Você está na página 1de 1

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DOS EFEITOS DELETÉRIOS DO

TRATAMENTO ONCO-HEMATOLÓGICO NA INDUÇÃO DA


MUCOSITE ORAL
Beatriz Soncini de Oliveira (FCF/UNICAMP), Orientadora: Profa. Dra. Mary Ann Foglio (FCF/UNICAMP),
Coautor Núbia de Cássia Almeida (UNICAMP), Coautor Aline Sampaio Jamel (UNICAMP), Financiamento:
PIBIC/CNPq. Palavras-Chave: Mucosite oral, neoplasia hematológica, tratamento

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO


O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado das
células e o seu desenvolvimento está associado a múltiplos fatores endógenos e
ambientais (GARÓFOLO; AVESANI; CAMARGO; BARROS et al., 2004). Entre os
diferentes tipos de câncer, as neoplasias malignas hematológicas apresentam
elevada incidência e são definidas por alterações localizadas em tecidos
formadores das células sanguíneas e imunológicas. As doenças hematológicas,
correspondem as leucemias, linfomas e mielomas. (BÚRIGO; FAGUNDES;
TRINDADE; VASCONCELOS, 2007).
Um dos principais efeitos adversos do tratamento das neoplasias malignas
é a mucosite, que pode ser definida como lesões inflamatórias ou ulcerativas
presentes no trato gastrointestinal e/ou na cavidade oral (PETERSON;
BENSADOUN; ROILA, 2011).
O quadro clínico da mucosite oral inclui sintomas e sinais iniciais como
eritema, edema, sensação de ardência, e maior sensibilidade a alimentos ácidos
ou que estão em temperatura elevada (SANTOS; MESSAGGI; MANTESSO;
MAGALHÃES, 2009).

Fonte: Autoria própria


De acordo com o estudo de Andrade (2013) e colaboradores o tratamento
mais comum para cânceres hematológicos é a quimioterapia. Como cita
Ferreira (2011) e colaboradores o transplante de células-tronco
hematopoiéticas (TCTH) também é realizado com frequência e responsável por
aumentar a sobrevida dos pacientes.
Segundo Spielberger (2004) o tratamento da mucosite oral pode ser
dividido em não farmacológico como manutenção da higiene oral adequada e
Fonte: Grupo de pesquisa LAFTEX evitar o consumo de alimentos ácidos ou quentes, bem como o uso de
substâncias como palifermina.
OBJETIVOS Entre os métodos alternativos é possível citar a crioterapia e terapia de
laser de baixa potência, que de acordo com Ferreira (2011) e colaboradores, a
• Permitir identificar qual o tratamento onco-hematológico possui maior submissão dos pacientes com mucosite oral a essa terapia associado a
incidência de mucosite oral. utilização de medicamentos fitoterápicos promovem uma melhora significativa
• Avaliar quais são os principais tratamentos realizados para tratar a lesão. no quadro do paciente.
• Contribuir com dados teóricos para o projeto de doutorado que se trata de
um estudo clínico com objetivo de avaliar o potencial terapêutico do gel CONCLUSÕES
fitoterápico de Arrabidaea chica Verlot para tratamento da mucosite oral.
De acordo com os estudos, a quimioterapia de alta dose é o principal
tratamento onco-hematológico responsável pela indução da mucosite oral, que
METODOLOGIA ocorre na fase de condicionamento anterior ao TCTH.
Para a melhoria dos sintomas e sinais da mucosite oral, além das diretrizes
O trabalho realizado constituiu uma revisão bibliográfica da literatura sem para o manejo da doença descritas pela MASCC/ISOO, é possível citar o uso de
meta-análise, avaliando qual o principal tratamento onco-hematológico que tem palifermina, crioterapia, fitoterápicos e o tratamento com laser de baixa
maior incidência de mucosite oral, através da metodologia PICO (SANTOS; potência.
PIMENTA; NOBRE, 2007)
BIBLIOGRAFIA
Base de dados Palavras-chave Critérios de Inclusão
GARÓFOLO, A.; AVESANI, C. M.; CAMARGO, K. G.; BARROS, M. E. et al. Dieta e câncer: um enfoque epidemiológico. Revista de Nutrição, 17, p. 491-
505, 2004.
BÚRIGO, T.; FAGUNDES, R. L. M.; TRINDADE, E. B. S. D. M.; VASCONCELOS, H. C. F. F. Efeito bifidogênico do frutooligossacarídeo na microbiota
intestinal de pacientes com neoplasia hematológica. Revista de Nutrição, 20, p. 491-497, 2007.
PubMed Período de publicação entre PETERSON, D. E.; BENSADOUN, R. J.; ROILA, F. Management of oral and gastrointestinal mucositis: ESMO Clinical Practice Guidelines. Annals of
janeiro de 2004 e julho de 2021 Oncology, 22, p. vi78-vi84, 2011.
SANTOS, P. S. D. S.; MESSAGGI, A. C.; MANTESSO, A.; MAGALHÃES, M. H. C. G. Mucosite oral: perspectivas atuais na prevenção e tratamento. RGO :
‘oral mucositis’ and Revista Gaúcha de Odontologia, 57, n. 3, p. 339-344, 2009.
Scopus ‘hematological cancer’ Tratamento onco-hematológico ANDRADE, V.; SAWADA, N. O.; BARICHELLO, E. Qualidade de vida de pacientes com câncer hematológico em tratamento quimioterápico. Revista da
Escola de Enfermagem da USP, 47, p. 355-361, 2013.
SANTOS, C. M. D. C.; PIMENTA, C. A. D. M.; NOBRE, M. R. C. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Revista
Latino-Americana de Enfermagem, 15, p. 508-511, 2007.
ScieELO Ensaio clínico em humanos FERREIRA, B.; DA MOTTA SILVEIRA, F. M.; DE ORANGE, F. A. Low-level laser therapy prevents severe oral mucositis in patients submitted to
hematopoietic stem cell transplantation: a randomized clinical trial. Supportive Care in Cancer, 24, n. 3, p. 1035-1042, 2016/03/01 2016.
SPIELBERGER, R.; STIFF, P.; BENSINGER, W.; GENTILE, T. et al. Palifermin for oral mucositis after intensive therapy for hematologic cancers. N Engl J
Texto completo nos idiomas Med, 351, n. 25, p. 2590-2598, Dec 16 2004.
Embase português, inglês ou espanhol

Fonte: Autoria própria APOIO/AGRADECIMENTOS

Você também pode gostar