Res-Mat III

Resistência dos Materiais
CAPÍTULO III
Aula 1
Prof. Jorge Victorio
Resistência dos Materiais III
O Cálculo de Estruturas resume-se na aplicação da mecânica dos sólidos para o dimensionamento de
Elementos de Máquinas e Equipamentos, Edifícios e outros engenhos, com objetivo de torna-los
adequadamente resistentes às cargas que neles irão atuar, tendo em conta a segurança e o conforto de
uma edificação.
No estudo do equilíbrio das forças externas (“Leis da Estática”), as caractrísticas geométricas, assim como
os tipos de materiais dos elementos estruturais não são considerados. Entretanto, no estudo da
“Resistencia dos Materiais” as características “FÍSICAS” desse elementos são determinantes para o correto
dimensionamento .
- Área (“Area” ou “Square”).
- Momento estático ( “Mo”)
Elementos - Centro de Gravidade (“CG”)
Geométricos
- Raio de giração (“i”)
- Módulo de Resistência (“W”)
- Momento de inércia (“J”)
1° - Área
´Como de define uma Área?
A área de uma seção plana é a superfície limitada pelas sua linhas de contorno.
S = π D² S=BxH S=BxH S = L²
4 2
A determinação do valor da área de superfície de contorno complexo pode ser facilitada quando a
subdividimos em elementos de formas geométricas conhecidas, tantas quanto forem possíveis e
necessárias. A dimensão de uma área é (unid²).
S4
S1 S2 S3
Figura 1
subdividimos em elementos de formas geométricas conhecidas, tantas quanto forem necessárias. A
dimensão de uma área é (unid²).
R= 5,0
S4 S = S 1 + S2 + S3 - S4
S1 = 11,31 x 19,6 = 110,89 cm²
2
19,6 S3 = S1 = 110,89 cm²
S2 S3 S2 = 17,38 x 19,6 = 340,64 cm²

S1
60º
S4 = π 5² / 2 = 39,25 cm²
11,31 17,38 11,31
S = 110,89 + 340,64 + 110,89 - 39,25
(19,6/tan 60°) 40 – (11,31+11,31) (19,6/tan 60°) S = 523,17 cm²
Área “TOTAL” do círculo em

função de “R” = π R²
Figura 2 Figura 3
S = Sext. –( 2 x (S1+S2+(S3 x 2)))
S = S 1 + S2 + S3
S = (25 x 25) – 2 x ((3,5 x 15)+(7 x 4) + 2(π 4²))
S = (25 x 5) + (10 x 15) + (25 x 5)
S = 625 – 2 x (52,5 + 28 + 25,13) 4
S = 125 + 150 + 125 = 400 cm² S = 413,74cm²
Figura 4 Figura 5
S = S1 – (S2+ S3+ S4 +S5 +S6+S7+S8+S9)
S = S1 – S2
S1 = 25 x 25 = 625 cm² S1 = 24 x 14 = 336cm²
S2 = 20 x 15 = 300 cm² S2 = 5 x 4 = 20 cm²
S = 625 - 300 = 325 cm² S = 336 – (8 x 20) = 176cm²

2 - Momento Estático.
Define-se Momento Estático (M) de um elemento de superfície, como sendo o produto da área do
elemento pela distancia que o separa de um eixo de referencia.
M YCG = YCG x A
Sendo Área (unid²) x Distancia (unid¹), a
Y CG dimensão do momento estático é (unid³).
Ref.
Quando buscamos determinar o momento estático de uma superfície complexa, essa superfície pode ser
subdividida em várias figuras geométricas conhecidas e seu momento estático será obtido com o
somatório dos momentos estáticos de cada uma dessas figuras.
MY = Y CG1 x A1
CG1
MY = Y CG2 x A2
CG2
MY = YCG3 x A3
CG3
MYCG = MY + MY + MY
CG1 CG2 CG3
CAPÍTULO III
Aula 2
3 - Centro de Gravidade.
Tomamos um corpo de massa (M) e admitimos a hipótese de dividi-lo em inúmeras partes, tão pequenas
quanto se possa imaginar.
Cada uma dessas partes do corpo está sujeita a força gravitacional que dá origem a força-peso de cada
uma delas.
O ponto onde se torna nulo o somatório das forças que atuam nessas partes é então chamado de “Centro
de Gravidade” ou Baricentro. Esse ponto pode estar localizado dentro ou fora do corpo em estudo.
As coordenadas (XCG) e (YCG) do Baricentro de figuras geométricas são identificadas pelas
respectivas equações:
(XCG) = My
PCG (x;y) A
(YCG) = Mx
A
Onde: XCG - Distancia do CG da superfície em estudo até o eixo Y de referencia.

