Universidade Federal do Oeste da Bahia

Centro das Ciências Exatas e das Tecnologias

CONTAMINANTES EMERGENTES

Prof. Dr. José Domingos Netto

Qualidade de vida !?
Progresso
econômico
mundial;

Crescimento
Crescimento da
acelerado da
frota veicular;
população;

O aumento do
Presença de consumo de bens
polos industriais; industrializados
e alimentos;
 O que são contaminates emergentes?

 “Pode ser uma substância química, de ocorrência natural ou antrópica, ou

qualquer microrganismo que não é normalmente controlado no ambiente, mas que
tem potencial para entrar no ambiente e causar efeitos adversos ecológicos e (ou)
sobre a saúde humana, sendo estes efeitos conhecidos ou suspeitos.” (USGS,
2012).
Contaminates emergentes?
Significado
Contaminates emergentes?

Escassez de
dados
toxicológicos
Contaminates emergentes?
Difícil previsão
Escassez de sobre seus efeitos
dados à saúde
toxicológicos
Contaminates emergentes?
Difícil previsão Potencial efeito
Escassez de sobre seus efeitos carcinogênico e
dados à saúde interfernete endócrino
toxicológicos
Contaminates emergentes?
Difícil previsão Potencial efeito
Escassez de sobre seus efeitos carcinogênico e
dados à saúde interfernete endócrino
toxicológicos

“Novos” poluentes

presentes no meio

ambiente

Dr. José Domingos Netto

Contaminates emergentes?
Difícil previsão Potencial efeito
Escassez de sobre seus efeitos carcinogênico e
dados à saúde interfernete endócrino
toxicológicos

“Novos” poluentes Constituintes da maioria dos

produtos usados no dia‐a‐dia

presentes no meio

ambiente
Contaminates emergentes?
Difícil previsão Potencial efeito
Escassez de sobre seus efeitos carcinogênico e
dados à saúde interfernete endócrino
toxicológicos

“Novos” poluentes Constituintes da maioria dos

produtos usados no dia‐a‐dia

presentes no meio

ambiente

Velocidade de Velocidade
Dr. deNetto
José Domingos
introdução Degradação
Principais classes de contaminantes emergentes

“ ”

Dr. José Domingos Netto

Dr. José Domingos Netto
 Disruptores Endócrinos
 São agentes exógenos que interferem na síntese, secreção, transporte, ligação, ação
ou eliminação de hormônios naturais que são responsáveis pela manutenção da
homeostase, reprodução, desenvolvimento e/ou comportamento.(US.EPA - 2001)

Dr. José Domingos Netto

Sistema Endócrino Humano

Dr. José Domingos Netto

Mecanismo de ação

Bisfenol A
Mecanismo de ação
Imitar a ação de um
hormônio

Bisfenol A
Mecanismo de ação
Imitar a ação de um Alterar a produção e
hormônio secreção de hormônios

Bisfenol A
Mecanismo de ação

Imitar a ação de um Alterar a produção e

hormônio secreção de hormônios

Bisfenol A

Interferem na função dos

hormônios
Mecanismo de ação
Imitar a ação de Alterar a produção e
um hormônio secreção de hormônios
Bisfenol A

Interferem na função Interferem na

dos hormônios eliminação hormônios
Mecanismo de ação

Imitar a ação de um Alterar a produção e

hormônio secreção de hormônios

Bisfenol A

Desativador
enzimático

Interferem na função dos Interferem na eliminação

hormônios hormônios
 Hormônios ?
21
 Hormônios ?
22
Síntese de hormônios a
partir
23
de colesterol

Cortex
renal
Síntese de Insumo
24
hormônios a partir
de colesterol

Cortex
renal
Similaridade
25

Núcleo esteróide

Cortex Cortex
renal renal

Fenantreno
Mecanismo de ação Enzima
Principais Interferentes Endócrino

 Pesticidas
 Dioxinas
 Alquilfenois
 Bisfenol A
 Ftalatos
 Pesticidas
 Bifenilas Policloradas
 Difenil Ésteres Polibromados
 Aldicarb

Pesticidas
Malathion

DDT
 Agente Laranja
Guerra do Vietnã (1959);

