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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS- UNIPAM

CURSO: Direito 1º PERÍODO – 2023


Disciplina: Cultura e Sociedade
PROFESSOR ALTAMIR FERNANDES DE SOUSA

Trabalho, Mercado e
Responsabilidade Social
(aula nº 12)
atividade humana

provoca transformações
materiais e espirituais

Trabalho transforma a natureza

relação homem e
natureza

transforma o próprio
ser que trabalha
Trabalho: significado e contextualização

 O trabalho é uma atividade humana que sempre fez parte da vida do


homem desde o seu aparecimento no mundo.

 O trabalho é a relação do homem com a natureza, para extrair dela a


matéria-prima necessária para a sua sobrevivência.

 Karl Marx, filósofo alemão, é um dos principais teóricos sobre o


trabalho.

 De acordo com a época e o local, as relações de trabalho, os meios de


produção e as forças produtivas vão se modificando e são diferentes,
devido às mudanças provocadas no próprio interior do MODO DE
PRODUÇÃO de qualquer sociedade.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


trabalho manual é
desvalorizado por ser feito
por escravos
pessoas da elite dedicam-se
ao ócio digno

Antiguidade significa a
grega disponibilidade de
gozar do tempo livre
e cultivar o corpo e o
espírito

palavra grega scholé, da qual


deriva “escola”, significava
“ócio”.
crescente interesse pelo trabalho
justifica-se pela ascensão dos
burgueses
Idade Moderna
burguesia nascente procura novos
mercados

as navegações
caminho para as
Índias
aprimorados os relógios e a
bússola

aperfeiçoamento da tinta e do
papel
Gutenberg inventa a
imprensa (1455)
passagem do
feudalismo para o
capitalismo
transformações na vida
social e econômica

aperfeiçoamento das
técnicas e a ampliação
Nascimento das fábricas
dos mercados
Século XVIII – Rev. Ind.
O capital acumulado torna
possível a compra de
matérias-primas e de
máquinas

a força de trabalho é
vendida em troca de
salário: é uma mercadoria
trabalhadores são
submetidos a uma nova
ordem, a da divisão do
trabalho

o fruto do trabalho deixa


Nascimento das fábricas:
Revolução Industrial (XVIII)
de pertencer aos
trabalhadores: alienação
do trabalho

aparecimento de uma
nova classe: o
proletariado
mecanização do setor
da indústria têxtil

aparecimento da
máquina a vapor

século XVIII
Desenvolvimento do
setor metalúrgico

revolução agrícola
progresso

questão social

exploração do
proletariado

condições subumanas
século XIX de vida

extensas jornadas
de trabalho

condições de trabalho
nas fábricas são
insalubres
Taylorismo e Fordismo

complexidade da divisão do trabalho

dicotomia concepção-execução do trabalho

taylorismo visa o aumento de


produtividade com economia de tempo

linha de montagem e produção em


A flexibilização da produção: toyotismo

implantação da tecnologia
avançada da automação

robótica

microeletrônica

quebra da rigidez do fordismo

a flexibilização depende da
demanda flutuante

terceirização
ampliação dos serviços

setor
terciário
desenvolvimento de
técnicas de informação
e comunicação

A sociedade pós-industrial Atenção voltada para a


informação e o consumo

atividade da maioria
dos trabalhadores se
encontra nos escritórios

comunicação ágil,
instantânea
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TERRA CAPITAL TRABALHO
CONHECIMENTO

“Não vivemos numa era de


mudanças...
Vivemos uma
mudança de era...
Chris Andersen
elemento diferenciador é o próprio conhecimento

mudança no mudanças nos


âmbitos
modo de sociedade do conhecimento social,
comunicação
econômico e
produtivo

matérias primas passam a ter uma conotação secundária


forças motrizes do
desenvolvimento
econômico dos países

fator
estratégico principal força
de riqueza conhecimento produtiva
e poder

parte do fator importante


capital da para a
produtividade
empresa
surgimento da internet

facilitam a criação de conhecimento


tecnologias de
digitalização de
documentos

mudança no comunicação de muitos


modo de para muitos
comunicação

disseminação de informações

socialização do conhecimento
vista como uma vantagem
competitiva pelas
organizações: melhoria nos
produtos/serviços oferecidos
via eficiência

realização de investimentos
inovação em pesquisa e
desenvolvimento de produtos

atrelada ao
conhecimento
 Sociedade do Conhecimento: é compreendida como aquela na qual o
conhecimento é o principal fator estratégico de riqueza e poder,
tanto para as organizações quanto para os países.

