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Aula 14

A disciplina jurídica dos resíduos sólidos


Lei 12305/2010
Resíduos sólidos
• Política nacional de 2010 (Lei 12305)
• Política estadual de 2006 (lei 12.300)
• Resíduos sólidos, mas não os radioativos

• Anteriormente, diversas resoluções CONAMAS


(licenciamento e disposição final)
Lei 12.305/2010
• Tendência: da preocupação com à redução do volume
e da periculosidade para a preservação dos recursos
naturais, sobretudos dos não-renováveis
(reaproveitamento).
• Hierarquia apriorística. Art 9º:
• Na gestão e gerenciamento. Não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos
sólidos e disposição final ambientalmente adequada.
PNRS
3 pilares:
• Prevenção,
• Valorização e
• Gestão de resíduos
ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o
desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e
insumos, o processo produtivo o consumo e a disposição final (,
art 3º, IV)
Prevenção
• Menor uso possível de “inputs”.
• Art 31 “responsabilidade” que abrange a
fabricação e colocação no mercado de produtos
cuja fabricação e uso gerem a menor
quantidade possível de resíduos.(I,b).
• Art 32. Embalagem que propiciem a reutilização
ou a reciclagem.
Valorização
• Não sendo possível prevenir.
• De passivos passam a ser algo com benefícios (menos
matéria-prima e input de recursos naturais). “We can’t afford
to waste waste”.
• Reinserem-se no ciclo produtivo
• “Destinação final ambientalmente adequada” (art. 3º,
inciso XVIII): reutilização reciclagem, compostagem, a
recuperação e o aproveitamento energético.
Gestão e Disposição final
• Não sendo possível prevenir nem valorizar.

• Devem ser devidamente tratados, se possível (redução


de sua periculosidade) e eventualmente dispostos
(eliminados) em aterros.
• Disposição final de rejeitos ( 3º, VIII e XV).
• Gestão, envolve também coleta, armazenamento,
transporte, transbordo de resíduos/rejeitos.
Responsabilidade pós-consumo
• “Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos”(art 3º, XVII):
• “Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas
dos fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos
resíduos sólidos, para minimizar o volume..., reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade
ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos
Responsabilidade pós-consumo
• A cada um deveres específicos.

• Consumidor:colaboração “a montante” na prevenção


dos resíduos e “a jusante”, respeitando as regras
estabelecidas nos regulamentos de disposição de
rejeitos e facilitando tanto o recolhimento de
indiferenciados como a valorização .
• Responsabilidade pela gestão: produtor ou importador
sempre e outros agentes econômicos.
Responsabilidade(s) art 25 e seg.
• Art 27, 1º: A contratação de serviços de coleta,
armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou
destinação final não isenta as pessoas jurídicas sujeitas a
elaboração de planos da responsabilidade por danos.
• Art 20: geradores de resíduos de saneamento básico,
resíduos industriais, de serviços de saúde e mineração;
resíduos perigosos, não equiparados aos domiciliares
(natureza ou volume); construção civil;transportes,
agrossilvopastoris.
• “Berço ao túmulo”.
Responsabilidade
• Lei estadual 12.300/2006.

• Ocorrências:
I- gerador, se nas suas instalações
II – gerador e transportador – se durante o transporte
III – gerador e gerenciador de unidades receptoras nos eventos
ocorridos nessas últimas
• Geradores e seus sucessores respondem pelos danos
ambientais, efetivos ou potenciais
Outros elementos da lei – política
• Objetivos e princípios

• Art 6º. II, P. do poluidor –pagador e “protetor-


recebedor”: fundamentar instrumentos
econômicos e pagto catadores
Instrumentos – art 8º.
• Planos de resíduos sólidos;
• Inventários e sistema declaratório anual
• Incentivos fiscais e econômicos
• Cadastro nacional de resíduos perigosos
• Acordos setoriais
Planos de resíduos
• Planos nacional, estadual e municipal
• Planos estaduais e municipais como condição a acesso a recursos da União
para resíduos sólidos (arts 16 e 18)
• Plano de gerenciamento de resíduos sólidos (art 20):
• Setores de serviços públicos de saneamento básico; resíduos industriais,
serviços de saúde, transporte, mineração.
• Resíduos perigosos
• Não equiparados a resíduos domiciliares pelo poder municipal
• Resp técnico devidamente habilitado em toda as etapas (art 22)
• Sistema declaratório anual das informações sobre implementação do plano.
• Necessário ao licenciamento (art 24)
Áreas contaminadas
• Lei Estado de São Paulo 13577/2009
• Resolução Conama 420/2009
• PL federal 2732
Pontos principais
• 1) Cadastro: Informações referentes aos
empreendimentos e atividades potencial de
contaminação e áreas suspeitas de contaminação
e contaminadas.
Areas contaminadas
2) Art 13: Responsabilidade solidária entre:
I – o causador da contaminação e seus
sucessores
II – o proprietário da área
III – o superficiário
IV- o detentor da posse efetiva
V - quem dela se beneficiar direta ou indiretamente
Areas contaminadas
• Responsável legal: Deve apresentar plano de
remediação e submetê-lo a orgão competente.
• Averbação da informação na matrícula do
imóvel
• A remediação é pelo uso declarado (industrial,
comercial, para habitação, etc).

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