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no /MF
Em 26 de fevereiro de 2008.
atividades às quais estavam vinculados os tributos que foram extintos. A presente proposta prevê
a destinação de determinadas porcentagens de uma base ampla de tributos – o imposto de renda
(IR), o IVA-F e o imposto sobre produtos industrializados (IPI) – para o financiamento dessas
atividades. Tais destinações estão consolidadas no inciso I do art. 159 da Constituição, sendo que
todas as porcentagens foram calculadas com base na receita realizada em 2006. As porcentagens
das destinações correspondentes às finalidades das extintas contribuição social do salário
educação e CIDE-Combustíveis serão fixadas em lei complementar, estabelecendo-se uma regra
transitória no art. 6º da PEC, bem como a garantia de que a destinação correspondente à
contribuição social do salário educação não resultará em valor inferior à receita desta
contribuição no último ano de sua vigência.
Dada a peculiaridade dessa lei complementar, que vai além da norma geral,
fazendo as vezes de lei instituidora do imposto para cada Estado e o Distrito Federal, são
propostas, no § 3º do art. 61 da Constituição, regras especiais para a iniciativa dessa norma, que
ficará a cargo do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, dos Governadores ou
das Assembléias Legislativas, sendo que nessas hipóteses deverão estar representadas todas as
Regiões do País. Tal configuração tem o objetivo de prover maior estabilidade à legislação do
imposto, que, com isso, estará sujeita a um menor volume de propostas de alteração.
que a proposição de tal intervenção ficará a cargo do Poder Executivo de qualquer Estado ou do
Distrito Federal.
Nos termos do art. 12, II, da PEC, o novo ICMS somente vigerá a partir de
1º de janeiro do 8º (oitavo) ano subseqüente ao da promulgação da Emenda. O art. 3º, I da PEC
estabelece que nesse período de transição o atual ICMS terá suas alíquotas interestaduais
gradativamente reduzidas, aproximando-se da aplicação da preponderância do princípio do
destino que norteará o novo ICMS. Nesse período, poderão ser aplicadas ao atual ICMS, pela via
da lei complementar, as regras para a cobrança na origem que serão definitivas no novo ICMS,
de forma a evitar problemas de ordem econômica e de evasão fiscal que a aplicação pura e
simples das alíquotas pode ensejar.
O art. 3º, III da PEC também estabelece uma gradativa redução do prazo de
apropriação dos créditos de ICMS de mercadoria destinadas ao ativo permanente, equacionando
o modelo preconizado originalmente na Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, e
alterações, cuja implementação vem sendo adiada sistematicamente.
A proposta garante também que pelo menos 60% dos recursos do FNDR
serão aplicados em financiamentos ao setor produtivo, através dos instrumentos atualmente
existentes, visando a evitar a descontinuidade do modelo já implementado.
Respeitosamente,
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GUIDO MANTEGA
Ministro de Estado da Fazenda