 Nessa nova sociedade, a inovação tecnológica ou novo conhecimento,


passa a ser um fator importante para a produtividade e para o
desenvolvimento econômico dos países.

 Para Drucker, o conhecimento teria se tornado o recurso econômico


básico e não mais o capital, a força de trabalho ou os recursos naturais.
E o investimento em conhecimento seria o fator preponderante para o
desenvolvimento de um país.

 Os tradicionais “fatores de produção” - terra (isto é, recursos


naturais), mão de obra e capital - não desapareceram, mas tornaram-se
secundários.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Sociedade pelo prisma histórico percebe-se, que do ponto
de vista econômico, pode-se visualizar várias fases tais
como:

da sociedade agrícola, na qual a terra e a mão de obra foram


os fatores preponderantes para determinar o nível de
desenvolvimento;

sociedade industrial, na qual o capital e o trabalho passam a


ser forças motrizes do desenvolvimento econômico e

na sociedade do conhecimento, na qual o conhecimento passa


a ser o fator essencial do processo de produção, geração de
riquezas e desenvolvimento dos países.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


Os produtos são valorados
pelo conhecimento neles
embutido

o poderio econômico das


Características organizações e dos países
da sociedade do está diretamente relacionado
conhecimento ao fator conhecimento

A pesquisa científica tornou-


se fundamental para o
desenvolvimento dos países
A criação de conhecimento
organizacional tornou-se um
fator estratégico chave para as
organizações, sendo fonte de
inovação e vantagem competitiva

O conhecimento, a comunicação,
Características os sistemas e usos da linguagem
tornaram-se objetos de
da sociedade do
pesquisa científica e tecnológica
conhecimento

Os fluxos de informação e
conhecimento entre países, são
acrescentados aos fluxos de
capital e de bens já existentes,
tornando-se uma economia
transnacional
mudança do conceito de
obsolescência

ampliação da força de
trabalho feminina no mundo
do trabalho

Consequências ampliação da exclusão


da sociedade do
conhecimento
enfraquecimento do Estado
pela globalização

novas formas de se comunicar,


de disseminar informação, de
criar conhecimento
 Ocorreu uma mudança no paradigma de comunicação: surgimento da
Internet como meio de disseminação de informações e pelas novas
tecnologias.

 Com a mudança no modo de comunicação, que a sociedade do


conhecimento trouxe consigo e que constitui uma mudança de
paradigma, desenvolveram-se novas formas de se comunicar, de
disseminar informação, de criar conhecimento.

 A Internet surge e por meio dela um novo modelo de comunicação, de


“muitos para muitos. A world wide web, constitui segundo o filósofo
Lévy, a maior revolução na história da escrita depois da invenção
imprensa.

 Na sociedade do conhecimento a diferença entre os países será


balizada em função da capacidade de aplicar conhecimento e gerar
inovação.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


→ Portanto, a produtividade dos países será incrementada na mesma
medida das possibilidades de acesso ao conhecimento, dos investimentos
realizados para a capacitação dos seus recursos humanos e para
desenvolvimento de inovação.

 Os avanços tecnológicos cada vez mais frequentes e contínuos na


sociedade do conhecimento, favorecem a troca de informações e
socialização do conhecimento, possibilitando uma maior geração de
inovações e desenvolvimento econômico nos países com um adequado
nível de acesso à tecnologia e à ciência.

O papel do Estado na sociedade do conhecimento (Drucker)

 Para Drucker (1993), “quanto mais produtiva a economia, maior a


igualdade de renda; quanto menos produtiva, maior a desigualdade
de renda”. (teoria neoliberal)

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Opondo-se às políticas estatais de distribuição de renda pela cobrança
de impostos e pela ampliação das garantias sociais (previdência, seguro-
desemprego, por exemplo), Drucker quer nos convencer que a
acumulação e a distribuição das riquezas estão numa relação direta de
causa e efeito.

 O Estado, para Drucker, deveria ser desprovido da sua atribuição


regulatória, deixando para as organizações o papel de cuidar da
sociedade.

 Por essa razão, o voluntariado é de grande importância para Drucker, a


ponto de afirmar que estes poderão prover “os serviços sociais de que
necessita a sociedade”.

