Grazyelli Temoteo Julha Brito Maria Gabriela O que diferencia o trabalho humano? A capacidade de ultilizar instrumentos não é exclusiva dos seres humanos. Alguns animais como Galápagos e abutres usam ferramentas para conseguir alimentos. No caso desses animais, ocorre um exercício mental que requer a análise de matéria-prima disponível e o desenvolvimento de técnicas - procedimentos ultilizados para alcançar um objetivo, ultilizando raciocínio e capazes de desenvolver um raciocínio mais complexo, conseguem criar e usar instrumentos para fabricar outras ferramentas.. Além disso, desenvolveram uma relação interpessoal que possibilitou o uso coletivo de ferramentas em atividades como a caça e a armazenagem de alimentos. Isso leva à conclusão de que a capacidade intelectual humana se desenvolveu por meio de uma trama que abrange a comunicação, a organização do trabalho, o desenvolvimento de utensílios e de ferramentas e as formas de organização social O desenvolvimento tecnológico Desde o surgimento da espécie, os seres humanos garantiram a sobrevivência ao desenvolver tecnologias, como lascar pedra e ultilizar ossos e madeira para confecção de ferramentas, e ao dominar o fogo. Artefatos descobertos em escavações e datados entre 150 mil e 40 mil anos apresentam progressivo aperfeiçoamento. Para fazê-los, era preciso ser razoavelmente habilidoso. O desenvolvimento agrícola, ocorrido entre 10 mil e 5 mil anos atrás, representou um salto tecnológico: foi quando o ser humano aprendeu a cultivar plantas, a domesticar animais e moer grãos, e desenvolveu-se o polimento de pedras e a cerâmica . Posteriormente, formaram-se as primeiras cidades com organização complexa e os mais antigos sistemas religiosos conhecidos . Na histótia ocidental, há referências a outros saltos no desenvolvimento tecnológico. Centenas de anos depois,com o movimento que ficou conhecido como renascimento, entre os séculos 14 e 16, antigos dogmatismos deram lugar a um pensamento humanista e racional. Com base nesse pensamento, conquistaram-se avanços nas artes, na economia, nas leis, nas ciências e na tecnologia. Outro salto no desenvolvimento tecnológico ocorreu com a Revolução Industrial e a mecanização do trabalho, entre séculos 18 e 19. relações sociais de produção no capitalismo ate fins do séc XIX a Revolução Industrial e os desdobramentos da expansão do capitalismo alteraram profundamente o avanço tecnológico e acarretaram mudanças nos modos de produção. Karl Marx estudou os diferentes modos de produção desenvolvidos ao longo da história, especialmente o capitalista. Nesse modo de produção, os astesãos eram relativamente independentes, pois eram donos de suas oficinas, de suas ferramentas e de seu tempo de trabalho. Graças anos de experiência, conheciam todas as fases do processo produtivo e trabalhavam de acordo com uma demanda restrita e comunitária, empregando, nessas tarefa, um tempo relativamente mais curto de seu cotidiano do que o trabalhador vinculado ao modo de produção capitalista. No modo de produção capitalista, os trabalhadores não eram independentes , não decidiam o que produzir, nem para quem, e muitos deles execultavam o mesmo trabalho. Transformações no processo de produção Diversos fatores levaram ao progresso da indústria: o aumento por o crescimento do consumo, o desenvolvimento científico , a descoberta de fontes de m e a intensificação das atividades comerciais. No final do século XV. te período de grande avanço tecnológico que se intensificou no século emprego de fontes de energia: o vapor, a eletricidade e o petróleo, com tado no Capítulo 3. Duas transformações foram importantes nesse processo de desenvolvimento tecnológico e de produção. A divisão social do trabalho, portanto, tornou a produção mais simples, pois envolvia menos conhecimento. A outra transformação decorreu da introdução de fontes de energia para mover as máquinas que passaram a substituir a força humana. O que distingue uma simples ferramenta de uma máquina não é apenas sua complexidade, mas também a forma como é ultilizada e como se relaciona com a pessoa que manipula. O estágio seguinte foi o da implantação do sistema de máquinas interligadas e movidas por um motor, que lher fornecia energia. Com o avanço industrial, foram produzidas máquinas para fabricar outras máquinas , além de motores. A transformação que esse avanço introduziu na produção distanciou o trabalhador do conhecimento, que passou a se desenvolver de modo separado, por meio da ciência. outras consequências do emprego da tecnologia O emprego da tecnologia modifica a produção e a divisão do trabalho, bem como a quantidade e a distribuição de bens disponíveis. A qualificaçãi do trabalhador e sua remuneração também se transformam. Com o aumento da produção agrícola, houve excednete de alimentos, que passou a ser vendido nas cidades, impulsionando o modo de vida urbano e o comércio. Outro exemplo, mais recente, é a maneira como os modernos meios de transporte, como o trem e o avião, alteraram a noção do tempo e de distância entre as diversas regiões e os continentes e a percepção que se tinha do mundo. É preciso levar em consideração, porém, as condições locais de uso ou de introdução de inventos de tecnológicos. Uma máquina ou uma nova forma de energia podem ou não ser aceitas, de acordo com as variáveis sociais existentes, sobretudo quando se envolve o jogo de forças políticas e econômicas. trabalho, valor e lucro No capitalismo formaram-se duas classes sociais a burguesia, constituída pelos capitalistas e o proletariado composto de ex- artesaos e de ex-camponeses cujas terras foram tomadas para a produção de matérias-primas, o que os obrigou a se mudar para as cidades e vender sua mão de obra a indústria capitalista para sobreviver. Os trabalhadores vendem a sua força de trabalho em troca de um salário. Adam Smith e outros economistas ingleses não só haviam percebido isso, ao reconhecer que o trabalho é a única fonte de riqueza das sociedades, como também postularam que o valor das mercadorias dependia do tempo de trabalho gasto em sua produção. O capitalista poderia lucrar simplesmente aumentando o preço de venda do produto, por exemplo, cobrando 200 unidades de moedas pelo par de sapatos. Porém um simples aumento de preço poderia trazer vários problemas. Na visão de Marx a quantidade de tempo empregada pelo trabalhador na ativedade produtiva e a renumeração por essa ativedade são, de fato os aspectos centrais para a compreensão do capitalismo A mais-valia *A MAIS-VALIA O capitalista pode obter a mais valia aumentando constantemente a jornada de trabalho, o que Marx chamou de mais-valia absoluta. Não é possível, porém, estender indefinidamente a jornada de trabalho, pois o operário não é um robô para funcionar dia e noite sem parar. Outra forma de obter a Mais-valia é aprimorando a tecnologia, o que aumenta a produtividade, isto é, torna possível produzir um número maior de sapatos no horário de trabalho. A mecanização também faz com que a qualidade dos produtos dependa menos da habilidade e do conhecimento técnico do trabalhador. Assim, a força de trabalho vale cada vez mais menos e, ao mesmo tempo graças a maquinaria desenvolvida, produz cada vez mais. É o que Marx denominou mais-valia relativa Trabalho e interação social O sociólogo francês Émile Durkheim identificou dois tipos de solidariedade entre as pessoas: a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica. Solidariedade mecânica- Era predominante nas sociedades pré-capitalistas, em que os indivíduos se relacionavam principalmente por meio da família, da religião e dos costumes. Solidariedade orgânica- É típica das sociedades capitalistas. Nelas, ao mesmo tempo que os indivíduos se tornam mutuamente dependentes, cada um se especializa em determinada ativedade e tende a desenvolver mais autonomia pessoal, caracterizando uma divisão de trabalho social mais complexa.