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Resistência dos Materiais

CAPÍTULO III
Aula 1
Prof. Jorge
Victorio
Resistência dos Materiais III
O Cálculo de Estruturas resume-se na aplicação da mecânica dos sólidos para o dimensionamento de
Elementos de Máquinas e Equipamentos, Edifícios e outros engenhos, com objetivo de torna-los
adequadamente resistentes às cargas que neles irão atuar, tendo em conta a segurança e o conforto de
uma edificação.
Resistência dos Materiais III
No estudo do equilíbrio das forças externas (“Leis da Estática”), as caractrísticas geométricas, assim como
os tipos de materiais dos elementos estruturais não são considerados. Entretanto, no estudo da
“Resistencia dos Materiais” as características “FÍSICAS” desse elementos são determinantes para o correto
dimensionamento .
- Área (“Area” ou “Square”).
- Momento estático ( “Mo”)
Elementos - Centro de Gravidade (“CG”)
Geométricos
- Raio de giração (“i”)
- Módulo de Resistência (“W”)
- Momento de inércia (“J”)
Resistência dos Materiais III
1° - Área
´Como de define uma Área?
A área de uma seção plana é a superfície limitada pelas sua linhas de contorno.

S = π D² S=BxH S=BxH S = L²
4 2
Resistência dos Materiais III
A determinação do valor da área de superfície de contorno complexo pode ser facilitada quando a
subdividimos em elementos de formas geométricas conhecidas, tantas quanto forem possíveis e
necessárias. A dimensão de uma área é (unid²).

S4

S1 S2 S3

Figura 1
Resistência dos Materiais III
A determinação do valor da área de superfície de contorno complexo pode ser facilitada quando a
subdividimos em elementos de formas geométricas conhecidas, tantas quanto forem necessárias. A
dimensão de uma área é (unid²).
R= 5,0
S4 S = S 1 + S2 + S3 - S4
S1 = 11,31 x 19,6 = 110,89 cm²
2
19,6 S3 = S1 = 110,89 cm²

S2 S3 S2 = 17,38 x 19,6 = 340,64 cm²


S1
60º
S4 = π 5² / 2 = 39,25 cm²
11,31 17,38 11,31
S = 110,89 + 340,64 + 110,89 - 39,25
(19,6/tan 60°) 40 – (11,31+11,31) (19,6/tan 60°) S = 523,17 cm²
Resistência dos Materiais III
A determinação do valor da área de superfície de contorno complexo pode ser facilitada quando a
subdividimos em elementos de formas geométricas conhecidas, tantas quanto forem necessárias. A
dimensão de uma área é (unid²).

Área “TOTAL” do círculo em


função de “R” = π R²

Figura 2 Figura 3
S = Sext. –( 2 x (S1+S2+(S3 x 2)))
S = S 1 + S2 + S3
S = (25 x 25) – 2 x ((3,5 x 15)+(7 x 4) + 2(π 4²))
S = (25 x 5) + (10 x 15) + (25 x 5)
S = 625 – 2 x (52,5 + 28 + 25,13) 4
S = 125 + 150 + 125 = 400 cm² S = 413,74cm²
Resistência dos Materiais III
A determinação do valor da área de superfície de contorno complexo pode ser facilitada quando a
subdividimos em elementos de formas geométricas conhecidas, tantas quanto forem necessárias. A
dimensão de uma área é (unid²).

Figura 4 Figura 5
S = S1 – (S2+ S3+ S4 +S5 +S6+S7+S8+S9)
S = S1 – S2
S1 = 25 x 25 = 625 cm² S1 = 24 x 14 = 336cm²

S2 = 20 x 15 = 300 cm² S2 = 5 x 4 = 20 cm²

S = 625 - 300 = 325 cm² S = 336 – (8 x 20) = 176cm²


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2 - Momento Estático.

Define-se Momento Estático (M) de um elemento de superfície, como sendo o produto da área do
elemento pela distancia que o separa de um eixo de referencia.

M YCG = YCG x A
Sendo Área (unid²) x Distancia (unid¹), a
Y CG dimensão do momento estático é (unid³).

