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Prezados Profissionais da Contabilidade,

Com foco na fiscalização preventiva, o CRCMG investe no Programa de Educação Profissional Continuada, promovendo diversos cursos, seminários, fóruns,
palestras, Café com Contabilista, visitas técnicas e participações em colações de grau.

Os eventos são destinados, principalmente, aos profissionais da contabilidade e aos estudantes de Ciências Contábeis. Todas estas ações tem o objetivo
de promover o desenvolvimento e a valorização da profissão contábil.

Desejo a todos muito sucesso profissional!

Suely Maria Marques de Oliveira


Presidente do CRCMG
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA e
PREVIDENCIÁRIA: Principais
mudanças
Instrutor: Weslley Jackson Garcia Alves

Bacharel em Ciências Econômicas pela PUC/Minas


- Pós Graduado em Administração Financeira pela
Fundação Dom Cabral

Bacharel em Direito pela PUC-MINAS


- Pós Graduado em Direito Material e Processual do
Trabalho pela Faculdade Pitágoras
- Pós Graduado em Advocacia Tributária pela
Universidade FUMEC

Advogado Militante

Mestrando em Direito e Negócios Internacionais -


FUNIBER
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
I - CLT e LEIS: 13.874/2019 (Lei da Liberdade Econômica) – MP 818/19

II – MP 905/2019 de 11/11/2019 (Contrato Verde e Amarelo)

III – MP 1.045/2021 de 27/04/2021 “BEm”

IV – Trabalho por período (Trabalho Intermitente)

V – Home Office (Tele Trabalho)

VI – Férias

VII – Hora de Almoço

VIII – Deslocamento (Hora Intinere)

IX – Jornada
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
X – Hora Extra Banco de Horas

XI – Banco de Horas

XII – Terceirização

XIII – Custos de Demissão

XIV – Remuneração
I – LEI 13.874/2019 LEI DA
LIBERDADE ECONÔMICA
I - Lei 13.874/19 – Lei da Liberdade
Econômica
CAPÍTULO II

DA DECLARAÇÃO DE DIREITOS DE LIBERDADE ECONÔMICA

• Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e o
crescimento econômicos do País, observado o disposto no parágrafo único do art. 170 da
Constituição Federal:

• I - desenvolver atividade econômica de baixo risco, para a qual se valha exclusivamente de


propriedade privada própria ou de terceiros consensuais, sem a necessidade de quaisquer atos
públicos de liberação da atividade econômica;

• II - desenvolver atividade econômica em qualquer horário ou dia da semana, inclusive


feriados, sem que para isso esteja sujeita a cobranças ou encargos adicionais, observadas:

• a) as normas de proteção ao meio ambiente, incluídas as de repressão à poluição sonora e à


perturbação do sossego público;
I - Lei 13.874/19 – Lei da Liberdade
Econômica

• b) as restrições advindas de contrato, de regulamento condominial ou de outro negócio


jurídico, bem como as decorrentes das normas de direito real, incluídas as de direito de
vizinhança; e

• c) a legislação trabalhista;

• III - definir livremente, em mercados não regulados, o preço de produtos e de serviços como
consequência de alterações da oferta e da demanda;

• (...)

• Art. 15. A Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• Art. 13 – A Carteira de Trabalho e Previdência • Art. 13 – Idem


Social é obrigatória para o exercício de qualquer
emprego, inclusive de natureza rural, ainda que
em caráter temporário, e para o exercício por
conta própria de atividade profissional
remunerada.

• §1º. O disposto neste artigo aplica-se, • §1º - Idem


igualmente, a quem:
• I – proprietário rural ou não, trabalhe
individualmente ou em regime de economia
familiar, assim entendido o trabalho dos
membros da mesma família, indispensável à
própria subsistência, e exercido em condições
de mútua dependência e colaboração;
• II – em regime de economia familiar e sem
empregado, explore área não excedente do
módulo rural ou de outro limite que venha a ser
fixado, para cada região, pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social.
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• §2º. A Carteira de Trabalho e Previdência • §2º. A Carteira de Trabalho e


Social e respectiva Ficha de Declaração Previdência Social e respectiva Ficha
obedecerão aos modelos que o Ministério do de Declaração obedecerão aos modelos
Trabalho e Previdência Social adotar. que o Ministério da Economia adotar.

• §3º. Nas localidades onde não for emitida a • §3º - revogado


Carteira de Trabalho e Previdência Social,
poderá ser admitido, até 30 (trinta) dias, o
exercício de emprego ou atividade
remunerada por quem não a possua, ficando
a empresa obrigada a permitir o
comparecimento do empregado ao posto de
emissão mais próximo.

• §4º. Na hipótese do §3º: • §4º - revogado


I – o empregador fornecerá ao empregado,
no ato da admissão, documento do qual
constem a data da admissão, a natureza do
trabalho, o salário e a forma de seu
pagamento;
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• II – se o empregado ainda não possuir a


carteira na data em que for dispensado, o
empregador lhe fornecerá atestado de que
conste o histórico da relação empregatícia.
• Art. 14. A Carteira de Trabalho e Previdência Social
será emitida pelo Ministério da Economia
• Art. 14. A Carteira de Trabalho e Previdência preferencialmente em meio eletrônico.
Social será emitida pelas Delegacias
Regionais do Ministério do Trabalho e
• Parágrafo único. Excepcionalmente, a CTPS poderá
Previdência Social ou, mediante convênio,
ser emitida em meio físico, desde que:
pelos órgãos federais, estaduais e • I - nas unidades descentralizadas do Ministério da
municipais da administração direta e indireta. Economia que forem habilitadas para a emissão;
• II - mediante convênio, por órgãos federais, estaduais
e municipais da administração direta ou indireta;
• Parágrafo único. Inexistindo convênio com
os órgãos indicados ou na inexistência
destes, poderá ser admitido convênio com
sindicatos para o mesmo fim.

• §4º - revogado
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• III - mediante convênio com serviços notariais


e de registro, sem custos para a
administração, garantidas as condições de
segurança das informações.

• Art. 15. Os procedimentos para emissão da


CTPS ao interessado serão estabelecidos
• Art. 15. Para obtenção da Carteira de
pelo Ministério da Economia em regulamento
Trabalho e Previdência Social o interessado próprio, privilegiada a emissão em formato
comparecerá pessoalmente ao órgão eletrônico.
emitente, onde será identificado e prestará
as declarações necessárias.
• Art. 16. A CTPS terá como identificação única
do empregado o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).
• Art. 16. A Carteira de Trabalho e Previdência
Social CTPS, além do número, série, data de
emissão e folhas destinadas às anotações
pertinentes ao contrato de trabalho e as de
interesse da Previdência Social, conterá:
• §4º - revogado
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• I – fotografia, de frente, modelo 3x4; • I – revogado;


• II – nome, filiação, data e lugar de • II – revogado;
nascimento e assinatura;
• III – nome, idade e estado civil dos • III – revogado;
dependentes;
• IV – número do documento de naturalização • IV – revogado.
ou data da chegada ao Brasil e demais
elementos constantes da identificação de
estrangeiro, quando for o caso.

• Parágrafo único: A Carteira de Trabalho e • Parágrafo único: revogado


Previdência Social será fornecida mediante
apresentação de: • a) revogado
• a) duas fotografias com características
mencionadas no inciso I;
• b) qualquer documento oficial de • b) revogado
identificação pessoal do interessado, no qual
possam ser colhidos dados referentes ao
nome completo, filiação, data e lugar de
nascimento.
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• Art. 29 - A Carteira de Trabalho e • Art. 29. O empregador terá o prazo de 5


Previdência Social será obrigatoriamente (cinco) dias úteis para anotar na CTPS,
apresentada, contra recibo, pelo trabalhador em relação aos trabalhadores que
ao empregador que o admitir, o qual terá o admitir, a data de admissão, a
prazo de quarenta e oito horas para nela remuneração e as condições especiais,
anotar, especificamente, a data de se houver, facultada a adoção de
admissão, a remuneração e as condições sistema manual, mecânico ou eletrônico,
especiais, se houver, sendo facultada a conforme instruções a serem expedidas
adoção de sistema manual, mecânico ou pelo Ministério da Economia.
eletrônico, conforme instruções a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho.
• (...)
• (...)

• § 6º. A comunicação pelo trabalhador do


número de inscrição no CPF ao
empregador equivale à apresentação da
CTPS em meio digital, dispensado o
empregador da emissão de recibo.
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• § 7º Os registros eletrônicos gerados


pelo empregador nos sistemas
informatizados da CTPS em meio digital
equivalem às anotações a que se refere
esta Lei.

• § 8º O trabalhador deverá ter acesso às


informações da sua CTPS no prazo de
até 48 (quarenta e oito) horas a partir de
sua anotação.
• Art. 40 - As Carteiras de Trabalho e
Previdência Social regularmente emitidas e • Art. 40. A CTPS regularmente emitida e
anotadas servirão de prova nos atos em que anotada servirá de prova:
sejam exigidas carteiras de identidade e
especialmente:

• I - Nos casos de dissídio na Justiça do • idem


Trabalho entre a empresa e o empregado
por motivo de salário, férias ou tempo de
serviço;
1 – CTPS (Alterações pela Lei 13.874/2019)

Como era Como ficou

II - Perante a Previdência Social, para o • II - (revogado);


efeito de declaração de dependentes;

III - Para cálculo de indenização por acidente • (...)


do trabalho ou moléstia profissional.
2 – DURAÇÃO DO TRABALHO (Alterações
pela Lei 13.874/2019)
Como era Como ficou

• CAPÍTULO II

• DA DURAÇÃO DO TRABALHO

• Art. 74. O horário de trabalho será anotado em


• Art. 74 - O horário do trabalho constará de registro de empregados.
quadro, organizado conforme modelo expedido
pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio,
e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será
discriminativo no caso de não ser o horário único
para todos os empregados de uma mesma seção
ou turma.

