CURRÍCULO, PRATICA SOCIAL E A

EDUCAÇÃO.
PROFº DR. JOSÉ PEDRO GARCIA OLIVEIRA
 CURRÍCULO

PRÁTICA SOCIAL EDUCAÇÃO

 O CURRÍCULO ESCOLAR
O CURRÍCULO CONSTITUIU UM DOS FATORES QUE MAIOR
INFLUÊNCIA POSSUI NA QUALIDADE DO ENSINO. ESTE
APARENTE CONSENSO ESCONDE UM EQUÍVOCO. NÃO
EXISTE UMA NOÇÃO, MAS VÁRIAS NOÇÕES DE CURRÍCULO,
TANTAS QUANTAS AS PERSPECTIVAS ADOTADAS. O
CURRÍCULO CONTINUA A SER IDENTIFICADO, COM O
"PLANO DE ESTUDO". CURRÍCULO SIGNIFICA, NESTE CASO,
POUCO MAIS DO QUE O ELENCO E A SEQUÊNCIA DE
MATÉRIAS PROPOSTAS PARA UM DADO CICLO DE ESTUDOS,
UM NÍVEL DE ESCOLARIDADE OU UM CURSO, CUJA
FREQUÊNCIA E CONCLUSÃO CONDUZEM O ALUNO A
GRADUAR-SE NESSE CICLO, NÍVEL OU CURSO.
• O CURRÍCULO ESCOLAR.
• UM MEIO PELO QUAL A ESCOLA SE ORGANIZA, PROPÕE OS SEUS
CAMINHOS E A ORIENTAÇÃO PARA A PRÁTICA, OU SEJA:
• SOBRE O QUE, QUANDO E COMO ENSINAR.
• SOBRE O QUE, QUANDO E COMO AVALIAR O CURRÍCULO DEVE SER
CONSTRUÍDO A PARTIR DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA
ESCOLA, QUE VIABILIZARÁ A SUA OPERACIONALIZAÇÃO,
ORIENTANDO AS ATIVIDADES EDUCATIVAS, AS FORMAS COMO
EXECUTÁ-LAS, ALÉM DE DEFINIR SUAS FINALIDADES.
• RELACIONA PRINCÍPIOS E OPERACIONALIZAÇÃO, TEORIA E
PRÁTICA, PLANEJAMENTO E AÇÃO.
• A PROPOSTA CURRICULAR É APENAS UM PONTO DE PARTIDA.
• A SOCIEDADE ATUAL EXIGE DAS ESCOLAS A FORMAÇÃO DE UM
ALUNO PARTICIPATIVO, CRÍTICO E CRIATIVO À ENSINAR POR
COMPETÊNCIAS (2000).
PRATICA SOCIAL
- PRÁTICA SOCIAL SEGUNDO A LEI N.º 9.394/96,
(DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL), AFIRMA
NO § 2º DO ARTIGO 1.º , QUE “A EDUCAÇÃO ESCOLAR
DEVERÁ VINCULAR-SE AO MUNDO DO TRABALHO E À
PRÁTICA SOCIAL.” MAS O QUE VEM A SER PRÁTICA SOCIAL,
NO CONTEXTO DA LDBEN?
- A PRÁTICA SOCIAL CITADA NA LDBEN NO BOJO DAS
CORRENTES FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO, CONFORME
WACHOWICZ (1989) CITADO POR GASPARIM (2003, p. 21),
“A PRÁTICA SOCIAL PODE SER TOMADA COMO LEITURA DA
REALIDADE.” PODE SER VISTA A PARTIR DAS INDICAÇÕES
INTERNAS DOS CONTEÚDOS ESCOLARES PROPOSTAS
PELO PROFESSOR COMO UM RECURSO DIDÁTICO.
• ANDA GASPARIM (2003, p. 21), PRÁTICA SOCIAL NA
PERSPECTIVA DO PENSAMENTO DIALÉTICO É MUITO MAIS
AMPLA DO QUE A PRÁTICA SOCIAL DE UM CONTEÚDO
ESPECÍFICO, POIS REFERE-SE A UMA TOTALIDADE QUE
ABARCA O MODO COMO OS HOMENS SE ORGANIZAM PARA
PRODUZIR SUAS VIDAS EXPRESSO NAS INSTITUIÇÕES
SOCIAIS DO TRABALHO, DA FAMÍLIA, DA ESCOLA, DA IGREJA,
DOS SINDICATOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, DOS
PARTIDOS POLÍTICOS, ETC.
