Você está na página 1de 20

1

Senhor Acadêmico Marcilio Lins Reinaux,


ilustre Presidente da Academia Brasileira de
Cerimonial e Protocolo, cadeira 01, laureado
decano do cerimonial deste País, arquiteto de
inovações e realizações, profissional das artes
e ciências, visionário e futurista, projetista e
artesão do saber, autor da lapidação da pedra
inaugural conceitual deste Templo Acadêmico
Cerimonialístico, a pedra do conhecimento,
cimentada no coração de cada um dos
acadêmicos, com a argamassa da
compreensão e magnanimidade, para a
descoberta do indescritível gosto pelo novo,
desenhando o futuro pelas indagações, no
culto às ideias.
Por mais de 16 lustros o Brasil tem tido a
sorte de conhecer o poeta da cidade Mauricia,
homem das letras, das histórias, das artes,
das relações públicas, da heráldica, do
cerimonial, do jornalismo e da advocacia. Na
pintura, no exercício da excelência das artes
plásticas retratou imagens e construiu novos
mundos de cores; nas letras, tomada a pena
como extensão das suas mãos nos afazeres
cotidianos, lançou dezenas de obras da sua
lavra; nas relações públicas plenificou a arte
da convivência; no jornalismo, recordando o
menino de Garanhuns, ávido por
conhecimento, publicou crônicas, contos,
2

historias e notas; na heráldica brindou


Estados, Poderes e Instituições com sua
gigantesca capacidade de registrar nos
símbolos o espírito das representações; no
cerimonial, como decano, alicerçou o edifício
da Instituição e profissão, fincou marcos e
sedimentou caminhos; na advocacia defendeu
a humanidade pela cultura do saber.
Jamais se aquietou a beira das esquinas
da vida, ao contrário, empreendeu a
construção de novos destinos, construiu novos
caminhos e liderou caminhadas em vários
campos, por várias ordens.

Das tintas e pincéis, lançou-se nas artes,


com as mãos e mente banhadas pela
habilidade, bom gosto, criatividade e riqueza
de detalhes criando sob ferro e fogo
esculturas de sucata, riquezas de
representação exata, em duplicata.

As velhas peças lançadas ao nada vieram


do nada se moldando, metamorfoseando-se,
transmudando-se, embevecendo as vistas de
quem assiste e insiste em não acreditar que o
milagre da imaginação dá vida ao metal. O
milagre que perpetua criações de arte no
balbucio primeiro dos suspiros que se
repetirão na contemplação dos rebentos de
Marcílio espalhados no Bosque Ebenezer.
3

Este é Marcílio Lins Reinaux em nome de


quem cumprimento os demais membros da
mesa.
Hei de confessar nos embates do próprio
eu, ter sido seduzido por minhas recordações
de tantos anos de exercício profissional na
tribuna do Tribunal Popular do Júri, no sentido
de embrenhar-me pela mata espessa e por
vezes desconhecida do improviso, que tanto
me atrai. No entanto, declinei desse impulso
em reverencia às formalidades que este
momento requer a quem me inclino em
obediência.
Tenho sido um guardião de pensamentos
embalsamados revoltos pelas reflexões, a
quem agora darei guarida nestas páginas a
não mais permitir guardá-los na cova do
mundo das ideias, eis-me aqui decidido a
deixa-los fluir no mundo sensível ao crivo das
vossas apreciações.
Avulto-me em sensações de honra em ter
recebido o convite, pela vez primeira neste
sodalício, para tomar lugar a esta augusta
tribuna em que ressoaram as imortais vozes
de Augusto Estelita Lins, Nelson Speers e
Maria Iris Teixeira, que ainda ecoam e ecoarão
eternizadas, pois imortalizados por seus feitos
4

