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O PAPEL DOS PAIS NA

RADIOLOGIA PEDIÁTRICA
Faculdades Integradas Camões.
Prof. Esp. Mateus Felipe Costa da Silva
INTRODUÇÃO DO TECNÓLOGO

• No primeiro encontro, a maioria das crianças é


acompanhada de pelo menos um dos pais ou
cuidador.
• Os seguintes passos são importantes:
• Apresentar-se como o tecnólogo que vai trabalhar
com aquela criança.
• • Saber quais informações o médico assistente deu
aos pais e ao paciente.
• • Explicar o que você vai realizar e quais serão
suas necessidades.
INTRODUÇÃO DO TECNÓLOGO

• Lágrimas, medo e resistência combativa são reações comuns para uma criança mais nova.
• O tecnólogo deve despender tempo para comunicar aos pais e à criança, numa linguagem que
eles possam compreender, exatamente o que ele ou ela vai realizar.
• O profissional deve tentar construir uma atmosfera de confiança na sala de espera, antes que o
paciente seja levado até a sala de radiografia; isso inclui a discussão da necessidade de
imobilização como último recurso se a cooperação da criança não ocorrer
INTRODUÇÃO E PRINCÍPIOS

Tecnóloga explicando o procedimento à mãe e à paciente. (BONTRAGER, 2015)


AVALIAÇÃO DO PAPEL DOS PAIS

• O primeiro encontro é também o momento de avaliar o papel do pai ou cuidador.


• Três possibilidades (a terceira opção é somente requerida se a mãe estiver grávida) são as que
seguem:
• 1. Os pais ficam na sala como observadores, dando suporte e conforto através da sua presença.
• 2. A participação ativa dos pais, ajudando com a imobilização.
• 3. A permanência dos pais na área de espera, não acompanhando a criança na sala de radiografia.
AVALIAÇÃO DO PAPEL DOS PAIS

• Por vezes, uma criança que age com medo e de forma combativa na presença dos pais e é mais
cooperativa sem a presença dos mesmos.
• Esse é o momento em que as habilidades de comunicação do tecnólogo são testadas.
• A avaliação do papel dos pais é importante e requer objetividade do tecnólogo.
• Se for determinado que a ansiedade dos pais irá interferir na cooperação da criança, a terceira
opção deve ser escolhida.
AVALIAÇÃO DO PAPEL DOS PAIS

• Entretanto, os pais normalmente desejam ajudar na imobilização da criança, e, se essa opção for
escolhida (se a mãe não estiver grávida e a proteção apropriada estiver sendo usada), o tecnólogo
deve explicar cuidadosamente os procedimentos para ambos, pais e paciente.
AVALIAÇÃO DO PAPEL DOS PAIS

• Essa explicação inclui instruções para os pais


sobre técnicas para a imobilização correta.
• A cooperação e efetividade dos pais nessa
ajuda tendem a aumentar com a compreensão a
respeito de como a maneira mais apropriada,
através de imobilização firme, melhora a
qualidade do diagnóstico por imagem e reduz a
exposição à radiação do paciente, diminuindo a
chance de repetição do estudo.

Tecnóloga explicando o procedimento à mãe e à paciente.


