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Pedro Alexandre Silva Santos 12.

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1.Emoções, Afectos e Sentimentos


2.Componentes das Emoções
3.Perspectivas sobre as Emoções
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1.Emoções, afectos e sentimentos

O bem maior do homem é a realização completa de sua razão, quando ela consegue
dominar os seus sentimentos e desejos e a partir daí, todos eles perdem seu sentido
de ser.
É comum a idéia de que, quando a mente humana entra em ação, em primeiro lugar
se formou o pensamento. Mas, numa camada mais profunda do que aquela em que se
forma o pensamento, surge o sentimento, que gera o pensamento.
As pessoas pensam porque sentem
A força criativa não é acionada diretamente pelo pensamento. Toda ação criativa é
decorrente de um sentimento. Portanto, os sentimentos desempenham um papel muito
importante, porque são eles que acionam todos os pensamentos e a materialização
das ações.
A Mente Subconsciente é a sede de todas as emoções, de todos os sentimentos. A
Mente Consciente é apenas uma área mental onde são registrados as emoções e os
sentimentos já experimentados. Esta é a razão porque as emoções e os sentimentos
gravados na Mente Subconsciente se manifestam com tanta força.
E, chega o momento onde é fundamental diferenciar emoções de sentimentos, pois
existe muita confusão. Na verdade emoções e sentimentos caminham muito perto um
do outro. Até porque, afloram do mesmo ponto da mente, o subconsciente, embora as
emoções sejam mais reptilianas (primitivas, instintivas, carentes de uma censura),
enquanto os sentimentos são emoções que já passaram por filtros conscienciais e
espirituais.
A grande diferença está no processo evolutivo do indivíduo, ou seja, se ele aceita ser
movido: pelos instintos e a irracionalidade - emoção
OU
pela espiritualidade, assumindo seu livre-arbítrio e todas as suas conseqüências -
sentimento
A emoção é um estado afetivo intenso, muito complexo, proveniente da REAÇÃO, ao
mesmo tempo mental e orgânica, sob a influência de certas excitações internas ou
externas. Na emoção existe forte influência dos instintos, das inferioridades e da não-
racionalidade.
O sentimento se distingue basicamente da emoção por estar revestido de um número
maior de elementos intelectuais e racionais. No sentimento já existe alguma
elaboração no sentido do entendimento e compreensão. No sentimento já acontece
uma aproximação da reflexão e do livre-arbítrio, da espiritualidade e da racionalidade
ou evolução humana.
Alegria é um sentimento. Euforia é emoção.
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A alegria é espontânea, na maioria das vezes não depende de um motivo ou causa,
ela simplesmente acontece e transborda. Ela é calma e contagiante. A euforia
atropela, é inadequada, incomoda e é pouco diplomática. Normalmente, após a euforia
seguem quadros de frustração, depressão e apatia.
Tristeza é um sentimento. Depressão é emoção.
A tristeza é inevitável em algumas situações da vida, mas ela pode ser vivenciada
juntamente com a paz, porque acontece a compreensão de que tudo é passageiro e
transitório, como também aprendizado.
Medo é um sentimento. Pânico é emoção.
Os medos são muitos e até servem como autoproteção, autopreservação ou alerta.
Mas o medo constante, sem motivo aparente ou real, que paralisa, revela falta de
lucidez e confiança. Coragem (coração + ação) é fazer com medo.
Raiva é um sentimento. Ódio é emoção.
É humano expressamos o sentimento de raiva, até como um posicionamento, um
discernimento. Mas este sentimento deve ser rápido, passageiro, o tempo de aprender
como transformá-lo em atitudes realizadoras, oportunidades do exercício da paciência,
tolerância e compreensão. Jamais deixe que a raiva se transforme em mágoa, rancor
ou ódio, pois este é o caminho da autodestruição.
Amor é um sentimento. Paixão é emoção.
O Amor anima e liberta. Junto com a paixão vêm de brinde o ciúme, a dor, insegurança
e a possessividade.
Existem três tipos de sentimentos:
Agradáveis
Desagradáveis
Neutros

Quando temos um sentimento desagradável, desejamos evitá-lo. Porém, o ideal é


voltar à respiração consciente, que vai oxigenar, trazer clareza e apenas observá-lo,
identificando-o em silêncio.
Note: Inspirando, tomo consciência de que há um sentimento desagradável em mim.
Expirando, percebo claramente que há um sentimento desagradável em mim. Raiva,
tristeza ou medo, nomeado e identificado com clareza, fica mais sincera e profunda e
forma de lidar com ele.
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2.Componentes das emoções


Cognição diz respeito ao conhecimento, então, emoção cognitiva é aquela que
sentimos e sabemos definir o porque de senti-la. Um bom exemplo é quando vemos
alguém atirar com uma arma em nossa direcção e sabemos que são tiros de festim.
Provavelmente nossa emoção é menor do que se não soubéssemos a respeito do festim.
A avaliação cognitiva é importante pois através dela podemos aprender a controlar uma
determinada emoção.

