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10. Entende-se que com esta medida poder-se-á, por um lado, incentivar o
consumo dos serviços nacionais, e, por outro, proteger as reservas
internacionais do país.
11. Vale ressaltar, dentre outros aspectos, a isenção aos operadores do sector de
petroleo, gás e recursos minerais , tendo em conta as especificidades próprias
do sector, nomeadamente, as cláusulas de estabilização normalmente
aplicáveis aos contratos de concessão, que possam afectar a previsão de
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receitas e custos relacionados com a realização do investimento, pelo que
se recomenda a não aplicação deste regime aos operadores deste sector.
13. Com vista à melhoria do poder compra das populações com rendimentos
mais baixos, foi elevado o limiar de isenção do IRT dos escalões 1 e 2 da
tabela de IRT, de Kz 70 000, 00 (Setenta mil Kwanzas) para Kz 100 000,00 (Cem
mil Kwanzas).
17. Note-se que o activo das empresas, maxime, activo imobilizado, no decurso
da sua vida útil pode sofrer desvalorizações que não resultem do seu uso
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normal, mas sim de outras realidades, como é o caso da desvalorização da
moeda de relato ocasionada pela inflação ou ainda decorrente de
variações cambiais não realizadas. É neste contexto que se revela necessário
ajustar o valor de registo inicial destes activos (custo histórico) para o valor
corrente na data da elaboração das desmonstrações financeiras (custo
real), com vista à garantia da coerência na informação contabilística da
empresa.
18. Com essa medida pretende-se actualizar o valor dos activos fixos, tendo
como objectivo apresentar valores mais próximos da realidade existente na
data do relato financeiro, permitindo uma visão realística aos utentes da
informação financeira.
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empresas sejam fiscalmente neutras, produzindo efeitos fiscais apenas no
momento da transmissão do activo ao valor real ao invés do custo histórico.
23. O Estado tem vindo a desenvolver medidas para alavancar o sector agrícola,
tendo em conta o seu papel fundamental no processo de diversificação da
economia, bem como para a promoção de meios de subsistência e redução
da pobreza.
24. Não obstante os esforços empreendidos, este importante sector tem estado
a vivenciar alguns constrangimentos, nomeadamente, relacionados com a
falta de infraestruturas adequadas, situação que tem influenciado
negativamente quer a produção, quer o escoamento dos produtos para o
mercado, acarretando, nas mais das vezes, prejuízos irreparáveis para os
produtores.
27. Note-se que o artigo 1.º do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei
n.º 19/14, de 22 de Outubro, determina que o Imposto Industrial incide sobre
os lucros imputáveis ao exercício de qualquer actividade de natureza
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comercial ou industrial, ainda que acidental, incluindo-se, naturalmente, a
actividade agrícola, desde que exercida por sujeitos passivos desse imposto.
28. O artigo 14.º do Código do Imposto Industrial determina como sendo custos
fiscais aceites os que se consideram indispensáveis para a manutenção da
fonte produtora dos rendimentos, enunciando, de seguida, nas suas alíneas,
de forma taxativa, quais os custos fiscalmente aceites, não contemplando os
encargos com a criação de infraestruturas não directamente ligadas ao
exercício da actividade, como são os casos das mencionadas.
32. Visando conferir maior eficiência no que diz respeito ao cumprimento das
obrigações tributárias por parte dos contribuintes, foi introduzida no artigo 24.º
uma alteração ao artigo 176.º do Código das Execuções Fiscais (CEF),
mediante alargamento do conceito de situação tributária não regularizada.
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33. Deste modo, ao contrário da norma do CEF que determina que não têm
situação regular apenas os contribuintes com processos de execução
instaurados, propõe-se que sejam considerados como não tendo situação
regularizada todos os contribuintes que não cumpram com qualquer
obrigação tributária, incluindo as obrigações declarativas.
34. Por forma a pôr fim às inúmeras reclamações de contribuintes singulares, que
se constituíram como comerciantes em nome individual para beneficiar de
financiamentos, em sede de diversos programas do Executivo, mas que não
chegaram a ser concretizados, foi inserido um artigo 25.º que introduz a
possibilidade de extinção de multas mediante actualização de Cadastro por
esses contribuintes junto da Repartição Fiscal de Domicílio.
