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Compilação, organização e
produção digital:
Luiz Edgar de Carvalho
Mens Sana
Publicações eletrônicas
para ler e pensar
2009
Bibliografia:
“Tua Palavra é Vida 1” – VV.AA. - Edições CRB/Loyola
Fazer Arder o Coração – Frei Carlos Mesters, Editora do Carmo
Revista de Estudos Bíblicos Nº 32, Vozes
História do Povo de Deus – Roteiros para Reflexão, CEBI/Paulus.
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LEITURA ORANTE DA BÍBLIA
ÍNDICE
Apresentação
I. As várias maneiras de se olhar e ler a Bíblia
II. Os critérios da Leitura Orante da Bíblia
III. Um pouco de história sobre a Leitura Orante da Bíblia
IV. Considerações gerais sobre a Leitura Orante da Bíblia
V. Os quatro degraus da Leitura Orante da Bíblia
VI. Como fazer a Leitura Orante da Bíblia, hoje?
VII. O método a ser usado nas reuniões de Leitura Orante da Bíblia
O que está na Bíblia não está só na Bíblia. Está também na vida de todos
os que procuram viver na fidelidade à Palavra. Abrindo a Bíblia nós não
abrimos um livro estranho, mas sim um livro que fala de nós mesmos, de
nossa vida, da nossa caminhada e da nossa luta. Na Leitura Orante da
Bíblia, vamos olhar para o que é nosso, “escrito para nós” (1Cor 10,11).
Vamos descobrir, com a ajuda da Bíblia, que a Palavra de Deus está na
nossa vida, na nossa história, na história de nosso povo.
Olhando de longe, a Bíblia parece uma parede imensa, onde cada tijolo
contribui a seu modo para fazer aparecer o desenho do projeto de Deus.
Apesar de enorme, feito de muitos tijolos, de muitos textos e livros, o
desenho tem uma grande unidade. De ponta a ponta, transparecem nele os
traços de um rosto. É o rosto do próprio Deus com os traços humanos de
Jesus Cristo. É Jesus que, de maneira discreta, dá unidade a todas as partes
da Bíblia.
É deste modo que vamos olhar a Bíblia. Vamos olhar para o que é
nosso. Às vezes, de longe, outras vezes mais de perto, outras bem de perto.
Ou seja, o estudo terá três níveis, misturados entre si: literário (ver de perto
o texto), histórico (olhar a situação do povo) e teológico (escutar a
mensagem de Deus). Mas qualquer que seja o olhar ou o nível, ele terá
sempre o mesmo objetivo: descobrir que a palavra da Bíblia já estava
pintada na parede da casa em que moramos. Queira Deus que essa
descoberta produza em nós muita satisfação e alegria.
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II. OS CRITÉRIOS DA LEITURA ORANTE DA BÍBLIA
Na sua origem, a Leitura Orante (Lectio Divina) nada mais era do que a
leitura que os cristãos faziam da Bíblia para alimentar sua fé, esperança e
amor e animar assim a sua caminhada. A Leitura Orante é tão antiga quanto
a própria Igreja, que vive da Palavra de Deus e dela depende como a água
da sua fonte (DV 7.10.21). Prolonga, assim, uma tradição das comunidades
dos pobres (anawim) do Antigo Testamento.
A Leitura Orante é a leitura crente da Palavra de Deus, feita a partir da
fé em Jesus, que disse: “O Espírito vos recordará tudo o que eu disse e vos
introduzirá na verdade plena” (Jo 14,26;16,13). O Novo Testamento, por
exemplo, é o resultado da leitura que os primeiros cristãos faziam do
Antigo Testamento à luz dos seus problemas e à luz da nova revelação que
Deus fez de si através da ressurreição de Jesus, vivo no meio da
comunidade. No decorrer dos séculos, esta leitura crente e orante da Bíblia
alimentou a Igreja, as comunidades, os cristãos. Inicialmente, não era uma
leitura organizada e metódica, mas era a própria Tradição que se transmitia,
de geração em geração, através da prática do povo cristão.