• Ácido Diclorofenóxiacético

• 2,4 – D

• Tordon

Subproduto de síntese
Tetraclorodibenzodioxina

Dr. José Domingos Netto

Como um pesticida chega a atmosfera?
Como um pesticida chega a atmosfera?
Bisfenol-A (BPA)
2,2-(4,4-diidroxidifenilpropano)
 Emprego do BPA

 Mídias CD, DVD e Blu-Ray;

 Massa Epóxi;
 Equipamentos Eletrônicos;
 Automóveis;
 Vidros;
 Dispositivos médicos;
 Material esportivo e de segurança;
 Garrafas reutilizáveis e descartáveis;
 Mamadeiras;
 Embalagens de alimentos.
 Produção anual de BPA
8.0

7.0

6.0
(106 ton ano -1)

5.0

4.0

3.0

2.0

1.0

0.0
2003 2006 2016

Figura 6 Estimativa da produção anual média de BPA (GEENS et al., 2009) e (FLINT et al., 2012).
 Produção anual de BPA
8.0

7.0
350%
6.0
(106 ton ano -1)

5.0

4.0

3.0

2.0

1.0

0.0
2003 2006 2016

Figura 6 Estimativa da produção anual média de BPA (GEENS et al., 2009) e (FLINT et al., 2012).
 Efeitos à Saúde
 Antagonista de hormônios testosterona;

Tiroxina
 Câncer de próstata;

 Obesidade;

 Doenças neurológicas comportamentais;

 Problemas reprodutivos;

Bisfeno A

Sexuais.
 Bisfenol A vs Atmosfera

 Cerca de 170 mil ton ano-1 são liberadas para a atmosfera; (STAPLES et al., 2008)

 Nos últimos 20 anos estima-se que a concentração tenha crescido 10 mil vezes; (FU e
KAWAMURA, 2010)

 Estima-se que 75 mil ton ano-1 são emitidas apenas por combustão de lixo
residencial só nos EUA. (SIDHU et al., 2005)

 50 milhões de ton de e-lixo são gerados por ano;

 Tálio na Bacia do rio de ondas:
 feitos e consequências da possível exploração

 Pesticidas na bacia do rio grande.

Estudos recentes

 Estudos realizados em alguns países constataram que a queima de e-lixo é um

forte emissor de BPA para a atmosfera;(WILSON et al, 2001; FU; KAWAMURA, 2010)

Sítio Amostragem Fração MÉDIA (pg m-3)

Chennai, Índia inverno/verão 2007 PM10 4550
Mumbai, Índia inverno/verão 2008 PM10 2480
Beijin, China ago/07 PM2,5 630
Yufa, China ago/07 PM2,5 500
Osaka, Japão out 2000/mar 2001 TSP 510
Sapporo, Japão verão 2008/2009 TSP 340
Auckland, Nova Zelândia jun/jul 2004 PM10 170
Christchurch, Nova Zelândia jun/jul 2004 PM10 520
Carolina do Norte, USA primavera 1997 Netto
Dr. José Domingos PM10 880
Estudos recentes

 Estudos realizados por Fu e Kawamura, 2010 e Wilson et al., 2001

constataram que a queima de e-lixo é um forte emissor de BPA para a
atmosfera;(WILSON et al, 2001; FU; KAWAMURA, 2010)

Sítio Amostragem Fração MÉDIA (pg m-3)

Chennai, Índia inverno/verão 2007 PM10 4550
Mumbai, Índia inverno/verão 2008 PM10 2480
Beijin, China ago/07 PM2,5 630
Yufa, China ago/07 PM2,5 500
Osaka, Japão out 2000/mar 2001 TSP 510
Sapporo, Japão verão 2008/2009 TSP 340
Auckland, Nova Zelândia jun/jul 2004 PM10 170
Christchurch, Nova Zelândia jun/jul 2004 PM10 520
Carolina do Norte, USA primavera 1997 PM10 880
Estudos recentes

 Estudos realizados por Fu e Kawamura, 2010 e Wilson et al., 2001

constataram que a queima de e-lixo é um forte emissor de BPA para a
atmosfera;(WILSON et al, 2001; FU; KAWAMURA, 2010)