YCG - Distancia do CG da superfície em estudo até o eixo X de referencia.
My - Momento Estático da superfície em relação ao eixo Y.
Mx - Momento Estático da superfície em relação ao eixo X.
A - Área da superfície em estudo.
As coordenadas (XCG) e (YCG) do Baricentro de figuras regulares, simétricas, coincidem com o centro
geométrico dessas figuras, conforme comprovado no exemplo abaixo.
(XCG) = My
A
(XCG) = ((25 x 25) x (25/2)) – ((15 x 15) x (25/2)) = 12,5
(25 x 25) – (15 x 15)
(YCG) = Mx
A
(YCG) = ((25 x 25) x (25/2)) – ((15 x 15) x (25/2)) = 12,5
(25 x 25) – (15 x 15)
CONCLUSÃO: PCG (12,5 ; 12,5)

A determinação das coordenadas (XCG) e (YCG) do Baricentro de figuras assimétricas, ou complexas, são
identificadas conforme o exemplo a seguir.
(YCG) = Mx
A A seção é simétrica em “X”. Portanto não é
(YCG) = ((25 xnecessário
25) x 12,5)o –cálculo
((15 x detalhado
20) x 15) =do10,1
ponto XCG.
(25que
sabemos x 25)ele
– (15 x 20)sobre o eixo “X”.
se dará
(XCG) = My
A
(XCG) = ((25 x 25) x 12,5) – ((15 x 20) x (12,5) = 12,5
(25 x 25) – (15 x 20)
10,1
CONCLUSÃO: PCG (12,5 ; 10,1)

PPCG (12,5
CG(x ; y) ; 10,1)
4 - Módulo de Resistência..
O módulo de resistência (W) de uma superfície em relação aos eixos que contém o seu Centro de
Gravidade (CG) é um dos parâmetros necessários para o estudo de elementos estruturais submetidos ao
esforço de flexão e é definido como sendo:
“... a razão entre o momento de inércia relativo ao eixo que passa pelo CG da figura e a distância
máxima entre o eixo e a extremidade da seção em estudo”.
J
W=
h
Sua definição nos leva à cálculos complexo e incomuns à maioria dos técnicos. Por isso são
amplamente apresentados nos manuais de engenharia e publicações especializadas.
5 - Raio de giração.
Define-se como Raio de giração como sendo “... A raiz quadrada da razão entre o momento de inércia e a área da
superfície em estudo”.
i= J
S
O raio de giração é mais um dos parâmetros necessários para o estudo de pilares sujeitos
ao esforço de Flambagem e sua unidade é de primeiro grau [Unid¹]. Também é pratica
comum a apresentação de equações referentes às figuras geométricas específicas, nos
manuais e publicações técnicas especializadas
CAPÍTULO III
Aula 3
6 - Momento de Inércia.
O momento de inércia (J) de uma superfície tem a seguinte definição:
“... Integral de área dos produtos dos elementos de área que compõem a superfície, pelas
suas respectivas distâncias ao eixo de referência, elevada ao quadrado”.
Jx =∫ y2 dA
A
Jy =∫ x2 dA
A
A determinação da equação do momento de inércia para uma dada seção requer

conhecimento específico de matemática avançada. Entretanto, dada a complexidade desse
estudo, as equações características aos perfis geométricos de maior uso para produção dos
elementos estruturas são amplamente apresentadas nos manuais técnicos e demais
publicações especializadas. A unidade do momento de inércia e [Unid 4]
Momento de Inércia.
Tensão de Flexão
Conhecido o momento fletor que atua na viga, temos ainda a necessidade determinar o
momento de inércia e demais parâmetros relativos à seção da viga.
A seção transversal retangular é um exemplo de seção simétrica e suas equações
características são as seguintes:
J = b . h³
12
S = b . h²
6
Momento de Inércia.
Tensão de Flexão
Como exemplo de seção duplamente simétrica, temos a seção circular cujas equações
do Momento de Inércia e do Módulo de Seção são descritas como segue:
J = π . d4
64
S = π . d³
32
Parâmetros de perfis usuais
M J (I) W i
(Momento estático) (Momento de inércia) (Módulo resistente) (raio de giração)
CG h3 b h³ b h² h
h 12 6 12
b
D
πD3 πD4 πD3 D
CG
8 64 32 4
D
π(D4-d4) π(D4-d4) (D2-d2)
CG ...
64 32D 4
d
OBS: Perfis tipo I; H; e demais padrões comerciais, vide tabelas técnicas.
Elementos estruturais.
Os elementos estruturais, são identificados de acordo com a sua “posição”, “geometria” e o “tipo de esforço
suportado”, dentre os quais temos:
Barra - elemento linear genérico sujeito a esforços qualquer. Elementos lineares são aqueles em que o
comprimento longitudinal supera em pelo menos três vezes a maior dimensão da seção transversal.
Viga - elemento linear horizontal ou inclinado, sujeito a esforços perpendiculares e (ou) longitudinais,
dentre os quais predomina o esforço de flexão (NBR 6118/03, item 14.4.1.1).
Pilar - elemento linear vertical, sujeito principalmente a esforços de compressão e
Flambagem.
Laje - elemento planar horizontal, sujeito principalmente a esforços perpendiculares. Pode