Ref.
Resistência dos Materiais III
Quando buscamos determinar o momento estático de uma superfície complexa, essa superfície pode ser
subdividida em várias figuras geométricas conhecidas e seu momento estático será obtido com o
somatório dos momentos estáticos de cada uma dessas figuras.

M YCG1 = Y CG1 x A1

M YCG2 = Y CG2 x A2

MYCG3 = YCG3 x A3

MYCG = MYCG1 + MYCG2 + MYCG3


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3 - Centro de Gravidade.

Tomamos um corpo de massa (M) e admitimos a hipótese de dividi-lo em inúmeras partes, tão pequenas
quanto se possa imaginar.

Cada uma dessas partes do corpo está sujeita a força gravitacional que dá origem a força-peso de cada
uma delas.

O ponto onde se torna nulo o somatório das forças que atuam nessas partes é então chamado de “Centro
de Gravidade” ou Baricentro. Esse ponto pode estar localizado dentro ou fora do corpo em estudo.
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3 - Centro de Gravidade.
As coordenadas (XCG) e (YCG) do Baricentro de figuras geométricas são identificadas pelas
respectivas equações:

(XCG) = My
PCG (x;y) A
(YCG) = Mx
A

Onde: XCG - Distancia do CG da superfície em estudo até o eixo Y de referencia.


YCG - Distancia do CG da superfície em estudo até o eixo X de referencia.
My - Momento Estático da superfície em relação ao eixo Y.
Mx - Momento Estático da superfície em relação ao eixo X.
A - Área da superfície em estudo.
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3 - Centro de Gravidade.
As coordenadas (XCG) e (YCG) do Baricentro de figuras regulares, simétricas, coincidem com o centro
geométrico dessas figuras, conforme comprovado no exemplo abaixo.

(XCG) = My
A
(XCG) = ((25 x 25) x (25/2)) – ((15 x 15) x (25/2)) = 12,5
(25 x 25) – (15 x 15)
(YCG) = Mx
A
(YCG) = ((25 x 25) x (25/2)) – ((15 x 15) x (25/2)) = 12,5
(25 x 25) – (15 x 15)

CONCLUSÃO: PCG (12,5 ; 12,5)


Resistência dos Materiais III
3 - Centro de Gravidade.
A determinação das coordenadas (XCG) e (YCG) do Baricentro de figuras assimétricas, ou complexas, são
identificadas conforme o exemplo a seguir.
(YCG) = Mx
A A seção é simétrica em “X”. Portanto não é
(YCG) = ((25 xnecessário
25) x 12,5)o–cálculo
((15 x 20) x 15) =do10,1
detalhado ponto XCG.
(25 que
sabemos x 25)ele
– (15 x 20)sobre o eixo “X”.
se dará

(XCG) = My
A
(XCG) = ((25 x 25) x 12,5) – ((15 x 20) x (12,5) = 12,5
(25 x 25) – (15 x 20)
10,1

CONCLUSÃO: PCG (12,5 ; 10,1)


PPCG (12,5
CG (x ; y) ; 10,1)
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4 - Módulo de Resistência..

O módulo de resistência (W) de uma superfície em relação aos eixos que contém o seu Centro de
Gravidade (CG) é um dos parâmetros necessários para o estudo de elementos estruturais submetidos ao
esforço de flexão e é definido como sendo:

“... a razão entre o momento de inércia relativo ao eixo que passa pelo CG da figura e a distância
máxima entre o eixo e a extremidade da seção em estudo”.
J
W=
h
Sua definição nos leva à cálculos complexo e incomuns à maioria dos técnicos. Por isso são
amplamente apresentados nos manuais de engenharia e publicações especializadas.
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5 - Raio de giração.

Define-se como Raio de giração como sendo “... A raiz quadrada da razão entre o momento de inércia e a área da
superfície em estudo”.

i= J
S
O raio de giração é mais um dos parâmetros necessários para o estudo de pilares sujeitos
ao esforço de Flambagem e sua unidade é de primeiro grau [Unid¹]. Também é pratica
comum a apresentação de equações referentes às figuras geométricas específicas, nos
manuais e publicações técnicas especializadas
Resistência dos Materiais III
6 - Momento de Inércia.