e pelos feitos dos que os sucederam em suas


cadeiras.
O ato gratulatório a que me incumbe
neste instante, o de titular a recepção de três
ilustres personagens do cerimonial brasileiro,
nesta cerimônia de sagração, ao signo da
auréola acadêmica, dou as mãos a Estelita
Lins, Nelson Spers e Maria Iris para juntos,
em comissão de honra, recepcionarmos no
seio da imortalidade acadêmica a Kátia
Oliveira Bonifácio Albuquerque, Emilia Pereira
da Silva Nunes e Athayde Alves de Oliveira.
A Casa de Marcílio vos recebe em
aplausos.
Este grêmio literário cerimonialistico,
oficina dos pensamentos e das letras, ainda
adolescente, aos seus treze anos de vida, vem
sendo tecido na convivência de contrários, no
exercício pleno dos embates de ideias, em
afinidades plurais, propugnando pela
permanente produção do conhecimento, no
exercício pleno do espírito acadêmico, isto é,
na convivência harmoniosa, e na rigorosa
fidelidade às letras cerimonialisticas.
Caríssimos Confrade e Confreiras que
minutos à frente envergarão as vestes talares.
São momentos como estes que nos fazem
abrir os portais dos sentimentos, e por isso,
5

permitam-me, como um endoscopista de


almas, escarificar as encostas dos vossos
passados, recolhendo um pouco das vossas
vastas e longas jornadas no mundo
profissional do relacionamento humano - O
Cerimonial, o Protocolo e a Etiqueta.
Vindos do nordeste alagoano/piauiense
Emilia e Katia e do centro-oeste sul-mato-
grossense, Athayde, levantando à vista de
todos como legítimos representantes deste
campo do saber, hoje mais que isso, área de
conhecimento, trazem histórias de realizações
em suas trajetórias premiadas pelo sucesso
profissional, moldadas no cotidiano do agir
que premia a cerimônia e eleva a organização
dos ritos, espaços e símbolos com
surpreendente vitalidade que enobrece a arte
de servir à causa.
Os legados dos vossos feitos, pois
deitaram profundas raízes nos vossos
afazeres, refletem-se no espelho do campo
profissional que se reproduz e multiplica por
cenários múltiplos deste país, como exemplos
a serem seguidos.
Se Emilia buscou sua formação nos
campos da nutrição, Katia preferiu as hostes
da Justiça bacharelando-se em direito e
Athayde entregou-se à comunicação no
6

mundo encantado do jornalismo, da locução


de rádio e TV. Robusteceram seus
conhecimentos cada um no seu campo
profissional para um dia, mesmo distantes um
do outro, conhecerem a arte da condução,
coordenação e controle das cerimônias, a
ciência da linguagem verbal e corporal, a
semiologia no estudo dos signos, o ritual, a
liturgia, a etiqueta, o poder simbólico de
Bordieu, o estabelecer de uma ordem
gnosiológica.
Adentraram com reverencia ao universo
do protocolo, regras, formas e costumes,
cultura e modos de convivência.
Permitiram-se estudar os gestos, ritos,
cerimônia e crenças, conhecer a sociedade de
corte, o controle simbólico pelas cerimônias
régias, o rito simbólico da vassalagem, a
cerimônia de entronização dos reis, os rituais
fúnebres, os rituais de homenagens, a
vexilologia no estudo das bandeiras,
estandartes e insígnias e das suas
simbologias, usos e convenções.
Ei-los a exercitar a formalidade, a emissão
de mensagens fonéticas e ideoplásticas no
cerimonial.
Na condução da cerimônia a importância
do mestre de cerimônias e a historia dos
7

arautos, dos praecores, dos fetiales, do


caduceator na esteira das civilizações. Da
expressão visual à ciência dos gestos.
A cultura social e a formação social dos
sujeitos.
O Mestre de Cerimônias e seus campos de
estudos: a polifonia, a policromia, a
paralinguistica, a proxêmica, a cronemica, a
kinésica e a oculésics.
Enfim, travar conhecimentos sobre a
arvore de especialidades, os ramos de
especificação, as formas de intervenção no
mercado de trabalho do cerimonial e
protocolo. Os fundamentos sócio-filosófico-
científicos e técnicos.
Avançaram no conhecimento dos
preceitos, modismos, costumes, hábitos,
tabus e utopias.
Assim, alicerçados, exerceram a paixão
que cinge a todos que se envolvem no meio
cerimonialistico e fazem dele sua profissão.
Hoje, com longa carreira vivida, mas
ávidos por novos caminhos e desafios tomam
assento nos jardins de Akademus.
Nobres acadêmicos, as vestes talares que
cobrirão vossos corpos representam símbolos
do poder do conhecimento, na cor azul, a cor
8