também ser estudado como uma viga Plana.
Os elementos estruturais são construídos com “perfis geométricos” variados e combinados para compor
estruturas, tais como:
Viga Simples - estrutura linear suportada por um ou dois apoios.
Viga Contínua – estrutura linear suportada por mais de dois apoios.

Treliça Plana - estrutura plana formada por barras conectadas por rótulas.
Treliça Espacial - estrutura tridimensional formada por barras e rótulas.
Pórtico Plano - estrutura plana formada por vigas, barras e pilares.
Pórtico Espacial - estrutura tridimensional formada por vigas, barras e pilares.
Cargas
As cargas (forças) que atuam na estrutura podem ser permanentes ou temporárias, estáticas, intermitentes, cíclicas, ou
acidentais.
- As cargas estáticas são aquelas que, aplicadas suavemente, permanecem constantes no decorrer do período de tempo
considerado para o estudo.
Cargas
- As cargas intermitentes são aquelas que atuam por um breve período de tempo em uma frequência regular ou
aleatória.
Cargas
Cargas cíclicas reversas são aquelas que se repetem em uma determinada frequência, podendo inclusive ocorrer com
mudança de sentido (Tração (+) / compressão (-)).
Cargas
As cargas podem ser classificadas em “Carga concentrada”, “Carga distribuída uniforme”, “Carga distribuída
uniformente variada” e “Carga distribuída irregular”.
Carga uniformemente
Carga concentrada distribuída
Cargas
As cargas podem ser classificadas em “Carga concentrada”, “Carga distribuída uniforme”, “Carga distribuída
uniformente variada” e “Carga distribuída irregular”.
Carga distribuída irregular

Carga uniformemente Carga irregular
variável
Apoios
Sabemos então que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Horizontal,
Apoios
- Horizontal,
Apoios
- Vertical
Apoios
- Vertical
Apoios
- Rotacional
Apoios
- Rotacional
Apoios
Apoios
Sendo que um corpo livre sobre um plano tem liberdade para deslocar-se em três direções:
- Horizontal,
- Vertical,
- Rotacional.
Os elementos de uma estrutura precisam estar vinculados uns ao outros, para que haja estabilidade e rigidez adequada
ao conjunto estrutural.
Esses vínculos são chamados de “Apoios”, e recebem denominações especiais em função do grau de restrição à
liberdade de deslocamento da viga.
Apoios
1) O “Apoio Simples”, também chamado de “Apoio Móvel” ou “Apoio de 1º grau”, reage apenas em uma direção
(vertical) permitindo que o elemento se desloque em duas outras direções (horizontal e rotacional).
Apoios
2) O “Apoio Rotulado”, é chamado de “Apoio Fixo” ou “Apoio de 2º grau” proporciona o vinculo em duas direções
(vertical e horizontal), permitindo que o elemento se desloque apenas na direção rotacional.
Apoios
3) O “Apoio Engastado” é chamado de “Apoio de 3º grau”, com vinculo triplo impede o deslocamento do elemento, nas
três direções.
Apoios
As viga recebem denominações especiais em função do tipo de apoio que as suportam.
Viga Simples – É aquela cujas extremidades são apoiadas por suportes articulados .
Na hipótese da montagem apresentar

