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Astronomia
FÍSICA ESPACIAL I
A Ionosfera Terrestre
Professor
Marcio Muella
O Processo de Fotoionização
PRINCIPAL PROCESSO DE FORMAÇÃO DE IONIZAÇÃO NA ATMOSFERA, ONDE A ENERGIA DO
FÓTON SOLAR IONIZA UM CONSTITUINTE, REMOVENDO-LHE UM ELÉTRON.
A ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR OCORRE PRINCIPALMENTE NAS FAIXAS DO UV, EUV, RAIOS X
E RAIOS CÓSMICOS (SOL E OUTRAS FONTES DO SISTEMA SOLAR).
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Ionização Primária (Fotoionização)
FÓTONS COM ENERGIA 12 eV SÃO CAPAZES DE IONIZAR OS
COMPONENTES DA ATMOSFERA.
Ionização Secundária
CAUSADA POR PARTÍCULAS IONIZADAS ENERGÉTICAS ATRAVÉS DE
COLISÕES COM AS MOLÉCULAS NEUTRAS (POR EXEMPLO,
PRECIPITAÇÕES).
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Absorção da Radiação Solar
Radiação Solar
(EUV/Raios-X/Raios Cósmicos)
Atmosfera Terrestre
Absorção
Dissociação Ionização
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Suposições Iniciais
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Absorção da Radiação Solar e Altura
Máxima de Ionização
Variação do fluxo solar devido à absorção do gás neutro:
dI I .n. a .dS
I numa altitude de referência z arbitrária:
I z I . exp n. a .dS
0
Profundidade Óptica () :
sec . a n.dz
z
Expressão geral da absorção solar para um dado :
I( ) I ( ). exp 6
No local onde a produção de ionização é máxima ( =1) :
1
nT
a
Densidade numérica (1° Aproximação) :
z z 0
n n 0 exp
H
n.dz n.H
z
z' R T2 z z 0
n n 0 exp z'
H 0
R T z R T z 0
7
z z 0
Para = 1 e, n n 0 exp H temos que:
z m ( , ) H. ln n 0 H a ( ) sec
A TAXA DE PRODUÇÃO DOS PARES ÍONS-ELÉTRONS (q) É PROPORCIONAL AO NÚMERO DE FÓTONS INCIDENTES I, AO
NÚMERO DE PARTÍCULAS IONIZÁVEIS E À SEÇÃO TRANSVERSAL DE IONIZAÇÃO, TAL QUE:
q n. I.i
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A maior densidade de íons ocorre
próximo a 300 km. A concentração de
íons é pequena abaixo de 80 km
porque nestas regiões muito da
radiação de ondas curtas necessária
para ionização já foi esgotada. Acima
de ~400 km a concentração é pequena
por causa da densidade extremamente
pequena do ar, possibilitando a
produção de poucos íons.
O2 O N2 N _______________Região F
(i)Recombinação iônica: X+ + Y- X + Y i
(ii)Recombinação eletrônica ou dissociativa: X+ + e X + M e
X+ + e X + h
XY+ + e X + Y
(iii)Troca de Carga: X+ + YZ XY+ + Z
(iv)Junção Eletrônica: X + e + M X- + M
(v)Separação Associativa: Y- + M YM + e
http://www.py2yp.com/comportamento.php http://blog.sarmento.eng.br/?p=24
e + O 2 + M O2- + M
Estas reações acima conduzem ao balanço entre os íons
negativos e elétrons na região D. 14
Região D – Termo de Perda
Na região D predomina a perda eletrônica na forma
quadrática, onde L = .ne2.
Da relação de íons negativos e elétrons tiramos que:
= n-/ne
Na condição de neutralidade de carga:
n+ = ne + n- = ne + ne = (1 + )ne
Supondo que as perdas para os íons positivos são dados
pelos processos de recombinação iônica e eletrônica:
X+ + Y- X + Y i
X+ + e X + h e
Formada basicamente por íons metálicos, como Fe+, Mg+, Ca+, Si+ e Na+.
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Camada E Esporádica (Es)
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Região F – Produção de Ionização
A região F é a porção da ionosfera localizada acima dos
150 km de altitude.
A seção transversal de absorção a > 10-17 cm2.
Divide-se em duas camadas: A camada F1 situada entre
150-180 km e a camada F2 acima dos 180 km, onde
engloba o pico de densidade eletrônica (entre 300-400 km).
Uma terceira camada F3 pode ser formada em latitudes
equatoriais.
A formação da região F ocorre devido à absorção da
radião solar na faixa do EUV entre 100Å < < 900Å, que
ioniza principalmente O2, N2 e O.
Como a atmosfera é rarefeita em altitudes da região F, a
recombinação dos íons ocorre mais vagarosamente depois
do pô-do-Sol, o que favorece em parte a permanência da
região F durante a noite. 20
A Camada F1
Na camada F1 a densidade encontra-se entre 105-106
elétrons/cm3, e assim como as regiões D e E desaparece
durante a noite.