 Vale lembrar que, para ele, a SC é também a sociedade das


organizações. E o próprio Estado é considerado, por Drucker, uma
organização.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Portanto, o Estado também deveria desempenhar um único papel: o de
definir políticas, terceirizando a execução e a gestão dos serviços
essenciais, como saúde e educação.

 Os países e em geral, as organizações melhor sucedidas, são aquelas que


inovam. Tanto no âmbito social quanto no âmbito econômico.

 Que impacto as organizações públicas e privadas sofreram com o


surgimento da Sociedade do Conhecimento? Elas estão totalmente
despreparadas para esta nova realidade. Algumas dessas organizações
devem, inclusive, desaparecer.

 O Brasil está inserido na Sociedade do Conhecimento? Todos estamos,


queiramos ou não.

 Os professores são desvalorizados, as escolas têm um projeto


pedagógico totalmente ultrapassado, baseado no volume de informação
passado aos alunos e não na reflexão crítica, visando formar cidadãos
autônomos.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


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 O mundo contemporâneo apresenta mudanças que afetam todos os setores da
sociedade, inclusive a educação.

 Compreendemos que passamos de uma sociedade cuja base tecnológica era


analógica para uma vida digital.

 Para Drucker, as escolas e as universidades seriam apenas fornecedoras de


conhecimento para as empresas (ou “organizações”, como ele prefere dizer).

 O Brasil, na década de 1990, foi palco de intenso movimento de reformas


políticas.

 No campo educacional as reformas emergem como necessárias em função de um


novo momento social e econômico indicado genericamente pelo termo sociedade do
conhecimento.

 A parceria do Banco Mundial, representando os países centrais, articulada a um


conjunto de condicionalidades (empréstimos e orientações)

 e produção de consensos ativos, encontrou fortes aliados nas classes dominantes


brasileiras (especialmente a classe empresarial de serviços e a política).

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 A difusão desta conceituação perpassa formalmente os documentos oficiais,
no Brasil, é propagada pelo Ministério da Educação – MEC e Ministério da
Ciência e Tecnologia – MCT, na defesa da reforma da política científica.

 O processo das reformas no ensino superior tem início com o governo de


Fernando Collor (1990-1992, pela abertura da economia brasileira ao
comércio internacional

 e seu aprofundamento nas duas gestões seguintes do governo Fernando


Henrique Cardoso - FHC (1995-2002). Aprovação da Lei 9394/96 - LDB

 Nesta década foi flagrante a ampliação de universidades privadas;

 a contenção de recursos à educação superior pública (sucateamento);


 a priorização da Educação Básica vista como o principal eixo de investimento;
 o incentivo à implementação de cursos técnicos de nível superior
 e o esforço pela reestruturação do ensino público superior em perspectiva
pragmática.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


“Mcdonaldização da Escola”

 Insere-se na reestruturação educacional neoliberal, ou seja

 a escola é pensada e reestruturada sob o modelo de padrão produtivista e


empresarial.

 Articula-se e subordina-se a produção educacional às necessidades estabelecidas


pelo mercado de trabalho.

 Fast food e Escola: currículos fragmentados na formação de professores e


 têm a função de transmitir certas competências e habilidades para que as
pessoas atuem competitivamente no mercado de trabalho seletivo e restrito.

 Princípios regulam a prática cotidiana do McDonald’s: qualidade, serviço, limpeza e


preço.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 A crise na educação contemporânea tem ligações diretas com as mudanças na sociedade,
segundo Bauman (2001)
 as pessoas modificaram a forma de interpretar o mundo.
 O homem da modernidade líquida passa a ser marcado pelo
 fim dos padrões, da segurança, da estabilidade e das certezas. Surgindo a indefinição, o medo
e a insegurança.

 Percebemos profundas mudanças na sociedade pós-modernidade, contudo, “na


década de 1990, a grande inovação foi a internet.
 Ela provocou grandes mudanças, interferindo na estrutura dos diferentes sistemas e
transformando as relações e as comunicações globais”.

 Bauman analisa a educação na Modernidade Líquida e diz que o advento internet é


 o principal responsável pelas mudanças comportamentais e de relações humanas
 servindo com um acelerador de processos e facilitador das relações.

 O aluno deixou de ser alguém passivo, para se tornar parte da construção do


conhecimento

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 A complexidade da modernidade líquida, principalmente no campo educacional

 nos remete a repensar as práticas educacionais, e acima de tudo


 despertar o pensamento crítico no aluno, para que o mesmo possa além do campo escolar,
saber viver em sociedade.