dois apoios de 1° grau, a viga teria
apenas 2 graus de restrição, com total
liberdade para deslocar-se na direção
1°
2° + horizontal. Assim teríamos uma
montagem instável.
Nesta figura a montagem foi feita com um apoio fixo (2° grau) e um apoio móvel (1° grau), totalizando 3 graus de
restrição, requisito necessário para que a viga esteja em perfeito equilíbrio estático.
Apoios
Viga Simples em Balanço – É aquela que possui um dos apoios posicionado distante de uma de suas duas
extremidades (balanço simples).
Apoios
Viga Simples em duplo Balanço – É aquela que na qual ambos os apoios estão posicionado distantes das suas duas
extremidades.
Apoios
Viga Engastada – É aquela que não permite qualquer grau de liberdade. Quando temos a viga fixada à estrutura por uma
das extremidades engastada e com a outra extremidade sem apoio a chamamos de “Viga Engastada” ou “em balanço”.
3° grau
Esse tipo de viga pode deslocar-se de forma linear ou angular na extremidade livre, enquanto é rigidamente fixada na
extremidade engastada.
Apoios
Quando a viga é engastada em ambas as extremidades, temos então uma viga “hiperestática”, cuja análise extrapola
as equações da estática e por isso requer artifícios especiais que não serão estudados neste texto.
3° grau
+
3° grau
A figura com duplo engastamento apresenta dois apoios do 3° grau, totalizando 6 graus de restrição. Isso extrapola à
exigência da estática (3 graus) e a viga passa a condição de Hiperestática.
Apoios
Também neste caso temos uma viga “hiperestática”. A montagem mostra um apoio engastado (3° grau) e um apoio
móvel (1° grau), totalizando 5 graus de restrição, o que excede à exigência da estática (3 graus).
1° grau
+
3° grau
Estudo das deformações.
São as tensões fundamentais e podem ser

- Tração
originadas por “Esforços Simples”, ou por
- Compressão algum outro tipo de deformação.
Tensões - Flexão
- Torção “Deformações” que também dão origem à
esforços de Tração e Compressão
- Flambagem.
Flexão
Chamamos de Flexão à deformação provocada por uma força aplicada na direção transversal à viga.
Uma viga, ao ser flexionada, tem algumas das suas fibras longitudinais submetidas à tensão de tração e
outras a compressão. Existindo, entretanto, uma fibra intermediaria onde a deformação (ε) e a tensão (σ)
tornam-se nulas
Linha Neutra
Deformação por Flexão
Chamamos de Flexão à deformação provocada por uma força aplicada na direção transversal à viga.
Independente da posição da
Linha Neutra viga, o importante é que a
carga lhe seja transversal.
Deformação na Flexão
As tensões de “COMPRESSÃO” e de “TRAÇÃO” têm valor máximo nas respectivas superfícies e se
reduzem quando se aproximam do interior da viga.
Compressão (-)
Máx. Linha Neutra
Máx.
Tração (+)
CAPÍTULO III
Aula 5 – 25/09/23
As Tensões atuantes são os principais parâmetros para a escolha do material destinado à fabricação e para
o dimensionamento adequado da estrutura.
A tensão normal (σn), provocada quando a barra se flexiona, é chamada de “tensão de flexão”, e pode ser
determinada pela equação conhecida como de “Fórmula da Tensão de Flexão”.
Onde (MY) e o momento fletor no

σn = MxY ponto “Y” e (J) é o momento de
J inércia da secção transversal em
relação à linha neutra.
A expressão mostra que a tensão aumenta quando o momento fletor aumenta e torna-se
tão menor quanto maior for o momento de inércia da seção.
Esforços e deformações.
Tensão de Flexão
Em vigas com seção simétrica (em relação a linha neutra), as tensões de tração e compressão produzidas durante a
flexão terão o mesmo valor. Nas vigas com seções assimétricas, a tensão máxima ocorrerá na superfície mais distante
da linha neutra.
σn = M onde (S) é chamado de Módulo de Seção da

área transversal [unidade de comprimento]³
S Note: “J” é o momento de inércia da seção e

S = J “c” a distancia da superfície .
C
Momento Fletor.
Viga engastada com carga concentrada:
Mmáx = F . A
Momento Fletor.
Viga apoiada com carga central concentrada:
Mmáx = F . L
4
Momento Fletor.
Viga apoiada com carga concentrada em um ponto qualquer:
Mmáx. = F . A . (L - A)
L
Esforços e deformações. Onde F = Peso específico