do céu e do mar, representando a


profundidade a que deveis levar vossas
reflexões, e a estabilidade necessária ao bom
desenvolvimento das atividades. Eis o azul a
encarnar confiança, lealdade, sabedoria,
inteligência, fé e verdade.
Neste Silogeu devemos seguir os
ensinamentos contidos na Encyclopédie/
Dictionnaire Raisonné dês Sciences, dês Arts
ET dês Métiers, I, 52:
(…) une Académie n‘est point
destinée à enseigner ou
professer aucun Art, quel qu‘il
soit, mais à en procurer la
perfection. Elle n‘est point
composée d‘Ecoliers que de
plus habiles qu‘eux
instruisent, mais de
personnes d‘une capacité
distinguée, qui se
communiquent leurs
lumières & se font par de leurs
découvertes pour leur
avantage mutuel.1

Ou seja: Uma academia não é projetada


para ensinar ou professar qualquer arte que
seja, mas para obter a perfeição. Ela não é
1
« Académie » in Encyclopédie ou Dictionnaire Raisonné des Sciences, des Arts et des Métiers, I., 52,
disponibilizado, por The ARTFL Project/ University of Chicago
9

composta de alunos como mais hábil do que


os que o ensinam, mas a pessoas de
capacidade distinta, que comunicam suas
luzes e são por suas descobertas levadas para
benefício mútuo.

Sem nunca desejar a exaltação egoística


do próprio nome, pois aqui se funda o espírito
da imortalidade, inspirado no vegetal que se
auto-regenera, que se constroi e reconstroi
sobre a morte, perpetuando-se. É a
imortalidade que se alimenta da morte,
sorvendo o que existia para renascer e se
perpetuar ad eternum.
No momento em que se parte, como a
folha que murcha e seca, a raiz que apodrece
e nas aguas da chuva amolece, com o calor do
sol se enrigece, muitos delas se esquecem,
mas de repente se embevecem com o
pequeno verde a lhe brotar, pequenino botão
lá no canto, no escuro a brilhar. É a vida que
renasce dos restos mortais vegetais.
Dessa forma, imortal se torna, na floresta
que habita, crescendo dia a dia, espalhando-
se pelas corredeiras, nas escarpas, nos
pedregais, beijando as fontes da natureza,
espargindo a beleza da vida que se refaz.
Novos sóis a beijarão, da lua a luz lhe fará
brilhar na escuridão, em galhos ou folhas, em
10

frutos ou flores, em novos troncos envoltos


em cascas que se soltam para do seu peito o
coração da seiva mostrar e deixar pássaros a
lhe beijar alimentando-se e levando a vida a
espalhar.
É a imortalidade das florestas que se
perpetuam, renascem mais belas, com vivas
cores, se multiplicam, se espalham, sobem ao
mais alto para ver o sol brilhar.
Assim, imortal se torna o homem quanto a
morte lhe rouba o ar e a vida se esvai. O
sopro perdido na eternidade se perpetuará
nos reflexos da sua historia, testemunhos,
escritos, ditos e não ditos, e assim, páginas
da história marcará.
Seu corpo se desfaz, mas no novo tempo
que se abre, sua voz se fará ecoar, seus
pensamentos aflorarão, palavras serão
renovadas. Outros corações serão aquecidos e
em cada um a vida que se foi será refeita
tornando mais verde e bela a vida que
renasce com o vigor do conhecimento daquele
que morreu.
Uns deixarão laudas e lavras, experiencias
e escritos, outros, testemunhos e exemplos,
marcos que se eternizam na memória dos que
ficaram. Livros que encantam bibliotecas,
palavras que alimentam almas, espiritos que
11