O momento de inércia (J) de uma superfície tem a seguinte definição:

“... Integral de área dos produtos dos elementos de área que compõem a superfície, pelas
suas respectivas distâncias ao eixo de referência, elevada ao quadrado”.

Jx =∫A y2 dA

Jy =∫A x2 dA

A determinação da equação do momento de inércia para uma dada seção requer


conhecimento específico de matemática avançada. Entretanto, dada a complexidade desse
estudo, as equações características aos perfis geométricos de maior uso para produção dos
elementos estruturas são amplamente apresentadas nos manuais técnicos e demais
publicações especializadas. A unidade do momento de inércia e [Unid 4]
Resistência dos Materiais III
Momento de Inércia.
Tensão de Flexão
Conhecido o momento fletor que atua na viga, temos ainda a necessidade determinar o
momento de inércia e demais parâmetros relativos à seção da viga.
A seção transversal retangular é um exemplo de seção simétrica e suas equações
características são as seguintes:

J = b . h³
12
S = b . h²
6
Resistência dos Materiais III
Momento de Inércia.
Tensão de Flexão
Como exemplo de seção duplamente simétrica, temos a seção circular cujas equações
do Momento de Inércia e do Módulo de Seção são descritas como segue:

J = π . d4
64
S = π . d³
32
Resistência dos Materiais III
Parâmetros de perfis usuais
M J (I) W i
(Momento estático) (Momento de inércia) (Módulo resistente) (raio de giração)

CG h3 b h³ b h² h
h 12 6 12
b
D
πD3 πD4 πD3 D
CG
8 64 32 4
D
π(D4-d4) π(D4-d4) (D2-d2)
CG ...
64 32D 4
d
OBS: Perfis tipo I; H; e demais padrões comerciais, vide tabelas técnicas.
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Os elementos estruturais, são identificados de acordo com a sua “posição”, “geometria” e o “tipo de esforço
suportado”, dentre os quais temos:
Barra - elemento linear genérico sujeito a esforços qualquer. Elementos lineares são aqueles em que o
comprimento longitudinal supera em pelo menos três vezes a maior dimensão da seção transversal.

Viga - elemento linear horizontal ou inclinado, sujeito a esforços perpendiculares e (ou) longitudinais,
dentre os quais predomina o esforço de flexão (NBR 6118/03, item 14.4.1.1).
Pilar - elemento linear vertical, sujeito principalmente a esforços de compressão e
Flambagem.

Laje - elemento planar horizontal, sujeito principalmente a esforços perpendiculares. Pode


também ser estudado como uma viga Plana.
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Elementos estruturais.

Os elementos estruturais são construídos com “perfis geométricos” variados e combinados para compor
estruturas, tais como:

Viga Simples - estrutura linear suportada por um ou dois apoios.

Viga Contínua – estrutura linear suportada por mais de dois apoios.


Treliça Plana - estrutura plana formada por barras conectadas por rótulas.
Treliça Espacial - estrutura tridimensional formada por barras e rótulas.
Pórtico Plano - estrutura plana formada por vigas, barras e pilares.
Pórtico Espacial - estrutura tridimensional formada por vigas, barras e pilares.
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Elementos estruturais.

Cargas

As cargas (forças) que atuam na estrutura podem ser permanentes ou temporárias, estáticas, intermitentes, cíclicas, ou
acidentais.

- As cargas estáticas são aquelas que, aplicadas suavemente, permanecem constantes no decorrer do período de
tempo considerado para o estudo.
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Cargas

- As cargas intermitentes são aquelas que atuam por um breve período de tempo em uma frequência regular ou
aleatória.
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Cargas

Cargas cíclicas reversas são aquelas que se repetem em uma determinada frequência, podendo inclusive ocorrer com
mudança de sentido (Tração (+) / compressão (-)).
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Cargas

As cargas podem ser classificadas em “Carga concentrada”, “Carga distribuída uniforme”, “Carga distribuída
uniformente variada” e “Carga distribuída irregular”.

Carga uniformemente
Carga concentrada distribuída
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Elementos estruturais.

