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O que é a filosofia?

Reprodução sexuada
Conceitos gerais
• A reprodução sexuada envolve a criação e a união de
células especializadas – gâmetas (gâmeta masculino e
gâmeta feminino). Os gâmetas são formados por um
tipo especial de divisão celular chamado meiose.

• Na reprodução sexuada, os descendentes resultam de


fecundação, ou seja, da fusão dos gâmetas,
portadores de DNA, normalmente de indivíduos
diferentes.
Conceitos gerais
• O ovo contém o dobro dos cromossomas existentes nos gâmetas, ou seja, possui uma guarnição
cromossómica duplicada (2n cromossomas) relativamente aos gâmetas (n cromossomas). O termo ploidia
traduz o número de conjuntos de n cromossomas de uma célula.

Gâmeta Ovo ou
masculino Zigoto
As células com pares de cromossomas homólogos são designadas diploides e diz-se que têm 2n cromossomas.
As células diploides têm pares de cromossomas homólogos, que têm a mesma forma, dimensão e posição do centrómero.

No caso do ser humano, 2n = 46.

Origem materna Origem paterna


Cariótipo: conjunto completo e organizado em pares de cromossomas presentes
em cada célula somática de um ser vivo
Cariótipo humano
2n = 46 cromossomas

22 pares
autossómicos

1 par de
cromossomas
sexuais
Conceitos gerais
• Da união dos gâmetas (células haploides) resulta o ovo ou zigoto (célula diploide), que possui o dobro
dos cromossomas dos gâmetas.
Na fecundação verifica-se duplicação cromossómica (de n para 2n; de haploidia para
diploidia), sendo que assim se pode manter o número de cromossomas típico de cada
espécie. Na meiose verifica-se uma redução cromossómica (de 2n para n; de diploidia
para haploidia).
A fecundação é, portanto, um processo que implica a fusão dos núcleos dos dois
gâmetas – cariogamia.
• O número de cromossomas e a sua estrutura
mantêm-se ao longo das gerações, devido à
ocorrência de meiose.

• Neste processo ocorrem duas divisões


consecutivas sem que ocorra interfase entre
elas:

meiose I – divisão reducional

meiose II – divisão equacional


Meiose I
ocorre separação dos
cromossomas
homólogos, o que leva à
formação de duas células-
filhas haploides

cada cromossoma mantém


os dois cromatídeos-irmãos
Meiose II
a separação dos
cromatídeos-irmãos
(semelhante à mitose)
permite a formação de
quatro células-filhas
haploides
2n
Meiose
No final da divisão celular meiótica
formam-se quatro células
haploides (n), ou seja, com
metade do número de
cromossomas da célula inicial.

n n

n n
A meiose implica duas divisões sequenciais, precedidas pela replicação do DNA da
célula inicial
• Interfase – Ocorre a replicação do DNA, levando à duplicação de cada um dos cromossomas, que
passam a apresentar dois cromatídeos unidos pelo centrómero.

• Divisão reducional

Prófase I Metáfase I Anáfase I Telófase I

• Divisão equacional

Prófase II Metáfase II Anáfase II Telófase II


Reprodução sexuada – Meiose I • É a fase mais longa e mais complexa da meiose. Os
cromossomas começam a condensar, sofrendo uma
PRÓFASE I espiralização, que os torna mais visíveis.

• Os cromossomas homólogos emparelham ao longo de


todo o seu comprimento. Estes pares de cromossomas
designam-se díadas cromossómicas ou bivalentes ou
tétrada cromatídica (conjunto do par de homólogos
emparelhados).
Reprodução sexuada – Meiose I
• Ao longo dos cromatídeos, existem vários pontos de
PRÓFASE I
contacto chamados pontos de quiasma, onde pode
ocorrer troca de informação genética, isto é, quebras
e trocas de segmentos entre os cromatídeos de
cromossomas homólogos. Este fenómeno designa-se
recombinação ou crossing-over (troca recíproca de
porções de cromatídeos entre os homólogos de cada
bivalente).
Reprodução sexuada – Meiose I

PRÓFASE I

• Ainda durante a profase I, a membrana nuclear e o


nucléolo desorganizam-se progressivamente. Nas
células animais, os centríolos dividem-se e colocam-
se em polos opostos, a partir dos quais se forma o
fuso acromático.