evoluem nos caminhos dos saberes, saberes


que se renovam em outras matizes no fulgor
dos novos dias.
Se escritos não deixaram, exemplos se
perpetuaram, novas luzes produziram, outras
mentes estimularam. Assim foi Cristo,
Socrates e outros, que nenhuma letra
escreveram mas, muito mais ensinaram
depois que morreram.
As Academias transitando por águas
turvas ou cristalinas, nas linhas
paradigmaticas do conhecimento, produzindo
saberes no eixo marxista, positivista,
fenomenologista, teorias críticas e pós-
críticas, sempre fieis aos cursos por si
tomados, emprestaram contributos abrindo
caminhos no momento em que os saberes se
mostram escapando do pensamento fechado
no racionalismo científico para transpor-se à
posição de uma nova forma da construção do
conhecimento pelo pluralismo da realidade.
À frente, a busca do permanente diálogo
das certezas e incertezas com as
possibilidades de novos referenciais, ao
testemunho da quebra da hegemonia do
método racional como único método para a
construção do conhecimento válido. A filosofia
do questionamento das verdades se aprofunda
12

quando interroga o próprio constructo do


conhecimento.
Eis o mistério da Ciência.
Galgar a Academia representa redobrar
obrigações em desafios permanentes, é o que
se confia aos cuidados dos nobres
empossandos, eis que já experimentados e
amadurecidos.
As cadeiras que ireis tomar assento
iluminada pelos Patrocinios de Aluísio
Napoleão de Freitas Rêgo para a Confreira
Emilia Pereira da Silva Nunes, Heron
Domingues para o Confrade Athayde Alves de
Oliveira e Eduardo Pinheiro Lobo para a
Confreira Katia Oliveira Bonifácio
Albuquerque, mostram-se ricas pela vasta
produção intelectual, uma grande herança
cultural de domínio público e que agora terá o
zêlo e aprofundamento de Vossas Senhorias.
Ja deveria encerrar aqui pois aprendi que
se deve falar em pé para ser visto, claro para
ser ouvido e pouco para ser aplaudido, porém,
mesmo abdicando dos aplausos não poderia
encerrar sem prestar homenagens aos ilustres
pares, os imortais que aqui estão e os que nos
deixaram afastados pelo sono eterno.
13

Acadêmico EmbaixadorAugusto Estellita


Lins (cadeira 2) com sua verve e portfólio
internacional, um historiador, filósofo e
cientista do protocolo mundial, indispensável
conselheiro dos primeiros passos, mantendo
sempre um diálogo aberto, cravando no peito
de cada um dos pioneiros acadêmicos o gosto
indecifrável pelos embates criadores e
provocadores de novos campos de
informações.
O baluarte do Cerimonial no Brasil,
Acadêmico Nelson Speers (cadeira 6),
portando em seu alforje de conhecimentos
toda uma história de vivências, práticas,
experiências e metodologia construtora dos
primeiros pilares do cerimonial brasileiro. Com
sua capacidade e saber teceu linha por linha,
com o gosto e perspicácia de pesquisador
incansável, o pensamento alimentador de
todos os segmentos do cerimonial, formando
pensamentos filosóficos nos quais o
Cerimonial se fundamenta.
Acadêmica Maria Iris Teixeira de Freitas
(cadeira 10), determinante em sua jornada
de vida, culta, educada e de uma delicadeza
ímpar, profunda conhecedora da etiqueta à
mesa e etiqueta social, mestre em cerimonial
e etiqueta, semeadora de saberes, preceitos e
princípios;
14