Cargas

As cargas podem ser classificadas em “Carga concentrada”, “Carga distribuída uniforme”, “Carga distribuída
uniformente variada” e “Carga distribuída irregular”.

Carga distribuída irregular


Carga uniformemente Carga irregular
variável
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Elementos estruturais.

Apoios

Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Horizontal,
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Horizontal,
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Vertical
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Vertical
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Rotacional
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Rotacional
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Sendo que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Horizontal,
- Vertical,
- Rotacional.

Os elementos de uma estrutura precisam estar vinculados uns ao outros, para que haja estabilidade e rigidez adequada
ao conjunto estrutural.
Esses vínculos são chamados de “Apoios”, e recebem denominações especiais em função do grau de restrição à
liberdade de deslocamento da viga.
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Elementos estruturais.

Apoios

1) O “Apoio Simples”, também chamado de “Apoio Móvel” ou “Apoio de 1º grau”, reage apenas em uma direção
(vertical) permitindo que o elemento se desloque em duas outras direções (horizontal e rotacional).
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Elementos estruturais.

Apoios

2) O “Apoio Rotulado”, é chamado de “Apoio Fixo” ou “Apoio de 2º grau” proporciona o vinculo em duas direções
(vertical e horizontal), permitindo que o elemento se desloque apenas na direção rotacional.
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Elementos estruturais.

Apoios

3) O “Apoio Engastado” é chamado de “Apoio de 3º grau”, com vinculo triplo impede o deslocamento do elemento, nas
três direções.
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios
As viga recebem denominações especiais em função do tipo de apoio que as suportam.

Viga Simples – É aquela cujas extremidades são apoiadas por suportes articulados .

Na hipótese da montagem apresentar


dois apoios de 1° grau, a viga teria
apenas 2 graus de restrição, com total
liberdade para deslocar-se na direção

2° + horizontal. Assim teríamos uma
montagem instável.

Nesta figura a montagem foi feita com um apoio fixo (2° grau) e um apoio móvel (1° grau), totalizando 3 graus de
restrição, requisito necessário para que a viga esteja em perfeito equilíbrio estático.
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Elementos estruturais.

Apoios

Viga Simples em Balanço – É aquela que possui um dos apoios posicionado distante de uma de suas duas
extremidades (balanço simples).
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.
Apoios

Viga Simples em duplo Balanço – É aquela que na qual ambos os apoios estão posicionado distantes das suas duas
extremidades.
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Viga Engastada – É aquela que não permite qualquer grau de liberdade. Quando temos a viga fixada à estrutura por uma
das extremidades engastada e com a outra extremidade sem apoio a chamamos de “Viga Engastada” ou “em balanço”.

3° grau

Esse tipo de viga pode deslocar-se de forma linear ou angular na extremidade livre, enquanto é rigidamente fixada na
extremidade engastada.
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Elementos estruturais.

Apoios

Quando a viga é engastada em ambas as extremidades, temos então uma viga “hiperestática”, cuja análise extrapola
as equações da estática e por isso requer artifícios especiais que não serão estudados neste texto.

3° grau
+
3° grau

A figura com duplo engastamento apresenta dois apoios do 3° grau, totalizando 6 graus de restrição. Isso extrapola à
exigência da estática (3 graus) e a viga passa a condição de Hiperestática.
Resistência dos Materiais III
Elementos estruturais.

Apoios

Também neste caso temos uma viga “hiperestática”. A montagem mostra um apoio engastado (3° grau) e um apoio
móvel (1° grau), totalizando 5 graus de restrição, o que excede à exigência da estática (3 graus).

1° grau
+
3° grau
Resistência dos Materiais III
Estudo das deformações.

São as tensões fundamentais e podem ser


- Tração
originadas por “Esforços Simples”, ou por
- Compressão algum outro tipo de deformação.
Tensões - Flexão
- Torção “Deformações” que também dão origem à
esforços de Tração e Compressão
- Flambagem.
Resistência dos Materiais III
Flexão
Chamamos de Flexão à deformação provocada por uma força aplicada na direção transversal à viga.