• § 1º - O horário de trabalho será anotado em •


§ 1º (Revogado).
registro de empregados com a indicação de
acordos ou contratos coletivos porventura
celebrados.
2 – DURAÇÃO DO TRABALHO (Alterações pela
Lei 13.874/2019)

Como era Como ficou

• § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20


• § 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação
trabalhadores será obrigatória a anotação da da hora de entrada e de saída, em registro manual,
hora de entrada e de saída, em registro mecânico ou eletrônico, conforme instruções
manual, mecânico ou eletrônico, conforme expedidas pela Secretaria Especial de Previdência
instruções a serem expedidas pelo Ministério e Trabalho do Ministério da Economia, permitida
do Trabalho, devendo haver pré-assinalação a pré-assinalação do período de repouso.
do período de repouso. (Redação
dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

• • § 3º Se o trabalho for executado fora do


§ 3º - Se o trabalho for executado fora do
estabelecimento, o horário dos empregados estabelecimento, o horário dos empregados
constará, explicitamente, de ficha ou papeleta constará do registro manual, mecânico ou
em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o § eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que
1º deste artigo. dispõe o caput deste artigo.

• § 4º Fica permitida a utilização de registro de


ponto por exceção à jornada regular de trabalho,
mediante acordo individual escrito, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
3 – DAS FÉRIAS ANUAIS(Alterações pela Lei
13.874/2019)

Como era Como ficou

CAPÍTULO IV

DAS FÉRIAS ANUAIS

• (...)
• Art. 135 - A concessão das férias será
participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias.
Dessa participação o interessado dará recibo.

• § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo • (...)


das férias sem que apresente ao empregador
sua Carteira de Trabalho e Previdência Social,
para que nela seja anotada a respectiva
• § 3º Nos casos em que o empregado possua a
concessão. (Incluído pelo
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) CTPS em meio digital, a anotação será feita nos
sistemas a que se refere o § 7º do art. 29 desta
Consolidação, na forma do regulamento,
• § 2º - A concessão das férias será, igualmente, dispensadas as anotações de que tratam os §§ 1º e
anotada no livro ou nas fichas de registro dos 2º deste artigo.
empregados.
4 – ARTIGOS DA CLT REVOGADOS
(Alterações pela Lei 13.874/2019)

Abaixo os artigos da CLT relacionados à CTPS que foram revogados pelo Art. 19, V, da Lei
13.874/2019:

Art. 17 – revogado Art. 53 - revogado


Art. 20 – revogado Art. 54 - revogado
Art. 21 – revogado Art.56 – revogado
Art. 25 – revogado Art. 141 - revogado
Art. 26 – revogado Art. 415,§único - revogado
Art. 30 – revogado Art. 417 - revogado
Art. 31 – revogado Art. 419 - revogado
Art. 32 – revogado Art. 420 -revogado
Art. 33 – revogado Art. 421 - revogado
Art. 34 – revogado Art. 422 - revogado
Art. 40, II – revogado Art. 633 – revogado - PROCESSUAL
5 – Lei 10.406/2002 – Código Civil
• Art. 7º. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com as
seguintes alterações:

• Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou
administradores.
• Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de
alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular
empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de
todos.

• Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público
quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso.
• § 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa
jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza.
5 – Lei 10.406/2002 – Código Civil
• § 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os
patrimônios, caracterizada por:

• I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-


versa;
• II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor
proporcionalmente insignificante; e
• III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.

• § 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das


obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.

• § 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput
deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.

• § 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original


da atividade econômica específica da pessoa jurídica.
5 – Lei 10.406/2002 – Código Civil
• Art. 980-A.

• (...)

• § 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual


de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o
patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude.
CLT – DL 5.452/1943
• DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

• Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da


personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 -
Código de Processo Civil.

• § 1o Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:


• I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1o do art. 893 desta
Consolidação;
• II - na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do
juízo;
• III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no
tribunal.

• § 2o A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de


urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015

(Código de Processo Civil)


Lei 13.105/2015 – Código de Processo Civil
• DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

• Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido


da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.

• § 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos


previstos em lei.
• § 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da
personalidade jurídica.

• Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.

• § 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as


anotações devidas.
• § 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for
requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
Lei 13.105/2015 – Código de Processo Civil

• § 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.


• § 4º O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos
para desconsideração da personalidade jurídica.

• Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e
requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

• Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão
interlocutória.
• Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.

• Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida


em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.
II – MP 905/2019 (CONTRATO
VERDE E AMARELO) de
11/11/2019

MP revogada pela MP 955/2020 de 20/04/2020


II – MP 905/2019 de 11/11/2019 REVOGADA
pela MP 955/2020 de 20/04/2020
• ACIDENTE DE TRABALHO

• A MP 905/2019 havia revogado a alínea “d” do inciso IV do art. 21 da Lei 8.213/1991, que
prevê que os acidentes no trajeto do empregado da residência para o trabalho, e para o seu
retorno, se equiparam aos acidentes de trabalho. Com a revogação da MP 905, o acidente de
trajeto volta a conta como acidente de trabalho.

• Art 21, IV,”d”, in verbis:

“Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
(...)
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
(...)
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.” (grifo nosso)

Obs.: MP 905/2019 vigência de 12/11/2019 a 20/04/2020


II – MP 905/2019 de 11/11/2019 REVOGADA
pela MP 955/2020 de 20/04/2020
• TRABALHO AOS DOMINGOS e FERIADOS

• A MP 905/2019 alterou a CLT concedendo autorização para o trabalho aos domingos e


feriados para todas as empresas, independentemente da atividade econômica (arts. 67 e 68 da
CLT).

• Como o texto da MP foi revogado, voltou a valer o texto anterior, assim, somente possuem
autorização para trabalharem aos domingos e feriados as empresas de atividades econômicas
que estão listadas no decreto 27.048/49 e na Portaria ME 604/2019 –Exemplos: Comércio,
hospitais, clínicas, feiras-livres, casas de diversão, hotéis, agências de turismo, postos de
combustíveis, serviços de transporte (aéreo, marítimo e rodoviário, etc), empresas de
comunicação, teatros, serviços funerários, alguns serviços ligados à agricultura e pecuária.

• Observação: O trabalho em feriados no comércio demanda autorização em convenção coletiva


de trabalho, observada ainda a legislação municipal(art. 69-A da Lei 10.101/2000).
II – MP 905/2019 de 11/11/2019 REVOGADA
pela MP 955/2020 de 20/04/2020
• Artigos 67 e 68 da CLT, in verbis:

“Art.67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço,
deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos
teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro
sujeito à fiscalização.

Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à
permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.

Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua
natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do
Trabalho, Industria e Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos
demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual,
de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias.”
II – MP 905/2019 de 11/11/2019 REVOGADA
pela MP 955/2020 de 20/04/2020
• MULTAS ADMINISTRATIVAS

• A MP 905/2019 havia padronizado as multas administrativas, criando o art. 634-A para o


enquadramento dos valores a serem aplicados em caso de autuação.

• Com a revogação da MP 905/2019, voltam os valores das multas aplicadas anteriormente.


Exemplo: Art.47 da CLT, R$ 3,000,00 por empregado não registrado ou R$ 800,00 se for
micro ou pequena empresa.

“Art.
634 - Na falta de disposição especial, a imposição das multas incumbe às autoridades regionais
competentes em matéria de trabalho, na forma estabelecida por este Título.

§ 1o A aplicação da multa não eximirá o infrator da responsabilidade em que incorrer por infração
das leis penais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2o Os valores das multas administrativas expressos em moeda corrente serão reajustados


anualmente pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, ou pelo índice que
vier a substituí-lo.”
II – MP 905/2019 de 11/11/2019 REVOGADA
pela MP 955/2020 de 20/04/2020
• EXTINÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – MULTA ADICIONAL DO FGTS

• Embora a extinção da Contribuição Social estivesse prevista na MP 905/2019, sua extinção


permanecerá válida, pois posteriormente, o art.12 da Lei 13.932/2019, também trouxe a
extinção a partir de 01 de janeiro de 2020.

• Assim, a Contribuição Social (multa adicional de 10% do FGTS em caso de rescisão sem justa
causa com iniciativa do empregador) continua extinta.

• Art.12 da Lei 13.932/2019, in verbis:

“Art. 12. A partir de 1º de janeiro de 2020, fica extinta a contribuição social instituída por meio do
art. 1º da Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001.
III – MP 1045/2021 de
27/04/2021

(Institui o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da


Renda e dispõe sobre medidas complementares para o enfrentamento
das consequências da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do coronavírus (covid-19) no âmbito das
relações de trabalho).
III – MP 1.045 de 27/04/2021

• Da instituição, dos objetivos e das medidas do Novo Programa Emergencial


• de Manutenção do Emprego e da Renda

• Art. 2º Fica instituído o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e


da Renda, pelo prazo de cento e vinte dias, contado da data de publicação desta
Medida Provisória, com os seguintes objetivos:

• I - preservar o emprego e a renda;

• II - garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e

• III - reduzir o impacto social decorrente das consequências da emergência de saúde


pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19).
III – MP 1.045 de 27/04/2021

• Art. 3º São medidas do Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da


Renda:

• I - o pagamento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda;

• II - a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e

• III - a suspensão temporária do contrato de trabalho.

• Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

• I - no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:


• a) aos órgãos da administração pública direta e indireta; e

• b) às empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive às suas


subsidiárias; e

• II - aos organismos internacionais.


III – MP 1.045/2021 de 27/04/2021
• Art. 4º Compete ao Ministério da Economia coordenar, executar, monitorar e avaliar o
Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e editar normas
complementares necessárias à sua execução.

• Do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda

• Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, a


ser pago nas seguintes hipóteses:

• I - redução proporcional de jornada de trabalho e de salário; e

• II - suspensão temporária do contrato de trabalho.

• § 1º O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será custeado


com recursos da União.

• § 2º O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será de


prestação mensal e devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e
do salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho, observadas as seguintes
disposições:
III – MP 1.045/2021 de 27/04/2021

I - o empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de trabalho e


do salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, no prazo de dez dias,
contado da data da celebração do acordo;

II - a primeira parcela será paga no prazo de trinta dias, contado da data da celebração do
acordo, desde que a celebração do acordo seja informada no prazo a que se refere o
inciso I deste parágrafo; e

III - o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será pago


exclusivamente enquanto durar a redução da jornada de trabalho e do salário ou a
suspensão temporária do contrato de trabalho.