Acadêmico Franklin Bezerra (cadeira 11)


grande conhecedor dos símbolos nacionais,
por suas leis, normas, decretos e portarias,
um debatedor nato, defensor eloquente das
suas ideias, traz informações e experiências
para somar-se aos demais nas lides
cerimonialísticas;
Acadêmico José Júlio dos Reis (cadeira
5), experimentado conhecedor do campo de
aplicação do cerimonial e protocolo, detentor
de largo relacionamento e fácil trânsito nas
estruturas do Poder da República;
Acadêmica Marielza Andrade (cadeira 7)
de vínculos profissionais com o mundo
empresarial e bancário, aficionada pelo
Cerimonial Empresarial dedicando com forte
interesse ao ensino cerimonialístico;
Acadêmica Lourdes Buzaglo (cadeira 8), a
dama do Amazonas, a mais longeva no cargo
de Chefe de Cerimonial de Governo, de
grande empenho criativo em suas grandes
realizações e solenidades, compilou sua longa
experiência em edificantes exemplos;
Acadêmico Manoel Inocêncio (cadeira 3),
com elegância e propriedade, profissional da
diplomacia, experimentado nas lides
internacionais, envidou esforços para manter-
15

se próximo, mas os compromissos o


distanciou das lides acadêmicas, ao momento;
Acadêmico Luís Fernando Soutelo,
(cadeira 4) um dos fundadores do Comitê
Nacional de Cerimonial Público, Chefe de
Cerimonial em distintos poderes, cunhou sua
existência na esfera dos protocolos e
cerimoniais, tornando-se dominador das
técnicas e modelos de rotinas e solenidades.
Moderado, conciliador, técnico em excelência,
ganhou destaque com suas participações de
grande utilidade nesta casa de estudos;
Acadêmica Mercedes Elizabeth Von Glhen
Santos, (cadeira 9) de fina educação e
ligações estreitas ao Cerimonial da Presidência
da República, onde serviu, soma à sua
inteligência e capacidade, os fundamentos da
escola internacional de protocolo;
Acadêmico Itapuã Botto Targino, (cadeira
13) membro da Academia Paraibana de
Filosofia, do Instituto Histórico e Geográfico
da Paraíba e da Academia de Letras e Artes da
Paraíba, com formação em ciências jurídicas e
pedagogia, um educador em sua essência,
escritor com mais de 10 (dez) obras
publicadas, incluso de cerimonial, jamais se
deixou faltar a qualquer reunião e nelas
estende sua colaboração e contributo;
16

Acadêmico Ronan Ramos de Oliveira


(cadeira 14), ex Presidente do Comitê
Nacional de Cerimonial Público, um mineiro
apaixonado pela Minas de Juscelino
Kubitscheck, oficial da comunicação, titular
das paixões esportivas no Rádio e Tv, Chefe
de Cerimonial de Prefeitura e Governo de
Estado, um estudioso das questões das
precedências;
Acadêmica Marta Diva Baena (cadeira 6),
Cerimonialista das lides trabalhistas, atenta as
transformações e renovações dos ritos e
rituais, serviu à Corte Maior do Trabalho no
campo do Judiciário, criando normas,
procedimentos, regulamentos e regimentos,
ofertou sua contribuição gerando
conhecimentos que marcam o cerimonial
forense;
Acadêmica Yvone de Almeida (cadeira
10), decana do cerimonial em Mato Grosso do
Sul, referência indiscutível nos meios
acadêmicos, de projeção política no exercício
da Chefia do Cerimonial de Governo e do
Cerimonial do Poder Legislativo, com pleno
reconhecimento dos seus méritos no cenário
nacional e internacional, dispõe sua vasta
capacidade e folha de labor para projetar o
eco das nossas palavras pelos cenários onde
viceja o cerimonial;
17

