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A evolução do saldo natural

em Portugal
Natalidade, fecundidade e mortalidade

Geografia A 10.o ano – Isabel Costa ꞏ Liliana Rocha


A evolução do saldo natural em Portugal – natalidade,
fecundidade e mortalidade
Enquadramento temático

1. População: evolução e diferenças regionais

1.1. A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA A PARTIR


DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX

1.2. As estruturas e os comportamentos sociodemográficos

1.3. Os principais problemas sociodemográficos

1.4. O rejuvenescimento e a valorização da população Co


dese nteúdos
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Aprendizagens Essenciais
Analisar questões geograficamente relevantes do espaço português:
– Comparar a evolução do comportamento de diferentes variáveis
demográficas, recolhendo e selecionando informação estatística e
apresentando conclusões.
– Identificar padrões de distribuição de variáveis demográficas e suas causas
próximas, utilizando mapas a diferentes escalas.
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A evolução do saldo natural em Portugal – natalidade,
fecundidade e mortalidade

A evolução da população portuguesa a partir da segunda metade do século XX

Evolução da população residente em Portugal


1950-2019
12000
2019
10 295 909
1950
10000 10 573 100

8000
1991-2001/2001-2011
Crescimento lento da
1950-1960 1970-1981 população
6000 Crescimento Crescimento
moderado acelerado
da da
população 2011-2018
população Decréscimo
4000
da
1960-1970 1981-1991 população
Decréscimo Estagnação
2000 da demográfica
população

0
1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2019

Fonte: INE, Pordata, 2020.

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A evolução do saldo natural em Portugal – natalidade,
fecundidade e mortalidade

A evolução da população portuguesa a partir da segunda metade do século XX

1950-1960 1960-1970
Crescimento moderado da população Decréscimo da população
– Crescimento natural elevado: fraca – Forte vaga emigratória: fuga à Guerra
presença da mulher no mercado de Colonial, ao regime ditatorial de Salazar e
trabalho; forte influência da religião. procura de melhores condições de vida.
– Movimentos emigratórios para a Europa – Diminuição do crescimento natural devido
Ocidental. ao decréscimo da taxa de natalidade.

1970-1981
Crescimento acelerado da população
1981-1991
– Regresso de milhares de portugueses
Estagnação demográfica
emigrantes na Europa e residentes das
– Diminuição do crescimento natural
antigas colónias após a revolução do 25 de
devido aos valores baixos da natalidade. Abril de 1974.
– Saldo migratório negativo. – Diminuição da emigração devido ao
choque petrolífero de 1973 e consequentes
restrições à emigração por parte dos países
recetores.

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fecundidade e mortalidade

A evolução da população portuguesa a partir da segunda metade do século XX

1991-2001 2001-2011
Crescimento lento da população Crescimento lento da população
– Crescimento natural reduzido. – Crescimento natural negativo,
– Saldo migratório positivo. O ligeiro compensado por um saldo migratório
aumento populacional deste período positivo, ainda que em desaceleração, que
deve-se, sobretudo, à entrada de impediu a diminuição da população.
imigrantes.

2019 2011-2018
10 295 909 Decréscimo da população
O ano 2019 rompe com a tendência de – Crescimento natural negativo.
decréscimo da população portuguesa – Saldo migratório negativo, com exceção
devido ao contributo do saldo migratório, dos anos 2017-2018, mas que não anula a
já que o crescimento natural continua tendência de decréscimo demográfico.
negativo.

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fecundidade e mortalidade

Principais indicadores demográficos que intervêm na variação da população

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fecundidade e mortalidade

Principais indicadores demográficos que intervêm na variação da população

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fecundidade e mortalidade

Principais indicadores demográficos que intervêm na variação da população

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fecundidade e mortalidade

A natalidade e a fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Anos

Evolução da taxa bruta de natalidade em Portugal, 1960-2019. Fonte: INE, Pordata, 2020.

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fecundidade e mortalidade

A natalidade e a fecundidade

Taxa de fecundidade geral

2019 1,42

Anos

Evolução da taxa de fecundidade geral em Portugal, 1960-2019. Fonte: INE, Pordata, 2020.
• Tendência geral para o decréscimo da TBN e da TFG, que se começou a desenhar já na
segunda metade do século XX.
• Impossibilidade de assegurar o índice de renovação de gerações, que reforçará a
tendência de declínio e envelhecimento demográfico do país.

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fecundidade e mortalidade

A natalidade e a fecundidade

Causas do declínio da natalidade e da fecundidade

Emancipação da mulher Aumento da idade média


 Entrada da mulher no Aumento da idade média das das mulheres ao
mercado de trabalho, o que mulheres ao nascimento do nascimento do primeiro
dificulta a conciliação da vida primeiro filho filho
profissional e familiar.  Prolongamento dos estudos,  Diminuição da taxa de
da idade de acesso ao primeiro nupcialidade e aumento do
emprego e da idade média do número de divórcios.
Aumento dos encargos casamento.
financeiros com os filhos
 Maior exigência com a sua Mudança de mentalidade
educação e bem-estar, Generalização do dos casais
tornando-os numa fonte de planeamento familiar e do uso  Valorização da vida
despesas (infantário, saúde, de métodos contracetivos pessoal e profissional,
vestuário, alimentação, investindo primeiramente
formação, etc.). no seu bem-estar e
Crescimento da taxa de
qualidade de vida (compra
urbanização
de carro, de casa, férias,
 Encarece a aquisição de
conforto doméstico,
habitação, aumenta o emprego
viagens, etc.).
precário e os níveis de stresse e
cansaço dos casais.