§ 3º Caso a informação de que trata o inciso I do § 2º não seja prestada no prazo previsto
no referido dispositivo:

I - o empregador ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à


redução da jornada de trabalho e do salário ou à suspensão temporária do contrato de
trabalho do empregado, inclusive dos respectivos encargos sociais e trabalhistas, até que
a informação seja prestada;
III – MP 1.045/2021 de 27/04/2021

II - a data de início do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda


será estabelecida na data em que a informação tenha sido efetivamente prestada, e o
benefício será devido pelo restante do período pactuado; e

III - a primeira parcela, observado o disposto no inciso II deste parágrafo, será paga no
prazo de trinta dias, contado da data em que a informação tiver sido efetivamente
prestada.

§ 4º Ato do Ministério da Economia disciplinará a forma de:

I - transmissão das informações e das comunicações pelo empregador;


II - concessão e pagamento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda; e

III - interposição de recurso contra as decisões proferidas em relação ao Benefício


Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
III – MP 1.045/2021 de 27/04/2021
rejeitada pelo Senado Federal
§ 5º As notificações e as comunicações referentes ao Benefício Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda poderão ser realizadas exclusivamente por meio
digital, mediante ciência do interessado, cadastramento em sistema próprio e utilização de
certificado digital ICP-Brasil ou uso de login e senha, conforme estabelecido em ato do
Ministério da Economia.

§ 6º O recebimento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda


não impedirá a concessão e não alterará o valor do seguro-desemprego a que o
empregado vier a ter direito, desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 7.998,
de 11 de janeiro de 1990, no momento de eventual dispensa.

§ 7º O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será


operacionalizado e pago pelo Ministério da Economia.

Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda terá


como base de cálculo o valor da parcela do seguro-desemprego a que o empregado teria
direito, nos termos do disposto no art. 5º da Lei nº 7.998, de 1990, observadas as
seguintes disposições:

I - na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado com a


aplicação do percentual da redução sobre a base de cálculo; e
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• II - na hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor mensal:

• a) equivalente a cem por cento do valor do seguro-desemprego a que o empregado teria


direito, na hipótese prevista no caput do art. 8º; ou

• b) equivalente a setenta por cento do valor do seguro-desemprego a que o empregado teria


direito, na hipótese prevista no § 6º do art. 8º.

• § 1º O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será pago ao


empregado independentemente do:

• I - cumprimento de qualquer período aquisitivo;


• II - tempo de vínculo empregatício; e
• III - número de salários recebidos.

• § 2º O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda não será devido ao


empregado que esteja:

• I - ocupando cargo ou emprego público ou cargo em comissão de livre nomeação e


exoneração ou seja titular de mandato eletivo; ou
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• II - em gozo:

• a) de benefício de prestação continuada do Regime Geral de Previdência Social ou dos


regimes próprios de previdência social, ressalvado o disposto no parágrafo único do art.
124 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;

• b) do seguro-desemprego, em quaisquer de suas modalidades; ou

• c) do benefício de qualificação profissional de que trata o art. 2º-A da Lei nº 7.998, de


1990.

• § 3º O empregado com mais de um vínculo formal de emprego poderá receber


cumulativamente um Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda para
cada vínculo com redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou com
suspensão temporária do contrato de trabalho.

• § 4º Nos casos em que o cálculo do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e


da Renda resultar em valores decimais, o valor a ser pago deverá ser arredondado para a
unidade inteira imediatamente superior.
III – MP 1.045 de 27/04/2021

• § 5º O empregado com contrato de trabalho intermitente a que se refere o § 3º do art.


443 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1943, não faz jus ao Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

• Da redução proporcional de jornada de trabalho e de salário

• Art. 7º O empregador, durante o prazo previsto no art. 2º, poderá acordar a redução
proporcional de jornada de trabalho e de salário de seus empregados, de forma setorial,
departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até cento e vinte dias,
observados os seguintes requisitos:

• I - preservação do valor do salário-hora de trabalho;

• II - pactuação, conforme o disposto nos art. 11 e art. 12, por convenção coletiva de
trabalho, acordo coletivo de trabalho ou acordo individual escrito entre empregador e
empregado; e
III – MP 1.045 de 27/04/2021

• III - na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, o encaminhamento da


proposta de acordo ao empregado deverá ser feito com antecedência de, no mínimo,
dois dias corridos, e a redução da jornada de trabalho e do salário somente poderá ser
feita com os seguintes percentuais:

• a) vinte e cinco por cento;


• b) cinquenta por cento; ou
• c) setenta por cento.

• § 1º A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão restabelecidos no prazo


de dois dias corridos, contado da:

• I - data estabelecida como termo de encerramento do período de redução pactuado; ou


• II - data de comunicação do empregador que informe, ao empregado, a sua decisão de
antecipar o fim do período de redução pactuado.

• § 2º O Poder Executivo, observadas as disponibilidades orçamentárias, poderá


prorrogar o prazo previsto no art. 2º para o Novo Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda e o prazo máximo de redução proporcional de jornada de
trabalho e de salário de que trata este artigo, na forma prevista em regulamento.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• § 3º O termo final do acordo de redução proporcional de jornada e de salário não poderá
ultrapassar o último dia do período estabelecido no art. 2º, exceto na hipótese de prorrogação
do prazo prevista no § 2º.

• Da suspensão temporária do contrato de trabalho

• Art. 8º O empregador, durante o prazo previsto no art. 2º, poderá acordar a suspensão
temporária do contrato de trabalho de seus empregados, de forma setorial, departamental,
parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até cento e vinte dias.

• § 1º A suspensão temporária do contrato de trabalho será pactuada, conforme o disposto nos


art. 11 e art. 12, por convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho ou acordo
individual escrito entre empregador e empregado.

• § 2º Na hipótese de acordo individual escrito entre empregador e empregado, a proposta


deverá ser encaminhada ao empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos.

• § 3º O empregado, durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho:


III – MP 1.045 de 27/04/2021
• I - fará jus a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados; e

• II - ficará autorizado a recolher para o Regime Geral de Previdência Social na qualidade de


segurado facultativo.

• § 4º O contrato de trabalho será restabelecido no prazo de dois dias corridos, contado da:

• I - data estabelecida como termo de encerramento do período de suspensão pactuado; ou

• II - data de comunicação do empregador que informe, ao empregado, a sua decisão de antecipar


o fim do período de suspensão pactuado.

• § 5º Se, durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho, o empregado


mantiver as atividades de trabalho, ainda que parcialmente, por meio de teletrabalho, trabalho
remoto ou trabalho a distância, ficará descaracterizada a suspensão temporária do contrato de
trabalho, e o empregador estará sujeito:

• I - ao pagamento imediato da remuneração e dos encargos sociais referentes a todo o período;


III – MP 1.045 de 27/04/2021
• II - às penalidades previstas na legislação; e

• III - às sanções previstas em convenção ou em acordo coletivo.

• § 6º A empresa que tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta superior a R$


4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) somente poderá suspender o contrato
de trabalho de seus empregados mediante o pagamento de ajuda compensatória mensal
no valor de trinta por cento do valor do salário do empregado, durante o período de
suspensão temporária do contrato de trabalho pactuado, observado o disposto neste artigo
e no art. 9º.

• § 7º O Poder Executivo, observadas as disponibilidades orçamentárias, poderá prorrogar o


prazo previsto no art. 2º para o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e
da Renda e o prazo máximo de suspensão temporária do contrato de trabalho de que trata
este artigo, na forma prevista em regulamento.

• § 8º O termo final do acordo de suspensão temporária de contrato de trabalho não poderá


ultrapassar o último dia do período estabelecido no art. 2º, exceto na hipótese de
prorrogação do prazo prevista no § 7º.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• Das disposições comuns às medidas do Novo Programa Emergencial
• de Manutenção do Emprego e da Renda

• Art. 9º O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda poderá ser


acumulado com o pagamento, pelo empregador, de ajuda compensatória mensal, em
decorrência da redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou da suspensão
temporária de contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória.

• § 1º A ajuda compensatória mensal de que trata o caput:

• I - deverá ter o valor definido em negociação coletiva ou no acordo individual escrito


pactuado;

• II - terá natureza indenizatória;

• III - não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na fonte ou da
declaração de ajuste anual do imposto sobre a renda da pessoa física do empregado;

• IV - não integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e dos demais tributos


incidentes sobre a folha de salários;
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• V - não integrará a base de cálculo do valor dos depósitos no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS, instituído pela Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e de que
trata a Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015; e

• VI - poderá ser considerada despesa operacional dedutível na determinação do lucro real


e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL das pessoas
jurídicas tributadas pelo lucro real.

• § 2º Na hipótese de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, a ajuda


compensatória prevista no caput não integrará o salário devido pelo empregador e
observará o disposto no § 1º.

• Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado que receber o
Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, de que trata o art. 5º, em
decorrência da redução da jornada de trabalho e do salário ou da suspensão temporária
do contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória, nos seguintes termos:

• I - durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e do salário ou de


suspensão temporária do contrato de trabalho;
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• II - após o restabelecimento da jornada de trabalho e do salário ou do encerramento da
suspensão temporária do contrato de trabalho, por período equivalente ao acordado
para a redução ou a suspensão; e

• III - no caso da empregada gestante, por período equivalente ao acordado para a


redução da jornada de trabalho e do salário ou para a suspensão temporária do contrato
de trabalho, contado da data do término do período da garantia estabelecida na alínea
"b" do inciso II do caput do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

• § 1º A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o período de garantia provisória
no emprego previsto de que trata o caput sujeitará o empregador ao pagamento, além
das parcelas rescisórias previstas na legislação, de indenização no valor de:

• I - cinquenta por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual
ou superior a vinte e cinco por cento e inferior a cinquenta por cento;

• II - setenta e cinco por cento do salário a que o empregado teria direito no período de
garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de
salário igual ou superior a cinquenta por cento e inferior a setenta por cento; e
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• III - cem por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho e de salário em
percentual igual ou superior a setenta por cento ou de suspensão temporária do contrato
de trabalho.

• § 2º Os prazos da garantia provisória no emprego decorrente dos acordos de redução


proporcional de jornada e de salário ou de suspensão de contrato de trabalho de que trata
o art. 10 da Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020, ficarão suspensos durante o recebimento
do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e somente retomarão
a sua contagem após o encerramento do período da garantia de emprego de que trata
este artigo.

