Você está na página 1de 1

EXPLORANDO A RELAÇÃO ENTRE

MORFOLOGIA E TEMPERAMENTO EM
CÃES (Canis familiaris)
Ayrosa. F. , Albuquerque N. , Savalli C. , Resende B. D.
1 1 1,2 1

1: Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.


2: Universidade Federal de São Paulo, Santos, São Paulo, Brasil.
flavio.marques.filho@usp.br

Introdução Resultados
Muito ainda é investigado sobre temperamento animal e as
características que o afetam.

Sheppard e Mills (2002) definem temperamento como


comportamentos que advém do estado afetivo e são relativamente
consistentes durante o desenvolvimento.

Cães apresentam diferenças comportamentais e morfológicas


individuais que podem estar afetando o temperamento, uma vez que
afetam como o animal se relaciona com seu ambiente, incluindo seu Figura 1: Gráfico evidenciando correlação negativa entre Ativação Positiva (ATPOS) e Idade do cão.

tutor (Gibson & Pick, 2003).

Hipótese: características morfológicas afetam como os cães se


relacionam com seu meio e seus tutores; consequentemente,
afetando seu desenvolvimento temperamental.

Metodologia
sexo
Figura 2: Gráficos evidenciando efeito da variável Raça sobre as Médias Marginais Estimadas de
ATNEG e ATPOS. Foi encontrado efeito de Raça sobre a Média de ATNEG apenas.
idade raça

Ativação Positiva Ativação Negativa Discussão


(ATPOS)* (ATNEG)* Correlação negativa entre idade do cão e ATPOS: cães mais jovens
altura peso possuem maior sensibilidade a reforçadores e, portanto, são mais
status morfologia motivados por estímulos positivos, como recompensas e brincadeira.
reprodutivo cranial
*Questionário PANAS (Positive and Negative Activation Scale), adaptado para cães
Maior média de ATNEG para cães SRD nos permite questionar se
(Sheppard & Mills, 2002).
um histórico de vida potencialmente negativo antes da adoção pode
Total de 169 cães influenciar no desenvolvimento de temperamento em cães.
Entre 1,5 e 9 anos (I.M.: 4,84±2,61 anos) Dessa forma, nossos resultados podem auxiliar tutores e
Com raça (63,6%) e sem raça definida (SRD) (36,4%) profissionais a compreender melhor seus cães, assim
Fêmeas (59,5%) e machos (40,5%) proporcionando uma melhor qualidade de vida aos mesmos.
Castrados (86,7%) ou não (13,3%)

Referências
Gibson, E. J., & Pick, A. D. (2000). An ecological approach to perceptual learning and development. Oxford University Press, USA.
Sheppard, G. & Mills, D.S. (2002). The Development of a Psychometric Scale for the Evaluation of the Emotional Predispositions of Pet Dogs. International Journal of Comparative
Psychology, 15(2).

Você também pode gostar