• HÁ DOIS ENTENDIMENTOS DE PRATICA SOCIAL: PRIMEIRO
TOMA O CONTEÚDO DE ENSINO ESCOLAR E A PARTIR DELE
PROPÕE O DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA; O
SEGUNDO SE REFERE A UM SENTIDO MAIS AMPLO
CONDUZIDO COMO UM PROCESSO DE TOTALIDADE, ISTO É,
COMO UM PROCESSO DE FORMAÇÃO INTEGRAL DO
INDIVÍDUO.
-KIMURA (2008, p. 120), AFIRMA QUE “AS PRÁTICAS SOCIAIS
SE REFEREM ÀS ATIVIDADES QUE CADA UM REALIZA NA
SOCIEDADE NA QUAL VIVEMOS, O QUE SIGNIFICA TRATAR-SE
DE UMA AMPLA REDE DE INTERAÇÕES DE QUE
PARTICIPAMOS.” DESSE MODO, A EDUCAÇÃO SE
DESENVOLVE NA E PARA A SOCIEDADE. CONCLUI-SE QUE
TODA PRÁTICA EDUCATIVA É UMA PRÁTICA SOCIAL. NESSA
DIREÇÃO, É PRECISO PENSAR NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS
COMO SENDO PRÁTICAS SOCIAIS EDUCATIVAS E AO MESMO
TEMPO EDUCADORAS. PODE-SE ARROLAR NESSE CONJUNTO
AQUELAS “PRÁTICAS” QUE SE DESENVOLVEM POR TODO O
ANO LETIVO, POR TODO O CURSO, ETC... SEM QUE NELA SE
VERIFIQUE A CONSECUÇÃO DE OBJETIVOS.
- A PRÁTICA SOCIAL PODE SER TODA AÇÃO PEDAGÓGICA
CAPAZ DE PROPORCIONAR AOS PROFESSORES E AOS
ALUNOS, FERRAMENTAS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
QUE LHES PERMITAM A CONSTRUÇÃO DE SEUS PRÓPRIOS
CONHECIMENTOS, DE MODO QUE POSSAM ATUAR EM
TODOS OS MOMENTOS DE SUAS VIDAS COMO CIDADÃOS
AUTÔNOMOS, CRÍTICOS E PARTICIPATIVOS. A PRÁTICA
SOCIAL PODE SER ENTENDIDA COMO UMA POSSIBILIDADE
METODOLÓGICA DE QUE O PROFESSOR DISPÕE PARA
ATUAR JUNTAMENTE COM SEUS ALUNOS NO
CONHECIMENTO DA REALIDADE NA QUAL ESTÃO
INSERIDOS: PROFESSOR, ALUNOS, ESCOLA E
COMUNIDADE.
- CONHECER UMA SOCIEDADE SIGNIFICA ENTENDER
SEUS COSTUMES, TRADIÇÕES, MOVIMENTOS E
FESTAS. ESTES FATORES EXTERNOS INTERAGEM DE
MODO INDIVIDUAL EM CADA SER HUMANO QUE FAZ
PARTE DE UM GRUPO.
- AS PRÁTICAS SOCIAIS SE REFEREM À FORMA QUE
UMA SOCIEDADE SE ESTRUTURA ATRAVÉS DE
NORMAS E COSTUMES. ESTAS TRADIÇÕES TRAZEM
SENTIDO DE GRUPO A UMA COMUNIDADE
UNIFICADA, COMO TAMBÉM MOSTRAM
PRECISAMENTE QUE O SER HUMANO É SOCIAL POR
NATUREZA.
• A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA, SEGUNDO SAVIANI
(1993), ADOTA O PARADIGMA METODOLÓGICO DA
CONCEPÇÃO DIALÉTICA E TEM POR OBJETIVO PRINCIPAL
A RE-SIGNIFICAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESCOLARES POR
MEIO DA PRÁTICA SOCIAL. A BASE MARXISTA DA
PRODUÇÃO DO SABER É A CONSTRUÇÃO DE
CONHECIMENTOS A PARTIR DA TRANSFORMAÇÃO DA
SOCIEDADE, ONDE A HISTORICIDADE SEMPRE PRESENTE
CONSTITUI O MARCO INICIAL. NESSE SENTIDO, CORAZZA
(1991) CITADO POR GASPARIM (2003, p. 84), O
CONHECIMENTO SE ORIGINA NA PRÁTICA SOCIAL DOS
HOMENS E NOS PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO DA
NATUREZA POR ELES FORJADOS E AGINDO SOBRE A
REALIDADE OS HOMENS A MODIFICAM, MAS NUMA
RELAÇÃO DIALÉTICA, ESTA PRÁTICA PRODUZ EFEITOS
SOBRE OS HOMENS, MUDANDO TANTO O SEU
PENSAMENTO, COMO SUA PRÁTICA.