• § 3º O disposto neste artigo não se aplica às hipóteses de pedido de demissão, extinção


do contrato de trabalho por acordo nos termos do disposto no art. 484-A da Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, ou dispensa por justa
causa do empregado.

• Art. 11. As medidas de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou de


suspensão temporária do contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória
poderão ser celebradas por meio de negociação coletiva, observado o disposto no § 1º e
nos art. 7º e art. 8º.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• § 1º A convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho poderão estabelecer redução
de jornada de trabalho e de salário em percentuais diversos daqueles previstos no inciso
III do caput do art. 7º.

• § 2º Na hipótese prevista no § 1º, o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e


da Renda, de que tratam os art. 5º e art. 6º, será devido nos seguintes termos:

• I - sem percepção do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda para


a redução de jornada e de salário inferior a vinte e cinco por cento;

• II - no valor de vinte e cinco por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a
redução de jornada e de salário igual ou superior a vinte e cinco por cento e inferior a
cinquenta por cento;

• III - no valor de cinquenta por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a
redução de jornada e de salário igual ou superior a cinquenta por cento e inferior a setenta
por cento; e

• IV - no valor de setenta por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a
redução de jornada e de salário igual ou superior a setenta por cento.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• Art. 12. As medidas de que trata o art. 3º serão implementadas por meio de acordo
individual escrito ou de negociação coletiva aos empregados:

• I - com salário igual ou inferior a R$ 3.300,00 (três mil e trezentos reais); ou

• II - com diploma de nível superior que percebam salário mensal igual ou superior a duas
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

• § 1º Para os empregados que não se enquadrem no disposto no caput, as medidas de


que trata o art. 3º somente poderão ser estabelecidas por convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, exceto nas seguintes hipóteses, nas quais se admite a pactuação por
acordo individual escrito:

• I - redução proporcional de jornada de trabalho e de salário de vinte e cinco por cento, de


que trata a alínea "a" do inciso III do caput do art. 7º; ou

• II - redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do


contrato de trabalho quando do acordo não resultar diminuição do valor total recebido
mensalmente pelo empregado, incluídos neste valor o Benefício Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda, a ajuda compensatória mensal e, em caso de
redução da jornada, o salário pago pelo empregador em razão das horas trabalhadas pelo
empregado.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• § 2º Para os empregados que se encontrem em gozo do benefício de aposentadoria, a
implementação das medidas de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário
ou suspensão temporária do contrato de trabalho por acordo individual escrito somente
será admitida quando, além do enquadramento em alguma das hipóteses de autorização
do acordo individual de trabalho previstas no caput ou no § 1º, houver o pagamento, pelo
empregador, de ajuda compensatória mensal, observados o disposto no art. 9º e as
seguintes condições:

• I - o valor da ajuda compensatória mensal a que se refere este parágrafo deverá ser, no
mínimo, equivalente ao do benefício que o empregado receberia se não houvesse a
vedação prevista na alínea "a" do inciso II do § 2º do art. 6º; e

• II - na hipótese de empresa que se enquadre no disposto no § 5º do art. 8º, o total pago a


título de ajuda compensatória mensal deverá ser, no mínimo, igual à soma do valor
previsto naquele dispositivo com o valor mínimo previsto no inciso I deste parágrafo.

• § 3º Os atos necessários à pactuação dos acordos individuais escritos de que trata este
artigo poderão ser realizados por meios físicos ou eletrônicos.

• § 4º Os acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou de


suspensão temporária do contrato de trabalho, pactuados nos termos do disposto nesta
Medida Provisória, deverão ser comunicados pelos empregadores ao sindicato da
categoria profissional no prazo de dez dias corridos, contado da data de sua celebração.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• § 5º Se, após a pactuação de acordo individual na forma prevista neste artigo, houver a
celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho com cláusulas
conflitantes com as do acordo individual, deverão ser observadas as seguintes regras:

• I - a aplicação das condições estabelecidas no acordo individual em relação ao período


anterior ao da negociação coletiva; e

• II - a partir da data de entrada em vigor da convenção coletiva ou do acordo coletivo de


trabalho, a prevalência das condições estipuladas na negociação coletiva, naquilo em que
conflitarem com as condições estabelecidas no acordo individual.

• § 6º Quando as condições do acordo individual forem mais favoráveis ao trabalhador,


estas prevalecerão sobre a negociação coletiva.

• Art. 13. A empregada gestante, inclusive a doméstica, poderá participar do Novo


Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, observadas as
condições estabelecidas nesta Medida Provisória.

• § 1º Ocorrido o evento caracterizador do início do benefício de salário-maternidade, nos


termos do disposto no art. 71 da Lei nº 8.213, de 1991:
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• I - o empregador deverá efetuar a comunicação imediata ao Ministério da Economia nos
termos estabelecidos no ato de que trata o § 4º do art. 5º;

• II - a aplicação das medidas de que trata o art. 3º será interrompida; e

• III - o salário-maternidade será pago à empregada nos termos do disposto no art. 72 da


Lei nº 8.213, de 1991, e à empregada doméstica nos termos do disposto no inciso I do
caput do art. 73 da referida Lei, de forma a considerá-lo como remuneração integral ou
como último salário de contribuição os valores a que teriam direito sem a aplicação das
medidas previstas nos incisos II e III do caput do art. 3º.

• § 2º O disposto neste artigo aplica-se ao segurado ou à segurada da previdência social


que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção, observado o disposto no art. 71-
A da Lei nº 8.213, de 1991, hipótese em que o salário-maternidade será pago diretamente
pela previdência social.

• Art. 14. A redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou a suspensão


temporária do contrato de trabalho, quando adotada, deverá resguardar o exercício e o
funcionamento dos serviços públicos e das atividades essenciais de que tratam a Lei nº
7.783, de 28 de junho de 1989.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• Art. 15. As irregularidades constatadas pela Auditoria-Fiscal do Trabalho quanto aos
acordos de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão
temporária do contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória sujeitam os infratores
à multa prevista no art. 25 da Lei nº 7.998, de 1990.

• Parágrafo único. O processo de fiscalização, de notificação, de autuação e de imposição de


multas decorrente das disposições desta Medida Provisória observará o disposto no Título
VII da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943,
hipótese em que não se aplica o critério da dupla visita.

• Art. 16. O disposto neste Capítulo aplica-se apenas aos contratos de trabalho já celebrados
até a data de publicação desta Medida Provisória, conforme estabelecido em ato do
Ministério da Economia.

• Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se aos contratos de trabalho de aprendizagem


e de jornada parcial.

• Art. 17. O trabalhador que receber indevidamente parcela do Benefício Emergencial de


Manutenção do Emprego e da Renda estará sujeito à compensação automática com
eventuais parcelas devidas de Benefício Emergencial referentes ao mesmo acordo ou a
acordos diversos ou com futuras parcelas de abono salarial de que trata a Lei nº 7.998, de
1990, ou de seguro-desemprego a que tiver direito, na forma prevista no art. 25-A da Lei nº
7.998, de 1990, conforme estabelecido em ato do Ministério da Economia.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• Art. 18. O tempo máximo de redução proporcional de jornada e de salário e de
suspensão temporária do contrato de trabalho, ainda que sucessivos, não poderá ser
superior a cento e vinte dias, exceto se, por ato do Poder Executivo, for estabelecida
prorrogação do tempo máximo dessas medidas ou dos prazos determinados para
cada uma delas, observado o disposto no § 3º do art. 7º e no § 8º do art. 8º.

• DISPOSIÇÕES FINAIS

• Art. 19. Empregador e empregado poderão, em comum acordo, optar pelo


cancelamento de aviso prévio em curso.

• Parágrafo único. Na hipótese de cancelamento do aviso prévio na forma prevista no


caput, as partes poderão adotar as medidas estabelecidas por esta Medida
Provisória.

• Art. 20. O disposto no art. 486 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, não se aplica na hipótese de paralisação ou
suspensão de atividades empresariais determinada por ato de autoridade municipal,
distrital, estadual ou federal para o enfrentamento da emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19).
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• Art. 21. Durante o período de cento e oitenta dias, contado da data de entrada em
vigor desta Medida Provisória, os prazos processuais para apresentação de defesa e
recurso no âmbito de processos administrativos originados a partir de autos de
infração trabalhistas e notificações de débito de FGTS, e os respectivos prazos
prescricionais, ficam suspensos.

• Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos processos administrativos


que tramitam em meio eletrônico.

• Art. 22. Fica dispensada a licitação para contratação da Caixa Econômica Federal e
do Banco do Brasil S.A. para a operacionalização do pagamento do Benefício
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda de que trata o art. 5º.

• Art. 23. O beneficiário poderá receber o benefício emergencial de que trata o art. 5º
na instituição financeira em que possuir conta poupança ou conta de depósito à vista,
exceto conta-salário, desde que autorize o empregador a informar os seus dados
bancários quando prestadas as informações de que trata o inciso I do § 2º do art. 5º.
III – MP 1.045 de 27/04/2021
• § 1º Na hipótese de não validação ou de rejeição do crédito na conta indicada,
inclusive pelas instituições financeiras destinatárias das transferências, ou na
ausência da indicação de que trata o caput, a Caixa Econômica Federal e o Banco
do Brasil S.A. poderão utilizar outra conta poupança de titularidade do beneficiário,
identificada por meio de processo de levantamento e conferência da coincidência de
dados cadastrais para o pagamento do benefício emergencial.

• § 2º Na hipótese de não ser localizada conta poupança de titularidade do beneficiário


na forma prevista no § 1º, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil S.A.
poderão realizar o pagamento do benefício emergencial por meio de conta digital, de
abertura automática, em nome do beneficiário, com as seguintes características:

• I - dispensa de apresentação de documentos pelo beneficiário;

• II - isenção de cobrança de tarifas de manutenção;

• III - direito a, no mínimo, três transferências eletrônicas de valores e a um saque ao


mês, sem custos, para conta mantida em instituição autorizada a operar pelo Banco
Central do Brasil; e

• IV - vedação de emissão de cheque.