 É visível que o dia a dia está cada vez mais tecnológico


 entre aplicativos e interações virtuais nos inserindo na nova realidade.

 “Nesses últimos trinta anos, as tecnologias, em especial as digitais, evoluíram


socialmente de forma rápida”.

 “(...) é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas


linguagens e seus modos de funcionamento

 desvendando possibilidades de comunicação (e também de manipulação)


 e que eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação
mais consciente na cultura digital.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital
 a escola pode instituir novos modos de promover a aprendizagem, a interação e
o compartilhamento de significados entre professores e estudantes.” (Base
Nacional Comum Curricular - BNCC, p. 59)

O que muda para a educação?

Basicamente, dois aspectos específicos surgem:


a) a quantidade e o tipo de informações a serem trabalhadas (o que);
b) o uso de ferramentas digitais e de comunicação (como).

 De um lado temos os alunos, muitos com acesso a diversos equipamentos


tecnológicos

 que dão suporte a interações sociais e à busca de informação, conhecimento e


aprendizagem

 e, do outro, educadores que fazem a mediação entre os saberes escolares e


saberes sociais
 muitas vezes sem saber com precisão os limites e a compreensão do que é
tecnológico.
Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017
 Apesar de vivermos na era digital e de fazermos uso de tecnologias diversas em
nosso dia a dia
 na prática, esse mundo não está integrado à escola.

 É necessário integrar a tecnologia ao currículo, explorar seu potencial e promover a


conversa com as áreas de conhecimento.

 Um currículo de sucesso passa a explorar metodologias ativas ao trabalha


 com projetos, investigação, resoluções de problemas, produções de narrativas
digitais e desenvolvimento de atividades criativas transformando as ferramentas
digitais em linguagem.

 Esse é um dos pilares de uma nova abordagem, que utiliza o aprender-fazendo

 a tendência do faça você mesmo, como uma das metodologias de base.

 Essa forma do aprender coisas diferentes, de uma forma diferente

 centraliza o processo no aprender do estudante


 tornando-o mais autônomo nos seus percursos de desenvolvimento do conhecimento.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Aprenderemos juntos e uns com os outros. A aprendizagem será colaborativa

 os professores são facilitadores que constroem comunidades em torno do


aprendizado, talento e habilidades de seus alunos.

 Como bem o dizia Paulo Freire: “Ninguém educa a si mesmo, os homens se


educam entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 2013).

 Para enfrentar esses desafios, a junção de educação e tecnologia deixa claro


que é possível realizar uma educação baseada em criatividade e inventividade,
usando vários recursos e contando com um ambiente baseado em
experimentação com o aluno no centro do processo de aprendizagem.

 Equipamentos são importantes, mas é fundamental que venham acompanhados


de práticas pedagógicas que possibilitam vivências significativas, respeitando
docentes e alunos.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Não tem mais volta, a Educação 4.0 chegou! O termo está ligado à revolução
tecnológica

 que inclui linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas


(IoT)

 e contempla o learning by doing que traduzindo para o português é aprender


por meio da experimentação, projetos, vivências e mão na massa.

 Não existe um modelo pronto para aplicar e todos podemos (e devemos)


contribuir

 quebrando velhos paradigmas de anos impostos em uma educação


descontextualizada

 pautada em transmissão de conhecimento e ambientes pouco propícios ao


processo de aprendizagem.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


Educação 4.0

 Surge, portanto, uma proposta de educação diferenciada, que preza por


colocar os estudantes, professores e diretores conectados no processo de
gestão, ensino e aprendizagem

 Essa é a chamada Educação 4.0! Ela prioriza a experiência prática e


experimentação dos alunos, assim como a realização de projetos que
permitam que eles coloquem a mão na massa — muito coerente com a Cultura
Maker que surge na contemporaneidade.

 Além disso, há uma valorização da criatividade, interdisciplinaridade,


utilização de ferramentas tecnológicas na sala de aula e criação de
ambientes inovadores.

 O professor atua como mediador, e é quem direciona e orienta os alunos para


uma aprendizagem mais conectada com a realidade do mundo que eles vão
encontrar fora da instituição de ensino, ao mesmo tempo que diretores,
coordenadores e pais acompanham tudo em tempo real por estarem
conectados.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


O conhecimento na Educação 4.0

 Com essas transformações, a escola consegue fornecer conhecimento mais


contextualizado, formando pessoas que atendem às demandas da sociedade
atual.