(BONTRAGER, 2015)
ORIENTAÇÃO DO
CONTER SOBRE RAIOS
X EM CRIANÇAS
ORIENTAÇÃO DO CONTER SOBRE RAIOS X
EM CRIANÇAS
• O que os pais devem saber sobre exames radiológicos em crianças, para evitar o risco de
alterações genéticas e o desenvolvimento de doenças como o câncer.
ORIENTAÇÃO DO CONTER SOBRE RAIOS X
EM CRIANÇAS
• Muitos pais ficam em dúvida na hora de permitir a realização de exames radiológicos em seus
filhos.
• Como o assunto é pouco difundido no Brasil e não existem pesquisas esclarecedoras a respeito,
impera no consciente coletivo o medo de que a radiação ionizante possa causar problemas de
saúde, como a morte de células do corpo, o aparecimento de tumores, doenças de pele, entre
outras enfermidades.
• Isso não deixa de ser verdade, mas, para acontecer, depende de muita negligência profissional e
do uso desnecessário da radiação ionizante ao longo de tratamentos de saúde.
ORIENTAÇÃO DO CONTER SOBRE RAIOS X
EM CRIANÇAS
• Justamente por não possuirmos sensores de radiação ionizante, não percebemos se estamos
recebendo doses adequadas quando nos submetemos a um exame radiológico.
• Ninguém sente absolutamente nada quando se tira uma radiografia de qualquer parte do corpo.
• Os raios X são invisíveis, inaudíveis, inodoros e insípidos. Sua ação é microscópica. Por isso, no
caso de doses altas, a síndrome aguda da radiação surge logo após a exposição e no caso de
doses baixas, os efeitos podem aparecer depois de anos.
• Todavia, você nunca vai perceber uma relação direta entre a causa e consequência,
principalmente, se o prejuízo à saúde for retardado.
Os efeitos biológicos causados pela
radiação são mais agressivos em
crianças
ORIENTAÇÃO DO CONTER SOBRE RAIOS X
EM CRIANÇAS
• O ex-diretor secretário do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER), Haroldo
Feliz da Silva, afirma que já tomou conhecimento de situações inadmissíveis. “Já recebemos
denúncia de crianças internadas em unidades de tratamento intensivo que estavam realizando um
exame radiológico por dia, como se fosse um exame de rotina.
• Isso é errado e, certamente, vai trazer prejuízos para a saúde daquela pessoa no futuro. Exames
que usam Raios X como fontes só devem ser utilizados quando sua necessidade for justificada.
Principalmente, quando se trata de crianças”, afirma.
ORIENTAÇÃO DO CONTER SOBRE RAIOS X
EM CRIANÇAS
• A estimativa do aumento do risco de desenvolver um câncer a partir de uma única tomografia,
por exemplo, é estimado em torno de 0,03 a 0,05%. Essa informação mostra que o risco de
desenvolver tumores a partir de radiografias é extremamente baixo, mas não pode ser descartado.
Além disso, deve-se considerar o efeito estocástico da radiação, pois, a partir da realização de
vários exames ao longo da vida, o efeito acumulativo da radiação pode causar a alteração
genética de células do organismo e, a partir daí, vários problemas podem se desencadear.
ORIENTAÇÃO DO CONTER SOBRE RAIOS X
EM CRIANÇAS
• Segundo a ex-presidente do CONTER, Valdelice Teodoro, se, mesmo com essas informações,
você ainda se sente preocupado em expor sua criança à radiação ionizante, converse com o
médico que solicitou o exame e exponha a sua opinião. “Fale também com o técnico ou
tecnólogo que realizará o procedimento, para que ele adote todos os procedimentos de segurança
necessários e utilize os equipamentos de proteção individual, para reduzir a área de exposição.
Em todo caso, também vale a pena consultar um segundo especialista, para verificar se aquela é a
melhor alternativa para o tratamento”, finaliza.
PORTARIA 453/98
PORTARIA 453/98

• Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em


radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo
território nacional e dá outras providências
CAPÍTULO 3 - REQUISITOS OPERACIONAIS -
OBRIGAÇÕES BÁSICAS
• 3.25 Compete aos titulares e empregadores, no âmbito do seu estabelecimento, a
responsabilidade principal pela segurança e proteção dos pacientes, da equipe e do público em
geral, devendo assegurar os recursos materiais e humanos e a implementação das medidas
necessárias para garantir o cumprimento dos requisitos deste Regulamento.
CAPÍTULO 3 - REQUISITOS OPERACIONAIS -
OBRIGAÇÕES BÁSICAS
• Para tanto, os titulares e empregadores devem:
• k) Assegurar que a exposição voluntária de acompanhante, ao ajudar um paciente durante um
procedimento radiológico, seja otimizada de modo que sua dose seja tão baixa quanto
razoavelmente exequível, considerando o nível de restrição de dose estabelecido neste
Regulamento.
• m) Prover as vestimentas de proteção individual para a proteção dos pacientes, da equipe e de
eventuais acompanhantes.
CAPÍTULO 3 - REQUISITOS OPERACIONAIS -
OBRIGAÇÕES BÁSICAS
CAPÍTULO 3 - REQUISITOS OPERACIONAIS -
OBRIGAÇÕES BÁSICAS
• 3.50
• Exposições de acompanhantes
• a) A presença de acompanhantes durante os procedimentos radiológicos somente é permitida quando sua
participação for imprescindível para conter, confortar ou ajudar pacientes.
• (i) esta atividade deve ser exercida apenas em caráter voluntário e fora do contexto da atividade profissional do
acompanhante;
• (ii) é proibido a um mesmo indivíduo desenvolver regularmente esta atividade;
• (iii) durante as exposições, é obrigatória, aos acompanhantes, a utilização de vestimenta de proteção individual
compatível com o tipo de procedimento radiológico e que possua, pelo menos, o equivalente a 0,25 mm de
chumbo

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