III – MP 1.045 de 27/04/2021

• § 3º É vedado às instituições financeiras, independentemente da modalidade de


conta utilizada para pagamento do benefício emergencial de que trata o art. 5º,
efetuar descontos, compensações ou pagamentos de débitos de qualquer natureza,
mesmo a pretexto de recompor saldo negativo ou de saldar dívidas preexistentes,
que impliquem a redução do valor do benefício.

• § 4º Os recursos relativos ao benefício emergencial de que trata o art. 5º, creditados


nos termos do disposto no § 2º, não movimentados no prazo de cento e oitenta dias,
contado da data do depósito, retornarão para a União.

• Art. 24. O Secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia


editará atos complementares para a execução do disposto nos art. 22 e art. 23.
IV - Contrato Individual de Trabalho
Como é Como fica
• Art. 443. O contrato individual de • Art. 443. O contrato individual de trabalho
trabalho poderá ser acordado tácita ou poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por expressamente, verbalmente ou por escrito
escrito e por prazo determinado ou e por prazo determinado ou indeterminado
indeterminado. ou para prestação de trabalho intermitente.
• §1º. Considera-se como de prazo
determinado o contrato de trabalho • §1º. (...)
cuja vigência dependa de termo
prefixado ou da execução de serviços
• §2º. (...)
especificados ou ainda da realização
de certo acontecimento suscetível de
previsão aproximada. • §3º. Considera-se como intermitente o
• §2º. O contrato por prazo contrato de trabalho no qual a prestação de
determinado só será válido em se serviços, com subordinação, não é
tratando de: contínua, ocorrendo com alternância de
• a) de serviço cuja natureza ou períodos de prestação de serviços e
transitoriedade justifique a inatividade, determinados em horas, dias ou
predeterminação do prazo; meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador,
• b) de atividades empresariais de exceto para os aeronautas, regidos por
caráter transitório;
legislação própria.
• c) de contrato de experiência.
IV - Contrato Intermitente
Como fica
• Art. 452-A – O contrato de trabalho • §4º. Aceita a oferta para o
intermitente deve ser celebrado por comparecimento ao trabalho, a parte que
escrito e deve conter especificamente o descumprir, sem justo motivo, pagará à
valor da hora de trabalho, que não pode outra parte, no prazo de trinta dias, multa
ser inferior ao valor horário do salário de 50% (cinquenta por cento) da
mínimo ou àquele devido aos demais remuneração que seria devida, permitida a
empregados do estabelecimento que compensação em igual prazo.
exerçam a mesma função em contrato • §5º. O período de inatividade não será
intermitente ou não. considerado tempo à disposição do
• §1º. O empregador convocará, por empregador, podendo o trabalhador
qualquer meio de comunicação eficaz, prestar serviços a outros contratantes.
para a prestação de serviços, informando • §6º. Ao final de cada período de prestação
qual será a jornada, com, pelo menos, de serviço, o empregado receberá o
três dias corridos de antecedência. pagamento imediato das seguintes
• §2º. Recebida a convocação, o parcelas:
empregado terá o prazo de um dia útil • I – remuneração;
para responder ao chamado, presumindo- • II – férias proporcionais com acréscimo de
se no silencia, a recusa.
um terço;
• §3º. A recusa de oferta não • III – décimo terceiro salário proporcional;
descaracteriza a subordinação para fins
• IV – repouso semanal remunerado;
do contrato de trabalho intermitente.
• V – adicionais legais.
IV - Contrato Intermitente
Como fica

• §7º. O recibo de pagamento deverá


conter a discriminação dos valores pagos
relativos a cada uma das parcelas
referidas no §6º deste artigo.
• §8º. O empregador efetuará o
recolhimento da contribuição
previdenciária e o depósito do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço, na forma
da lei, com base nos valores pagos no
período mensal e fornecerá ao
empregado comprovante do cumprimento
dessas obrigações.
• §9º. A cada doze meses, o empregado
adquire direito a usufruir, nos doze meses
subsequentes, um mês de férias, período
no qual não poderá ser convocado para
prestar serviços pelo mesmo
empregador.
V - TELETRABALHO (HOME OFFICE)

Contratação de Empregado Home Office

Cap. II-A Do Teletrabalho (art. 75-A a 75-E da CLT pós Reforma)- Alterado pela
MP 1108 de 2022.

Este tema há muito vinha sendo abordado pela Doutrina e Jurisprudência


nacionais, ou seja, o trabalho à distância (teletrabalho, home office ou anywhere
office), como elemento revelador da subordinação, ínsita à relação de emprego.
Conforme enunciado da referida lei, seu objetivo é o de "equiparar os efeitos
jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à
exercida por meios pessoais e diretos".

Assim, a Lei 12.551/11, alterou o artigo 6º da CLT, in verbis:

"Art. 6º. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no
domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos
da relação de emprego.
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se
equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle
e supervisão do trabalho alheio."
• Assim diz o artigo 75-B da CLT (incluído pela Lei 13467/17): “Considera-se
teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das dependências do
empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias de
informação e de comunicação, que, por sua natureza, não se configurem como
trabalho externo.

§1º. O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do


empregador para a realização de atividades específicas, que exijam a presença do
empregado no estabelecimento, não descaracteriza o regime de teletrabalho
ou trabalho remoto.
§2º. O empregado submetido ao regime de teletrabalho ou trabalho remoto poderá
prestar serviços por jornada ou por produção ou tarefa.

§3º. Na hipótese da prestação de serviços em regime de teletrabalho ou trabalho


remoto por produção ou tarefa, não se aplicará o disposto no Capítulo II do
Título II desta Consolidação.
§4º. O regime de teletrabalho ou trabalho remoto não se confunde e nem se
equipara à ocupação de operador de telemarketing ou de teleatendimento.

§5º. O tempo de uso de equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessária, e


de softwares, de ferramentais digitais ou de aplicações de internet
utilizados para o teletrabalho, fora da jornada de trabalho normal do empregado não
constitui tempo à disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto
se houver previsão em acordo individual ou em acordo ou convenção coletiva
de trabalho.
§6º. Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho ou de trabalho remoto para
estagiários e aprendizes.
§7º. Aos empregados em regime de teletrabalho aplicam-se as disposições previstas na
legislação local e nas convenções e acordos coletivos de trabalho relativas à
base territorial do estabelecimento de lotação do empregado.
§8º. Ao contrato de trabalho do empregado admitido no Brasil que optar pela realização de
teletrabalho fora do território nacional, aplica-se a legislação brasileira, excetuadas as disposições
constantes na Lei nº 7.064, de 6 de dezembro 1982, salvo disposição em contrário estipulada
entre as partes.
•§9º. Acordo individual poderá dispor sobre os horários e os meios de comunicação entre
empregado e empregador, desde que assegurados os repousos legais.

Art. 75-C. A prestação de serviço na modalidade de teletrabalho ou trabalho remoto deverá


constar expressamente do contrato individual de trabalho.

§1º. Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja
mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.

§2º. Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por
determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo contratual.

§3º. O empregador não será responsável pelas despesas resultantes do retorno ao trabalho
presencial, na hipóteses do empregado optar pela realização do teletrabalho ou trabalho
remoto fora da localidade prevista no contrato, salvo disposição em contrário estipulada entre
as partes.
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção
ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura
necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao
reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em
contrato escrito.

Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não


integram a remuneração do empregado.”

Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e


ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes
de trabalho.

Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade


comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.

Art. 75-F. Os empregadores deverão conferir prioridade aos empregados com


deficiência e aos empregados e empregadas com filhos ou criança sob guarda
judicial até quatro anos de4 idade na alocação em vagas para atividades que
possam ser efetuadas por meio do teletrabalho ou trabalho remoto.
VI - FÉRIAS
Férias – Remuneração e Terço Constitucional – artigos 129 a 153 da
CLT

• Conceito: Férias são o período do contrato de trabalho em que o


empregado não presta serviços, mas aufere remuneração do
empregador, após ter adquirido o direito no decurso de 12 meses.
[1]
Período aquisitivo: O direito às férias é adquirido após cada
período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho do
empregado.
De acordo com o artigo 130, da CLT, os dias de férias são
corridos:
Nº. de faltas injustificadas Período de gozo de férias
no período aquisitivo

Até 5 30 dias corridos


De 06 a 14 24 dias corridos
De 15 a 23 18 dias corridos
De 24 a 32 12 dias corridos

Acima de 32 faltas, o empregado não tem direito a férias.

• -Art. 130-A - Revogado (tratava das férias por tempo parcial).

• [1] MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 26 ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.
• O art. 131, da CLT, estabelece as hipóteses em que não se
considera a falta para efeito da concessão de férias:

nos casos referidos no art. 473 (até 2 (dois) dias consecutivos, em


caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente,
irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e
previdência social, viva sob sua dependência econômica; até 3
(três) dias consecutivos, em virtude de casamento; por cinco
dias, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira
semana; por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em
caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada; até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de
se alistar eleitor; no período de tempo em que tiver de cumprir as
exigências do Serviço Militar; nos dias em que estiver
comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior; pelo tempo que
se fizer necessário; quando tiver que comparecer a juízo; pelo
tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de
representante de entidade sindical, estiver participando de
reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja
membro.

• durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de


maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção
do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;
• por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese
do inciso IV do art. 133, da CLT (tiver percebido da Previdência
Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença
por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos);

• justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver


determinado o desconto do correspondente salário;

• durante a suspensão preventiva para responder a inquérito


administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado
ou absolvido; e

• nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do


inciso III do art. 133 (deixar de trabalhar, com percepção do
salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação
parcial ou total dos serviços da empresa).
Perda do direito a férias – Art. 133 da CLT:

• deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 dias


subseqüentes a sua saída;

• permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por


mais de 30 dias;

• deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de 30 dias,


em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa
(a empresa, neste caso, deverá comunicar ao órgão local do
Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as
datas de início e fim da paralisação total ou parcial da empresa, e,
em igual prazo, comunicar, nos mesmos termos, ao sindicato da
categoria profissional, bem como afixar avisos nos respectivos
locais de trabalho, consoante o §3º do art. 133 da CLT).

• tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de


trabalho ou de auxílio-doença por mais de seis meses, ainda que
descontínuos (trata-se de exceção à regra do inciso III do art. 131
da CLT).
Férias
Como é Como fica

• Art. 134. As férias serão concedidas • Art. 134. (...)


por ato do empregador, em um só
período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o
empregado tiver adquirido o direito.

• §1º. Somente em casos excepcionais • §1º. Desde que haja concordância do


serão as férias concedidas em 2 (dois) empregado, as férias poderão ser
períodos, um dos quais não poderá usufruídas em até três períodos, sendo
que um deles não poderá ser inferior a
ser inferior a 10 (dez) dias corridos. quatorze dias corridos e os demais não
poderão ser inferiores a cinco dias
corridos, cada um.
• §2º. Aos menores de 18 (dezoito)
anos e aos maiores de 50 (cinquenta)
• § 2º. Revogado.
anos de idade, as férias serão sempre
concedidas de uma só vez.

• §3º. É vedado o início das férias no


período de dois dias que antecede feriado
ou dia de repouso semanal remunerado.
• Férias coletivas: art. 139, CLT - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os
empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da
empresa.

• Remuneração e abono de férias: art. 142, CLT - o empregado perceberá, durante


as férias, a remuneração que lhe for devida na data de sua concessão. Receberá
também, um terço a mais do que o salário normal, denominado de terço
constitucional, conforme o art. 7º, inciso XVII, da Constituição Federal. O terço
constitucional é devido se as férias foram gozadas ou indenizadas. (Súmula 328, do
TST). O empregado poderá converter 1/3 de férias em abono pecuniário, no valor da
remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes (art. 143, da CLT).
VII - Intervalo Intrajornada
Como é Como fica

Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, • Art. 71. (...)


cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatório a concessão de um intervalo
para repouso e alimentação, o qual será,
no mínimo de 1(uma) horas, salvo
acordo escrito ou contrato coletivo em
contrário, não poderá exceder de 2(duas)
horas.

• §1º. (...)
§1º. Não excedendo de 6(seis) horas o
trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15(quinze) minutos quando a
duração ultrapassar 4(quatro) horas.

• §2º. (...)
§2º. Os intervalos de descanso não
serão computados na duração do
trabalho.
Intervalo Intrajornada
Como é Como fica
§3º. O limite mínimo de 1(uma) hora para • §3º. (...)
repouso ou refeição poderá ser reduzido
por ato do Ministro do Trabalho quando,
ouvida a Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho, se verificar que o
estabelecimento atende integralmente às
exigências concernentes à organização
dos refeitórios e quando os respectivos
empregados não estiverem sob regime
de trabalho prorrogado a horas
suplementares.
§4º. A não concessão ou a concessão
parcial do intervalo intrajornada mínimo
§4º. Quando o intervalo para repouso e para repouso e alimentação, a
alimentação, previsto empregados urbanos e rurais, implica o
neste artigo, não for concedido
pelo empregador, este ficará pagamento, de natureza indenizatória,
obrigado a remunerar o período apenas no período suprimido, com
correspondente com um acréscimo acréscimo de 50% (cinquenta por cento)
de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora
sobre o valor da remuneração da normal de trabalho.”
hora normal de trabalho.

§5º. (...) • §5º. (...)


VIII - CLT: JORNADA DE TRABALHO – Hora
Intinere
Como é Como fica
• Art. 58 - A duração normal do trabalho, • Art. 58. (...)
para os empregados em qualquer
atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não
seja fixado expressamente outro limite.

• § 1º - Não serão descontadas nem


computadas como jornada • §1. (...)
extraordinária as variações de horário
no registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.

• § 2º - O tempo despendido pelo • §2º. O tempo despendido pelo


empregado ate o local de trabalho e empregado desde a sua residência até
para o seu retorno, por qualquer meio a efetiva ocupação do posto de
de transporte, não será computado na trabalho e para o seu retorno,
jornada de trabalho, salvo quando,
tratando-se de local de dificil acesso ou caminhando ou por qualquer meio de
não servido por transporte publico, o transporte, inclusive o fornecido pelo
empregador fornecer a condução. empregador, não será computado na
jornada de trabalho, por não ser tempo
à disposição do empregador.
IX - CLT: JORNADA DE TRABALHO – Jornada
12x36
Como fica
Art. 59-A. Em exceção ao disposto Art. 59-B. O não atendimento das
no art. 59 desta Consolidação, é exigências legais para compensação
facultado às partes, mediante acordo de jornada, inclusive quando
individual escrito, convenção coletiva estabelecida mediante acordo tácito,
ou acordo coletivo de trabalho, não implica a repetição do
estabelecer horário de trabalho de pagamento das horas excedentes à
doze horas seguidas por trinta e seis jornada normal diária se não
horas ininterruptas de descanso, ultrapassada a duração máxima
observados ou indenizados os semanal, sendo devido apenas o
intervalos para repouso e respectivo adicional.
alimentação.

Parágrafo único. A remuneração Parágrafo único. A prestação de


mensal pactuada pelo horário horas extras habituais não
previsto no caput deste artigo descaracteriza o acordo de
abrange os pagamentos devidos pelo compensação de jornada e o banco
descanso semanal remunerado e de horas.
pelo descanso em feriados, e serão
considerados compensados os
feriados e as prorrogações de
trabalho noturno, quando houver, de
que tratam o art. 70 e o § 5º do art.
73 desta Consolidação.
CLT: JORNADA DE TRABALHO
Como é Como fica
Art. 60. Nas atividade insalubres, Art. 60. (...)
assim consideradas as constantes dos
quadros mencionados no capítulo “Da
Segurança e da Medicina do
Trabalho”, ou que neles venham, a ser
incluídos por ato do Ministro do
Trabalho, quaisquer prorrogações só
poderão ser acordadas mediante
licença prévia das autoridades
competentes em matéria de higiene do
trabalho, as quais, para esse efeito,
procederão aos necessários exames Parágrafo único. Excetuam-se da
locais e à verificação dos métodos e exigência de licença prévia as
processos de trabalho, quer jornadas de doze horas de trabalho
diretamente, quer por intermédio de por trinta e seis horas ininterruptas de
autoridades sanitárias federais, descanso.
estaduais e municipais, com quem
entrarão em entendimento para tal fim.

Art. 61. Ocorrendo necessidade Art. 61. (...)


imperiosa, poderá a duração do
trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a
motivo de força maior, seja para
atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução
possa acarretar prejuízo manifesto.
CLT: JORNADA DE TRABALHO
Como é Como fica
§1º. O excesso, nos casos deste §1º. O excesso, nos casos deste artigo,
artigo, poderá ser exigido pode ser exigido independentemente de
independentemente de acordo ou convenção ou acordo coletivo de trabalho.
contrato coletivo e deverá ser
comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à
autoridade competente em matéria de
trabalho, ou, antes desse prazo,
justificado no momento da fiscalização §2º. (...)
sem prejuízo dessa comunicação.
§3º. (...)
§2º. (...)
§3º. (...) Art 62. (...)

Art. 62. Não são abrangidos pelo I – (...)


regime previsto neste capítulo.

I – os empregados que exercem


atividades externa incompatível com a II – (...)
fixação de horário de trabalho,
devendo tal condição ser anotada na
Carteira de Trabalho e Previdência III – os empregados em regime de
Social e no registro de empregados; teletrabalho.
II – Os gerentes, assim considerados
os exercentes de cargos de gestão,
aos quais se equiparam, para efeito do
disposto neste artigo, os diretores e
chefes de departamento ou filial.
X - CLT: JORNADA DE TRABALHO – Tempo
Parcial
Como é Como fica
• § 3º - Poderão ser fixados, para as • § 3º - Revogado.
microempresas e empresas de
pequeno porte, por meio de acordo ou
convenção coletiva, em caso de • Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de
transporte fornecido pelo empregador, tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
em local de difícil acesso ou não trinta horas semanais, sem a possibilidade de
servido por transporte público, o horas suplementares semanais, ou, ainda,
tempo médio despendido pelo aquela cuja duração não exceda a vinte e seis
empregado, bem como a forma e a
natureza da remuneração. horas semanais, com possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares
semanais.
• Art. 58-A. Considera-se trabalho em
regime de tempo parcial aquele cuja
duração não exceda a vinte e cinco • §1º. (...)
horas semanais.
• §2º. (...)
• §1º - O salário a ser pago aos
empregados sob regime de tempo
parcial será proporcional à sua
jornada, em relação aos empregados • § 3º - As horas suplementares à duração do
que cumprem, nas mesmas funções, trabalho semanal normal serão pagas com o
tempo integral. acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o
salário-hora normal.
• §2º. (...)
CLT: JORNADA DE TRABALHO
Como fica
• § 4º_ Na hipótese de o contrato de • § 6º _ É facultado ao empregado
trabalho em regime de tempo parcial contratado sob o regime de tempo
ser estabelecido em número inferior a parcial converter um terço do período
vinte seis horas semanais, as horas de férias a que tiver direito em abono
suplementares a este quantitativo pecuniário.
serão consideradas horas extras para
fins do pagamento estipulado no §3º, • § 7º _ As férias do regime de tempo
estando também limitadas a seis parcial são regidas pelo disposto no
horas suplementares semanais.
art. 130 desta Consolidação.”

• § 5º _ As horas suplementares da
jornada de trabalho normal poderão
ser compensadas diretamente até a
semana imediatamente posterior à da
sua execução, devendo ser feita a sua
quitação na folha de pagamento do
mês subsequente, caso não sejam
compensadas.
CLT: JORNADA DE TRABALHO
Como é Como fica
• Art. 59. A duração normal do trabalho Art. 59 - A duração diária do trabalho
poderá ser acrescida de horas poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não extras, em número não excedente de
excedente de 2 (duas), mediante duas, por acordo individual,
acordo escrito entre empregador e convenção coletiva ou acordo
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
coletivo de trabalho.

• §1º _ Do acordo ou contrato de § 1º_ A remuneração da hora extra


coletivo de trabalho devera constar, será, pelo menos, 50% (cinquenta
obrigatoriamente, a importância da por cento) superior à da hora normal.
remuneração hora suplementar, que
será, pelo menos, 50% (cinquenta por
cento) superior a da hora normal.