EDUCAÇÃO
 EDUCAÇÃO
- EDUCAÇÃO É SEMPRE UMA PRÁTICA, UMA AÇÃO,
NÃO É POSSÍVEL COMPREENDÊ-LA COMO ALGO
ESTÁVEL. A EDUCAÇÃO É UMA AÇÃO SOCIAL EM
VISTA DE UM FIM.
– EDUCAÇÃO É, TAMBÉM, UM PROCESSO DE
TEORIZAÇÃO E DE REFLEXÃO. ENVOLVE
CONSCIÊNCIA DE UM CONHECIMENTO E DE UMA
AÇÃO.
- EDUCAÇÃO, SIGNIFICA UM PROCESSO OU SOMA DE
ATOS EDUCATIVOS ENCADEADOS EM FUNÇÃO DA
FORMAÇÃO DO SER HUMANO, EM VISTA DE UM FIM.
TAL PROCESSO ACONTECE EM SOCIEDADE, NUM
TEMPO E ESPAÇO DETERMINADOS.
- SOBRE EDUCAÇÃO DE PAULO FREIRE- VERDADES DA PROFISSÃO DE
PROFESSOR
• NINGUÉM NEGA O VALOR DA EDUCAÇÃO E QUE UM BOM PROFESSOR É
IMPRESCINDÍVEL. MAS, AINDA QUE DESEJEM BONS PROFESSORES PARA
SEUS FILHOS, POUCOS PAIS DESEJAM QUE SEUS FILHOS SEJAM
PROFESSORES. ISSO NOS MOSTRA O RECONHECIMENTO QUE O TRABALHO
DE EDUCAR É DURO, DIFÍCIL E NECESSÁRIO, MAS QUE PERMITIMOS QUE
ESSES PROFISSIONAIS CONTINUEM SENDO DESVALORIZADOS. APESAR DE
MAL REMUNERADOS, COM BAIXO PRESTÍGIO SOCIAL E
RESPONSABILIZADOS PELO FRACASSO DA EDUCAÇÃO, GRANDE PARTE
RESISTE E CONTINUA APAIXONADA PELO SEU TRABALHO.
• AOS PROFESSORES, FICA O CONVITE PARA QUE NÃO DESCUIDEM DE SUA
MISSÃO DE EDUCAR, NEM DESANIMEM DIANTE DOS DESAFIOS, NEM
DEIXEM DE EDUCAR AS PESSOAS PARA SEREM “ÁGUIAS” E NÃO APENAS
“GALINHAS”. POIS, SE A EDUCAÇÃO SOZINHA NÃO TRANSFORMA A
SOCIEDADE, SEM ELA, TAMPOUCO, A SOCIEDADE MUDA.
• A EDUCAÇÃO É FUNDAMENTAL NA FORMAÇÃO DE NOSSAS
CRIANÇAS, SENDO QUE, SOMENTE ATRAVÉS DA
EDUCAÇÃO É QUE PODEREMOS VISLUMBRAR A
ESPERANÇA DE UM FUTURO MELHOR, MAIS JUSTO, E
MENOS DESIGUAL, COM MENOS VIOLÊNCIA, MAIS
TRABALHO, E ESTABILIDADE NA VIDA DE TODOS OS
BRASILEIROS.
- É PRÓPRIO DA ESCOLA ELABORAR E PRATICAR AS MAIS DIVERSAS
FORMAS DE CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO, VÁLIDOS PARA POSSIBILITAR
MELHOR ENTENDIMENTO DOS DIFERENTES FATOS, AÇÕES E FENÔMENOS
QUE SÃO CONTEMPLADOS NO CURRÍCULO.
