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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO


CURSO LICENCIATURA PLENA EM HISTORIA
CAMPUS XVII – VIGIA-PA
DISCIPLINA: HISTORIA DO BRASIL IV
DOCENTE: MARCOS ALEXANDRE

A LUTA PELA TERRA: SERINGUAIS/AC E


CASTANHAIS/PA
DISCENTES:
Deidiane Cordeiro,
Iarley santos, Leticia
Pinheiro, Mayara
Caroline, Nicolas
David e Roancarley
Ferreira
UM OLHAR SOBRE “OS EMPATES”: RESISTÊNCIA
DA/NA FRONTEIRA SUL-OCIENTEAL AMAZÔNIA
 As mudanças e os impactos ambientais

ocorridos na Amazônia sul- ocidental, no

Estado de Acre, por politicas

governamentais através de projetos de

integração dos governos militares, que

teve como principal encarregado o

governo Francisco Wanderley Dantas

durante seu mandato de (1971 e 1975).


Fonte: Silo.Tips.com.br (2016)
 Tinha-se como ideia principal transformar o Acre em uma potência
econômica , povoar e transforma-la em Polo produtivo, sem se
importar com o meio ambiente e com as populações tradicionais e
indígenas que habitavam por anos neste lugar, os impactos
ambienteis ocorridos na Amazônia foi muito grande através de
projetos de mineração, construção de estradas e as grandes
transformações dos antigos seringais em fazendas com criação de
gados e o extrativismo.
 Com isso tentar mostra os “empates” em que esses habitantes
tiveram que lutar por suas terras e pelo desmatamento, fazendo assim
uma forma de resistência
Mudanças na estrutura produtiva do Estado:
paisagem natural – representações políticas – novos
mecanismos econômicos
Dados apontados pelo IBGE na virada do século XX
para o XXI
Produtos da economia mais importantes do Acre
após esses 30 anos
Ambientalistas Chico Mendes: reforma agraria –
reservas extrativistas – fundou sindicatos – em 1977
foi eleito Vereador de Xapuri pelo MPB – morreu em
22 de dezembro de 1988
A LEI DOS POSSEIROS
VERSOS OS GOVERNOS
MILITARES NA
AMAZÔNIA: A LUTA PELO
DIREITO DE VIVER NAS
MATAS (1961-1981)

Adriane dos Prazeres


Silva
Professora do curso de
História da Universidade
do Estado do Pará e
Doutora em História
Social da Amazonia pela
Universidade federal do
Pará. Fonte: Olimpia Reis Reque
A lei Anilzinho: a lei dos posseiros
“ Era uma lei legitimada pelo costume
de viver coletivamente na terra, mas
especificamente nas matas”  A criação da Lei.
 Apoiadores: Igreja Católica Progressista e
Federação Assistência Social Educacional
(FASE)
 Objetivo da lei
 Formas de vidas: trabalhadores rurais,
posseiros e lavradores de pequenas
propriedades.
 “O amor pela terra foi o eixo fundamental na
luta pela terra e na construção de uma
Fonte: TodaFruta.com.br(2017) identidade”.
Impactos do golpe civil-militar de 1964 no
baixo Tocantins/PA

 Objetivo do governo: Atrair


investimentos estrangeiros para a
indústria do pais
 Setores agriculta e madeireiro
 Resistencia dos posseiros
 1 encontro Anilzinho que
estabelece a lei dos posseiros.

“A terra e pra quem nela trabalha”

Fonte: Silo.Tips.com.br (2016)


Anilzinho I
&
Anilzinho II
Leis para quem?

• Para Edward Palmer Thompson em Senhores e


Caçadores: A Origem da Lei Negra, questionava a
funcionalidade da lei, pois se ela fosse apenas para
atender um determinado grupo com poder, seria melhor
não haver lei nenhuma, afinal é melhor não existir
nenhuma do que existir apenas para impor dominância
aos mais fracos.
A Criação do Anilzinho I, A
Lei dos Posseiros
• Reunião em 10 e 11 de julho de 1980 com o tema "Terra Para
Quem Trabalha Nela"
• Motivo:A sensação de abandono por conta das autoridades,
conflitos, violência por conta dos grileiros e sensação de
injustiça.
• Criaram os 12 artigos como um basta perante as injustiças.
• As leis se baseavam nos costumes e práticas daquela
localidade, especificamente da Amazônia.
Os 12 Artigos
• 1 – Resistir na Terra.
• 2- A terra é da comunidade.
• 3- A terra é para trabalhar nela trabalha, quem vende sai da área.
• 4- Fazer demarcação nas áreas: não esperar pelo topógrafo: nem esperar pelo
governo
• 5- Defender a terra com armas se for preciso, machado, terçado, espingarda e etc,
reagir ao ataque da grilagem.
• 6- Comunicar e denunciar as arbitrariedades às comunidades vizinhas, sindicatos,
entidades
• de apoio à imprensa, que haja solidariedade Mútua.
• 7- Fazer oposição sindical e política. Que o sindicato seja dos trabalhadores. Trocar
de delegado sindical pelego. Criar delegacia sindical mesmo com dez trabalhadores.
Exigir do sindicato a ação em defesa da classe.
• 8- Onde tiver delegacia e comunidade, criar comissão da terra.
• 9- Construir casa comunitária ou capela e exigir postos médicos, escola, para dar mais
segurança na terra.
• 10 – Organizar comunidades com homens, mulheres e jovens, através de mutirão e
trabalho coletivo.
• 11- Criar um fundo de manutenção dos encontros.
• 12 Lutar pela reforma agrária radical e imediata176.

