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Sumário

Causas mais comuns................................................................................................................. 2


Noções de grandezas físicas.................................................................................................... 3
Calor específico .......................................................................................................................... 6
Calor sensível ............................................................................................................................. 6
Calor latente.................................................................................................................................. 7
DILATAÇÃO TÉRMICA ............................................................................................................. 7
Vapor saturado: .......................................................................................................................... 8
Vapor superaquecido:................................................................................................................ 8
Caldeiras...................................................................................................................................... 9
Princípio de Funcionamento ..................................................................................................... 9
Classificação das caldeiras..................................................................................................... 10
Tipos de caldeiras .................................................................................................................... 10
Caldeiras Flamotubulares ....................................................................................................... 11
Caldeiras de tubos verticais.................................................................................................... 12
Caldeiras de tubos horizontais ............................................................................................... 13
Caldeira cornuália. ................................................................................................................... 13
Caldeira locomóvel................................................................................................................... 15
Caldeira escocesa.................................................................................................................... 15
Vantagens das caldeiras flamotubulares.............................................................................. 15
Desvantagens das caldeiras flamotubulares ....................................................................... 16
Partes das caldeiras flamotubulares ..................................................................................... 16
Explosão de caldeira................................................................................................................ 18
Caldeiras aquatubulares ......................................................................................................... 19
Ciclo de caldeiras aquotubulares ........................................................................................... 19
Tipos de caldeiras aquotubulares .......................................................................................... 20
Vantagens.................................................................................................................................. 20
Desvantagens ........................................................................................................................... 21
Vantagens das caldeiras aquatubulares de tubos curvos ................................................. 23
Caldeiras aquatubulares compactas ..................................................................................... 24
Classificação das Caldeiras quanto ao tipo de Combustível............................................. 25
Caldeiras de Recuperação: .................................................................................................... 25
Acidentes ocorridos com caldeiras no Brasil.

No Brasil não existe estatística do número de caldeiras em


funcionamento nem o número de acidentes ocorridos.

Utilizando as estatísticas norte americanas do National


Board Bulletin realizadas no ano 1995

Falhas humanas 90%

Causas mais comuns

-Válvulas de segurança;
-Nível de água;
-Falha nos limites de controle de combustão e dos queimadores;
-Instalação e reparos inadequados, todos têm por trás o elemento humano,
que durante as inspeções, manutenção e a operação não atuam
corretamente.

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Noções de grandezas físicas

Formas de energia

a) Energia cinética
b) Energia potencial : gravitacional
química
combustível
existente
nos átomos

c) Luminosa e térmica

d) Energia magnética

Pressão

Pressão externa maior que interna

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4
5
Calor específico

Indica a quantidade de calor que cada unidade de massa de determinada


substância precisa para que sua temperatura possa variar em 1°C.
Unidade de medida: caloria por grama por °Celsius.
O calor específico do vapor sob pressão constante é 0,421 cal/g°C. Para os
gases, o calor específico varia com a pressão e o volume

Calor sensível

É a denominação dada à quantidade de calor absorvida ou cedida por um corpo quando,


nessa transferência, ocorre uma variação de temperatura.

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Calor latente

Também chamado de calor de transformação, é a grandeza física relacionada à


quantidade de calor que uma unidade de massa de determinada substância deve receber
ou ceder para mudar de fase, ou seja, passe do sólido para o líquido, do líquido para o
gasoso e vice versa.

Dilatação térmica

É a expansão de um corpo provocada pelo aumento de sua temperatura. Pode


ser:
-linear, ou seja, quando o aumento é maior no sentido de uma da dimensões do corpo.
-superficial, isto é, a expansão acontece apenas na superfície do material
-volumétrica, quer dizer, a variação de tamanho se dá no volume do corpo

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VAPOR SATURADO EVAPOR SUPER AQUECIDO

Vapor saturado:

É o vapor produzido quando a água entra em ebulição.

Vapor superaquecido:

É todo vapor que possua uma temperatura superior a respectiva de ebulição


correspondente à sua pressão.

Outras variáveis

VAZÃO
Quantidade
pode ser dada
em:
-volume - vazão
volumétrica, ou
-massa - vazão
em massa.

Vazão
volumétrica
Unidade de medida de vazão volumétrica: m3/h e l/min

Vazão em massa

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Caldeiras

Caldeiras a vapor:

Conforme disposições gerais da norma regulamentadora NR-13, caldeiras a vapor são


equipamentos destinados a produzir e acumular vapor d’água ou outro fluido sob
pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia.

Princípio de Funcionamento

As caldeiras a vapor têm como princípio de funcionamento, a troca de energia térmica


entre a massa de uma determinada substância na fase líquida, com uma fonte de calor
gerada por diferentes tipos de agentes caloríficos denominados combustíveis.
Entre os fluidos empregados na geração de vapor, a água é o mais largamente utilizado
nos processos termodinâmicos devido pincipalmente à sua grande disponibilidade e não
toxidez.

