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Departamento de Operações

Gabinete de Navegação

1.09 - Reconhecer regras e

procedimentos de navios com quaisquer

condições de visibilidade

Curso de Aperfeiçoamento em
ANM - 05 Marinharia e Navegação – Nível II

NÃO CLASSIFICADO FORMADOR: 2SAR R Gonsalves


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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 R.I.E.A.M.

• Responsabilidade da IMO
(Organização Marítima Internacional);

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 Regra 1 – Campo de Aplicação

• Aplica-se a todos os navios no alto mar e em todas as águas que


com ele tenham comunicação;

• Não prejudica a aplicação de regras, promulgadas pelas autoridades


competentes;

• A aplicação das regras não iliba os navegantes de aplicarem as


precauções e a prudência, para evitar o abalroamento.

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 Regra 1 – Campo de Aplicação

• Apesar da existência do RIEAM, as entidades portuárias podem


editar regulamentação própria para as águas da sua jurisdição,
devendo, sempre que possível, haver concordância entre ambas.

• Se não houver o navegante deverá cumprir a legislação portuária.

“O porto de lisboa edita anualmente um edital onde define


algumas regras de comportamento de navegação no rio
Tejo”.
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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 Regra 2 – Responsabilidade

• A aplicação das regras constantes no RIEAM não iliba os navios de


terem a precaução e prudência necessária para evitar o
abalroamento;

• Não esquecendo que existem navios que, pelas suas características,


podem sentir dificuldade em cumprir exatamente as regras para evitar
um perigo imediato.

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 Regra 3 – Categorias de Navios

O R.I.E.A.M. organiza os navios em 6 categorias:

• Navio de Propulsão Mecânica;


• Navio á Vela;
• Navio de Pesca;
• Navio Condicionado pelo Calado;
• Navio com Capacidade de Manobra Reduzida;
• Navio Desgovernado.

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R.I.E.A.M.
 Regra 3 – Navio de Propulsão Mecânica

 Navio movido por máquina

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 Regra 3 – Navio á vela

 Navio á vela, desde que a máquina propulsora não esteja a ser


utilizada

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 Regra 3 – Navio de pesca

Quando se encontra realmente a pescar (e que a arte de pesca


lhe limite a capacidade de manobra)

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
R.I.E.A.M.
 Regra 3 – Navio condicionado pelo seu calado

 Devido à relação calado, profundidade, largura de zona de


águas navegáveis, tem a capacidade de alterar o rumo seriamente
limitada.

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 Regra 4

• As regras 4 a 10, estabelecem o comportamento geral que os


navegantes devem possuir por forma a evitar situações embaraçosas
de perigo ou mesmo colisão.

• A Regra 4 - Define a aplicação das regras 5 a 10 (Secção I do


RIEAM) a quaisquer condições de visibilidade.

• O RIEAM 72 - Distingue as situações com e sem visibilidade

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R.I.E.A.M.
 Regra 5 - Vigia

• Torna obrigatório o serviço permanente de vigia visual e auditiva.


• A palavra vigia é usada aqui querendo referir todos os sistemas de
vigilância possíveis, tais como Olhos, Ouvidos, Binóculos e Radar.

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R.I.E.A.M.
 Regra 6 – Velocidade de segurança

• Velocidade adotada que permita tomar as medidas apropriadas para


evitar um abalroamento e parar numa distância adequada às
circunstâncias e condições existentes;

• Não existe um valor adequado para estabelecer a VELOCIDADE DE


SEGURANÇA, é definida essencialmente pelo BOM-SENSO e
experiência do navegante;

• Uma regra para estabelecer a velocidade de segurança, pode


ser aquela que nos permite parar o navio em metade da distância
da visibilidade;

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R.I.E.A.M.
 Regra 7 – Risco de Abalroamento

• A determinação da existência de risco de abalroamento deve ser


feita com tempo e através de todos os meios disponíveis a bordo, tais
como aparelhos de marcar, radar, etc;

• Existe Risco de Abalroamento quando a direção (marcação) para um


navio que se aproxima, se mantém constante e distancia diminui;

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R.I.E.A.M.
 Regra 8 – Generalidades das manobras

• Um navio sem prioridade deve manobrar franca e atempadamente


e passar à popa do outro;

• Pode alterar rumo e\ou velocidade;

• Um navio com prioridade mantém o rumo e a velocidade;

• Só manobra se o que se deveria desviar não o fizer;


• Se existirem duvidas na prioridade deve manobrar.

