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Protocolo e Cerimônia

Militares
Maj QOCBM Thainá
Conceito de Cerimonial
• Conjunto de formalidades e normas, ou a aplicação das regras
dos mais variados protocolos em determinadas ocasiões.
• Conjunto de formalidades específicas de um ato público,
dispostas numa ordem sequencial, que envolve a utilização de
indumentária própria, a ordem de precedência a ser observada,
com seus elementos sígnicos e o cumprimento de um ritual.
Conceito de Protocolo
• Protocolo é o implemento de normas previamente fixadas pelo
cerimonial e adequadas para o estabelecimento de contatos
sociais, tanto por organizações públicas quanto privadas,
contendo indicativos para facilitar o convívio formal em
sociedade.
• Aplicação prática e concreta do cerimonial está, pois, no
protocolo, que ordena as regras e a execução.
Então...
• O Cerimonial é um conjunto de formalidades que determina a
sequência dos acontecimentos em um evento.

• Protocolo é o conjunto das normas para conduzir o evento, ou


seja, é a legislação que coordena o cerimonial.
Funções desempenhadas pelo Cerimonial
e Protocolo
• Disciplinativa: regula precedência e outras normas;
• Organizacionativa: define rituais, gestos, honrarias e símbolos do poder,
ordenando-os em um evento ou cerimônia;
• Semiológica: prevê a linguagem formal, internacional e diplomática e as
formas de cortesia, etiqueta, tratamento;
• Legislativa: codifica a legislação, regras, costumes;
• Pedagógica e ética: comunica e ensina para transmitir valores;
• Informativa: realiza e comemora datas e eventos sociais.
Quais protocolos você conhece?
Origem e evolução histórica do
cerimonial no mundo
• Egito: rituais para nascimentos,
coroações, guerras, mortes, época
do plantio e da colheita (Deuses
específicos);
• Grécia e Roma;
• China: primeira compilação
acerca de cerimonial e etiqueta.
Cerimonial no Brasil
• O Cerimonial Brasileiro é
herdeiro de fontes distintas da
corte portuguesa, da qual foi
recebida a riqueza gastronômica e
uma certa timidez provinciana. É
herdeiro também dos costumes
franceses e ingleses, dentre os
quais predominam os franceses.
1ª missa realizada no Brasil
Cerimonial no Brasil
• Mais tarde, após a chegada da família
real ao Brasil, o grande cerimonial da
corte foi trazido por Dom João VI, que
criou as primeiras instituições de
ensino superior e militar. Por isso foi
intitulado de ‘o iniciador dos
cerimoniais’.
• Há três períodos do cerimonial
brasileiro: a Colônia, a Corte e a
República. Coroação de D. Pedro I (1828)
Importância de um condutor para o
cerimonial
• Papel do mestre de cerimônias;
• Analisando a importância do mestre de cerimônias, poderemos
encontrar na história vários episódios que os caracterizam como
pessoas de boa dicção, falar agradável e entusiástico, postura
firme e estimulador do público alvo.
Origem e histórico do mestre de cerimônias
• Gregos: 3.000 a.C. (reunião em anfiteatros)
• China e Japão: 1.000 a.C. (narração de torneios)
• Roma Antiga (anunciava a passagem do imperador e nas lutas de
gladiadores)
• Período Medieval (arauto: anunciava a entrada dos convidados nas
cerimônias e festas da nobreza)
• Idade Média: séc. VI e XIV (comunicador em rituais públicos)
Cerimonial Militar
• O Cerimonial Militar tem por objetivo dar a maior solenidade
possível a determinados atos na vida militar ou nacional, cuja alta
significação convém ser ressaltada.
• As cerimônias militares contribuem para desenvolver, entre
superiores e subordinados, o espírito de corpo, a camaradagem e a
confiança, virtudes castrenses que constituem apanágio dos
membros das Forças Armadas e Forças Auxiliares.
Cerimonial Militar
• Nessas cerimônias, a tropa apresenta-se com o uniforme de parada,
utilizando armamento o mais padronizado possível.
• O cerimonial militar tem também por objetivo desenvolver o
sentimento de disciplina, a coesão e o espírito de corpo, pela
execução em conjunto de movimentos que exigem energia, precisão
e marcialidade.
Cerimonial Militar
• O cerimonial militar estabelece e fixa as honras, as continências e os
sinais de respeito que os militares prestam aos símbolos nacionais,
às autoridades civis e militares, aplicadas às mais diversas situações
diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em
área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de
natureza militar ou cívica.
Cerimonial Militar
• Regula ainda as solenidades de formaturas de cursos, passagens de comando,
entrega de condecorações, compromissos, cultos aos símbolos nacionais, datas
nacionais, festivas e comemorativas, honras militares e honras fúnebres, despedida
de militares que passam à inatividade, formaturas de tropa, recepções sociais,
enfim, todos os atos solenes ou não, nos quais se exige alguma formalidade.
• Além de regular os atos formais, estabelece procedimentos que para os civis
são normas de etiqueta e boas maneiras, cujo não acatamento não traz
nenhuma sanção formal, o não acatamento pelo militar, é considerada
transgressão disciplinar.
As principais disposições legais
• O mais importante e conhecido documento legal que trata do
cerimonial militar é o RCONT (Regulamento de Continências,
Honras e Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças
Armadas).
• É a legislação mais próxima do cerimonial civil, servindo muitas
vezes de fundamentos doutrinários para os demais segmentos de
cerimonial e protocolo.
As principais disposições legais
• Lei nº 5.700/71 – Forma e Apresentação dos Símbolos Nacionais
Esta Lei afeta diretamente a todos, civis e militares indistintamente.
Especificamente para as Forças Armadas, no que não colidir com a Lei,
autoriza-as a terem normas próprias de uso da Bandeira nacional.
• Decreto nº 70.274/72 – Das Normas do Cerimonial Público
Este Decreto disciplina não só o cerimonial civil, atribui competências ao
cerimonial militar e regula também o cerimonial das solenidades em que há
cerimonial conjunto.
• Portaria do Exértico nº. 522, de 15 de outubro de 2001, que aprova a Prática
de Cerimonial e Protocolo no Exército (Vade-Mécum nº. 7)
RCONT
• O RCONT fixa as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for
comum às Forças Armadas, prescrições estas, que se aplicam às situações
diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em área militar
ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica.
• O RCONT além de estabelecer normas de cerimonial militar, contém também
normas de boa conduta, de civilidade e de etiqueta, que devem ser acatadas
pelos militares. Estabelece que a continência seja a saudação prestada pelo
militar, e como, a quem e em que situação o militar deve prestar continência.
Estabelece ainda, procedimentos nas mais diversas situações.
RCONT
• Nos procedimentos por ocasião da execução do Hino Nacional, por exemplo,
normatiza que:
a) ao fazer a continência ao Hino Nacional, o militar volta-se para a direção de onde
vem a música, conservando-se nessa atitude enquanto durar sua execução;
b) quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia à Bandeira ou ao Presidente da
República, o militar volta-se para a Bandeira ou para o Presidente da República;
c) quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia militar ou cívica, realizada em
ambiente fechado, o militar volta-se para o principal local da cerimônia e faz a
continência.
Atividade!

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