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Classificação das caldeiras

As caldeiras podem ser classificadas de acordo com:


Classes de pressão:
a) Categoria A: pressão de operação superior a 19,98 kgf/cm2;
b) Categoria C: pressão de operação igual ou inferior a 5,99 kgf/cm2 e volume interno
igual ou inferior a 100 l;
c) Categoria B: caldeiras que não se enquadram nas categoria anteriores;

As caldeiras podem ser classificadas de acordo com:


Grau de automação: manuais, semi-automática e automática;
Tipo de energia empregada: combustível (sólido, líquido e gasoso),
elétricas e recuperação;
Tipo de troca térmica.

Tipos de caldeiras

As caldeiras podem ser também classificadas quanto ao uso; nível de pressão; tipo de
material; dimensões; formato; posições dos tubos; fonte de aquecimento; tipo de
combustível; fluido vaporizante; tipo de fornalha; princípio de funcionamento. Pode-se
classificar assim:

1) Flamotubulares
2) Aquatubulares
3) Elétricas
4) Compostas

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Caldeiras Flamotubulares

São caldeiras onde a os gases provenientes da combustão (fonte de aquecimento),


circulam pelo interior dos tubos, e água circula no lado externo.
Podem ser verticais e horizontais. Apresentam um grande volume de água. Estas
caldeiras geram somente vapor saturado ou no máximo ligeiramente superaquecido.

Horizontal

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Caldeiras de tubos verticais

Os tubos são colocados verticalmente num corpo cilíndrico, fechado nas extremidades
por placas chamadas espelhos. A fornalha interna fica no corpo cilíndrico, logo abaixo
do espelho inferior. Os gases de combustão sobem através dos tubos, aquecendo e
vaporizando a aguda que se encontra externamente aos mesmos.

Aquatubular

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Caldeiras de tubos horizontais

Esse tipo de caldeira abrange várias modalidades, desde as caldeiras, Cornuália e


Lancashire, de grande volume de água, até as modernas unidades compactas. As
principais caldeiras horizontais apresentam tubulões internos por onde passam gases
quentes. Podem ter 1 a 4 tubos de fornalha.
A) Caldeira Cornuália: consiste de 2 cilindros horizontais unidos por placas planas, com
baixo rendimento de 12 a 14 kg de vapor/m2 para uma superfície de aquecimento de
100 m2.

Caldeira cornuália.

Caldeira lancaster

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Construída de dois a quatro tubulões.
Área de troca térmica de 120 a 140 m2.

Vaporização de 15 a 18 kg de vapor/m2.

Caldeira multitubular

Fornalha externa - Construída em alvenaria instalada abaixo do corpo cilíndrico

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Caldeira locomóvel

Caldeira escocesa

Vantagens das caldeiras flamotubulares

-Construção fácil e custo de aquisição baixo;


-Exigem pouca alvenaria;
-Não exigem tratamento de água muito apurado;
-Atendem bem a aumentos instantâneos de demanda de vapor.

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Desvantagens das caldeiras flamotubulares

-Baixo rendimento térmico;


-Ocupam muito espaço em relação a área do equipamento;
-Circulação deficiente de água;
-Partida lenta devido ao grande volume interno de água;
-Limitação de pressão de operação (máximo 15 kgf/cm2);
-Baixa taxa de vaporização (kg de vapor/m2. hora);
-Capacidade de produção limitada;
-Dificuldade para instalação de economizador, superaquecedor e pré aquecedor.
-Apresenta sérios problemas de incrustação e depósito no lado dos gases;
-Maior dificuldade para manutenção;
-O fogo e os gases têm contato direto com a chaparia provocando maior desgaste

Partes das caldeiras flamotubulares


O feixe tubular, ou tubos de fogo, é composto de tubos que são responsáveis pela
absorção do calor contido nos gases de exaustão usados para o aquecimento da água.
Ligam o espelho frontal com o posterior, podendo ser de um, dois ou três passes.

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Espelho frontal de uma caldeira mostrando os tubos de passagem do calor (tubo central
da chama do Maçarico)

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Explosão de caldeira

Parte da fornalha arremessada por 100 metros

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Caldeiras aquatubulares

Tipos
-Caldeiras aquatubulares de tubo retos, com tubulão transversal ou longitudinal;
-Caldeiras aquatubulares de tubo curvos, com diversos tubulões transversais ou
longitudinais utilizados na geração (máximo 5);
-Caldeiras aquatubulares de circulação positiva;
-Caldeiras aquatubulares compactas.
São caldeiras onde a água circula pelo interior dos tubos enquanto o agente calorífico
circula pela parte externa.
Essas caldeiras possuem: maior área de absorção de calor; maior capacidade de
vaporização e rápida resposta às variações de carga. Pelas suas características e
economia é hoje a mais aplicada em grandes instalações e termoelétrica.
Podem produzir vapor em altas pressões e vapor superaquecido em alta temperatura. A
produção de vapor nesses tipos atinge até 750 toneladas vapor/hora com pressões que já
ultrapassam 200kgf/cm2.
Por trabalharem com pequeno volume d’água necessitam de sistemas de controles e
alarmes eficientes para sua segurança operacional.