• Finalmente, os cromossomas deslocam-se para a


zona equatorial do fuso.
Meiose I – separação dos homólogos

Prófase I
Reprodução sexuada – Meiose I

METÁFASE I

• Forma-se a placa equatorial ou metafásica, em que


os bivalentes alinham-se de forma independente e
aleatória na placa equatorial, com um dos
cromossomas homólogos de cada par orientado para
um dos polos da célula.

• Ao contrário do que ocorre na metáfase da mitose,


não são os centrómeros que se localizam no
plano equatorial do fuso acromático, mas sim os
pontos de quiasma.
Meiose I – separação dos homólogos
Metáfase I
Reprodução sexuada – Meiose I

ANÁFASE I
• As fibras do fuso acromático encurtam e os pontos de
quiasma rompem-se;

• Os cromossomas homólogos, cada um com dois


cromatídeos, separam-se aleatoriamente e migram
para polos opostos (redução cromática);

• Os cromatídeos-irmãos permanecem ligados pelo


centrómero;

• Os conjuntos cromossómicos que se separam e


ascendem aos polos são haploides e possuem
informações genéticas diferentes, o que contribui para
a variabilidade genética dos novos núcleos que se irão
formar.
Meiose I – separação dos homólogos

Anáfase I
Reprodução sexuada – Meiose I

TELÓFASE I e CITOCINESE
• Nesta fase, os dois conjuntos de cromossomas
homólogos chegam aos polos da célula. Ocorre
desintegração do fuso acromático.

• Diferenciam-se os nucléolos e as membranas


nucleares, formando-se dois núcleos haploides.

• Normalmente, ocorre citocinese: formam-se duas


células haploides em que cada cromossoma é
constituído dois cromatídeos.

• A divisão II da meiose ocorre imediatamente, ou


logo após uma interfase curta, mas não volta a
ocorrer replicação do material genético.
Meiose I – separação dos homólogos
Meiose II – separação dos cromatídeos-irmãos
Meiose II – separação dos cromatídeos-irmãos

Prófase II

• Os cromossomas condensam-se e forma-se o fuso.

• Os cromatídeos-irmãos ligam-se às fibras do fuso.

• O invólucro nuclear desagrega-se e os nucléolos desaparecem.


Meiose II – separação dos cromatídeos-irmãos

Metáfase II
• Os cromossomas com cromatídeos-irmãos
recombinados dispõem-se na placa equatorial.
Meiose II – separação dos cromatídeos-irmãos

Anáfase II
• Os cromatídeos-irmãos separam-se aleatoriamente e
ascendem a polos opostos como cromossomas
constituídos por um cromatídeo cada.
Meiose II – separação dos cromatídeos-irmãos

Telófase II e Citocinese
• Os cromossomas descondensam e os núcleos
individualizam-se.

• Com a citocinese, formam-se quatro células haploides.


Meiose II – separação dos cromatídeos-irmãos
Etapas da meiose
Prófase I Metáfase I Anáfase I Telófase I Prófase II Metáfase II Anáfase II Telófase II
• Emparelhamento • Os bivalentes • Os cromossomas • Os cromossomas • Os cromossomas • Os cromatídios • Rompimento dos • Formam-se
dos encontram-se de cada bivalente atingem os polos e condensam, dos cromossomas centrómeros e quatro núcleos
cromossomas ligados às fibras do separam-se e descondensam. forma-se o fuso, e estão unidos ascensão polar haploides.
homólogos. fuso acromático. ascendem para os o invólucro nuclear pelos centrómeros dos cromatídios
polos opostos do • Originam-se dois desaparece. que formam a de cada
• Formação dos • Os pontos de fuso acromático. núcleos com metade placa equatorial. cromossoma.
pontos de quiasma formam a dos cromossomas.
quiasma. placa equatorial.