 É possível manter o interesse dos estudantes na aprendizagem, pois ela é


coerente com a sua realidade e a forma como essas crianças e adolescentes
funcionam, se comunicam e interagem com o mundo ao seu redor.

 A transmissão de conhecimento se torna mais efetiva, e é criado um


diferencial para as escolas que adotam esse método, uma vez que os
resultados positivos são nítidos.

 Assim, o aluno ganha liberdade para produzir conhecimento de acordo com os


seus interesses reais, utilizando metodologias ativas e atuais de
aprendizagem.

 Porém, qualquer transformação é desafiadora e exige mudanças estruturais e


metodológicas da sua instituição.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


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Sociedade da pós-
informação
(Negroponte)

Sociedade de inteligências
coletivas (Levy)

Sociedade pós-industrial ou
século XXI: sociedade do conhecimento
nova sociedade (De Masi)

Sociedade do conhecimento
(Drucker) e Sociedade
informacional (Castells)
mundo globalizado

emergência de uma nova


sociedade

transformações em
todos os setores da
século XXI vida humana
progresso
tecnológico
importância dada à
informação
conceito de emprego está
sendo substituído pelo de
trabalho
 O mundo globalizado da sociedade do conhecimento trouxe mudanças
significativas ao mundo do trabalho. O conceito de emprego está sendo
substituído pelo de trabalho.

 A atividade produtiva passa a depender de conhecimentos, e o


trabalhador deverá ser um sujeito criativo, crítico e pensante.

 Os novos perfis profissionais privilegiam criatividade, a


a
interatividade, a flexibilidade e o aprendizado contínuo . Além disso, os
novos profissionais devem ser capazes de operacionalizar seu
conhecimento de modo integrado às suas aptidões e vivências culturais.

 Para Drucker, "os principais grupos sociais da sociedade do


conhecimento serão os 'trabalhadores do conhecimento', pessoas
capazes de alocar conhecimentos para incrementar a produtividade e
gerar inovação.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 A SC, segundo Drucker, seria formada por duas “classes”
fundamentais: os trabalhadores do conhecimento e os
trabalhadores em serviços.

 Ao explicar quem seriam os “trabalhadores do conhecimento”,


deixa claro que não se trata de um grupo homogêneo, mas
estratificado: executivos do conhecimento, profissionais do
conhecimento e empregados do conhecimento.

 Este profissional deverá interagir com máquinas sofisticadas e


inteligentes, será um agente no processo de tomada de decisão.
Além disso, o seu valor no mercado será estimado com base em
seu dinamismo, em sua criatividade e em seu
empreendedorismo.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


diploma não
significa garantia
de emprego

empregabilidade está
relacionada à qualificação
pessoal
competências técnicas deverão
estar associadas à capacidade de
século XXI decisão, de adaptação a novas
situações, de comunicação oral e
escrita, de trabalho em equipe

Surgem os trabalhadores do
conhecimento
criatividade e a disposição
para capacitação permanente
serão requeridas e
valorizadas

profissional deverá interagir com


máquinas sofisticadas e
inteligentes
século XXI
valorização das atividades
cerebrais em detrimento às
atividades braçais

valor do trabalhador no mercado


será estimado com base em seu
dinamismo, em sua criatividade e
em seu empreendedorismo
Domenico De Masi
Sociólogo, escritor e professor.

Nasceu em Rotello, na província de


Campobasso no sul da Itália, no dia 1 de
fevereiro de 1938.

Morou e Nápoles, Milão e Roma.


Aos dezenove anos já escrevia para a
revista Nord e Sud, artigos de Sociologia
Urbana e do Trabalho.
Aos vinte e dois anos lecionava na
Universidade de Nápoles. Livros em português:
Mais recentemente assumiu o posto de
• A Emoção e a Regra (1997) - Jose Olympio
professor de Sociologia do Trabalho na
• A Sociedade Pós-Industrial (1999) - Senac São
Universidade La Sapienza de Roma, além Paulo
de ser diretor da S3 Studium, escola de • Desenvolvimento Sem Trabalho (1999) – Esfera
especialização em ciências organizacionais • O ócio criativo (2000) – Gmt
que fundou. • O Futuro do Trabalho (2003) - Jose Olympio
• Criatividade e Grupos Criativos, V.1 e 2 (2005)
- Gmt

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Domenico De Masi
Sociólogo, escritor e
professor.