- NO BRASIL UMA NOVA CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO A PARTIR DOS PCNs
(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS) QUE É UM
REDIMENSIONAMENTO DE TODA AÇÃO DA ESCOLA ONDE O CURRÍCULO NÃO
É APENAS AS DISCIPLINAS, MAS TODA MOVIMENTAÇÃO DA COMUNIDADE
EDUCATIVA PARA ATENDER NOSSAS REALIDADES PLURAIS E DIVERSAS
- PELO CURRÍCULO, TEORIAS E PRÁTICAS TEMOS UM NORTEAMENTO
EDUCACIONAL NA ESCOLA, GARANTINDO E RESPEITANDO AS
DIVERSIDADES CULTURAIS, REGIONAIS E POLÍTICAS QUE ATRAVESSAM
UMA SOCIEDADE MÚLTIPLA, ESTRATIFICADA E COMPLEXA. A META É DE
UMA CRESCENTE IGUALDADE DE DIREITOS ENTRE OS CIDADÃOS, BASEADOS
NOS PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS. ESSA IGUALDADE IMPLICA,
NECESSARIAMENTE EM TER ACESSO AO CONHECIMENTO.
 A RELAÇÃO
- O CURRÍCULO ENTENDIDO COMO PROCESSO (MANEIRA DE
AGIR), ENVOLVE UMA MULTIPLICIDADE DE RELAÇÕES QUE
PODEM SER ABERTAS OU TÁCITAS E NOS DIVERSOS ÂMBITOS,
QUE VÃO DESDE DAS REGRAS DE AÇÃO, DAS DIVISÕES
ADMINISTRATIVAS, ÀS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, NA ESCOLA
COMO INSTITUIÇÃO E NAS UNIDADES ESCOLARES
ESPECIFICAMENTE. J. G. SACRISTÁN.
- O CURRÍCULO CONSTITUI SIGNIFICATIVO INSTRUMENTO
UTILIZADO POR DIFERENTES SOCIEDADES TANTO PARA
DESENVOLVER OS PROCESSOS DE,
- CONSERVAÇÃO
- TRANSFORMAÇÃO
- RENOVAÇÃO
DOS CONHECIMENTOS HISTORICAMENTE ACUMULADOS
SEGUNDO VALORES TIDOSCOMO DESEJÁVEIS.
• A PRÁTICA SOCIAL NESSA PERSPECTIVA CURRICULAR
O ALUNO PARTICIPA DA CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO ESCOLAR, FAZENDO A LEITURA DA
REALIDADE E ASSUME O OBJETO DO CONHECIMENTO.
O PROFESSOR DESAFIA, MOBILIZA, SENSIBILIZA; O
ALUNO PERCEBE A RELAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO E
SUA VIDA, A NECESSIDADES, OS INTERESSES.
• O PROFESSOR CRIA UM CLIMA DE PREDISPOSIÇÃO À
APRENDIZAGEM; MOTIVA O ALUNO A PARTIR DE SUA
PRÁTICA SOCIAL IMEDIATA A RESPEITO DO CONTEÚDO
A SER ESTUDADO; PROFESSOR E ALUNOS CONVERSAM
SOBRE A PRÁTICA SOCIAL MEDIATA, (IDENTIDADE
CULTURAL DO ALUNO). APRENDIZAGEM
INTERESSANTE.
• O PROFESSOR PROCURA CONHECER O QUE OS ALUNOS JÁ
SABEM, SUAS PRÉ-OCUPAÇÕES E SEUS SENTIMENTOS. ISTO
POSSIBILITA UM TRABALHO PEDAGÓGICO MAIS ADEQUADO E
SIGNIFICATIVO PARA OS ALUNOS, POIS OS CONTEÚDOS QUE
SÃO APRESENTADOS NÃO INTERESSAM A PRIORI AOS
APRENDENTES. É NECESSÁRIO RELACIONÁ-LOS ÀS OPINIÕES
TRAZIDAS PELOS EDUCANDOS, CONTEXTUALIZANDO-OS.
• O PROFESSOR BUSCA A REPRESENTAÇÃO DOS ALUNOS SOBRE O
CONHECIMENTO, SUA VISÃO-CONCEPÇÃO A RESPEITO DOS
CONTEÚDOS. PARTE-SE DO SABER QUE OS ALUNOS POSSUEM
SOBRE O CONTEÚDO.
• ASSIM, A PRÁTICA SOCIAL TORNA-SE A “LEITURA DA
REALIDADE” COMO CONTEÚDO E OBJETO DE
CONHECIMENTO, DIÁLOGO NECESSÁRIO NA RELAÇÃO
PROFESSOR-ALUNO, COM O PENSAMENTO E A CULTURA
CORPORIFICADA NAS OBRAS E PRÁTICAS SOCIAIS (CHAUÍ,
1980
• A EDUCAÇÃO É ALGO TÃO ABRANGENTE QUANTO AS RELAÇÕES
HUMANAS.