• • §2º. (...)
§2º _ Poderá ser dispensado o
acréscimo de salário se, por força de
acordo ou convenção coletiva de
trabalho, o excesso de horas em um
dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro
dia, de maneira que não exceda, no
período máximo de um ano, à soma
das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o
limite máximo de dez horas diárias.
XI - CLT: JORNADA DE TRABALHO
Como é Como fica
• §3º. Na hipótese de rescisão do §3º. Na hipótese de rescisão do contrato de
contrato de trabalho sem que tenha trabalho sem que tenha havido a
havido a compensação integral da compensação integral da jornada
jornada extraordinária, na forma do extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste
artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento
paragrafo anterior, fara o trabalhador das horas extras não compensadas,
jus ao pagamento das horas extras calculadas sobre o valor da remuneração na
não compensadas, calculadas sobre o data da rescisão.
valor da remuneração na data da
rescisão.
§4º. Revogado.
• §4º. Os empregados sob o regime de
tempo parcial não poderão prestar
horas extras.
§5º. O banco de horas de que trata o §2º
deste artigo poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação
ocorra no período máximo de seis meses.

§6º. É lícito o regime de compensação de


jornada estabelecido por acordo individual,
tácito ou escrito, para a compensação no
mesmo mês.”
Relações de Trabalho

Autônomo: Não é empregado, não é aplicada a CLT! A relação de autônomo é


regida pelos arts. 593 a 609 do Código Civil, denominada contrato de
prestação de serviços. O autônomo presta serviços remunerados, por
conta própria, sem subordinação. Exemplo: advogado, representante
comercial, médico.

AUTÔNOMO

Como é Como Fica

Art.442-B. sem correspondente Art.442-B. A contratação do


autônomo, cumpridas por este todas as
formalidades legais, com ou sem
exclusividade, de forma contínua ou
não,
afasta a qualidade de empregado
prevista
no art. 3º desta Consolidação.
TRABALHADOR AUTÔNOMO X EMPREGADO - DIFERENCIAÇÃO

AUTÔNOMO – CONCEITO

• O Vocabulário Jurídico de Plácido e Silva designa autônomo:


• “palavra que serve de qualificativo a tudo o que possui autonomia ou independência,
isto é, de tudo quanto possa funcionar ou manter-se independentemente de outro
fato ou ato”.
• Desta forma, AUTÔNOMO é todo aquele que exerce sua atividade profissional sem
vínculo empregatício, por conta própria e com assunção de seus próprios riscos. A
prestação de serviços é de forma eventual e não habitual.

Exemplo: um contabilista, que mantém escritório próprio, e atende a diversos clientes.



EMPREGADO – CONCEITO

• O art. 3º da CLT define o empregado como:
• "toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob
a dependência deste e mediante salário".
• Portanto, empregado é o trabalhador subordinado, que recebe ordens, é pessoa
física que trabalha todos os dias ou periodicamente, ou seja, não é um trabalhador
que presta seus serviços apenas de vez em quando (esporadicamente) e é
assalariado.
Exemplo: um contabilista, que realiza suas atividades profissionais para um
empregador, contratado para tal.
XII - CONTRATO Temporário e Terceirização: Lei
6.019/74

- Considera-se como trabalho temporário o prestado por pessoa


física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a
coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para
atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços (redação
dada pela Lei 13.429/17 de 31.03.17).

A contratação do empregado temporário se dá com a


interveniência obrigatória de uma empresa de trabalho temporário
que, para atuar como tal, precisa estar registrada no Ministério do
Trabalho, estando condicionada a autorização para o seu
funcionamento a uma série de requisitos, entre os quais o de
provar possuir capital social compatível com o número de
empregados, no valor de, no mínimo R$ 10.000,00 (dez mil reais)
– até 10 (dez) empregados.
Lei 6019/74 – Contrato Temporário e
Terceirização
Como é Como Fica
• Art. 1º. É instituído o regime de • Art. 1º. As relações de trabalho na empresa de
trabalho temporário, nas condições trabalho temporário, na empresa de prestação
estabelecidas na presente Lei. de serviços e nas respectivas tomadoras de
serviço e contratante regem-se por esta Lei.
• Art. 2º. Trabalho temporário é
aquele prestado por pessoa física a • Art. 2º. Trabalho temporário é aquele prestado
uma empresa, para atender à por pessoa física contratada por uma empresa
necessidade transitória de de trabalho temporário que coloca à
substituição de seu pessoal regular disposição de uma empresa tomadora de
e permanente ou à acréscimo serviços, para atender à necessidade de
extraordinário de serviços. substituição transitória de pessoal permanente
ou à demanda complementar de serviços.
• §1º. É proibida a contratação de trabalho
temporário para substituição de trabalhadores
em greve, salvo nos casos previstos em lei.
• §2º. Considera-se complementar a demanda
de serviços que seja oriunda de fatores
imprevisíveis ou, quando decorrente de
fatores previsíveis, tenha natureza
intermitente, periódica ou sazonal.
Lei 6019/74 – Contrato Temporário e
Terceirização
Como é Como Fica
• Art. 3º. É reconhecida a atividade da • Art. 3º. (...)
empresa de trabalho temporário que
passa a integrar o plano básico do
enquadramento sindical a que se refere
o art. 577, da Consolidação das leis do
Trabalho.
• Art. 4º. Empresa de trabalho temporário é
• Art. 4º. Compreende-se como empresa a pessoa jurídica, devidamente registrada
de trabalho temporário a pessoa física no Ministério do Trabalho, responsável
ou jurídica urbana, cuja atividade pela colocação de trabalhadores à
consiste em colocar à disposição de disposição de outras empresas
outras empresas, temporariamente, temporariamente.
trabalhadores, devidamente qualificados,
por elas remunerados e assistidos. • Art. 4-A. Considera-se prestação de
serviços a terceiros a transferência feita
• Art. 4-A. Empresa prestadora de pela contratante da execução de
serviços a terceiros é a pessoa jurídica quaisquer de suas atividades, inclusive
de direito privado destinada a prestar à sua atividade principal, à pessoa jurídica
contratante serviços determinados e de direito privado prestadora de serviços
específicos. (incluído pela Lei 13.429/17) que possua capacidade econômica
compatível com a sua execução.
(alterado pela Lei 13.467/17)
Lei 6019/74 – Contrato Temporário e terceirização
Como é
• §1º. A empresa prestadora de serviços • a) empresas com até dez empregados
contrata, remunera e dirige o trabalho – capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez
realizado por seus trabalhadores, ou mil reais);
subcontrata outras empresas para
realização desses serviços. • b) empresas com mais de dez e até
vinte empregados – capital mínimo de
• §2º. Não se configura vínculo R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
empregatício entre os trabalhadores,
ou sócios das empresas prestadoras • c) empresas com mais de vinte e até
de serviços, qualquer que seja seu
cinquenta empregados – capital
ramo, e a empresa contratante.
mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e
cinco mil reais);
• Art. 4-B. São requisitos para o
funcionamento da empresa de • d) empresas com mais de cinquenta e
prestação de serviços a terceiros:
até cem empregados – capital mínimo
de R$ 100.000,00 (cem mil reais);
• I - prova de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); • e) empresas com mais de cem
• II – registro na junta comercial; empregados – capital mínimo de R$
• III – capital social compatível com o 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
número de empregados, observando- reais).
se os seguintes parâmetros:
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Terceirização
Como é Como Fica
• Art. 4-C. São asseguradas aos empregados
da empresa prestadora de serviços a que se
refere o art. 4º-A desta Lei, quando e
enquanto os serviços, que podem ser de
qualquer uma das atividades da contratante,
forem executados nas dependências da
tomadora, as mesmas condições:

• I – relativa a:

• a) alimentação garantida aos empregados da


contratante, quando oferecida em refeitórios;
• b) direito de utilizar os serviços de transporte;
• c) atendimento médico ou ambulatorial
existente nas dependências da contratante ou
local por ela designado;
• d) treinamento adequado, fornecido pela
contratada, quando a atividade o exigir;
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Terceirização
Como é Como Fica
• II – sanitárias, de medidas de proteção à saúde
e de segurança no trabalho e de instalações
adequadas à prestação do serviço.

• §1º. Contratante e contratada poderão


estabelecer, se assim entenderem, que os
empregados da contratada farão jus a salário
equivalente ao pago aos empregados da
contratante, além de outros direitos não
previstos neste artigo.

• §2º. Nos contratos que impliquem mobilização


de empregados da contratada em número igual
ou superior a 20% (vinte por cento) dos
empregados da contratante, esta poderá
disponibilizar aos empregados da contratada os
serviços de alimentação e atendimento
ambulatorial em outros locais apropriados e
com igual padrão de atendimento, com vistas a
manter o pleno funcionamento dos serviços
existentes.
Lei 6019/74 – Contrato Temporário e
Terceirização
Como é Como Fica
• Art. 5º. Empresa tomadora de serviços é • Art. 5º. (...)
a pessoa jurídica ou entidade a ela
equiparada que celebra contrato de
prestação de trabalho temporário com a
empresa definida no art. 4º desta Lei.

• • Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou


Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou
jurídica que celebra contrato com jurídica que celebra contrato com empresa
empresa de prestação de serviços de prestação de serviços relacionados a
determinados e específicos. quaisquer de suas atividades, inclusive
sua atividade principal.

• §1º. É vedada à contratante a utilização


• §1º. (...)
dos trabalhadores em atividades distintas
daquelas que foram objeto do contrato
com a empresa prestadora de serviços.