O íon NO+ domina até ~170 km, e acima desta altitude o
oxigênio atômico por ser o constituinte dominante torna-se
importante no balanço de ionização.
Produção (Fotoionização)
O + h O+ + e I
Processos de Perda
Reação íon-neutro: O+ + N2 NO+ + N
Recombinação Dissociativa: NO+ + e N + O D
Recombinação de O+ + e O* por ser um processo com
tempo de reação grande, torna-se irrelevante na camada F1.21
A Camada F1
A camada F1 caracteriza-se por um pequeno pico de
ionização secundário na concentração eletrônica ou uma
inflexão na curva de densidade em torno dos 180 km.
UM = Ugeog.Mer.cos(D) + Ugeog.Zon.sen(D)
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onde D é a declinação magnética.
Processos de Transporte na Ionosfera
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Processos de Transporte na Ionosfera
(1) VENTOS NEUTROS TERMOSFÉRICOS
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Processos de Transporte na Ionosfera
(2) CAMPOS ELÉTRICOS
Dínamo da Região E
O sistema de
correntes
ionosféricas que
surge é conhecido
como sistema de
corrente solar quiet
(Sq). 31
(Rezende, 2010)
5. Como esta corrente não apresenta divergência nula, um
acúmulo de carga ocorre nos pontos em que:
.J 0
6. A distribuição de cargas acumuladas dá origem a um campo
elétrico de polarização Ep.
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(3) DIFUSÃO AMBIPOLAR DO PLASMA
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Processos de Transporte na Ionosfera
A equação da continuidade relaciona os efeitos dos vários
processos (produção, perda e transporte de ionização) que
alteram a densidade eletrônica (ne) e iônica (ni).
n i
.n i v i Pi L i
t
n e
.n e v e Pe L e
t
A equação do movimento para íons e elétrons na ionosfera é
escrita como:
i
mi
dv
m i
1
g p i e E v i
B m
i inv i U m
e ei v
i ve
dt ni
dv e
me m e
1
g p e e
E v e B
m
e en v
e U m
e ei v
e vi
dt ni
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Deriva Vertical do Pico F2 fora do
Equador Magnético
E DS 2
VV cosI U M cosI senI sen I
B 2H
onde o primeiro termo denota a componente horizontal do
plasma sofrendo uma deriva devido ao campo elétrico E B;
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Os efeitos da deriva E x B e da difusão, tendem a produzir
uma distribuição simétrica de ionização sobre o equador.
Assimetrias nas regiões das cristas são devidas à ação dos
ventos neutros termosféricos.
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Pico Pré-Reversão na Deriva Vertical
No início da noite, ou logo após o entardecer, a
condutividade da região E diminui e o circuito é interrompido.
Se o vento estiver soprando para leste quando a
condutividade diminuir e o curto-circuito for interrompido,
então campos elétricos de polarização (para leste)
associados ao dínamo da região F serão intensificados e um
aumento brusco da deriva vertical será observado.
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FONTE: Santos (2010) 44
Eletrojato Equatorial (EEJ)
O EEJ é uma corrente eletrônica horizontal que circula ao
longo do equador magnético numa faixa de ~6° de latitude.
O sistema de correntes na região E (90-120 km) polariza
positivamente o terminadouro do amanhecer e
negativamente o terminadouro do anoitecer.
Corrente fluem do amanhecer para o anoitecer nos dois
lados da Terra.
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http://www.sarmento.eng.br/Tecnica12.htm
Irregularidades na Região F Equatorial
As irregularidades na região F são normalmente designadas
por bolhas de plasma, termo utilizado para caracterizar as
irregularidades de larga escala observadas nas imagens de
luminescência.
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Irregularidades na Região F Equatorial
O termo inicialmente empregado para designar as
irregularidades na região F da ionosfera foi “equatorial
spread-F – ESF” (espalhamento F equatorial), devido ao
espalhamento observado nos traços dos ionogramas.
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Irregularidades na Região F Equatorial
As irregularidades na região F da ordem de centenas de
metros até dezenas de quilômetros causam as flutuações
(ou cintilações nos sinais do GPS.
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Irregularidades na Região F Equatorial
As irregularidades de pequena escala com poucos metros
pode ser estudada a partir de dados de radares em VHF,
chamadas de plumas (“plumes”).
http://en.wikipedia.org/wiki/Jicamarca_Radio_Observatory#mediaviewer/File:Esf.jpg
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Formação das Irregularidades
A Instabilidade Gravitacional Rayleigh Taylor (GRT) é a
teoria mais aceita para explicar a formação das
irregularidades na região F.
n
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Instabilidade Rayleigh-Taylor
A taxa de crescimento linear da instabilidade gravitacional
Rayleigh-Taylor (GRT), baseada em quantidade locais, pode
ser expressa como:
E zonal g 1 n 0
L L
B in n 0 h
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