Uma viga, ao ser flexionada, tem algumas das suas fibras longitudinais submetidas à tensão de tração e
outras a compressão. Existindo, entretanto, uma fibra intermediaria onde a deformação (ε) e a tensão (σ)
tornam-se nulas

Linha Neutra
Resistência dos Materiais III
Deformação por Flexão
Chamamos de Flexão à deformação provocada por uma força aplicada na direção transversal à viga.

Independente da posição da
Linha Neutra viga, o importante é que a
carga lhe seja transversal.
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão
As tensões de “COMPRESSÃO” e de “TRAÇÃO” têm valor máximo nas respectivas superfícies e se
reduzem quando se aproximam do interior da viga.
Compressão
(-) Linha Neutra
Máx.

Máx.

Tração (+)
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão

As Tensões atuantes são os principais parâmetros para a escolha do material destinado à fabricação e para
o dimensionamento adequado da estrutura.

A tensão normal (σn), provocada quando a barra se flexiona, é chamada de “tensão de flexão”, e pode ser
determinada pela equação conhecida como de “Fórmula da Tensão de Flexão”.

Onde (MY) e o momento fletor no


σn = MxY ponto “Y” e (J) é o momento de
J inércia da secção transversal em
relação à linha neutra.
A expressão mostra que a tensão aumenta quando o momento fletor aumenta e torna-se
tão menor quanto maior for o momento de inércia da seção.
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão

Esforços e deformações.

Tensão de Flexão

Em vigas com seção simétrica (em relação a linha neutra), as tensões de tração e compressão produzidas durante a
flexão terão o mesmo valor. Nas vigas com seções assimétricas, a tensão máxima ocorrerá na superfície mais distante
da linha neutra.

σn = M onde (S) é chamado de Módulo de Seção da


área transversal [unidade de comprimento]³

S Note: “J” é o momento de inércia da seção e


S = J “c” a distancia da superfície .
C
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão

Esforços e deformações.

Momento Fletor.
Viga engastada com carga concentrada:

Mmáx = F . A
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão

Esforços e deformações.

Momento Fletor.
Viga apoiada com carga central concentrada:

Mmáx = F . L
4
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão

Esforços e deformações.

Momento Fletor.
Viga apoiada com carga concentrada em um ponto qualquer:

Mmáx. = F . A . (L - A)
L
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão

Esforços e deformações. Onde F = Peso específico


Ex: Kgf/m²

Momento Fletor.
Viga apoiada com carga uniformemente distribuída:

Mmáx. = F . L²
8
Resistência dos Materiais III
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão
Exemplo 1: Diagrama do Momento Fletor / Esforço Cortante
O Momento Fletor e o Esforço Cortante que atuam em uma viga, são normalmente apresentados em
forma de diagrama, como no exemplo a seguir .
P
1000Kgf

5,0m 2,0m
2º) Cálculo do momento no ponto “C”.
B
A C
MC = RA x 5,0
1º) Cálculo das reações nos apoios
MC = 285,72 Kgf x 5 m
∑ MA = 0
(1000 x 5) + (-RB x 7)=0 MC = 1428,6 Kgfm.
RB = 1000 x 5 / 7 = 714,28 Kgf
RA = 1000 – 714,28 = 285,72 Kgf
Conclusão: As reações nos apoios são respectivamente, R A = 285,72 Kgf e RB = 714,28Kgf e o
momento fletor “MC” = 1428,6 Kgfm.
Resistência dos Materiais III
Deformação na Flexão
Exemplo 1.1:
Diagrama do Momento Fletor / Esforço Cortante
Conhecidos os valores de RA; RB e do momento no ponto “C”, passamos a representação gráfica dos
vetores correspondentes. Representamos a viga e os
1000Kgf vetores correspondentes ao
5,0m 2,0m
A B Momento Fletor e ao Cortante
em uma escala adequada
C
0 0
5,0m 2,0m +
DMF
A B
C
1428,6 Kgfm
285,72 Kgf
ECA = RA = 285,72 Kgf
+ 714,28Kgf
ECB = RB = 714,28 Kgf DEC
ECC = RA - F = 285,72 - 1000 = -714,28 -
MC = 1428,6 Kgfm -714,28 Kgf

NOTA: Observe que no ponto de momento máximo ocorre o esforço cortante nulo.
Resistência dos Materiais III
Observe que neste exercício, assim como no
anterior, não existem cargas na direção “X” assim,
Deformação
“∑ FX“ é nulo e não será na nos
explicitado, Flexão
Exemplo 2 ocuparemos apenas de “∑ FY“.
Trace os diagramas de Momento Fletor e do Esforço Cortante da viga representado abaixo

Cálculo das reações nos apoios.