Sítio Amostragem Fração MÉDIA (pg m-3)

Chennai, Índia inverno/verão 2007 PM10 4550
Mumbai, Índia inverno/verão 2008 PM10 2480
Beijin, China ago/07 PM2,5 630
Yufa, China ago/07 PM2,5 500
Osaka, Japão out 2000/mar 2001 TSP 510
Sapporo, Japão verão 2008/2009 TSP 340
Auckland, Nova Zelândia jun/jul 2004 PM10 170
Christchurch, Nova Zelândia jun/jul 2004 PM10 520
Carolina do Norte, USA primavera 1997 Netto
Dr. José Domingos PM10 880
Alquilfenóis
Nonilfenol
4-(2,4-dimetilheptan-3-il)fenol
 Alquilfenóis

 55% - Utilizado na produção dos

Alquilfenóis Etoxilados;
 Produção anual estimada em ~ 1 Bi ton;
 Estimativa de crescimento de 5% ao ano;

 Principal uso é como:

 Surfactantes;
 Produção do policloreto de vinila (PVC);
 Antioxidantes em plásticos;
 Filtro solar;
 Agentes curativos.
Dr. José Domingos Netto
Dr. José Domingos Netto
 Estudos Recentes
100
90 Fase gasosa
80 Fase particulada
70
60
(ng m-3)

50
40
30
20
10
0
USA USA USA USA Itália Japão Alemanha Alemanha Alemanha Mar Norte Grécia Grécia

Contaminação atmosférica por alquilfenóis em alguns países ao redor do mundo (ng m -3) (BERGÉ et al., 2013)
Ftalatos
(C6H4(COO-)2)
 Produção 4,5
Milhões de Ton

 São utilizados para dar ao polímero a

característica como:

 Antioxidantes;
 Corantes;
 Agentes antiestáticos;
 Agentes de expansão;
 Agentes de reforço;
 Lubrificantes;
 Estabilizantes de calor;
 Estabilizantes ultravioleta;
 Retardantes de chama;
 Efeitos à Saúde

 Alterações no sistema reprodutivo de crianças;

 Infertilidade em homens e mulheres;
 Feminilização de machos;
 Função anormal da Tireóide;
 Alteração do sistema imunológico;
 Carcionogênese;
 Teratogênese.

 Portaria 369/ INMETRO/ 2007 – Brinquedos e artigos para crianças não

podem conter mais que 0,1% da massa do material em ftalatos.
Estudos Recentes
µg g-1

Diethylhexyl phthalate

Dr. José Domingos Netto

Bifenilas Policloradas
(PCB)
 Emprego

 Fluidos dielétricos em transformadores;

 Óleos de corte;

 Lubrificantes hidráulicos;

 Tintas;

 Adesivos.
Efeitos à Saúde
eno
g
 s tró eno
Interferência endócrina; E óg
s tr
E

 Problemas neurocomportamentais;

 Retardo de desenvolvimento em crianças;

 Distúrbios de maturação sexual;

 Irregularidade menstrual;

B
 Teratogênese; PC

 Carcionogênese;
Estudos Recentes

(pg m-3)

Concentrações médias de PCB e seus congêneres no material particulado e na fase gasosa

em sítios ao redor do mundo (pg m-3). Dr. José Domingos Netto
Difenil Éteres
Polibromados (PBDE)
 Emprego PDBE Percentual de adição:

3 - 25%
 Retardantes de chamas: em peso bruto.

 Espumas;
 Plástico;
 Móveis;
 Madeira;
 Automóveis;
 Produtos eletrônicos;
 Roupas;
 Embalagens de alimentos
 Riscos ao Meio Ambiente

 PBDE não estão ligados quimicamente ao polímero;

 Lixiviação;

 Evaporação;

 Combustão do suporte;
 Efeitos à Saúde

 Interferência endócrina; Tiroxina

 Possui estrutura similar ao hormônio da tireóide;

 Interferência no desenvolvimento neurológico; Tri-iodotironina

 Bioacumulação e Biomagnificação;

 Carcinogênese nas glândulas endócrinas. PBDE

Piriproxifeno
 Efeitos à Saúde

 Interferência endócrina; Tiroxina

 Possui estrutura similar ao hormônio da tireóide;

