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As baianas de acarajé
Por onde você passar, lá elas vão estar. É comum a baiana de acarajé ser a primeira pessoa que um visitante tem
ontato ao chegar. São elas que apresentam a cidade, os costumes e os sabores de Salvador. As Baianas de Acarajé
ão memória histórica e afetiva da Bahia. A atividade de produção e comércio da iguaria é predominantemente
eminina, e encontra-se nos espaços públicos, principalmente praças, ruas, feiras da cidade e orla marítima, como
ambém nas festas de largo e outras celebrações que marcam a cultura da cidade. A indumentária das baianas,
aracterística dos ritos do candomblé, constitui também um forte elemento de identificação desse ofício, sendo
omposta por turbantes, panos e colares de conta que simbolizam a iniciação religiosa das baianas.
Em 4 de agosto de 2000, instituiu-se o registro do Ofício das Baianas de Acarajé como Patrimônio Cultural do
Brasil, no Livro dos Saberes. Foi ato público de reconhecimento da importância do legado dos ancestrais africanos
no processo histórico de formação de nossa sociedade e do valor patrimonial de complexo universal cultural. Isto é
também expresso por meio do saber dos que mantém vivo esse ofício. O registro tem sempre como referência a
continuidade histórica do bem cultural e sua relevância para a memória, identidade e formação da sociedade
brasileira.
Foto
O Memorial das Baianas de Acarajé
Museu
“Tudo começou no simbólico. As mulheres escravizadas vendiam acarajé para comprar
alforrias. Na segunda etapa, foram as baianas indo para a rua para mercar o acarajé para fazer
suas obrigações nos terreiros, normalmente as filhas de Oiá (não poderia ser qualquer pessoa).
Com o passar do tempo, se viu que, com aquele bolinho, ela poderia sustentar a família, foi
quando o acarajé foi para a rua ser comercial. Ele é comercial, mas na minha cabeça ele ainda
é simbólico por continuar sendo do terreiro, continua sendo sagrado. O acarajé é uma oferenda
para Iansã e o abará é uma oferenda de Xangô”.
Tem um conjunto de sentidos atribuídos pela sociedade local e nacional a esse elemento simbólico
constituinte da identidade baiana. A feitura das comidas de baiana constitui uma prática cultural da longa
continuidade histórica, reiterada no cotidiano dos ritos do candomblé e constituinte de forte fator de
identidade na cidade de Salvador. Tudo isso faz da baiana de acarajé um bem cultural.
O local, registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura
(Iphan/Mi como Patrimônio Cultural do Brasil, conta com espaços expositivos e de documentação. O visitante
encontra, por exemplo, adereços, artesanatos e alguns instrumentos gastronômicos utilizados por elas, uma
maneira de salvaguardar o oficio, com a ideia de mostrar para a população e para os visitantes como é, como
começou e até onde está indo a questão da profissão da baiana de acarajé, com fotos, objetos, indumentária e
dois vídeos.
Comidas típicas da Bahia
Poucos estados brasileiros têm uma culinária tão rica quanto a Bahia. Vatapá, moqueca, bobó e tantos
outros pratos que encantam pelo aroma, sabor e visual. Nas ruas de Salvador, é impossível não se deleita
com as delícias servidas nos pontos das baianas: abará, peixe frito, bolo de tapioca, bolinho de estudante
cocada (seca ou do tipo “puxa”) e, claro, acarajé, principal estrela de todos os tabuleiros. A receita dessa
iguaria que é uma das marcas registradas da cidade veio junto com os negros escravizados na África e
trazidos para o nosso país desde o século 16. No início, a massa, feita apenas com feijão e temperos (sa
cebola e alho) e frita no azeite de dendê, era servida só com pimentamalagueta. Com o tempo, outros
recheios foram sendo acrescentados: caruru, tomate, vatapá, camarão seco e até siri. Cada soteropolitan
tem o seu tabuleiro predileto, mas uma das baianas que mais ajudaram a popularizar o acarajé entre os
visitantes brasileiros e estrangeiros é Jaciara de Jesus Santos, a Cira, hoje com 65 anos. Em 1970, ela
herdou da mãe um tabuleiro em Itapuã. Hoje, tem quatro pontos de venda espalhados pela cidade (mais
um em Itapuã, um em Piatã e um no Rio Vermelho). Em cada ponto trabalham quatro ou cinco pessoas. E
nos fins de semana, mais um ou dois ajudantes. Toda a produção é feita numa fábrica, que funciona das 6
da manhã até por volta de 2 da madrugada seguinte. Divididos em turnos, dez funcionários preparam as
comidas e lavam todos os equipamentos usados. Toda semana, Cira e sua equipe usam 350 quilos de
feijão, mais de 60 quilos de farinha de trigo (para o vatapá), 200 quilos de tomate, 300 quilos de camarão
seco, 600 quilos de cebola e 10 quilos de alho, além de 340 litros de azeite de dendê. Nos meses de féria
esses números são ainda maiores.
2) A finalidade do texto lido é:
a) Ensinar como se faz comida baiana;
b) Fazer um relato histórico sobre a culinária baiana;
c) Contar uma história;
d) Dar um recado.
3) O texto que você acabou de ler, tem como título “ Acarajé, uma das marcas registradas de Salvador”. O
motivo do texto ter esse título se dá:
a) Porque a Bahia tem uma culinária rica;
b) Porque a receita do acarajé veio junto com os negros escravizados;
c) Porque é difícil não se deleitar com as delícias servidas nos pontos das baianas;
d) Porque relata como a baiana Cira começou a fazer acarajé.
4) Releia o seguinte trecho: “Cada soteropolitano tem o seu tabuleiro predileto...” O termo em destaque se
refere:
a) Soteropolitano;
b) Tabuleiro;
c) Acarajé;
d) Predileto.
5) No trecho “A receita dessa iguaria que é uma das marcas...” A palavra iguaria pode ser substituída por:
a) Delícias; b) Aroma; c) Alimento; d) Massa.
6) Releia o primeiro parágrafo do texto, veja quais as delícias servidas pelas
baianas nas ruas de Salvador. Escreva um pequeno texto no seu caderno,sobre o
que vocês preferem e mais gostam da culinária baiana.
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7) Acarajé é um alimento que chegou ao Brasil vindo da África. Essa
iguaria é a principal comida vendida no tabuleiro das baianas. Agora,
releia o texto com muita atenção e responda:
a) Que outras comidas são vendidas nos tabuleiros das baianas de acarajé?
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ALIMENTO BENEFÍCIOS
TOMATE
ALHO
FEIJAO
AZEITE DE DENDÉ
peixe desfiada, camarão fresco, camarão seco e diversos temperos, além de azeite de dendê.
Orixás – Na mitologia yoruba, orixás são ancestrais divinizados africanos que correspondem a pontos
características de cada orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de
Candomblé – É uma religião derivada do animismo africano onde se cultuam os orixás, voduns ou