Acadêmico Fredolino David (cadeira 2),


estudioso pesquisador do cerimonial
castrense, escritor cuidadoso sobre símbolos
nacionais e precedências, autoridade no
assunto, com larga experiência e contribuição;
Acadêmico Hugo de Faria Almeida
(cadeira 16), ex-presidente do CNCP,
profundo conhecedor do cerimonial, protocolo
e etiqueta, um normatizador por excelência,
dotado de visão clara sobre o campo do
cerimonial no Brasil, um filósofo do
cerimonial, indagador constante, de
reconhecido mérito, alentado estudo, integra
a corte dos maiores;
Acadêmica Eliane Ubilus (cadeira 15), de
trajetória brilhante no cerimonial dos
municípios, no cerimonial internacional,
estudiosa e conhecedora dos símbolos
nacionais, sempre prestou excelentes serviços
ao cerimonial brasileiro em seus cursos, em
seus livros, artigos e exposições. Exímia
organizadora de eventos, atenta às formas e
burocracias necessárias, traz em sua cesta de
afazeres cerimonialisticos, o gosto profundo
pelo saber e conhecer;

Acadêmico Renato Mosca, ex Chefe de


Cerimonial da Presidência da República,
18

Diplomata, um gentleman, carismático, capaz


de sintetizar em poucas palavras grandes
sentenças. Autor da reforma do Decreto
70.274 que estabelece normas do cerimonial
publico e a ordem geral de precedência, com
grandes inovações.
Acadêmico Silas Costa e Silva, cadeira 17,
de grande experiência como Mestre de
Cerimônias, com grande lastro no cerimonial
brasileiro, atento aos mínimos detalhes no
cenário do cerimonial.
Acadêmico Astrogildo Franco, especialista
no cerimonial e protocolo dos Tribunais de
Contas, estudioso e detalhista, cuida com
esmero das questões a si determinadas,
detendo grande conhecimento e primoroso no
exercício das suas funções.
Acadêmica Brasília Botelho, ex Presidente
do CNCP, com larga experiência no cerimonial
publico e privado, premiada por ter uma visão
bem clara das questões cerimonialisticas,
pronta a exercer o contraditório para soluções
de pendências nos embates do cerimonial.
Acadêmica Gilda Fleury, experiente mestra
na arte de ensinar o cerimonial e protocolo,
com vasta capacidade e folha de serviços
prestados que testemunham seu permanente
19

empenho e preocupação com a formação


profissional.
Não fazendo uso da modéstia -
Acadêmico Silvio Lobo Filho (cadeira 12),
minha história de vida tem a marca da
cátedra universitária, dos laboratórios de
pesquisa, da produção científica e cultural,
das lides universitárias, acoplada aos feitos da
banca advocatícia, da produção jornalística em
revistas e jornais, das apresentações e
animações em rádio e tv, do constante
manusear das palavras pela retórica
discursiva ou pela escrita em livros e poesias.
Do rádio à tribuna de Mestre de Cerimônias,
da organização de eventos aos escritos
cerimonialisticos. Investigador por excelência,
apaixonado pelo cerimonial, protocolo e
etiqueta.

Perfilhados transpusemos os umbrais de


entrada e tomamos assento às cadeiras, cujos
patronos escreveram em vida importantes
páginas do Grande Livro da História do
Cerimonial e Protocolo. Coube-nos naquele
instante de assunção ao alto posto acadêmico,
preservarmos a memória dos que titularam a
cadeira, mas, sobretudo, chancelar o saber já
produzido exercendo a responsabilidade do
ofício acadêmico, que é de entregarmo-nos à
20

tarefa gloriosa da plenificação do


conhecimento cerimonialistico e protocolar.
O Universo do Cerimonial é o nosso limite, e,
por isso, alçados aos ombros dos gigantes
desse campo de conhecimento, que nos
precederam, nossos patronos, haveremos de,
plagiando Antonio Carlos Sechin, “convocar à
vida os nossos mortos, despertar contra o
esquecimento as palavras represadas no sono
dos livros, fazê-los fluir, para que venham
integrar-se à interminável música da
literatura”.
Emilia Ferreira da Silva Nunes, cadeira 24
Katia Oliveira Bonifácio Albuquerque, cadeira
22 Athayde Alves de Oliveira, cadeira 23,
sejam bem vindos à Academia Brasileira de
Cerimonial e Protocolo

Você também pode gostar