• Ocorrência de
crossing-over.
Reprodução sexuada e variabilidade genética
Crossing-over

• Troca recíproca de segmentos


dos cromatídios dos
cromossomas de origem
paterna e materna que
Cromossomas Ponto de quiasma
constituem o bivalente. homólogos
Gene

• Formação de cromossomas
recombinados, com genes de
origem materna e genes de
origem paterna.

Cromossomas recombinados
Reprodução sexuada e variabilidade genética
Segregação aleatória dos cromossomas homólogos

• Durante a metáfase I, cada bivalente


dispõe-se de forma aleatória e
independente na placa equatorial do
fuso acromático.

• Durante a anáfase I, ocorre, portanto,


a separação independente dos
cromossomas homólogos.
Reprodução sexuada e variabilidade genética
Fecundação

• A união aleatória de um gâmeta masculino com um


gâmeta feminino, de entre a enorme variedade destas
células, faz com que a célula resultante da
fecundação – o ovo ou zigoto – possua uma
combinação única de genes.
Mitose Meiose

Prófase Prófase I

Meiose e mitose Metáfase


Cromatídios-irmãos
Metáfase I

Aspetos comparativos:

Anáfase Anáfase I
Telófase Telófase I

2n 2n Meiose II

n n n n
Ciclo de vida diplonte

• Alternância de fases nucleares,


haploide e diploide.

• A diplófase é a fase nuclear mais


desenvolvida e inclui o organismo
adulto (diplonte).

• A haplófase está reduzidas aos


gâmetas.

• A meiose ocorre antes da formação


dos gâmetas (pré-gamética).
Ciclo de vida haplonte Filamentos de
espirogira (n)
• Alternância de fases nucleares
haploide e diploide.

• A haplófase é a fase nuclear mais


desenvolvida e inclui o organismo Germinação
do zigoto Tubo de conjugação
adulto (haplonte).

• A diplófase está reduzida ao zigoto.

• A meiose ocorre no zigoto (pós-zigótica).


Haplófase

Diplófase
Meiose
Ovo ou zigoto
Ciclo de vida haplodiplonte
Anterozoides
Esporângio
• Alternância de fases nucleares, haploide
e diploide, desenvolvidas. Meiose
Esporos
• Alternância de uma geração esporófita,
produtora de esporos, e de uma geração Protalo
gametófita, produtora de gâmetas. (gametófito) Oosfera

Fecundação
• A estrutura mais desenvolvida da geração
esporófita é o esporófito.
Esporângios

• A estrutura multicelular mais desenvolvida


da geração gametófita é o gametófito. Zigoto

• A meiose origina os esporos (pré-espórica).


Feto adulto (esporófito) Esporófito jovem Diplófase
Haplófase
Estratégias de reprodução e ciclos de vida
Animais

• Espécies unissexuadas (melro-de-asa-vermelha) e hermafroditas (caracóis e lesmas)


• Fecundação externa (rã-comum) e fecundação interna (joaninhas)

Acasalamento da rã-comum Melro-de-asa-vermelha Acasalamento da joaninha Processo de acasalamento


(Rana temporária). ( Agelaius phoeniceus ), macho e fêmea. (Coccinella septempunctata). no caracol terrestre
(Helix albescens).
Estratégias de reprodução e ciclos de vida
Plantas

• Espécies unissexuadas (dioicas) e hermafroditas (monoicas)


• Espécies com autopolinização e espécies com polinização cruzada
• O aparecimento de sementes e de frutos permitiu às plantas aumentarem a sua capacidade de dispersão.

Sementes de dente-de-leão (Taraxacum Bulbul-de-peito-escamoso (Ixodia squamata) a Fruto do coqueiro (Cocos nucifera) em
officinale) a serem transportadas pelo vento. comer um fruto, no interior do qual se encontram germinação, flutuando em águas rasas.
sementes que serão dispersas com as fezes.

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