Ex: Kgf/m²
Momento Fletor.
Viga apoiada com carga uniformemente distribuída:
Mmáx. = F . L²
8
Exemplo 1: Diagrama do Momento Fletor / Esforço Cortante
O Momento Fletor e o Esforço Cortante que atuam em uma viga, são normalmente apresentados em
forma de diagrama, como no exemplo a seguir .
P
1000Kgf
5,0m 2,0m
2º) Cálculo do momento no ponto “C”.
B
A C
MC = RA x 5,0
1º) Cálculo das reações nos apoios
MC = 285,72 Kgf x 5 m
∑ MA = 0
(1000 x 5) + (-RB x 7)=0 MC = 1428,6 Kgfm.
RB = 1000 x 5 / 7 = 714,28 Kgf
RA = 1000 – 714,28 = 285,72 Kgf
Conclusão: As reações nos apoios são respectivamente, R A = 285,72 Kgf e RB = 714,28Kgf e o
momento fletor “MC” = 1428,6 Kgfm.
Exemplo 1.1:
Diagrama do Momento Fletor / Esforço Cortante
Conhecidos os valores de RA; RB e do momento no ponto “C”, passamos a representação gráfica dos
vetores correspondentes. Representamos a viga e os
1000Kgf vetores correspondentes ao
5,0m 2,0m
A B Momento Fletor e ao Cortante
em uma escala adequada
C
0 0
5,0m 2,0m +
DMF
A B
C
1428,6 Kgfm
285,72 Kgf
ECA = RA = 285,72 Kgf
+ 714,28Kgf
ECB = RB = 714,28 Kgf DEC
ECC = RA - F = 285,72 - 1000 = -714,28 -
MC = 1428,6 Kgfm -714,28 Kgf
NOTA: Observe que no ponto de momento máximo ocorre o esforço cortante nulo.
CAPÍTULO III
Aula 02/10/2023
Exemplo 2
Trace os diagramas de Momento Fletor e do Esforço Cortante da viga representado abaixo
Cálculo das reações nos apoios.

1000Kgf 1200Kgf ∑M = 0
(-1000 x 1,5) + (-1200 x 3) + (RB x 4) = 0
-1500 – 3600 + 4RB = 0 >>> RB = 5100 / 4
RA RB RB = 1275 Kgf
∑F=0
∑ FY =no
Observe que neste exercício, assim como 0
1000Kgf
anterior, não existem cargas na direção + 1200 Kgf = RA + RB
“X” assim,
“∑ FX“ é nulo e não será explicitado, RA
nos= 2200 Kgf - RB
ocuparemos apenas de “∑ FY“. RA = 2200 – 1275 = 925Kgf
Conclusão: As reações nos apoios são respectivamente, RA = 925 Kgf e RB = 1275 Kgf.
Resistência dos Materiais III -1275
Exemplo 2.1:
Diagrama do Esforço cortante

Inicialmente nomeamos as secções do diagrama de carga, onde temos algum esforço atuante e as
analisamos como segue:
Cálculo do “Esforço Cortante”.
1000Kgf 1200Kgf
ECA = RA = 925Kgf.
A F1 F2 B ECF1 = 925Kgf + (-1000Kgf) = -75Kgf.
RA RB
ECF2 = - 75Kgf + (-1200Kgf) = - 1275Kgf.
ECB =RB = 1275Kgf.
Conclusão: Os esforços cortantes atuantes nessa viga são A = 925Kgf; F 1 = -75Kgf;

F2= -1275Kgf e B= 1275Kgf.
Deformação na FlexãoComo afirmamos, o Momento Fletor no

Exemplo 2.2: ponto de apoio sempre será “ZERO”. Sendo
portanto desnecessário justifica-lo.
Diagrama do Momento Fletor.
O Momento Fletor deverá ser calculado a partir da “Esquerda” ou da “Direita” de cada uma das secções da
viga. Neste caso partimos da “Esquerda’’.
Cálculo do “Momento Fletor”.
1000Kgf 1200Kgf MA = 0.
MF1 = RA x 1,5 >>> MF1 = 925Kgf x 1,5 = 1387,5 Kgf.m
A F
1 2
F B MF2 = (RA x 3,0) + (- 1000Kgf x 1,5)
RA RB MF2 = (925Kgf x 3) – (1000Kgf x 1,5) = 1275,0Kgf.m
MB = (RA x 4,0) + (- 1000Kgf x 2,5) + (- 1200Kgf x 1,0)
MB= (925Kgf x 4) - (1000Kgf x 2,5) + (- 1200Kgf x 1,0)
MB = 0,0Kgf.m
Conclusão: O momento fletor em cada secção da viga é respectivamente M A = 0; MF1= 1387,5;
MF2 = 1275Kgfm; MB = 0 Kgfm
Exemplo 2.3:
Diagrama do Esforço Cortante e do Momento Fletor.
Conhecidos os valores do esforço cortante e do Momento Fletor em cada uma das secções do diagrama de
carga, podemos “desenhar” os Diagrama A
dos correspondentes. B
F1 F2
Esforço Cortante 925 O momento fletor é um dos