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«O Presidente da República aprovou hoje, em Sessão do Conselho de Ministros,
para posterior envio à Assembleia Nacional, a proposta de Lei que aprova o
Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2024».
ARTIGO 1.º……………………………………………………………………………………………………………..19
(Aprovação) ............................................................................................................................................. 131319
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ARTIGO 8.º ................................................................................................................................................. 181824
(Alteração da taxa do Imposto sobre Sucessões e Doações de bens móveis) ............................. 313137
(Alteração das taxas contantes na Lei do Imposto sobre Veículos Motorizados) .......................... 323238
(Regime excepcional de regularização das dívidas à segurança social pelas empresas públicas em
processo de liquidação e extintas) ....................................................................................................... 353541
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ASSEMBLEIA NACIONAL
Lei n.º______/23
de _______de_______
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposições
combinadas das alíneas c) e) do artigo 161.º, com a alínea o) do n.º 1 do artigo
165.º, o n.º 1 do artigo 102.º e alínea d) do n.º 2 do artigo 166.º, todos da Constituição
da República de Angola, a seguinte:
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LEI QUE APROVA O ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO PARA O EXERCÍCIO
ECONÓMICO DE 2024
CAPÍTULO I
CONSTITUIÇÃO DO ORÇAMENTO
ARTIGO 1.º
(Aprovação)
ARTIGO 2.º
(Composição do orçamento)
1. O OGE 2024 comporta receita orçamental total estimada em Kz 24 715 263 134
196,00 (vinte e quatro biliões, setecentos e quinze mil, duzentos e sessenta e três
milhões, cento e trinta e quatro mil, cento e noventa e seis Kwanzas) e despesas
fixadas em igual montante para o mesmo período.
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4. As receitas provenientes de doações em espécie e em bens e serviços
integram obrigatoriamente o OGE 2024, desde que validadas pelo Titular do
Poder Executivo.
ARTIGO 3.º
(Peças integrantes)
CAPÍTULO II
AJUSTES ORÇAMENTAIS
ARTIGO 4.º
(Regras básicas)
c) Proceder aos ajustes, sempre que necessário, nos valores inseridos nas peças
constantes do artigo 3 .º da presente Lei, com vista à plena execução
das regras orçamentais, mormente a unicidade e a universalidade;
h) Definir as regras para que os órgãos que possuam receitas próprias superiores
às suas despesas possam financiar as despesas de órgãos do mesmo sector
inseridas no OGE.
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CAPÍTULO III
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
ARTIGO 5.º
(Financiamento)
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ARTIGO 6.º
(Gestão da dívida pública)
ARTIGO 7.º
(Garantias do Estado)
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2. O limite global para a concessão de novas garantias pelo Estado é fixado em
Kz 330 000 000 000,00 (Trezentos e trinta mil milhões de kwanzas).
CAPÍTULO IV
CONSIGNAÇÃO DE RECEITAS
ARTIGO 8.º
(Fundo de Equilíbrio)
ARTIGO 9.º
(Afectação de receitas fiscais)
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3. Nos termos do n.º 3 do artigo 52.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, aprovado pela Lei n.º 7/19, de 24 de Abril, no exercício
económico de 2024, as receitas fiscais resultantes da cobrança do Imposto
sobre o Valor Acrescentado são distribuídas nos seguintes termos:
CAPÍTULO V
DISCIPLINA ORÇAMENTAL
ARTIGO 10.º
(Execução orçamental)
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financeira ou em montante que exceda o limite dos créditos orçamentais
autorizados.
7. Qualquer encargo em moeda externa apenas pode ser assumido, desde que
o mesmo tenha como base um contrato celebrado com uma entidade não
residente cambial ou um contrato resultante de um procedimento de
contratação pública internacional.