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fecundidade e mortalidade

A natalidade e a fecundidade – contrastes espaciais

Litoralização do país
Apenas 64 municípios registam uma
TBN superior à média nacional
(8,5‰), localizados, na sua grande
maioria, nas áreas
predominantemente urbanas do
litoral.

Os valores mais baixos da TBN


ocorrem principalmente nas regiões
do interior Norte e Centro.

 Envelhecimento da população do
interior do país.
 Saída de casais em idade fértil para as
regiões urbanas do litoral, em busca de
Taxa bruta de natalidade em Portugal, por NUTS II, III e
municípios, 2018.
melhores condições de vida.
Fonte: INE, Anuário Estatístico Regional, 2018.

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fecundidade e mortalidade

A mortalidade

Taxa bruta de mortalidade

Evolução da taxa bruta de mortalidade em Portugal, 1960-2019. Fonte: INE, Pordata, 2020.

• Tendência generalizada de diminuição da taxa bruta de mortalidade (TBM).


• Nos últimos anos, o acréscimo da TBM deve-se ao forte envelhecimento da
população portuguesa, já que a maioria dos óbitos ocorreu em idades avançadas.

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fecundidade e mortalidade

A mortalidade

Causas do declínio da mortalidade

Desenvolvimento da Diminuição da taxa de


medicina preventiva e
analfabetismo
curativa
 Favoreceu a melhoria dos
hábitos de higiene pessoal,
Aumento do nível de vida da bem como um maior acesso à
população informação sobre os
mecanismos de prevenção e
 Proporcionou a melhoria combate das doenças.
das condições alimentares,
de higiene e de Melhoria da assistência
habitabilidade. médica

Melhoria das condições de


higiene, saúde e segurança Maior número de médicos por
no trabalho habitante

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fecundidade e mortalidade

A mortalidade – contrastes espaciais

Os concelhos integrantes e limítrofes


das Áreas Metropolitanas do Porto e de
Lisboa são, de uma forma geral, os que
evidenciam a menor TBM do país.

 Reúnem a população mais jovem do


país, melhores condições socioeconómicas
e oferecem, em quantidade, qualidade e
diversidade, um melhor acesso aos
serviços de saúde.

Taxa bruta de mortalidade em Portugal, por concelhos, 2019.


Fonte: INE, Pordata, 2020.

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A mortalidade infantil

Taxa de mortalidade infantil

• Diminuição significativa da taxa de mortalidade


infantil a partir da segunda metade do século
XXI até à atualidade.

Evolução da taxa de mortalidade infantil em Portugal, 1960-2019. Fonte: INE, Pordata, 2020.

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A mortalidade infantil

Causas do declínio da mortalidade infantil


Portugal tem das mais baixas
Melhoria da dieta taxas de mortalidade do
Aumento da
alimentar e das condições mundo em crianças até aos 5
escolarização
anos.
sanitárias e de higiene da
população  Maior acesso à Dados para a mortalidade infantil
informação sobre e materna da UNICEF e da OMS
cuidados para com a indicam que a mortalidade infantil
Maior assistência médica grávida e a criança. caiu em média, por ano, em
antes, durante e após o Portugal, 4,9%. Portugal só é
parto ultrapassado pela Finlândia
Progressos na medicina Estónia, Chipre, Islândia, Japão,
ao nível da vacinação Luxemburgo, Montenegro,
Sensibilização das infantil Noruega, Singapura e Eslovénia.
mulheres grávidas para a A Finlândia é o país com melhor
frequência de formação classificação, com uma morte por
especializada sobre o cada mil nascimentos.
parto e os cuidados
Fonte: Diário de Notícias, 2019-09-19.
materno-infantis

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fecundidade e mortalidade

A mortalidade infantil – contrastes espaciais

A distribuição espacial da TMI não


apresenta contrastes significativos entre
regiões, já que todas apresentam valores
reduzidos.

A maior parte dos concelhos apresenta


taxas inferiores a 1‰, sendo raros os
concelhos que superam os 7 óbitos de
crianças com menos de 1 ano por cada
mil nascimentos.

Taxa de mortalidade infantil em Portugal, por concelhos, 2019.


Fonte: INE, Pordata, 2020.

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fecundidade e mortalidade

O saldo natural

Evolução do saldo natural em Portugal, 1961-2019. Fonte: INE, Pordata, 2020.

• Acentuado decréscimo do saldo natural da população a partir da década de 60 do


século XX, reflexo de valores muito baixos de natalidade e do aumento da mortalidade
resultante do envelhecimento da população.
• O ano 2019 constitui o décimo primeiro ano consecutivo de saldo natural negativo, ou
seja, o país regista mais óbitos do que nascimentos.

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A evolução do saldo natural em Portugal – natalidade,
fecundidade e mortalidade

O saldo natural – contrastes espaciais

TCN em Portugal, por NUTS I e II.


Fonte: INE, Pordata, 2020.
Só a Área Metropolitana de Lisboa apresenta uma
TCN positiva, uma vez que é a região do país com a
TBN mais alta e a maior proporção de jovens. No
sentido oposto, destacam-se as NUTS II do Alentejo e
do Centro.

Taxa de crescimento natural em Portugal, por concelhos, 2019.


Fonte: INE, Pordata, 2020.

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A evolução do saldo natural
em Portugal
Natalidade, fecundidade e mortalidade

Fim da apresentação

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