A = 925Kgf Eixo + parâmetros necessários para o
0
F1 = -75Kgf do Cortante
cálculo da “tensão de flexão”.
F2 = -1200Kgf
-75 -
B = 1275Kgf. -1275 σn = M x Y
Eixo 0 J
Momento Fletor do Fletor
MA = 0; +
MF1= 1387,5 Kgf.m 1275
MF2 = 1275 Kgf.m 1387,5
MB = 0 Kgf.m
Exercício 2 Deformação na Flexão

Observação Diagrama do Esforço Cortante e do Momento Fletor.
No exemplo anterior, o “Momento Fletor”, nessa viga, foi determinado através do método das equações.
Entretanto, podemos também obtê-lo aplicando o método das áreas do “Esforça Cortante” apresentadas
no “DEC”. Sabemos que o “momento é máximo” no ponto de “cortante nulo”. Assim temos:
Esforço Cortante
A = 925Kgf 1,5m 1,5m 1,0m
F1 = -75Kgf 925
F1
F2 = -1200Kgf Eixo
+
F2
B = 1275Kgf. do Cortante
0
A
B
0
-
-75
Momento Fletor
MA= =925
MA 0 xKgf.m
0 = 0 Kgf.m -1275
MF1= 925 x 1,5 = 1387,5 Kgf.m Sabemos

Sabemos que nosque nosoapoios o
apoios
MF2 =1387,5 +(-75 x 1,5) = 1275,0 Kgf.m momento
momentofletor éfletor
nulo. é nulo.
Portanto não é necessário
M
M ==
B
B 0 Kgf.m
1275,0 + (-1275 x 1,0) = 0 Kgf.m Portanto não é necessário
explicitar o cálculo.
explicitar o cálculo.
No cálculo do Momento Fletor e o Esforço Cortante que atuam em uma viga, nossos principais interesses
são os valores máximos e mínimos. Entretanto, ao traçarmos os diagramas, podemos observar o
comportamento de toda viga e obter os valores, imediatamente, em qualquer ponto da barra em estudo.
A maior exatidão do desenho dos diagramas irá possibilitar a maior exatidão nos valores do “cortante” ou
“Momento Fletor” medidos nos Diagramas.
“... Mas, para que servem estes diagramas?”


O correto traçados desses diagramas possibilitam o correto dimensionamento dos elementos
estruturais.
Por exemplo, sabemos que o concreto tem boa resistência à compressão, entretanto isso não
ocorre quanto à tração.
Assim, uma viga sujeita à flexão tende sofrer fissuras na região externa da curvatura, que
podem levar ao limite último de ruptura.

Para resistir à tração o concreto é reforçado com barras de aço e passa a ser chamado de
“Concreto Armado”
No traçado do diagrama de momento fletor (DMF) convencionou-se que o momento POSITIVO
(+) será indicado na região abaixo da linha de referência e o momento NEGATIVO (-) será
indicado na região acima da linha de referência.
Assim, além de identificar o valor do momento máximo e o valor do momento em qualquer
ponto da viga, identificamos também a posição correta das barras de aço da armadura
principal.

No momento fletor positivo o esforço de
tração ocorre na região “inferior” da seção
transversal da barra, logo será nessa região
que a “armadura principal” deverá ser
DMF posicionada.
0 0
LN
+
Máx.

No momento fletor negativo o esforço de
tração ocorre na região “superior” da seção
Máx. transversal da barra, logo será nessa região
que a “armadura principal” deverá ser
posicionada.
-
DMF
0 0
LN
CAPÍTULO III
1ªavaliação – 09/10/2023
CAPÍTULO III
Aula 6
Na determinação das tensões nos elementos apresentados nos exemplos anteriores, onde temos apenas
um vão, nos deparamos com uma significativa possibilidade de erro, bem como um significativo dispêndio
de tempo.
Note que temos um complicador. Essa é
Imagine o “custo” do cálculo da treliça representada na figura abaixo. uma estrutura hiperestática, devido ao duplo
apoio fixo (2º grau).
1200Kgf 1200Kgf 1200Kgf 1200Kgf 1200Kgf