Trabalho criar a riqueza

+
Ócio Criativo Estudo criar o saber

+
criar alegria,
Lazer bem-estar

Felicidade

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 Domenico De Masi defende a ideia que é chegado o momento de cultivarmos o
ócio criativo para uma nova era. Aqui, "ócio" não significa preguiça, sedentarismo
ou alienação. O ócio criativo é uma arte que se aprende e se aperfeiçoa com o
tempo e com o exercício.

 Existe uma alienação e exploração pelo trabalho industrial. É necessário aprender


que o trabalho não é tudo na vida e que existem outros grandes valores: o
trabalho para criar riqueza; o estudo para produzir saber, conhecimento; a
diversão para produzir alegria; o sexo para produzir prazer; a família para
produzir solidariedade, etc.

 O ócio criativo significa, então, um exercício do sincretismo entre atividade,


lazer e estudo, propondo ao homem que ele se desenvolva em todas as suas
dimensões. Ele afirma que deve haver uma fusão entre a produção e o prazer.

 Por exemplo, se alguém faz um trabalho prazeroso, inteligente, está fazendo ócio
criativo. É estudar, trabalhar e brincar ao mesmo tempo. É a atividade
criatividade em que a pessoa se diverte e também aprende coisas e ganhar
dinheiro. O ócio criativo é feito por 30% da humanidade: os designers, os atores,
os artistas, os professores, os estudantes – estes todos têm um tipo de trabalho
que De Masi chama de “ócio criativo”.


Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017
Valores fundamentais do século XXI: De Masi

valorização das atividades


intelectualidade cerebrais em detrimento de
atividades braçais

tarefas repetitivas e chatas


criatividade
serão feitas pelas máquinas

o que distingue hoje não é


mais a técnica, e sim a
estética
estética, o design
características do trabalhador do século XXI: Unesco

Ser flexível e não especialista demais


Ter mais criatividade do que informação

Estudar durante toda a vida

Adquirir habilidades sociais e capacidade de


expressão
Assumir responsabilidades

Ser empreendedor

Entender as diferenças culturais

Adquirir intimidade com as novas tecnologias


 Novas relações de trabalho no século 21: vivendo uma transição nas
relações de trabalho em decorrência da evolução dos processos
produtivos. E nisto as tecnologias tiveram papel fundamental buscando
responder ao desafio de produzir sempre mais com menos trabalho.

 A nova sociedade, e sua busca de eficiência e mudança de processos,


trouxe alto ganho de produtividade e com ele o aumento do desemprego
estrutural.

 Aparentemente, não haveria nova indústria para substituir os empregos


perdidos. Deve surgir e está surgindo um novo perfil de atividades que
podem absorver a função dos velhos processos.

 Quem vai conseguir trabalhar daqui para frente? O que vai acontecer
nos próximos anos com as empresas? Essas novas formas de trabalhar
exigem novas habilidades e, sobretudo, novas atitudes. Todos devem
estar aptos para apreender novos conhecimentos.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Vale tanto para os indivíduos que participam do processo
produtivo, ou deveriam participar, como para as empresas
(organizações) ou órgãos que produzem empregos (os órgãos do
Estado aqui também se incluem).

 Estas, para serem competitivas e não apenas produtivas,


precisam estar atentas à qualificação de seus recursos humanos.

 Estas habilidades permitem às empresas e às pessoas a


consciência de seu ser e estar no trabalho, permitindo uma maior
iniciativa, responsabilidade, comunicabilidade.

 Isto tudo redunda em flexibilidade para trabalhar em equipe.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


Profissional deve assumir outro perfil:

flexibilidade
Gerenciar riscos

Conhecimento de línguas

Saber trabalhar em equipe

Habilidade para lidar com pessoas

Iniciativa e criatividade

Aprendizado contínuo

multifuncionalidade
Profissional deve assumir outro perfil:

capacidade de aprender e lidar com as transformações

desenvolver metas a curto, médio e longo prazo

ter senso crítico

ter uma boa comunicação

autoestima elevada
ousado e eficiente nas decisões

ter capacidade de motivar as pessoas

possuir raciocínio lógico e rápido


Mercado de trabalho: hard skills e soft skills

Skills: habilidades ou competências

 As hard skills são habilidades ou competências técnicas que você pode aprender e
facilmente mensuráveis
 como fluência em um idioma ou domínio de uma ferramenta.