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 Regra 9 – Navegação em Canais estreitos

• Os navios navegando em canais estreitos devem, sempre que


possível, encostar-se a Estibordo;

• Navios com comprimento inferior a 20 m , navios à vela e navios em


faina de pesca não devem dificultar a passagem a navios maiores ou
em trânsito;

• Os canais estreitos não devem ser cruzados por navios se tal


prejudicar o trânsito de outros.

 dúvidas sobre a manobra, efetuar uma série rápida de pelo


menos 5 sons curtos de apito

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R.I.E.A.M.

- Navegar por
estibordo do canal;

- Navios de L<20 m, à vela


ou em faina de pesca não
têm prioridade;

- Evitar fundear num Canal


Estreito.

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
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 Regra 10 – Esquemas de Separação de Tráfego

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Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
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 Regra 10 – Esquemas de Separação de Tráfego

• Seguir no corredor apropriado;

• Afastar-se da zona de separação de tráfego;

• Entrar ou sair por um extremo. Quando o fizer lateralmente, deve ser


com o menor ângulo possível;

• Quando o cruzar deverá ser perpendicularmente.

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 Regra 10 – Esquemas de Separação de Tráfego

• Evitar fundear;
• Navio em faina de pesca, de L<20m e à vela não devem dificultar a
passagem dos navios nos EST;
• Evitar a zona de tráfego costeiro (excepto se L<20m, à vela ou
pesqueiro, emergência ou para pescar);
• Navios com capacidade de manobra reduzida em operações de
segurança estão isentos desta regra.

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 Regra 11 – Procedimento navios á vista uns dos
outros:

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 Regra 12 – Navios á vela

• Quando recebem o vento por Bordos diferentes;

Desvia-se o que recebe por BOMBORDO


VENTO

BOMBORDO ESTIBORDO
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 Regra 12 – Navios á vela

• Quando recebem o vento por Bordos iguais;

Desvia-se o que se encontra a BARLAVENTO

VENTO

ESTIBORDO
ESTIBORDO 26
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 Regra 13 – Navio alcançante

• Qualquer navio que alcance outro, não tem prioridade;

• Caso se apresente dentro deste sector (+ 22,5º ré do través ou


112º,5 da proa);

Setor sem prioridade

22,5º para ré do Través

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 Regra 13 – Navio alcançante

• Qualquer navio que alcance outro, não tem prioridade;

• Caso se apresente dentro deste sector (+ 22,5º ré do través ou


112º,5 da proa);

Setor sem prioridade

112,5º da Proa

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 Regra 14 – Navios de Propulsão mecânica a navegar
Roda a Roda:

• Guinam ambos para ESTIBORDO;

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 Regra 15 – Navios de Propulsão mecânica em rumos
cruzados:

• Navio que se encontra por ESTIBORDO tem prioridade;

Guina o navio que vê o


outro por EB

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 Regra 16 e 17 – Manobra de navio sem prioridade / Com
prioridade:
• Um navio sem prioridade deve manobrar franca e atempadamente
e passar à popa do outro;

 Pode alterar rumo e/ou velocidade.

• Um navio com prioridade mantém o rumo e a velocidade;

 Só manobra se o que deveria desviar não o fizer;


 Se existirem duvidas na prioridade deve manobrar.

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 Regra 18 – Responsabilidades entre navios:

FAINA DE PESCA
DESGOVERNADO

CAPACIDADE DE MANOBRA VELA

REDUZIDA

CONDICIONADO PROPULSÃO
MECÂNICA
PELO CALADO
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 Regra 19 – Procedimentos dos navios com condições
de visibilidade reduzida:

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 Regra 19 – Procedimentos dos navios com condições
de visibilidade reduzida:

• Navegar a uma velocidade de segurança adaptada às circunstâncias


e às condições de visibilidade reduzida;

• Manter máquinas prontas a manobrar e exercer vigilância cuidada e


permanente.

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 Resumo:

• IMO - Organização Marítima Internacional;


• Edital do porto;
• RIEAM – organização dos navios em categorias;
• Velocidade de Segurança;
• Risco de abalroamento;
• Procedimento dos navios á vista uns dos outros;
• Procedimento dos navios com condições de visibilidade reduzida.

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