3,0 m
4,5 m 4,5 m 4,5 m 4,5 m 4,5 m 4,5 m
Com o desenvolvimento dos “Sistemas de computação”, vários softwares de apoio à engenharia

foram desenvolvidos, com alto grau de confiabilidade, facilidade de operação e alta velocidade
de processamento.
Embora seja uma estrutura complexa, um técnico experiente no uso do Software “FTOOL”, disponibilizado
gratuitamente na Internet. terá gasto o tempo de aproximadamente 10 minutos para o desenho da treliça
e a obtenção dos resultados, com absoluta precisão.
Tensão de Flexão
Entende-se como tensão de flexão à tensão de tração ou compressão oriunda da deformação provocada
pelo esforço de Flexão. Essa tensão é diretamente proporcional ao momento fletor atuante e
Inversamente proporcional ao momento de inércia da seção.
σn : Tensão Normal
Temos que: σn = M Y Onde: Y : Centro de gravidade
J : Momento de Inércia
S : Seção resistente
J
Logo, conhecidos os valores do momento fletor (M); do momento de inércia (J) e da seção
resistente (S), temos determinado o valor da tensão de flexão, como veremos nos
exercícios que seguem:
Vemos que podemos reduzir o efeito da flexão, aumentando o momento de inércia da
seção, em especial, para uma viga retangular, aumentando a altura da viga.
Tensão de Flexão
Verifique o fator de segurança da viga de aço com seção retangular de 15cm x 20cm representada na
figura abaixo, sendo a tensão admissível para esse material igual a 1250Kgf/cm².
1500Kgf
Cálculo da tensão por flexão
sc = st = M x h
4,0 m J 2
A DMF B
20 J = b x h³ = 15 x 20³ = 10.000 cm4
0
Nota: Para uma viga engastada com carga 15 12 12
concentrada na extremidade livre, o momento fletor sc = st = 600.000 x 20 = 600 Kgf/cm²
máximo ocorre no ponto de engastamento. 10.000 2
600.000 Kgfcm
Cálculo do momento fletor Cálculo do fator de segurança
FS = sadm. = 1250 Kgf/cm² = 2,08
MA = F x L = 1500Kgf x 400cm = 600.000Kgfcm 600 Kgf/cm²
sreal
Resposta: O fator de segurança é de 2.08.
Tensão de Flexão
Verifique o fator de segurança da viga de aço com seção retangular de 15cm x 20cm representada na
figura abaixo, sendo a tensão admissível para esse material igual a 1250Kgf/cm².
1500Kgf
20 Momento Fletor = .................... 600.000 Kgfcm

4,0 m 15
Momento de Inércia da seção = ... 10.000 cm4
0
A DMF B Fator de segurança = ................. .......... 2,08
600.000 Kgfcm
Observação : Este exercício refere-se apenas à resistência mecânica e por esse ponto de
vista a viga é segura. Entretanto, para o correto dimensionamento de um elemento
estrutural, devemos estar atentos à outros parâmetros tais como “Rigidez” e
“Estabilidade”.
Resistência dos Materiais I
Tensões e Deformação.
Flambagem.
- A Flambagem ou “encurvatura” é a deformação provocada pelo esforço de compressão

“Barra delgada”.
axial atuante sobre uma “Barra Delgada”.
UmaA barra é considerada
flambagem “Delgada”, quando,
é considerada uma sua
altura é, aproximadamente,
instabilidade elástica. Aoito (08) vezes
barra pode maior
queperder
a maiorsua
dimensão de sua seção
estabilidade sem quetransversal
o .
material já tenha atingido a sua tensão
L >8B de escoamento.
B
Flambagem
A Flambagem é função do tipo de fixação da “barra, da sua altura e da carga a ela aplicada, que
chamamos de “Carga Crítica de Flambagem - PCR”.
A equação para a determinação da Carga Crítica de Flambagem, é chamada de “Fórmula de Euler”, que se
apresenta como segue:
Se “P” > ”PCR” ............... Ocorre a Flambagem
Se “P” < ”PCR” ............... Não ocorre a Flambagem
Onde:
E = Módulo de Elasticidade
Pcr = π2 . E . I
I (J) = Momento de inércia da seção
L2e Le = Comprimento efetivo de flambagem
Flambagem
Comprimento Efetivo de Flambagem é o comprimento do pilar sujeito à deformação, em função de um

coeficiente relativo ao tipo de vinculo nos seus apoios.
Le = (K x L)
Onde:
L = comprimento livre da coluna,
K = fator de comprimento de coluna efetiva, do qual os valores
dependem das condições da extremidade do suporte da coluna.
Flambagem
Valores de “K”, em função dos tipos de apoios da viga :
K = 0,5 K = 0,7 K = 1,0 K = 2,0

Haste engastada Haste com uma Haste com ambas Haste engastada em
em ambas das extremidades as extremidades uma extremidade e
extremidade. com apoio fixo e com apoios fixos com a outra
(Bi-engastado). outra extremidade (Bi-articulado) extremidade livre.
engastada.
CAPÍTULO III
Aula 06/11/2023
Cisalhamento
A solicitação de cisalhamento ocorre quando um corpo e submetido a ação de duas forças opostas
(tangenciais), que tendem a separá-la em duas partes, através do deslizamento das seções adjacentes a
área de corte. Área de corte
F
F
A ação de carga transversal à secção de um corpo provoca o aparecimento de um esforço interno

denominado esforço cortante. A tensão de cisalhamento τ e obtida através da razão entre a força cortante
F e a área de seção transversal (área de corte) A. Como segue:
F ............ Forca aplicada