1000Kgf 1200Kgf ∑M = 0
(-1000 x 1,5) + (-1200 x 3) + (RB x 4) = 0
-1500 – 3600 + 4RB = 0 >>> RB = 5100 / 4
RA RB RB = 1275 Kgf
∑F=0
∑ FY = 0 cê
1000Kgf + 1200 Kgf = RA + RB
RA = 2200 Kgf - RB
RA = 2200 – 1275 = 925Kgf
Conclusão: As reações nos apoios são respectivamente, RA = 925 Kgf e RB = 1275 Kgf.
Resistência dos Materiais III -1275

Deformação na Flexão
Exemplo 2.1:

Diagrama do Esforço cortante


Inicialmente nomeamos as secções do diagrama de carga, onde temos algum esforço atuante e as
analisamos como segue:
Cálculo do “Esforço Cortante”.
1000Kgf 1200Kgf
ECA = RA = 925Kgf.
A F1 F2 B ECF1 = 925Kgf + (-1000Kgf) = -75Kgf.
RA RB
ECF2 = - 75Kgf + (-1200Kgf) = - 1275Kgf.
ECB =RB = 1275Kgf.

Conclusão: Os esforços cortantes atuantes nessa viga são A = 925Kgf; F 1 = -75Kgf;


F2= -1275Kgf e B= 1275Kgf.
Resistência dos Materiais III -1275

Deformação na FlexãoComo afirmamos, o Momento Fletor no


Exemplo 2.2: ponto de apoio sempre será “ZERO”. Sendo
portanto desnecessário justifica-lo.
Diagrama do Momento Fletor.
O Momento Fletor deverá ser calculado a partir da “Esquerda” ou da “Direita” de cada uma das secções da
viga. Neste caso partimos da “Esquerda’’.
Cálculo do “Momento Fletor”.
1000Kgf 1200Kgf MA = 0.
MF1 = RA x 1,5 >>> MF1 = 925Kgf x 1,5 = 1387,5 Kgf.m
A F
1 2 F B MF2 = (RA x 3,0) + (- 1000Kgf x 1,5)
RA RB MF2 = (925Kgf x 3) – (1000Kgf x 1,5) = 1275,0Kgf.m
MB = (RA x 4,0) + (- 1000Kgf x 2,5) + (- 1200Kgf x 1,0)
MB= (925Kgf x 4) - (1000Kgf x 2,5) + (- 1200Kgf x 1,0)
MB = 0,0Kgf.m
Conclusão: O momento fletor em cada secção da viga é respectivamente M A = 0; MF1= 1387,5;
MF2 = 1275Kgfm; MB = 0 Kgfm
Resistência dos Materiais III -1275

Deformação na Flexão
Exemplo 2.3:
Diagrama do Esforço Cortante e do Momento Fletor.

Conhecidos os valores do esforço cortante e do Momento Fletor em cada uma das secções do diagrama de
carga, podemos “desenhar” os Diagrama A
dos correspondentes. B
F1 F2

Esforço Cortante 925 O momento fletor é um dos


A = 925Kgf Eixo + parâmetros necessários para o
0
F1 = -75Kgf do Cortante
cálculo da “tensão de flexão”.
-75 -
F2 = -1200Kgf
B = 1275Kgf. -1275 σn = M x Y
Eixo 0 J
Momento Fletor do Fletor
MA = 0; +
MF1= 1387,5 Kgf.m 1275
MF2 = 1275 Kgf.m 1387,5
MB = 0 Kgf.m
Resistência dos Materiais
CAPÍTULO III
1ª avaliação – 02/10/23

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