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Universidade Estadual do Piauí – UESPI

Campus Cerrado do Alto Parnaíba-Uruçuí


Disciplina: Forragicultura
Professor: Genilson

CAPIM BRACHIARIA DECUMBES/CAPIM


ESTRELA AFRICANO

 MARCOS ANTONIO DA SILVA DE CARVALHO


 MARCOS JOÃO SILVA DE OLIVEIRA
Brachiaria decumbens
 Originária do platô dos Grandes Lagos, em Uganda, foi levada para a Austrália em 1930 e
reproduzidas por mudas, em um primeiro momento, até a quebra da dormência de suas sementes.
 A partir de então, iniciaram-se os cultivos comerciais dessa espécie, que se espalhou rapidamente nos
trópicos.
 Foi introduzida no Brasil por Matão-SP e a grande expansão aconteceu entre 1968 e 1974, com a
abertura do cerrado e o subsídio governamental para ocupação do Centro-Oeste.
 Graças à boa adaptação aos solos ácidos e de baixa fertilidade, a Brachiaria decumbens se deu bem
nos solos do cerrado.
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA
BRACHIARIA DECUMBENS
 A Brachiaria decumbens apresenta hábito de crescimento prostrado, com altura média de 50 cm a 100 cm. Ela
emite grande quantidade de estolões, bem enraizados e com pontos de crescimento protegidos. Possui grande
quantidade de estolões e folhas curtas e eretas, com as bordas planas.

 Ao contrário da brachiaria ruziziensis, a decumbens apresenta folhas curtas e eretas com bordas planas.

 Por apresentar um alto vigor vegetativo, compete muito bem


com outras plantas. Apresenta boa tolerância a curtos períodos
de estresse hídrico, requerendo 800 mm de água anualmente.
Não é tolerante a solos encharcados.
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA
BRACHIARIA DECUMBENS
 Tem uma produtividade entre 8 e 10 toneladas de matéria seca por hectare/ano. Destes,
aproximadamente 80% são de produção no período das “águas” e 20% na “seca”.

 O florescimento da espécie é precoce e suas sementes apresentam dormência de até 12 meses. Tal
condição, dificulta o controle do banco de sementes do solo e eventual erradicação da espécie.
ALTURAS DE MANEJO

De acordo com os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa, as alturas recomendadas para a Brachiaria
decumbens sob lotação rotacionada são de 30 e 15 cm para entrada e saída, respectivamente.
Sob lotação contínua, recomenda-se a manutenção da altura de pastejo em cerca de 30 cm.
BRACHIARIA DECUMBENS NO SISTEMA DE
PRODUÇÃO

COBERTURA DE SOLO
 Como cobertura do solo, ela dá conta do recado! Tanto em consórcio, semeada com milho ou sorgo, produz matéria
seca suficiente para a cobertura do solo durante a entressafra.

 Porém, como tudo, existem prós e contras. E o principal ponto negativo de usar a Brachiaria decumbens como
cultura de cobertura é a difícil erradicação dessa espécie.
BRACHIARIA DECUMBENS NO SISTEMA DE
PRODUÇÃO
PASTAGEM
 A Brachiaria decumbens tem menor potencial produtivo quando comparada com cultivares da espécie
brizantha e menor resposta à adubação.
 Recomendação de adubação nitrogenada para o gênero Brachiaria, de acordo com o grau de
adaptação às condições de fertilidade do solo

 Dessa forma, quando se trata de


introduzir uma forrageira para
integração entre lavoura e pecuária, o
melhor é utilizarmos uma espécie que
terá maior potencial produtivo aliado à
maior eficiência na utilização do
adubo remanescente da lavoura.
BRACHIARIA DECUMBENS: INTOXICAÇÃO

 Pithomyces chartarum: esse fungo é responsável pela produção da micotoxina esporidesmina, que pode causar a
fotossensibilização nos bovinos.
 A Brachiaria decumbens é portadora desse fungo que, se ingerido, afeta o fígado e as glândulas do animal. Isso
causa perda de pigmentos e consequentes lesões.

 a utilização desse capim vem caindo em desuso, correspondendo a 7% apenas do comércio de


sementes forrageiras hoje.
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
REFERÊNCIAS
• https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/
doc/215338/1/doc192.pdf

• http://www.sbz.org.br/revista/artigos/2660.pdf

• https://www.researchgate.net/publication/
315679631_Estudo_comparativo_das_intoxicacoes_por_Brachiaria_spp_e_Pithomyces_chartaru
m_em_bovinos
• https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/570263/1/doc163.pdf

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