τ= F Onde A ............ Área de corte
A.n N ............ Quantidade de áreas de corte
Cisalhamento
Quando não dispomos de informação exata do valor do limite de cisalhamento,

consideramos o valor prático = 0,75 бT
Cisalhamento
A figura abaixo representa a união de três elementos metálicos com o uso de seis parafusos de aço tipo
AISI 316 cujo diâmetro da área resistente é de 6,0mm. Determine qual a força máxima de tração que o
conjunto poderá resistir. Considere ainda o fator de segurança de 2,75.
Da tabela de propriedades mecânicas, temos a
A1 resistência ao cisalhamento para o aço AISI 316.
A2
4500Kgf/cm²
Tensão admissível
Quantidade total de áreas resistentes
ϬAdm = 4500Kgf/cm² / 2,75 = 1.636,36Kgf/cm²
QAR = (2 áreas x 6 parafusos) = 12
Carga máxima admissível
AR = 12 x π d² /4
AR = 12 x π (0,6cm)² /4 = 3,39cm² Ϭ = F / A >>> F = Ϭ x A
F = 1.636,36Kgf/cm² x 3,39cm² = 5.547,2Kgf
Resposta: A força máxima que poderá ser aplicada à estrutura é de 5.547,2Kgf.

“Fim do 3º Capítulo”.
Bom estudo
Sucesso

Res-Mat III

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Res-Mat III

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Resistência dos Materiais

S2 S3 S2 = 17,38 x 19,6 = 340,64 cm²

Área “TOTAL” do círculo em

S2 = 20 x 15 = 300 cm² S2 = 5 x 4 = 20 cm²

S = 625 - 300 = 325 cm² S = 336 – (8 x 20) = 176cm²

Onde: XCG - Distancia do CG da superfície em estudo até o eixo Y de referencia.

CONCLUSÃO: PCG (12,5 ; 12,5)

CONCLUSÃO: PCG (12,5 ; 10,1)

O momento de inércia (J) de uma superfície tem a seguinte definição:

A determinação da equação do momento de inércia para uma dada seção requer

Laje - elemento planar horizontal, sujeito principalmente a esforços perpendiculares. Pode

Viga Simples - estrutura linear suportada por um ou dois apoios.

Viga Contínua – estrutura linear suportada por mais de dois apoios.

Carga distribuída irregular

Na hipótese da montagem apresentar

São as tensões fundamentais e podem ser

Onde (MY) e o momento fletor no

σn = M onde (S) é chamado de Módulo de Seção da

S Note: “J” é o momento de inércia da seção e

Esforços e deformações. Onde F = Peso específico

Cálculo das reações nos apoios.

Diagrama do Esforço cortante

Conclusão: Os esforços cortantes atuantes nessa viga são A = 925Kgf; F 1 = -75Kgf;

Deformação na FlexãoComo afirmamos, o Momento Fletor no

Esforço Cortante 925 O momento fletor é um dos

Exercício 2 Deformação na Flexão

MF1= 925 x 1,5 = 1387,5 Kgf.m Sabemos

“... Mas, para que servem estes diagramas?”

“... Mas, para que servem estes diagramas?”

“... Mas, para que servem estes diagramas?”

“... Mas, para que servem estes diagramas?”

“... Mas, para que servem estes diagramas?”

1200Kgf 1200Kgf 1200Kgf 1200Kgf 1200Kgf

4,5 m 4,5 m 4,5 m 4,5 m 4,5 m 4,5 m

Com o desenvolvimento dos “Sistemas de computação”, vários softwares de apoio à engenharia

20 Momento Fletor = .................... 600.000 Kgfcm

- A Flambagem ou “encurvatura” é a deformação provocada pelo esforço de compressão

Comprimento Efetivo de Flambagem é o comprimento do pilar sujeito à deformação, em função de um

Valores de “K”, em função dos tipos de apoios da viga :

K = 0,5 K = 0,7 K = 1,0 K = 2,0

A ação de carga transversal à secção de um corpo provoca o aparecimento de um esforço interno

F ............ Forca aplicada

Quando não dispomos de informação exata do valor do limite de cisalhamento,

Resposta: A força máxima que poderá ser aplicada à estrutura é de 5.547,2Kgf.

Você também pode gostar