A expressão Lectio Divina (Leitura Orante) vem de Orígenes. Ele diz
que, para ler a Bíblia com proveito, é necessário um esforço de atenção e de
assiduidade: “Cada dia de novo, como Rebeca, temos de voltar à fonte da
Escritura!” E o que não se consegue com o próprio esforço, assim diz ele,
deve ser pedido na oração, “pois é absolutamente necessário rezar para
poder compreender as coisas divinas”. Deste modo, assim ele concluiu,
chegaremos a experimentar o que esperamos e meditamos. Nestas reflexões
de Orígenes, temos um resumo do que vem a ser a Lectio Divina (Leitura
Orante). A Lectio Divina (Leitura Orante) tornou-se a espinha dorsal da
Vida Religiosa, como já dissemos. Em torno da Palavra de Deus, ouvida,
meditada e rezada, surgiu e se organizou o monaquismo do deserto. As
sucessivas reformas e transformações da Vida Religiosa sempre retomavam
a Leitura Orante como a sua marca registrada. As regras monásticas de
Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento fazem da leitura da Bíblia, junto com
o trabalho manual e a liturgia, a tríplice base da Vida Religiosa.
A sistematização da Lectio Divina em quatro degraus veio só no século
XII. Por volta do ano 1150, Guigo, um monge cartuxo, escreveu um
livrinho chamado A Escada dos Monges. Na introdução, antes de expor a
teoria dos quatro degraus, ele se dirige ao “caro irmão Gervásio” e diz:
“Resolvi partilhar com você algumas das minhas reflexões sobre a vida
espiritual dos monges. Pois você conhece esta vida por experiência,
enquanto eu só a conheço por estudo teórico. Assim, você poderá ser juiz e
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corretor das minhas considerações”. Guigo quer que a teoria da Lectio
Divina seja avaliada e corrigida a partir da experiência e da prática dos
irmãos.
Em seguida, ele introduz os quatro degraus: “Certo dia, durante o
trabalho manual, quando estava refletindo sobre a atividade do espírito
humano, de repente se apresentou à minha mente a escada dos quatro
degraus espirituais: a leitura, a meditação, a oração, a contemplação. Essa é
a escada dos monges, pela qual eles sobem da terra ao céu. É verdade, a
escada tem poucos degraus, mas ela é de uma altura tão imensa e
inacreditável que, enquanto a sua extremidade inferior se apóia na terra, a
parte superior penetra nas nuvens e investiga os segredos do céu”. Depois
disto, Guigo mostra como cada um desses degraus tem a propriedade de
produzir algum efeito específico no leitor da Bíblia. Em seguida, ele
resume tudo: “A leitura é o estudo assíduo das Escrituras, feito com
espírito atento. A meditação é uma diligente atividade da mente que, com a
ajuda da própria razão, procura o conhecimento da verdade oculta. A
oração é o impulso fervoroso do coração para Deus, pedindo que afaste os
males e conceda as coisas boas. A contemplação é uma elevação da mente
sobre si mesma que, suspensa em Deus, saboreia as alegrias da doçura
eterna”. Nesta descrição dos quatro degraus, Guigo sintetiza a tradição que
vinha de longe e a transforma em instrumento de leitura para servir de
instrução aos jovens que se iniciavam na vida monástica.
No século XIII, os Mendicantes tentaram criar um novo tipo de Vida
Religiosa, mais inserida no meio dos “Menores” (pobres). Eles fizeram da
Lectio Divina a fonte inspiradora do seu movimento renovador, como
transparece claramente na vida e nos escritos dos primeiros franciscanos,
dominicanos, servitas, carmelitas e outros mendicantes. Através da sua vida
inserida, souberam colocar a Lectio Divina a serviço do povo pobre e
marginalizado daquela época. Houve, em seguida, um longo período em
que a Leitura Orante (Lectio Divina) ficou praticamente esquecida. A
leitura da Bíblia não era mais fomentada, nem mesmo nos Conventos e
Mosteiros. Foi o infeliz efeito da Contra-Reforma na vida da Igreja.
Insistia-se muito mais na leitura espiritual. O medo do protestantismo fez
perder o contato com a fonte! O Concílio Vaticano II, porém, retomou a
antiga tradição e, no seu documento Dei Verbum, recomenda com grande
insistência a Lectio Divina (Leitura Orante) (DV 25). Ela reapareceu, de
maneira nova, sem rótulo e sem nome, no meio das comunidades, onde as
pessoas recomeçaram a leitura da Palavra de Deus, sendo cultivada e
estudada, explicitamente, por leigos e religiosos.