Fonte: Ferreira, Paulo. Lei Anilzinho. Regatão Cultural,


2020. Dísponivel em https://regataocultural.blogspot.com/2020/10/lei-anilzinho-lei-do-posseiro.html​
Anilzinho II
• Reformulação nos dias 6, 7 e 8 de 1981.
• Foco em provar que habitavam nas terras.
• De 12 artigos, passou a ter somente 7
artigos.
A Lei Anilzinho II
• 1-
• Resistir na terra; 1.1- De maneira imediata se
• for preciso com armas, machados, terçado,

Fonte: Ferreira, Paulo. Lei Anilzinho. Regatão Cultural, 2020. Dísponivel


em https://regataocultural.blogspot.com/2020/10/lei-anilzinho-lei-do-
posseiro.html
Os 7 Artigos da Anilzinho II
• 1- Resistir na terra; 1.1- De maneira imediata se for preciso com armas, machados, terçado, resistir à grilagem – Comunicar e denunciar às
arbitrariedades as comunidades vizinhas, sindicatos, CPT e demais entidades de apoio, imprensa, que haja solidariedade mútua; 1.2- De maneira
permanente: plantar culturas permanentes e subsistência, morar na terra181.
• 2- Propriedade da Terra; 2.1 - A terra é da comunidade;
• 2.2- Cabe as comunidades com ou sem topógrafo, demarcar e dividir a área entre os seus membros; 2.3- Os membros assinam um documento
preparado reconhecendo que a terra que eles trabalham ou irão trabalhar da comunidade reconhecendo que a terra que eles trabalham ou irão é
da comunidade; 2.4- No caso do posseiro deixar a terra só terá direito à indenização da benfeitoria, pois a terra pertencem a comunidade182.
• 3- Uso da terra; 3.1- A terra é para trabalhar nela; 3.2- Dar prioridade a cultura permanente; 3.3- Manter cultura de subsistência para a família e a
comunidade. 3.4-Não se comprometer com banco.
• 4- Comercialização; 4.1-No processo de comercialização dos produtos, organizar cantinas ou cooperativas; 4.2- procurar vender a produção e
comprar os bens necessários em conjunto183.
• 5- Organização; 5.1 Comunitária, organizar a comunidade com homens, mulheres e jovens através de mutirão e trabalho coletivo e deve ser
coordenado por uma comissão mista, construircasa comunitária capela, exigir posto médico, escola para dar mais segurança na terra, criar
comissões de trabalho e estudo, conforme a necessidade da comunidade; 5.2- sindicato todos os membros da comunidade devem ser
sindicalizados fazer oposição sindical, que o sindicato seja dos trabalhadores, troca de delegado sindical pelego. Criar delegacia sindical mesmo
com dez trabalhadores. Exigir do sindicato ação em defesa da classe. As oposições sindicais existentes, deverão articular um amplo movimento de
oposições sindicais em toda a região tocantina. As oposições sindicais deverão criar comissões de educação sindical,lutar pela reforma agrária
radical e imediata sob o controle dos trabalhadores. Lutar pela construção da central única dos trabalhadores(CUT) pela base; 5.3- Política- Fazer
oposiçãopolítica184.
• 6- Encontros- 6.1 Criar um fundo de manutenção dos encontros; 6.2 em casos de encontros ou qualquer outro movimento festivo, as vendas
sejam feitas para o benefício da comunidade185.
• 7-Vinte cinco de julho era o dia do trabalhador186.
O ùltimo Encontro e
A Situação Atual
• Houve cerca de dez encontros, todos ocorridos em
comunidades rurais. O último foi em 1991, em Tuerê-Pacajá.
Todavia, os encontros e alei deixaram um legado para todos
aqueles que vivem da terra.
• Nos anos seguintes, houve outros movimentos pela região,
como o Movimento Pela Vida e o Movimento Dos Atingidos
Pelas Barragens
• Na imagem, uma operação da policial federal para combater a
derrubada de arvores para a criação de animais.

Fonte: PF combate ocupação irregular em unidades de conservação no PA. O


Documento, 2023. Dísponivel em: https://odocumento.com.br/pf-combate-
ocupacao-irregular-em-unidades-de-conservacao-no-pa/

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