Ciclo de caldeiras aquotubulares

A operação baseia-se na diferença de densidade conseguida pelo diferencial de


temperatura existente entre o conjunto dos tubos geradores de vapor e os tubos
economizadores (não vaporizantes). Se os tubos "A" (geradores de vapor) estiverem a
uma temperatura superior a dos tubos "B"(não vaporizantes), a densidade dA da água
nos tubos "A" será menor que a densidade dB nos tubos“B”

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Tipos de caldeiras aquotubulares

A) Caldeiras Aquotubulares de tubos retos:


Consistem de um feixe tubular de transmissão de calor, com uma série de tubos retos e
paralelos, interligados a uma câmara coletora. Essas câmaras comunicam-se com os
tubulões de vapor (superiores), formando um circuito fechado por onde circula a água.

Vantagens

-São de menores dimensões;


-Menores temperaturas na câmara de combustão, com maior aproveitamento do calor;
-Maior vaporização específica. Unidades médias alcançam 30kg vapor/m2/hora. Em
caldeiras com tiragem forçada conseguem-se ate 200kg vapor/m2/hora;
-Dispensam refratários de alta qualidade, por serem dotadas de paredes de água.
-A temperatura no refratário e bem menor;
-Vaporização mais rápida;
-Fácil limpeza interna dos tubos;
-Facilidade de substituição dos tubos;

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-Inspeção em todos os componentes da caldeira.

Desvantagens

Necessidade de dupla tampa para cada tubo, (espelhos); Alto


custo inicial;
Baixa taxa de vaporização específica;
Rigoroso processo de aquecimento e de elevação de carga (grande quantidade de
material refratário).

B) Caldeiras Aquotubulares de tubos curvos:


Não apresentam limites de capacidade de produção de vapor. A forma construtiva foi
idealizada por Stirling, interligando os tubos curvos aos tubulões por meio de solda ou
mandrilagem. Esta caldeira pode ter de três a cinco, o que confere a este tipo de gerador
de vapor maior capacidade de produção.

Com o objetivo de aproveitar melhor o calor irradiado na fornalha, reduziu-se o número


e o diâmetro dos tubos, e acrescentou-se uma parede de água em volta da fornalha. Isso
serviu como meio de proteção do material refratário com o qual a parede da fornalha é
construída, além de aumentar a capacidade de produção de vapor.

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Caldeiras aquatubulares de tubos curvos com parede de água

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Vantagens das caldeiras aquatubulares de tubos curvos

-Redução do tamanho da caldeira;


-Queda da temperatura de combustão;
-Vaporização específica maior, variando na faixa de 30 kg de vapor/m2 a 50 kg de
vapor/m2 para as caldeiras com tiragem forçada;
-Facil manutenção e limpeza;
-Rápida entrada em regime;
-Fácil inspeção nos componentes.

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Caldeiras aquatubulares compactas

Capacidade de produção de vapor 30 ton/h


Instalação em locais com espaço físico limitado

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Classificação das Caldeiras quanto ao tipo de Combustível

1 - Caldeiras a Combustível Sólido:


a)Carvão mineral – usado principalmente em grandes termoelétricas – ¾ do carvão
consumido nos Estados Unidos é usado na produção de vapor para geração de energia
elétrica.
b)Carvão vegetal e lenha – atualmente em desuso devido elevação do custo e falta
de matéria prima.
c)Bagaço de cana – usado nas indústrias de açúcar e álcool, aproveitando o resto da
moagem da cana de açúcar como combustível. O vapor produzido é usado nas máquinas
da usina, geradores e aquecedores.

2 - Caldeiras a Combustíveis Líquidos:


Nos combustíveis líquidos temos o óleo crú, o fuel-oil e o óleo diesel como os mais
largamente empregados nas mais variadas capacidades de carga de cada caldeira.
O óleo crú e o fuel-oil necessitam de pré-aquecimento para uma viscosidade adequada
fins melhor pulverização e queima. Normalmente o óleo diesel é usado em pequenas
instalações, principalmente por não necessitar de aquecimento.
Por esta razão, algumas vezes é usado em grandes instalações onde o rigor do frio do
clima local exige um investimento muito alto na instalação de um sistema de
aquecimento. Entretanto o alto preço do óleo diesel vem tornando esta caldeira
incompatível com o custo/benefício.
Caldeiras a Gás:
Muito usada na indústria petrolífera onde existe sobra de gás natural. Hoje devido as
facilidades de suprimento de gás natural de petróleo, o baixo custo desse combustível e,
a grande preocupação com o meio ambiente, as grandes industrias vem optando por este
tipo de combustível.
Nota:
Todas as caldeiras que usam combustível líquido ou gás podem usar 2 ou mais tipos de
combustível.

Caldeiras de Recuperação:
São caldeiras que não usam nenhum combustível como fonte de aquecimento.
Essas caldeiras não possuem fornalha, portanto aproveitam o calor da descarga dos
gases da combustão de um motor diesel ou de uma turbina a gás para a geração de vapor
o qual é utilizado para aquecimento ou para geração de energia elétrica.
Este sistema é também empregado em usinas elétricas combinadas onde o gerador
principal é uma turbina a gás e outro gerador é uma turbina a vapor.

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