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IV. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE
A LEITURA ORANTE DA BÍBLIA
Guigo, na sua sabedoria bem prática, nada mais fez do que sistematizar
em quatro degraus o processo normal de uma leitura proveitosa da Bíblia.
Hoje, quem quer ler a Bíblia com proveito, deve fazer o mesmo. Primeiro,
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você deve ler o texto, e ler de novo, até entender o que está escrito. É a
leitura. Em seguida, deve assimilar o que leu e trazê-lo para dentro da sua
vida e da vida da sua comunidade. É a meditação. Depois, você deve reagir
diante da mensagem que captou durante a leitura e responder a Deus se
aceita ou não. É a oração. Por fim, o resultado da leitura que fica nos seus
olhos o ajudará a apreciar e saborear melhor as coisas de Deus e da vida. É
a contemplação. Este é o caminho óbvio. Não há outro. Por isso, a Leitura
Orante (Lectio Divina) continua atual até hoje.
Com outras palavras, os quatro degraus não são técnicas de leitura, mas
sim etapas do processo normal da assimilação da Palavra de Deus na vida,
através da leitura meditada e orante. Não são normas técnicas para orientar
a nossa reunião em torno da Bíblia, mas sim atitudes básicas que todos
devemos ter sempre diante da Palavra de Deus. Elas devem estar presentes
tanto na leitura individual como na reunião do grupo, tanto na prática
simples das comunidades, como no estudo científico dos exegetas.
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VII. O MÉTODO A SER USADO NA LEITURA ORANTE
DA BÍBLIA.
Palavra-chave: LIBERTAÇÃO
4. Partilha
b) Estudo de um texto:
Na América Latina há muitos homens sem terra e muita terra sem homens.
4. Partilha
5. Oração:
Salmo 105,37-45.
Rezar e meditar o Pai-Nosso.
“Senhor, nosso Deus, ouvimos com nossos próprios ouvidos o que nossos
pais nos contaram sobre as maravilhas que Tu realizaste com eles nos
tempos de outrora, Tu mesmo, Senhor, com tuas mãos”
(Salmo 44,2).
a) Compreende a época que vai desde o final dos juízes até o começo
do reinado de Davi. São mais ou menos 50 anos (1050-1000 a.C.).
b) recordar, no grupo, os fatos ocorridos durante este período. Colocá-
los sucessivamente numa linha de tempo. Usar, como fonte de informação,
a própria Bíblia.
c) No final do período dos juízes surgiu uma dupla crise. Internamente,
os juízes perderam o poder que haviam conseguido (1Samuel 8,3-5),
devido ao deterioramento da vivência da Aliança (!Samuel 3,12-17) e ao
aumento da desigualdade social no seio dos clãs (Êxodo 21,1-10).
Externamente, os filisteus ameaçavam invadir o território das tribos, e estas
não tinham condições suficientes para defender-se de forma permanente.
d) Com o correr do tempo, surgem tentativas de introduzir a monarquia
e de transformar o juiz em rei. Primeiro Gedeão (Juízes 8,22-33), depois
Abimeleque (Juízes 9,1-17), em seguida Saul (1Samuel 10-11) e,
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finalmente, Davi, que consegue consolidar o poder e conferir-lhe a
hereditariedade.
e) Na Bíblia, o rei é visto como juiz do povo, ungido por Javé.
4. Partilha
5. Oração: Salmo 72
“Ele fará justiça aos humildes do povo, salvará os filhos dos pobres”
(Salmo 22,4)
4. Partilha
5. Oração
c) O profetismo teve seu ponto alto no tempo dos reis, quando pregava
a justiça. Depois do exílio, foi perdendo a sua importância, porque a
situação histórica de Israel mudou: houve problemas políticos e
econômicos, e Israel sofreu dominação estrangeira.
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ENCONTRO 6 – Exílio: desintegração, nova libertação
(587-445 a.C.)
Palavra-chave: ESPERANÇA
a) Algumas datas:
597: Primeira tomada de Jerusalém. Exílio do primeiro grupo em
Babilônia.
