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Padrões de beleza e o

mercado de trabalho
• Na sociedade de consumo, a indústria da beleza e os meios de comunicação são
responsáveis por narrativas e discursos que constroem o corpo e a beleza ideal.
• Esta biopolítica normatiza corporalidades, gêneros, formas de ser/agir, padrões
de beleza e funciona como mecanismo de inclusão e exclusão na vida social e,
por conseguinte, no mercado de trabalho.
• No século XXI, a indústria da beleza (cosméticos, higiene pessoal, moda) e os
meios de comunicação (revistas, tv, internet, publicidades, etc) foram e são
responsáveis por narrativas e discursos que constroem o corpo e a beleza ideal.
• A palavra “beleza” está cada vez mais presente nas conversas dos
brasileiros e brasileiras, isto porque, nos dias de hoje, os homens
estão se cuidando tanto quanto as mulheres. O conceito de beleza
é retratado há muito tempo, seja nas pinturas da nobreza ainda na
época feudal como nas estátuas gregas, que demonstravam
simetrias humanas perfeitas.

• O problema surge quando a sociedade impõe uma cobrança sobre


o que vem a ser um padrão de beleza e um corpo bonito, a
chamada Ditadura da Beleza. Atualmente, o tal “padrão de beleza”
vem sendo ditado pela indústria da moda e dos cosméticos a fim
de atender as necessidades do mundo do glamour. O resultado é a
valorização de roupas e maquiagens na busca por mais vendas.
• Muitas pessoas perderam o prazer de viver, tornando-se solitárias por estarem
inconformadas com sua forma física e controlando os alimentos que ingerem
para não engordar. Esta escravidão assassina a autoestima, produz uma guerra
contra o espelho e gera uma rejeição terrível.
• Seguir um padrão de beleza ditado pela sociedade, adquirindo acessórios de alto
custo e realizando plásticas, nunca foi e nunca será sinal de saúde e bem-estar.
Cada pessoa tem uma beleza interna e externa únicas e precisa ser aceita de uma
forma natural.
• Ser saudável não é somente ter um corpo magro, sarado e escultural, mas sentir-
se feliz e bem consigo mesmo, sem recorrer às tantas ilusões da ditadura da
beleza. O importante é encontrar o equilíbrio na busca do bem-estar do corpo,
mente e espírito.
• Costumam afirmar que a magreza é a perfeição, significado de pessoa saudável, mas
nem sempre é assim.
• Por muitas vezes, nos bastidores deste cenário, estão presentes problemas como
transtornos psíquicos e alimentares.
• A exigência sobre o peso ignora qualquer norma de saúde e a pressão para a
manutenção desta forma física cria distúrbios psicológicos que frequentemente são
irreversíveis e letais.
• O público feminino é o principal alvo da mídia, que mostra uma gama de produtos e
serviços estéticos (botox, lifting e plásticas em geral) para, supostamente, melhorar a
performance das mulheres. Com isso, elas tornam-se escravas dessa indústria que
está difundida em todos os meios de comunicação por meio de comerciais, novelas
e anúncios.
Beleza
x
Mercado de trabalho
• Pesquisas realizadas na América do Norte e no Brasil revelam o caráter
discriminatório que o conceito de "Beleza" assumiu no mercado de trabalho,
transformando-se em uma variável econômica importante, com forte impacto
não apenas neste mercado como nos mercados de bens e serviços do segmento
de higiene pessoal.
• Elas mostram, inclusive, o efeito da aparência física dos indivíduos em seus
rendimentos, ao constatar empiricamente que as pessoas de aparência simples
ganham muito menos que as pessoas com boa aparência.
• Provavelmente, este comportamento seja um dos fatores que explicam o
crescimento e as transformações no segmento de estética e higiene pessoal ao
longo dos últimos anos, no Brasil e no mundo.
• O cuidado com a beleza é inerente à nossa cultura ; prova disso é que as
empresas de cosméticos continuam crescendo mesmo em meio à crise, e a maior
parte das compras é feita por mulheres. Muitas brasileiras gostam de se arrumar,
fazer a unha e o cabelo.
• O problema começa quando esses aspectos são impostos, e a mulher é obrigada
a seguir esses padrões para se manter ou conseguir um emprego.
• O padrão esperado pelo universo corporativo envolve maquiagem ; pelo menos,
base e rímel incolor ; pois, sem ela, a mulher parece que não se preocupou com a
ocasião; unhas benfeitas ; mas sem exagerar nas cores ;; salto alto, por
demonstrar elegância; acessórios pequenos; e roupas não muito curtas ou
decotadas.
• A imagem corporativa deve ser separada da beleza.
• Questões básicas de higiene pessoal e roupas adequadas é que
devem ser cobradas. Quando passa disso, trata-se de ;um processo de
discriminação estética;
• É o caso de quando a empresa impõe que a funcionária alise o cabelo
e use maquiagem.

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