Componente cognitiva
Componente avaliativa
Componente fisiológica
Componente expressiva
Componente comportamental
Componente subjectiva

3.Perspectivas sobre as emoções


.Perspectiva evolutiva
Poucas ideias mudaram tão profundamente nossa visão da natureza como a de mudança
que implica na evolução dos seres vivos.
Realizado pelo time de Biologia Evolutiva da Monografia AD
Os organismos biológicos se agrupam em unidades naturais de reprodução que
denominamos espécies. As espécies que agora povoam a Terra procedem de outras
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espécies diferentes que existiram no passado, através de um processo de descendência
com modificação.
A evolução biológica é o processo histórico de transformação de algumas espécies em
outras espécies descendentes, e inclui a extinção da grande maioria das espécies que
existiram. Uma das ideias mais românticas contidas na evolução da vida é aque dois
organismos vivos quaisquer, por diferentes que sejam, compartilham um antecessor
comum em algum momento do passado.
Nós e qualquer chimpanzé actual compartilhamos um antepassado desde algo como 5
milhões anos. Também temos um antecessor comum com qualquer das bactérias hoje
existentes, ainda que o tempo a este antecessor se remonte neste caso a mais de 3
bilhões de anos.
A ideia de evolução por modificação e derivação de novas espécies implica na
existência de antepassados comuns para qualquer par de espécies. Há um antepassado
comum do homem e o chimpanzé, e do homem e as bactérias.
A evolução é o grande princípio unificador da Biologia, sem ela não é possível entender
nem as propriedades distintivas dos organismos, suas adaptações; nem as relações de
maior ou menor proximidade que existem entre as diferentes espécies.
A teoria evolutiva se relaciona com o resto da biologia de forma análoga como o estudo
da história se relaciona com as ciências sociais. A famosa frase do genético
evolucionista Theodosius Dobzhansky nada mais é do que uma aplicação particular do
princípio mais geral que afirma que nada pode entender-se sem uma perspectiva
histórica.

.Perspectiva Cognitivista

A perspectiva cognitivista da motivação merece, na actualidade,


de maior credibilidade científica comparativamente às concepções
mecanicistas, sendo estas últimas consideradas por alguns autores
(v.g. Ford, 1992; Weiner, 1992) como contributivas da crise da
Psicologia da Motivação.
De facto, a perspectiva cognitivista apresenta-se como uma mais
valia no estudo da motivação por possuir um enquadramento mais
actual e que resulta da defesa de que o princípio básico do
funcionamento dos motivos é a persistência da tensão ou da
homeoquinesia, do reconhecimento de que todo o comportamento
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humano é motivado e personalizado e que o sujeito é agente activo e
selectivo do seu comportamento – e não passivo e reactivo –,
estruturando-o em função das metas a atingir e das oportunidades
fornecidas pelas situações. Ou seja, o cognitivismo acresce à
explicação do comportamento, uma dimensão temporal de futuro,
não o definindo, somente, em função da experiência passada, como
era defendido pelo behaviorismo e psicanalismo (Abreu, 1980; Abreu,
1982; Jesus, 1995).
Passa-se, então, da fórmula “S-R” e “S-O-R”, – contendo variáveis
organísmicas intermediárias – para a fórmula “S-C-R” onde os
processos cognitivos são tidos como mediadores do
comportamento. Ou seja, as teorias cognitivistas assumem que as
situações ou estímulos (S) não levam a reacções (comportamentais
ou emocionais) (R) de um modo automático, directo ou mecanicista.
Ao invés, baseiam-se no pressuposto de que as cognições (C) têm um
papel mediador entre os estímulos e as reacções.
Segundo Lemos (1993), as teorias psicológicas de cariz cognitivista:
especificam a forma como os indivíduos seleccionam, processam,
armazenam, evocam e avaliam informação acerca de si próprios e do
meio ambiente; concebem que o processamento cognitivo dos
acontecimentos determina, em grande parte, a maneira como o
sujeito se comporta e se sente; abandonam as concepções do
comportamento como determinado, quer por características da
situação quer, por características gerais e estáveis de personalidade,
através de mecanismos automáticos.
Ou seja, “no contexto da valorização dos processos cognitivos
na determinação do comportamento, o estudo da motivação
foca-se nos processos cognitivos mediadores entre o
indivíduo e a situação, processos estes que são sobretudo
processos de avaliação, julgamentos” (Lemos, 1993, p. 15).
Por outro lado, as teorias cognitivistas negam a primazia dos
conceitos de necessidade ou de “drive” como impulsores da acção,
abarcando, deste modo, uma maior variabilidade de comportamentos
humanos nomeadamente os que são direccionados para novos
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objectivos, independentes do funcionamento orgânico e nunca antes
experienciados. A explicação da acção só é possível através da
ponderação dos processos cognitivos, constituindo estes o meio pelo
qual o sujeito adquire conhecimento, avalia o seu significado e valor e
orienta a sua acção (Paixão, 1996).
Nesta perspectiva “valorizam-se os processos de pensamento
intervenientes na sequência pensamento-acção, tais como as
expectativas, as intenções, os objectivos, as percepções e as crenças
acerca de si próprio e das situações” (Lemos, 1993, p. 16).
Assim, as abordagens cognitivistas da motivação valorizam os
determinantes subjectivos do comportamento e acentuam o
papel fundamental dos factores subjectivos na determinação
do comportamento, isto é, centram o estudo da motivação no
interior do indivíduo (opondo-se à perspectivação do
indivíduo motivado como um reactor às situações em que se
insere), reconhecendo o papel activo do sujeito na
estruturação da sua acção.

Deste modo, “ao acentuar o papel dos processos cognitivos, a


experiência passada e o contexto presente deixam de ser concebidos
como determinantes inelutáveis ou automáticos do comportamento”
(Lemos, 1993, p. 17). O papel da experiência passada e da
aprendizagem no comportamento consiste em fornecer os meios
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através dos quais o sujeito procura atingir o objectivo.
De resto, neste tipo de abordagens, a previsão de cenários futuros
é vista como um importante determinante da acção, isto é:
quando pensa, o sujeito pode facilmente saltar dos efeitos
para as causas, dos consequentes para os antecedentes, a
sua capacidade de reversibilidade liberta os processos
cognitivos das limitações físicas, temporais e especiais, o que
lhe permite todas as tentativas e erros, a exploração, a
combinação e construção activa (Lemos, 1993).
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