587: Destruição de Jerusalém. Exílio do segundo grupo em Babilônia.
538: Edito de Ciro. Começa a volta dos exilados a Jerusalém.
520: Governo de Zorobabel. Reconstrução do templo.
445: Chegada de Neemias a Jerusalém.
b) Localizar no mapa, e na linha tempo, as datas e o caminho do exílio
e do regresso a Jerusalém.
c) O Reino de Judá, por causa das contradições internas, é destruído
pelo Império Babilônico. O profeta Jeremias procura manter acesa a
esperança do povo.
d) Há dois grupos de exilados em conflito (Jeremias 29),
e) Há ambigüidade na esperança: não se trata só de novo império com
Ciro, mas também da presença de Deus que caminha com seu povo (Isaías
40-45).
f) O Reino de Judá se torna uma pequena parte do grande Império
Persa. Aparece a possibilidade de uma experiência forte de vida
comunitária (Isaías 56-66).
g) Procure conhecer os escritos produzidos neste período.
4. Partilha
5. Oração
“O Senhor os escolheu por amor e não por ser um povo mais forte que
os outros” (Deuteronômio 7,7).
a) A Lei deve criar uma ordem equilibrada que beneficie a todos. Você
alguma vez foi beneficiado por esta ordem? Como? Quando?
b) Quem formulou as leis atuais em nosso país?
c) Que sucede com o povo quando as leis estão acima do homem?
Algumas datas:
4. Partilha
Hino dos três jovens: Daniel 3,52-90. Ação de graças. Convém criar
um ambiente de silêncio e de meditação que ajude a orar.
a) Como abrir nossos olhos para fazer uma leitura libertadora de textos
que trazem um conteúdo opressor?
b) Nesta época, a Bíblia tem sua redação definitiva. Logo mais será
traduzida para o grego, a língua oficial. Alguns livros foram redigidos
diretamente em grego.
c) O templo passa a ser o centro da vida política, econômica e religiosa
da nação judaica. O sumo sacerdote se torna a autoridade suprema do país.
d) Surgem os partidos tradicionais que terão importância na época de
Jesus: os fariseus e os saduceus.
e) Nascem as sinagogas, casas de leitura da Bíblia e de oração.
f) Existem grupos que questionam o sentido da organização
implementada por Esdras e Neemias. Estes grupos se expressam em outros
livros da Bíblia, como Rute, Jô, Jonas, Isaías 55-65.
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ENCONTRO 8 – Sabedoria: resistência e abertura frente à
invasão cultural
4. Partilha
5. Oração: Salmo 34
Palavra-chave: REINO
4. Partilha
5. Oração
Palavra-chave: COMUNIDADE
4. Partilha
5. Oração
Situação conflitiva da Igreja Primitiva que impele para uma nova tarefa
evangelizadora.
4. Partilha
5. Oração
“Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles, pois nunca mais
haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. (...) Eis que faço novas
todas as coisas” (Ap 21,4.5).
“Estive morto e de novo sou aquele que vive pelos séculos dos séculos”
(Apocalipse 1,18).
4. Partilha
1) Ao iniciar a Leitura Orante da Bíblia, você não vai estudar; não vai
ler a Bíblia para aumentar o seu conhecimento nem para preparar algum
trabalho apostólico; não vai ler para ter experiências extraordinárias. Mas
vai ler a Palavra de Deus para escutar o que Deus tem a lhe dizer, para
conhecer a sua vontade e, assim, poder viver melhor o Evangelho de Jesus
Cristo. Em você deve estar a pobreza; deve estar também a disposição que
o velho Eli recomendou a Samuel: “Fala, Senhor, que teu servo escuta!”
(1Sm 3,10).
2) Poder escutar a Deus não depende de você nem do esforço que fará,
mas só e unicamente de Deus, da sua decisão gratuita e soberana de entrar
em contato com você e de fazer com que você possa ouvir a sua voz. Para
isto é necessário que você se prepare, pedindo que Ele mande o seu
Espírito. Pois sem a ajuda do Espírito de Deus não é possível descobrir o
sentido que a Palavra de Deus tem para nós hoje (cf. Jo 14,26; 16,13; Lc
11,13).
