte de Sedimentos em Escoamentos com Superfície
Livre. Tese apresentada à Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do grau de
doutor em Engenharia Civil na área de concentração em Recursos Hídricos. UNICAMP,
340p. Campinas, Estado de São Paulo, Brasil.

Paiva, F.M.L; Sriinivasan, V,S; et al. (2008). Modelagem Hidrossedimentológica em Micro-


Bacias Experimentais. XXIII Congresso Latino Americano de Hidráulica. AIHR.
Cartagena de Indias – Colombia, setembro de 2008.

Pruski, F.F. (2006). Conservação de Solo e Água: praticas mecânicas para o controle da
erosão . Viçosa- MG. ed.UFV, p.241.

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