• §2º. Os serviços contratados poderão ser • §2º. (...)


executados nas instalações físicas da
empresa contratante ou em outro local,
de comum acordo entre as partes.
Lei 6019/74 – Contrato Temporário e
Terceirização
Como é
• §3º. É responsabilidade da contratante • §5º. A empresa contratante é
garantir as condições de segurança, subsidiariamente responsável pelas
higiene e salubridade dos obrigações trabalhistas referentes ao
período em que ocorrer a prestação de
trabalhadores, quando o trabalho for
serviços, e o recolhimento das contribuições
realizado em suas dependências ou previdenciárias observará o disposto no art.
local previamente convencionado em 31 da Lei nº 8.212 de 24 de julho de 1991.
contrato.
• Art. 5º-B. O contrato de prestação de
• §4º. A contratante poderá estender ao serviços conterá:
trabalhador da empresa de prestação
de serviços o mesmo atendimento • I – qualificação das partes;
médico, ambulatorial e de refeição • II – especificação do serviço a ser prestado;
destinado aos seus empregados, • III – prazo para realização do serviço,
existente nas dependências da quando for o caso;
contratante, ou local por ela • IV – valor.
designado.
Lei 6019/74 – Contrato Temporário e
Terceirização
Como é Como Fica
• Art. 5º-C. Não pode figurar como
contratada, nos termos do art. 4º-A
desta Lei, a pessoa jurídica cujos
titulares ou sócios tenham, nos últimos
dezoito meses, prestado serviços à
contratante na qualidade de
empregado ou trabalhador sem
vínculo empregatício, exceto se os
referidos titulares ou sócios forem
aposentados.

• Art. 5º-D. O empregado que for


demitido não poderá prestar serviços
• Os demais artigos da Lei 6.019/74 para esta mesma empresa na
alterados e incluídos pela Lei 13.429 de 31 qualidade de empregado de empresa
de março de 2017, não foram alterados ou
revogados pela Lei 13.467 de 13 de julho prestadora de serviços antes do
de 2017 (Reforma Trabalhista). decurso de prazo de dezoito meses,
contados a partir da demissão do
empregado.
SÚMULA 331 DO TST

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do


item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em
27, 30 e 31.05.2011
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o
vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário
(Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera


vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de


vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de
serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a


responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações,
desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo
judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da
Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
empresa regularmente contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange


todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da
prestação laboral.
XIII – Rescisão Contratual

Demissão com e sem justa causa

Pedido de demissão

Rescisão Indireta

Demissão consensual

Verbas Rescisórias
• Extinção do Contrato de Trabalho: Justa Causa, Verbas Rescisórias

• Justa Causa: é o motivo relevante, previsto legalmente, que autoriza a resolução do


contrato de trabalho por culpa do sujeito contratual comitente da infração. Trata-se,
pois, da conduta tipificada em lei que autoriza a resolução do contrato de trabalho
por culpa da parte comitente.

• A justa causa pode ser cometida pelo empregado (hipótese do art. 482 da CLT, por
exemplo) ou pelo empregador (hipóteses do art. 483, CLT). No primeiro caso, dá
ensejo à dispensa obreira por justa; no segundo caso, autoriza a ruptura contratual
por justa causa do empregador (rescisão indireta). (1)

(1) DELGADO, Maurício Godinho, Curso de direito do trabalho, 3ª ed. Belo Horizonte:
LTR, 2004. p. 1180.
• Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho
pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual
trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não
tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer
pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra
o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o
exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.
(Incluído pelo Lei nº 13.467/17, de 13.07.2017)

Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de


empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de
atos atentatórios à segurança nacional. (Incluído pelo Decreto-lei nº 3, de
27.1.1966)

Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e


pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei,
contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos
com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de
sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou
tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.

§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou


rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais,
incompatíveis com a continuação do serviço.

§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa


individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.

§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear


a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas
indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
(Incluído pela Lei nº 4.825, de 5.11.1965)

• Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do


contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria
devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre
empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas
trabalhistas:

I – por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do tempo de
Serviço, prevista no §1º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990;

II – na integralidade, as demais verbas trabalhistas.

§ 1º A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a


movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada
até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.

§ 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não


autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.”
• Verbas rescisórias: sentido restrito – aquilo que é devido ao empregado
uma vez rompido o vínculo contratual, apenas em decorrência da rescisão,
tendo-se por exemplos o saldo de salários, o aviso prévio, as férias
vencidas e proporcionais de um terço, a gratificação natalina, a indenização
por tempo de serviço (artigos 477, 478 e 479 da CLT) a indenização
adicional do art. 9° da lei 7.238/84 (O empregado dispensado, sem justa
causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção
salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a 1 (um) salário
mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço – FGTS.), indenização do art. 479 da CLT, indenização de 20 ou
40% sobre os depósitos do FGTS (porque decorre da dispensa de
trabalhador). (1)

(1) MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 26 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
• Demissão por decisão do empregador – sem justa causa.

Ao ser demitido, com um período de contrato de trabalho superior a 1 ano,


o trabalhador tem direito a:
I - Saldo de salário;
II - Aviso prévio
III - 13º salário proporcional
IV - Férias vencidas (caso haja)
V - 1/3 sobre as férias vencidas
VI - Férias proporcionais
VII - 1/3 sobre as férias proporcionais
VIII - FGTS +40%

Ao ser demitido, com um período de contrato de trabalho inferior a 1 ano, o


trabalhador tem direito a:
I - Saldo de salário;
II - Aviso prévio
III - 13º salário proporcional
IV - Férias proporcionais
V - 1/3 sobre as férias proporcionais
VI - FGTS +40%
• Pedido de demissão

Ao pedir demissão, com um período de contrato de trabalho superior a 1


ano, o trabalhador tem direito a:
I - Saldo de salário;
II - 13º salário proporcional
III - Férias vencidas (caso haja)
IV - 1/3 sobre as férias vencidas
V - Férias proporcionais
VI - 1/3 sobre as férias proporcionais

Ao pedir demissão, e com um período de contrato de trabalho inferior a 1 ano,


o trabalhador tem direito a:
I - Saldo de salário;
II - 13º salário proporcional
III - Férias proporcionais
IV - 1/3 sobre as férias proporcionais
• Demissão por justa causa.

Período superior a 1 ano:


I - Saldo de salário;
II - Férias vencidas (caso haja)
III - 1/3 sobre as férias vencidas

Período inferior a 1 ano:


I - Saldo de salário

• Extinção por acordo entre as partes.

Período superior a 1 ano:


I - Saldo de salário;
II - Aviso prévio pela metade se indenizado.
III - 13º salário proporcional
IV - Férias vencidas (caso haja)
V - 1/3 sobre as férias vencidas
VI - Férias proporcionais
VII - 1/3 sobre as férias proporcionais
VIII - FGTS +20%
IX – Movimentação do FGTS até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos;
X – não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.

Com um período de contrato de trabalho inferior a 1 ano, o trabalhador tem direito a:

I - Saldo de salário;
II - Aviso prévio pela metade quando indenizado;
III - 13º salário proporcional
IV - Férias proporcionais
V - 1/3 sobre as férias proporcionais
VI - FGTS +20%;
VII – Movimentação do FGTS até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos;
VIII – não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.
XIV - Salário x Remuneração
Como é Como fica
• Art. 457. Compreendem-se na Art. 457. (...)
remuneração do empregado, para
todos os efeitos legais, além do salário
devido e pago diretamente pelo
empregador, como contraprestação do
serviço, as gorjetas que receber.

§1º. Integram o salário a importância fixa


• §1º. Integram o salário não só a
estipulada, as gratificações legais e as
importância fixa estipulada, como
comissões pagas pelo empregador.
também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para
viagens e abonos pagos pelo
empregador. §2º. As importâncias ainda que habituais,
pagas a título de ajuda de custo, auxílio-
• §2º. Não se incluem nos salários as alimentação, vedado seu pagamento em
ajudas de custo, assim como as diárias dinheiro, diárias para viagem, prêmios e
para viagem que não excedam de 50% abonos não integram a remuneração do
(cinquenta por cento) do salário empregado, não se incorporam ao contrato
percebido pelo empregado. de trabalho e não constituem base de
incidência de qualquer encargo trabalhista
e previdenciário.
Salário x Remuneração
Como é Como fica
§3º. Considera-se gorjeta não só a §3º. (...)
importância espontaneamente dada
pelo cliente ao empregado, como §4º. Consideram-se prêmios as liberalidades
também aquela que for cobrada
concedidas pelo empregador em forma de bens,
pela empresa ao cliente, como
serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a
adicional nas contas, a qualquer
grupo de empregados, em razão de desempenho
título, e destinada a distribuição aos
superior ao ordinariamente esperado no exercício
empregados.
de suas atividades.

Art. 458. Além do pagamento em •


Art. 458. (...)
dinheiro, compreende-se no salário,
para todos os efeitos legais, a §1º ao §4º. (...)
alimentação, habitação, vestuário
ou outras prestações in natura que §5º. O valor relativo à assistência prestada por
a empresa, por força do contrato ou serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
do costume, fornecer habitualmente inclusive o reembolso de despesas com
ao empregado. Em caso algum medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
será permitido o pagamento com próteses, órteses, despesas médico-hospitalares
bebidas alcoólicas ou drogas e outras similares, mesmo quando concedido em
nocivas. diferentes modalidades de planos e coberturas
não integram o salário do empregado para
§1º ao §4º. (...) qualquer efeito nem o salário de contribuição,
para efeito do previsto na alínea q do §9º do art.
28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BRASIL: Consolidação das leis do trabalho. CLT: Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943.

• BRASIL: Código Civil. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

• BRASIL: Código de Processo Civil. Lei 13.105, de 16 de março de 2015.

• BRASIL: MP 905/2019 de 11/11/2019 revogada pela MP 955/2020 de 20/04/2020.

• BRASIL: MP 927/2020 de 22/03/2020 caducou em 19/07/2020.

• BRASIL: MP 1108/2022 de 25/03/2022.

• BRASIL: Lei 14.020/2020 de 06/07/2020.

• BRASIL: Portaria Ministério da Economia nr. 10.486/2020 de 20/04/2020.

• BRASIL: Decreto 10.422/2020 de 13/07/2020.

• BRASIL: Decreto 10.470/2020 de 24/08/2020.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. 36 ed. São Paulo:
Saraiva, 2011.

• DELGADO, Maurício Godinho, Curso de direito do trabalho, 18ª ed. Belo Horizonte: LTR,
2019.

• GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Manual do direito do trabalho. 11ª. Ed. – Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: Método, 2019. (PLT 250).

• MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 35 ed. São Paulo: Atlas, 2019.
• NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 34ª Ed. SP: Saraiva, 2019.
E-mail

• weslleyjgarcia@yahoo.com.br

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