4) Abrindo a Bíblia, você deve estar bem consciente de que está abrindo
um livro que não é seu, mas da comunidade. Fazendo a sua Leitura Orante,
você está entrando no grande rio da tradição da Igreja que atravessa os
séculos. A Leitura Orante é o barquinho que nos carrega pelas curvas deste
rio até o mar. O clarão luminoso que nos vem do mar já clareou a “noite
escura” de muita gente. Mesmo fazendo sozinho a sua leitura orante da
Bíblia, você não está só, mas estará unido aos irmãos e às irmãs que, antes
de você, procuraram “meditar dia e noite na lei do Senhor” (Sl 1,2).
9) Ao ler a Bíblia tenha bem presente que o texto da Bíblia não é só uma
janela por onde você olha para saber o que aconteceu com os outros no
passado; é também um espelho, um “símbolo” (Hb 11,19), onde você olha
para saber o que está acontecendo hoje com você (1Cor 10,6-10). A Leitura
Orante diária é como a chuva mansa que, aos poucos, vai amolecendo e
fecundando o terreno (Is 55,10-11). Entrando em diálogo com Deus e
meditando a sua lei, você cresce como a árvore plantada à beira dos
córregos (Sl 1,3).Você não vê o crescimento, mas perceberá o resultado no
encontro renovado consigo, com Deus e com os outros. Diz o canto: “É
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como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, Tua Palavra é assim, não
passa por mim, sem deixar um sinal”.
10) Um último ponto a ser levado em conta. Quando você faz Leitura
Orante, o objetivo último não é interpretar a Bíblia, mas sim interpretar a
vida. Não é conhecer o conteúdo do Livro Sagrado, mas, sim, ajudado pela
Palavra escrita, descobrir a Palavra viva que Deus fala hoje em sua vida, na
nossa vida, na vida do povo, na realidade do mundo em que vivemos (Sl
95,7); é crescer na fé e, como o profeta Elias, experimentar, cada vez mais,
que “vivo é o Senhor, em cuja presença estou!” (1Rs 17,1; 18,15).
Império: Fenícios
Época: Monarquia unida.
Personagens não-bíblicos: Filisteus.
Personagens bíblicos: Samuel; Saul; Davi; Salomão.
Realidades, problemas e situação do povo:
Acumulação de poder e de terras. Tributos. Trabalhos forçados.
Resistência dos agricultores. Guerras de conquista. Unificação territorial.
Cultos estrangeiros.
Escritos da época: Javista (J); História da sucessão dinástica (2 Sm 9-
20; 1Rs 1-2); Primeiros Provérbios; Salmos 2, 15, 24, 51, 110, 121–134.
Escritos sobre a época: Jz 19-21; 1-2Sm; 1Rs 1-11; 1Cr 11-21; 2Cr 1-
9; Eclo 47.
Império: Assíria
Época: Monarquia de Judá.
Personagens não-bíblicos: Sargom II (705); Assurbanipal (681); Luta
entre Assíria, Egito e Babilônia.
Personagens bíblicos: Ezequias; Sofonias – Manassés; Hulda – Josias;
Jeremias – Joaquim; Zedequias;
Realidades, problemas e situação do povo:
Corrupção: Vassalos da Assíria. Tentativas de reforma. “Guerra suja”.
Impunidade. Estancamento. Confusão. Endividamento sem saída.
Reforma: reforma deuteronomista (620). Pressão do “povo da terra”.
Eliminação de santuários. Centralização do culto. Reforma do clero.
Renovação da Aliança. Leitura profética da história.
Desintegração: Decadência. Corrupção. Desintegração de instituições.
Volta ao modelos de Manasses. Politicagem. Ideologia justificadora da
opressão. Destruição de Nínive (612). 1ª deportação para a Babilônia (598).
Escritos da época:
1º núcleo do Deuteronômio; Sofonias; União de J e E; Provérbios 10-
22; 25-29; Salmos 46, 48. Deuteronômio 5-26; 28? Salmos 31, 80, 81.
Jeremias. Naum. Habacuc.
Escritos sobre a época:
2Rs 18-21; 2Cr 29-33; 2Rs 22-23; 2Cr 34-35; Eclo 49; 2Rs 24-25; 2Cr
36; Jr 1-45.
Império: Babilônia
Época: 587 - Em Judá. Exílio na Babilônia.