“NINGUÉM ESCAPA DA EDUCAÇÃO. EM CASA, NA RUA, NA
IGREJA OU NA ESCOLA, DE UM MODO OU DE MUITOS
TODOS NÓS ENVOLVEMOS PEDAÇOS DA VIDA COM ELA:
PARA APRENDER, PARA ENSINAR, PARA APRENDER-E-
ENSINAR. PARA SABER, PARA FAZER, PARA SER OU PARA
CONVIVER, TODOS OS DIAS MISTURAMOS A VIDA COM A
EDUCAÇÃO.” (BRANDÃO, 1985, P. 7.
- DESSA AFIRMAÇÃO CONSTATAMOS QUE A EDUCAÇÃO ULTRAPASSA
O AMBIENTE ESCOLAR, POIS ELA OCORRE “EM CASA, NA RUA, NA
IGREJA OU NA ESCOLA”. ALÉM DISSO, “TODOS NÓS ENVOLVEMOS
PEDAÇOS DA VIDA COM ELA”. POR QUE NÃO ESCAPAMOS, E POR QUE
TODOS NÓS A CADA INSTANTES REALIZAMOS ATOS DE
APRENDIZAGEM E DE ENSINO.
- PELA EDUCAÇÃO DESENVOLVEMOS NOSSA CAPACIDADE E
POTENCIALIDADES PARA O “SABER” E PARA O “FAZER”.
EDUCAÇÃO NÃO É UM PONTO DE CHEGADA, MAS UM PROCESSO.
NESSE PROCESSO ESTÁ PRESENTE A DINAMICIDADE DAS AÇÕES
E RELAÇÕES ENTRE AS PESSOAS, GRUPOS E A SOCIEDADE O
QUE FAZ DESSE PROCESSO UM MECANISMO QUE PODE
PRODUZIR TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS, MAS QUE, EM GERAL,
REFORÇA E MANTÉM A SOCIEDADE ESTRATIFICADA.
-COMO AFIRMA LUCKESI (2001, P. 30), EM TODAS AS DIMENSÕES
DA VIDA EXISTEM PROCESSOS EDUCACIONAIS:
“A EDUCAÇÃO É UM TÍPICO ‘QUE-FAZER’ HUMANO, OU SEJA,
UM TIPO DE ATIVIDADE QUE SE CARACTERIZA
FUNDAMENTALMENTE POR UMA PREOCUPAÇÃO, POR UMA
FINALIDADE A SER ATINGIDA. A EDUCAÇÃO DENTRO DE UMA
SOCIEDADE NÃO SE MANIFESTA COMO UM FIM EM SI MESMO,
MAS SIM COMO UM INSTRUMENTO DE MANUTENÇÃO OU
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.”
• A AFIRMAÇÃO DO AUTOR IMPLICA DIZER QUE O PROCESSO
EDUCACIONAL EXIGE QUE OLHEMOS PARA AS AÇÕES
HUMANAS, AS QUAIS SE EXPLICAM NA RELAÇÃO COM SUA
FINALIDADE. AS AÇÕES HUMANAS SE CARACTERIZAM POR
SEREM “INSTRUMENTOS” PARA A “MANUTENÇÃO OU
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL”. ISSO IMPLICA DIZER QUE A
EDUCAÇÃO É UM DOS ELEMENTOS QUE AJUDAM A
CONSTITUIR E MOLDAR A SOCIEDADE. PARA A SOCIEDADE
SER DO JEITO QUE É – OU QUE ESTÁ – OCORRERAM AÇÕES
E PROCESSOS EDUCATIVOS: A SOCIEDADE SE EDUCOU
PARA ISSO. “A EDUCAÇÃO PARTICIPA DO PROCESSO DE
PRODUÇÃO DE CRENÇAS E IDÉIAS, DE QUALIFICAÇÕES E
ESPECIALIDADES QUE ENVOLVEM AS TROCAS DE
SÍMBOLOS, BENS E PODERES QUE, EM CONJUNTO,
CONSTROEM TIPOS DE SOCIEDADES. É ESTA A SUA FORÇA”
(BRANDÃO, 1985, P. 11).