 São as habilidades que podem ser ensinadas em uma capacitação.


 Por exemplo: o uso de ferramentas e conhecimentos profissionais.
 Elas são desenvolvidas nos treinamentos corporativos para melhorar a qualificação
profissional.

 Já as soft skills são aquelas que lidam com a relação e interação com outros.
 Habilidades como resiliência, empatia, colaboração e comunicação são todas
competências baseadas na inteligência emocional.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Conceitos de Soft Skills:
 “traços e comportamentos que caracterizam nossos relacionamentos com outros” (Goleman).
 São as competências sociais, emocionais e mentais ligadas à personalidade de cada um e
comportamento do profissional.

 Podemos dizer que são habilidades particulares


 pois nascem de acordo com as experiências, cultura, criação e educação de cada pessoa, entre
outros fatores.

 As soft skills também estão relacionadas à sua forma de se relacionar e interagir com as
pessoas
 e afetam os relacionamentos no ambiente corporativo e, por consequência, a produtividade da
equipe.
 Além de serem difíceis de avaliar e não são adquiridas com capacitação técnica.

 Conforme estruturas organizacionais evoluem e a globalização acelera


 essas soft skills serão mais cruciais que nunca”, aposta o especialista Goleman.
 E são elas que realmente capacitam alguém para ocupar cargos de liderança
 que envolvem lidar com outras pessoas e com si mesmo – apenas inteligência e experiência
não bastam.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


Exemplos de soft skills em alta no mercado
• Colaboração: saber trabalhar bem em grupo
• Flexibilidade: saber se adaptar às mudanças
• Trabalhar sob pressão: gerenciar estresse sem perder o foco
• Comunicação eficaz: ouvir atentamente e se comunicar de maneira clara
• Orientação para resultados: atingir o resultado final da maneira mais eficaz possível
• Liderança de equipe: saber como motivar e engajar grupos
• Trabalho em equipe: cada dia mais as empresas valorizam as equipes e seus feitos
em conjunto. Em função disso, funcionários com soft skills de colaboração e
solidariedade se destacam mais, seja atuando em reuniões de departamentos ou
participando de projetos colaborativos.

Como desenvolver soft skills?

1. Aprenda a se autorregular;
2. Aprenda a identificar como se comunicar bem com cada tipo de pessoa;
3. Crie a faça parte de uma cultura de feedback.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Você já sabe como será a relação dos profissionais com a Indústria 4.0

 Agora é hora de aprender os diferenciais que vão garantir sua relevância no mercado de
trabalho.

 Como já foi dito, as soft skills são as competências humanas que estão deixando as técnicas
profissionais, chamadas de hard skills, em segundo plano.

 Assim, as vantagens de desenvolver soft skills são inúmeras, já que elas evidenciam lideranças
 facilitam a convivência corporativa e auxiliam na adaptação a novas tecnologias que acabam
mudando vidas, relações sociais e trabalhos.
Soft skills no ambiente corporativo

 Mas além da inteligência emocional, as demais soft skills trarão foco, engajamento, motivação
e produtividade.
 Por isso é preciso que as gerações de profissionais se adaptem às novas exigências do mercado.

 Hoje soft skills já são bastante exigidas por empresas e, quanto mais modernas e
desenvolvidas as organizações forem se tornando
 mais os profissionais precisarão dessas competências não técnicas.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


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 A partir do início dos anos 1970, o capital implementou um processo de
reestruturação em escala global.

 Nesse contexto que o capital veio redesenhando novas modalidades de


trabalho – o trabalho precário.

 Proliferaram a partir de então, as distintas formas de “empresa


enxuta”, “empreendedorismo”, “cooperativismo”, “trabalho voluntário”,
dentre os mais diversos modos alternativos de trabalho precarizado.

 O que vem fazendo os capitais em escala global: criando cooperativas


falsas, como forma de precarizar ainda mais os direitos sociais do
trabalho, quando não sua destruição.

