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IGREJA DE SANTA

CRUZ

Trabalho realizado por:


Ana Catarina Costa, nº4,9º1
Trabalho elaborado nas aulas de : Educação Visual
I G R E J A D E S A N TA C R U Z

 A Igreja de Santa Cruz é uma igreja de Braga, construída no século XVII, em estilo barroco
maneirista, e possui no seu interior talha dourada invulgar.
 O interior da igreja foi do traço de Frei José de Santo António Vilaça.
 Está localizada no Largo Carlos Amarante, no centro da cidade.
HISTÓRIA
 Em 1625 o arcebispo Afonso Furtado de Mendonça benzeu o terreno onde iria ser implantado o templo, dando-se início
imediatamente às obras.

 A obra de pedreiro ficou concluída apenas em 1653, com a exceção das torres, que foram concluídas em 1694.

 Apesar da morosidade da obra, a estrutura do templo, cedo começou a dar sinais de ruína. Assim a 16 de Novembro de
1731 a mesa da irmandade convidou o mestre Manuel Fernandes da Silva, então ocupado a dirigir as obras de Mafra,
para reparar os estragos do tempo. Este depois de demolir parte das paredes, abandonou a obra.

 Apenas em 1734 se demoliu todo o corpo da igreja, ficando só a fachada (que seria remodelada por Carlos António
Leone), tendo as obras ficado completas em 1739.

 Recentemente, a Irmandade de Santa Cruz comunicou que se iriam proceder novas intervenções ao longo de três fases –
uma primeira que visa a recuperação dos altares laterais, uma segunda que pretende restaurar o telhado, uma terceira que
prevê a manutenção da fachada e do altar-mor. Boas notícias para um monumento que, infelizmente, ainda não se vê
formalmente reconhecido.
A FA C H A D A
 A fachada, dividida em dois pórticos justapostos, desenvolve-se entre duas torres sineiras de
agradável recorte e elegante remate, erguidas no ano de 1694, onde também se incorporam os
relógios, cuja ornamentação se deve ao mestre pedreiro Francisco Álvares. As três portas de
entrada do templo são enquadradas pelo pórtico do piso térreo, constituído por quatro colunas
dóricas adossadas e com caneluras, e entre as respetivas vergas e o entablamento observam-se
três cartelas com inscrições. Sobre a cornija levanta-se um pórtico cego, de vãos profusamente
decorados, formado por quatro pilastras de ordem jónica, estando o entablamento
interrompido por um óculo de larga moldura, encimado por um escudo heráldico. O frontão é
rematado por um conjunto de três esculturas que lhe prolongam o sentido ascensional.
FACHADA
O INTERIOR
 No interior, muito amplo, a abóbada de berço de pedra esquartelada que cobre a elevada nave
é sustentada por três robustos arcos torais. De ambos os lados abrem-se três capelas, separadas
por arcos, cujos altares ostentam as esplendorosas talhas de Francisco Machado. A obra de
talha do coro foi executada em 1742 pelo escultor António Marques.
 Nesta igreja, são ainda dignos de nota os púlpitos, o órgão e o belo arco abatido que sustenta a
frente do coro alto, com seu ondulado parapeito de balaústres.
 Na sacristia, além do imponente e bem conservado arcaz, executado em 1674 por Pedro
Nogueira, merecem ainda destaque os azulejos e as pinturas que ornamentam as paredes,
datáveis dos séculos XVII e XVIII.
INTERIOR
A R Q U I T E TO S D A I G R E J A :

 O reverendo arquiteto Geraldo Álvares


 O mestre de obras Francisco Vaz
 O licenciado João Dias Leite
 O reverendo Pedro de Coimbra Andrade.
IGREJA DOS GALOS
 Há quem nunca tenha tratado a Igreja de Santa Cruz pelo seu nome. Isto porque, muito
simplesmente, a apelidam de Igreja dos Galos, em honra ao insólito fenómeno que pode ser
observado diariamente nas mulheres que lá vão à caça de casamento.
 A tradição diz que a fachada que nos encara expõe três galos, e que uma mulher só terá
casamento se os encontrar a todos. Dois deles são fáceis de apontar, até porque estão
simétricos, ou dito de outra forma, quem alcança um, alcança o outro. O problema é que o
ditado não há duas sem três não funciona aqui. O terceiro é mesmo difícil de avistar. Tão
difícil que eu ainda não lhe pus olho e as pessoas de Braga com quem falei tampouco. Ao
ponto de pôr a hipótese do último galo ser apenas lendário, um gambuzino bracarense
disposto a pôr mulheres em desespero.
CAPELA-MOR
 A capela-mor, igualmente coberta por uma abóbada de pedra em caixotões, possui um
admirável retábulo desenhado por frei José de Santo António Vilaça, que para esse efeito
venceu um concurso no qual participaram artistas oriundos de diversos pontos do País, e
executado em 1775 pelo entalhador João Bernardo da Silva.
CONCLUSÃO

 A Igreja de Santa Cruz constitui o primeiro grande marco do período barroco da metrópole
bracarense - e bem assim uma das suas mais elevadas e expressivas manifestações -, período
esse responsável pela grande monumentalidade que ainda hoje a capital minhota apresenta.
 Monumento pioneiro e inovador, nele assume particular notabilidade a qualidade e riqueza da
sua ornamentação.

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