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11. São permitidas admissões de novos funcionários para a Administração Pública,
para o preenchimento de vagas decorrentes de situações de reforma, de
abandono, de demissão, de transferência, de morte ou de outras
circunstâncias previstas em diploma próprio, devendo-se avaliar se a respectiva
vaga pode ou não ser preenchida com recurso a mobilidade interna ao nível
da Administração Pública.
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enquadrado e passa ao vínculo de colaborador, enquanto acumular
funções;
17. Para efeitos do disposto no número anterior, a realização de despesas deve ser
feita por autorização legislativa.
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ARTIGO 11.º
(Fiscalização Preventiva)
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ARTIGO 12.º
(Despesas e fundos especiais)
ARTIGO 13.º
(Transparência orçamental)
ARTIGO 14.º
(Balanço da execução orçamental)
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CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRIBUTÁRIAS E DE ESTABILIDADE ORÇAMENTAL
ARTIGO 15.º
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8. As Instituições Financeiras devem assegurar a retenção da contribuição especial,
sob pena de incorrerem em multa correspondente ao valor da contribuição
especial e sem prejuízo de outras sanções previstas no Código Geral Tributário.
ARTIGO 16.º
(Alteração ao Código Aduaneiro)
d) As despesas do processo.
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despesas de armazenagem da mercadoria arrematada é reduzido o percentual
até ao limite do montante devido.
ARTIGO 17.º
(Pagamento de dívidas aduaneiras em prestações)
ARTIGO 18.º
(Imposto Especial de Jogos)
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8. Sobre o valor global dos prémios aplicam-se as seguintes taxas de imposto
especial de jogos:
ARTIGO 19.º
(Benefícios para os Operadores Económicos Autorizados)
3. Estão isentos de IRT os rendimentos auferidos até ao limite de Kz 100 000,00 (cem
mil kwanzas).
ARTIGO 21.º
(Alteração ao Código do Imposto Industrial)
2. Não são aceites para efeitos fiscais os custos com amortizações do exercício
que sejam calculados sobre elementos do activo fixo, na parte resultante da
reavaliação nos termos do presente artigo, durante o tempo de vida útil do
bem.
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segregação das operações relacionadas com a reavaliação na
contabilidade.
ARTIGO 22.º
(Alteração da taxa do Imposto sobre Sucessões e Doações de bens móveis)
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Tabela n.º 1 (Sucessões e Doações)
Percentagem (%)
Nas transmissões
ARTIGO 23.º
(Alteração das taxas contantes na Lei do Imposto sobre Veículos Motorizados)
De 25 a 50 125 000,00
1 Até 2
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Tonelagem de Potência de Valor Unitário
Grupo
arqueação Bruta Propulsão (HP) (Kz)
2 De 3 até 10
3 De 11 até 30
4 De 31 até 50
5 De 51 até 70
6 Mais de 71
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Tabela n.º 3 (Aeronaves)
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ARTIGO 24.º
(Alteração ao Código das Execuções Fiscais)
Considera-se que não têm situação fiscal regularizada os contribuintes que tenham
deixado de cumprir com qualquer obrigação prevista nas Leis Tributárias.
ARTIGO 25.º
(Regularização excepcional de cadastro)
ARTIGO 26.º
(Regime excepcional de regularização das dívidas à segurança social pelas
empresas públicas em processo de liquidação e extintas)
ARTIGO 27.º
(Suspensão e restrição de direitos e regalias)
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a) Subsídio de manutenção de residência para todos os beneficiários;
direitos:
a) Subsídio de instalação em 25% para todos os beneficiários;
c) Com excepção das viagens no território nacional, redução das classes dos
Bilhetes de Viagem dos Titulares de cargos políticos, magistrados,
deputados e respectivos cônjuges, da 1.ª classe para a classe executiva,
e dos titulares de cargos de direcção e chefia, da classe executiva para
a classe económica.
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CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
ARTIGO 28.º
(Revisão orçamental)
ARTIGO 29.º
(Responsabilização e infracções contra as finanças públicas)
ARTIGO 30.º
(Revogação e Suspensão)
1. São revogados:
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ARTIGO 31.º
(Dúvidas e omissões)
ARTIGO 32.º
(Entrada em vigor)
Publique-se.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
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