Personagens não-bíblicos: Nabucodonosor (605-562); Buda.
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Personagens bíblicos: Jeremias; Gedalias; Cantores; Ageu – Zacarias;
Sacerdotes; Ezequiel; 2 Isaías.
Realidades, problemas e situação do povo:
Em Judá: Destruição de Jerusalém (587). 2ª deportação: governantes,
sacerdotes e comerciantes. Distribuição de terras aos que ficam.
Agricultores tribalizados. Revisão. Não ao templo. Novo Davi.
Em Babilônia: Trabalhos forçados. Vivem em subúrbios. Crise de
identidade. Centram a vida no sábado, assembléias, circuncisão. Explicação
teológica do desastre. Dor purificadora. Nova Aliança.
Escritos da época:
Em Judá: Deuteronomista. (D); Js – Jz; Sm – Rs; Jr; Lm; Obadias;
Releitura de profetas.
Na Babilônia: Sacerdotal (P); Lv 8-10; 17-26; Ezequiel; 2 Isaías;
Salmos 42, 43, 69, 70, 137.
Escritos sobre a época:
Em Judá: Lm; Obadias; Salmos 79, 89, 39-52.
Na Babilônia: 2Rs 24; Is 40-55; Ez 1-24; 33-39.
Império: Pérsia
Época: 538 - Retorno. 445 - Reorganização.
Personagens não-bíblicos: Ciro (558-528); Zoroastro; Artaxerxes
(423); Platão (347).
Personagens bíblicos: Sesbazar; Josué; Sorobabel; Neemias; Esdras;
Escribas.
Realidades, problemas e situação do povo:
538: Retorno. Diáspora – universalismo. Esperança. Novo começo.
Realização de profecias. Boa Nova de Deus libertador e criador.
Inauguração do templo (515). Novas desigualdades sociais.
445: Reorganização. Legalismo. Disciplina. Nacionalismo. Desânimo.
Separatismo. Rejeição de mulheres estrangeiras e samaritanos. Templo e
centralismo. Mística e culto da lei nas sinagogas. Cisma samaritano (430).
Escritos da época:
538: Levítico 1-7; 11-16?; Ageu; 1Zacarias; 3Isaías; Joel; Salmos 4, 10,
22, 23, 50, 77, 78, 83, 105-107, 126.
445: Rute – Jonas; Jô – Provérbios 1-9; Cantares; União de J, E, D e P
(Pentateuco); Salmos 19,8ss, 85, 96-98, 113, 116, 118, 119.
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Escritos sobre a época:
538: Ageu; Zacarias 1-8; Isaías 55-66; Levítico 1-7.
445: Rute; Esdras – Neemias; Ezequiel 40-48.
Império: Helenismo
Época: 333 – Egito; 198 – Síria; 167 – Judá.
Personagens não-bíblicos: Alexandre Magno (336-323); Aristóteles
(322); Antíoco IV (163).
Personagens bíblicos: 333 – Escribas e cantores; 198 – Matatias; 167 –
Judas Macabeu; Jônatas; Simão, João Hircano.
Realidades, problemas e situação do povo:
333: Riqueza para a classe alta. Proletarização dos agricultores. Invasão
e assimilação cultural. Encerrados na lei e no culto. Silêncio; Ruptura.
Tranqüilidade.
198: Invasão cultural provocativa. Resistência. Perseguição. Levante
armado (167). Apocalipses populares. Lei do puro e impuro. Tradução
LXX.
167: Independência. Conquistas. – Saduceus helenizantes. – Fariseus
anti-helenizantes. – Essênios no deserto. – Zelotes, Reino pelas armas.
Conflitos entre eles. Repressão contra os fariseus.
Escritos da época:
333: 2Zacarias; Malaquias; Crônicas; Neemias – Esdras; Ester;
Eclesiastes; Salmos 73; 139.
198: Judite – Tobias; Eclesiástico; Salmos 44, 74, 86, 91.
167: Daniel; 2Macabeus; 1Macabeus; Salmos 1, 150.
Escritos sobre a época:
333: Isaías 24-27; 34-35; Zacarias 9-14; Joel 3-4.
198: 2Macabeus; 1Macabeus 1-12.