 Pode-se presenciar o mesmo quadro de precarização por meio da


análise das diversas modalidades de “flexibilização” do trabalho ou
precarização, podemos citar: a salarial, de horário, funcional ou
organizativa.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 A flexibilização pode ser entendida como:

a) “liberdade da empresa” para desempregar trabalhadores; sem


penalidades, quando a produção e as vendas diminuem;

b) liberdade, sempre para a empresa, para reduzir o horário de trabalho ou


de recorrer a mais horas de trabalho;

c) possibilidade de pagar salários reais mais baixos do que a paridade de


trabalho exige;

d) possibilidade de subdividir a jornada de trabalho em dia e semana


segundo as conveniências das empresas, mudando os horários e as
características do trabalho (por turno, por escala, em tempo parcial,
horário flexível), dentre outras formas de precarização da força de
trabalho.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 Desde 2008 adentramos em uma nova era de precarização estrutural
do trabalho em escala global.

 Os exemplos são muitos: o desemprego vem atingindo as mais altas


taxas das últimas décadas nos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha,
Portugal, Itália, Grécia, França, Japão.

 A globalização neoliberal e a internacionalização dos processos


produtivos estão acompanhadas da realidade de centenas de milhões de
trabalhadores desempregados e precarizados no mundo inteiro.

 E quando a realidade não é a do desemprego direto, avança de modo


voraz a precarização do trabalho decorrente da erosão do emprego
contratado e regulamentado que foi dominante no século 20 – o século
do automóvel, dominado pelo taylorismo e pelo fordismo – proliferando
as diversas formas de trabalho terceirizado, desprovido de direitos.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


 É preciso indicar que a classe trabalhadora compreende a totalidade dos
assalariados (homens e mulheres) que vivem da venda da sua força de
trabalho e que são despossuídos dos médios de produção. Podemos,
enumerar algumas tendências:

A) Desde o início da reestruturação produtiva do capital vem ocorrendo


uma redução do proletariado industrial, fabril, manual e herdeiro da era
da indústria verticalizada do tipo taylorista e fordista nos países
avançados.

B) Há outra tendência que caracteriza pelo aumento do novo proletariado


fabril e de serviços, em escala mundial, presente nas diversas modalidades
de trabalho precarizado.

 São os terceirizados, subcontratados que se expandem em escala global.


Com a ampliação do desemprego estrutural, os capitais implementam
alternativas de trabalho “informais”, de que são exemplo as distintas
formas de terceirização.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


C) Outra tendência é o aumento significativo do trabalho feminino, mas com
os níveis de remuneração das mulheres são em média inferiores àqueles
recebidos pelos trabalhadores, o mesmo ocorrendo em relação aos direitos
sociais do trabalho, também desiguais.

D) É perceptível nas últimas décadas do século 20, uma significativa


expansão dos assalariados médios no “setor de serviços”.

E) Outra tendência presente no mundo do trabalho é a crescente exclusão


dos jovens, que atingiram a idade de ingresso no mercado e que, sem
perspectiva de emprego, acabam muitas vezes engrossando as fileiras dos
serviços precários, dos desempregados.

F) Paralelamente à exclusão dos jovens, vem ocorrendo também a exclusão


dos trabalhadores considerados pelo capital como “idosos”. Somam-se aos
contingentes do chamado trabalho informal, aos desempregados, aos
trabalhos voluntários, etc.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


G) Como desdobramento dessas tendências apontadas, vem se
desenvolvendo no mundo do trabalho uma crescente expansão de ofícios no
“terceiro setor”, assumindo uma forma alternativa de ocupação, através de
empresas de perfil mais comunitários, motivadas por formas de trabalho
voluntário, onde predominam aquelas de caráter assistencial, através de
trabalhos realizados no interior das ONGs.

 Temos o aumento da taxa de rotatividade, o aumento da flexibilização,


do número de acidentes de trabalho e a generalização do que podemos
chamar de trabalho assalariado sub-remunerado, apesar de formal.

 Como seriam essas novas formas de controle? Temos o controle pelas


máquinas, que é muito maior.

 O século 21 apresenta um cenário: os trabalhadores precarizados,


flexibilizados, temporários, além do enorme exército de
desempregados que se esparramam pelo mundo.

Unipam Altamir Fernandes 2/2/2017


“Há um tempo em que é
preciso abandonar as roupas
usadas, que já tem a forma
do nosso corpo, e esquecer os
nossos caminhos, que nos
levam sempre aos mesmos
lugares. É o tempo da
travessia: e, se não ousarmos
fazê-la, teremos ficado, para
sempre, à margem de nós
mesmos." Fernando Pessoa

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