 Interferência no desenvolvimento neurológico; Tri-iodotironina

 Bioacumulação e Biomagnificação;

 Carcinogênese nas glândulas endócrinas. PBDE

Piriproxifeno
 Estudos Recentes
pg m-3 pg m-3

Amostras foram coletadas dentro e fora de um escritório de informática em períodos de operação e sem operação. (Cahil
et. al 2010)

Dr. José Domingos Netto

Como estes compostos são emitidos para a atmosfera?
Próxima aula

Padrões de qualidade do ar
 Qualidade do Ar
 Padrões primários de qualidade do ar Concentrações de
poluentes que, se ultrapassadas, poderão afetar a saúde da
população. São os níveis máximos toleráveis.

 Padrões secundários de qualidade do ar Concentrações de

poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito
adverso sobre à fauna e à flora, aos materiais e ao meio ambiente
em geral.

(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

 Padrões nacionais de qualidade do ar
(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

Padrão Padrão
Tempo de Método de
Poluente Primário Secundário
Amostragem Medição
µg/m³ µg/m³
partículas totais 24 horas1 240 150 amostrador de
em suspensão MGA2 80 60 grandes volumes
24 horas1 150 150 separação
partículas inaláveis
MAA3 50 50 inercial/filtração
24 horas1 150 100
fumaça refletância
MAA3 60 40
24 horas1 365 100
dióxido de enxofre pararosanilina
MAA3 80 40
1 hora1 320 190
dióxido de nitrogênio quimiluminescência
MAA3 100 100
1 hora1 40.000 40.000
35 ppm 35 ppm infravermelho
monóxido de carbono 8 horas1 10.000 10.000 não dispersivo
9 ppm 9 ppm
ozônio 1 hora1 160 160 quimiluminescência
1 - Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano. 2 - Média geométrica anual. 3 - Média aritmética anual.
Critérios para episódios agudos de poluição do ar
(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)
Parâmetros Atenção Alerta Emergência

partículas totais em suspensão

375 625 875
(µg/m3) - 24h
partículas inaláveis
250 420 500
(µg/m3) - 24h
fumaça
250 420 500
(µg/m3) - 24h
dióxido de enxofre
800 1.600 2.100
(µg/m3) - 24h
SO2 X PTS
65.000 261.000 393.000
(µg/m3)(µg/m3) - 24h
dióxido de nitrogênio
1.130 2.260 3.000
(µg/m3) - 1h
monóxido de carbono
15 30 40
(ppm) - 8h
ozônio
400* 800 1.000
(µg/m3) – 1h

http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/ar_indice_padroes.asp
Índice de qualidade do ar e saúde

Para efeito de divulgação utiliza-se o índice mais elevado, isto é, a

qualidade do ar de uma estação é determinada pelo pior caso.

MP10 O3 CO NO2 SO2

Qualidade Índice
(µg/m3) (µg/m3) (ppm) (µg/m3) (µg/m3)
Boa 0 - 50 0 - 50 0 - 80 0 - 4,5 0 - 100 0 - 80
Regular 51 - 100 50 - 150 80 - 160 4,5 - 9 100 - 320 80 - 365

Inadequada 101 - 199 150 - 250 160 - 200 9 - 15 320 - 1130 365 - 800

Má 200 - 299 250 - 420 200 - 800 15 - 30 1130 - 2260 800 - 1600
Péssima >299 >420 >800 >30 >2260 >1600

http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/ar_indice_padroes.asp
 Índice de Qualidade do ar e saúde
Qualidade Índice Significado
Boa 0 - 50 Praticamente não há riscos à saúde.
Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças
Regular 51 - 100 respiratórias e cardíacas), podem apresentar sintomas como tosse seca
e cansaço. A população, em geral, não é afetada.

Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço,

ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis
Inadequada 101 - 199
(crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas),
podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.
Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como
tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda
Má 200 - 299 apresentar falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à
saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças
respiratórias e cardíacas).
Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de
Péssima >299 doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes
prematuras em pessoas de grupos sensíveis.

http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/ar_indice_padroes.asp