167: 1Macabeus 13-16; Eclesiástico 50; [Flávio Josefo].
Império: Roma
Época: 63 – Herodianos; 4 a.C. a 30 d.C – Jesus histórico; 49 –
Primeiras comunidades cristãs; 62 a 90 – Expansão; 90 a 135 –
Perseguição.
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Personagens não-bíblicos: Pompeu (48 a.C.); Júlio César (44 a.C.);
Antônio (31 a.C.); Augusto (14 d.C.); Tibério (37 d.C.); Pilatos 26-36
d.C.); Calígula (41 d.C.); Cláudio (54 d.C.); Nero (54-68 d.C.); Vespasiano
(79 d.C.); Tito (81 d.C.);Domiciano (96 d.C.); Trajano (117 d.C.); Adriano
(138 d.C.).
Personagens bíblicos: Herodes, o Grande (37-4 a.C.); 4 a.C. a 30 d.C. –
Anás, Herodes Antipas, João Batista. Maria, Pedro, João, Estevão (34),
Tiago Maior (44).Tiago (62), Pedro (64?), Paulo (67) Barnabé, João,
Marcos, Timóteo, Tito, Lucas.
Realidades, problemas e situação do povo:
63 a.C.: Ocupação para resolver conflitos. Grandes diferenças sociais.
Fariseus predominam. Legalismo. Espera do Messias. Construção do
templo.
4.a.C. a 30 d.C.: Latifúndios. Exploração. Tributos crescentes.
Marginalização. Exportação de alimentos: fome. Confusão. Insurreições.
Esperança.
49 a 62: Experiência de Cristo ressuscitado. Primeiras comunidades em
Jerusalém. Conversões entre judeus da diáspora. Conflitos com judeus.
Conversão de Paulo (37). 1ª missão de Paulo: 45-49. Concílio de Jerusalém
(49). 2ª missão de Paulo (49-52). 3ª missão de Paulo (53-58). Comunidades
de Paulo. Conflitos no judaísmo. Nasce novo modo de ser Povo de Deus.
62: Começo da perseguição romana. Martírios de Tiago, Pedro, Paulo.
Guerra Judeus – Roma (66-70). Cristãos abandonam Jerusalém. Expandem-
se em subúrbios de cidades.
70: Destruição de Jerusalém por Tito. Expulsão dos cristãos das
sinagogas. Marginalização e crise das comunidades. Latifúndios se
expandem.
90 a 135: Domiciano se auto-proclama deus. Conflitos com o império.
Perseguição. Expansão na Ásia. Esperança apocalíptica. [Cânone judeu da
Bíblia: Jâmnia (90-95)]. Sublevações judias e dura repressão romana.
Martírios de Simeão, bispo de Jerusalém (107) e de Inácio de Antioquia
(110). Roma declara ilegal o cristianismo (112). 2ª Guerra Judeus – Roma
(132-135).
Escritos da época:
63 a.C.: Sabedoria.
4 a.C. a 30 d.C.: Vida e pregação de Jesus.
30 a 62: Tradições orais. Experiências pascais. Coleções das palavras e
gestos de Jesus (Q). 1Tessalonicenses. Filipenses. Gálatas. Filêmon.
1-2Coríntios. Romanos.
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62 a 90: Evangelho de Marcos. Evangelho de Mateus.
2Tessalonicenses. Colossenses. Efésios. Evangelho de Lucas – Atos dos
Apóstolos. Tiago. 1Pedro.
90 a 135: Hebreus. Apocalipse. Evangelho de João. Judas. 1-2-3 João.
1-2 Timóteo. Tito. 2Pedro.
Escritos sobre a época:
63 a.C.: [Documentos de Qumran].
4 a.C. a 30 d.C.: Evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João.
30 a 90 d.C.: Marcos 16; Mateus 28; Lucas 24; João 20-21; Atos 1-15;
Gálatas 1-2; 1Tessalonicenses 1-3; Atos 16-28; Filipenses 3-4;
1-2 Coríntios; Apocalipse 4-11. [Flávio Josefo].
90 a 135 d.C.: Apocalipse 1-3; [Didaquê; Carta de Clemente de
Alexandria]; [Cartas de Inácio de Antioquia, de Policarpo, de Barnabé].