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Capítulo 12

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12.1. Prova para Controlador da Arrecadação – Antigo AFTN – 1985

1. A Siderúrgica Ajax S/A adquiriu determinada quantidade de minério de ferro


sobre o qual incide o ICMS no valor de CR$100.000,00 (cem mil cruzeiros reais).
Tal mineral foi utilizado na industrialização de vergalhões de ferro que deve-
rão sair da empresa, em face da venda já realizada a outra indústria que vai
submetê-los a outra etapa de industrialização. Existem dúvidas acerca do tra-
tamento tributário dessas operações no âmbito do Imposto sobre Produtos
Industrializados e Imposto de Circulação de Mercadorias. Em face do exposto,
pode-se concluir que, na saída da Siderúrgica: (adaptada)
a) já tendo ocorrido a incidência do ICMS, nenhum outro tributo poderá ser exigido,
uma vez que a sua característica básica é incidir apenas uma vez nas várias fases tri-
butadas excluindo ainda todos os demais tributos;
b) incidirá apenas o IPI já que a saída da indústria não pode, por força da Constituição,
constituir fato gerador de dois impostos;
c) incidirá tanto o IPI quanto o ICMS, tendo o último como base de cálculo o valor da
mercadoria excluído o IPI, podendo a Siderúrgica abater do valor a ser pago de ICMS
os CR$100.000,00 já incidentes na etapa anterior;
d) não sofrerá incidência do IPI já que não é a última etapa de industrialização e este im-
posto é não-cumulativo. No entanto, será devido o ICMS;
e) incidirá tanto o ICMS quanto o IPI e a base de cálculo do primeiro será o valor da mer-
cadoria acrescido do IPI, podendo a empresa abater do valor devido de ICMS o valor
de CR$100.000,00.

2. O regime tributário da empresa pública que opera em mercado de livre concor-


rência:
a) deve ser o mesmo daquela aplicável às empresas privadas;
b) pode ser distinto do relativo às empresas privadas, dependendo do que dispuser a
assembléia de acionistas para este fim convocada;
c) pode ser mais benéfico do que o das empresas privadas, em face do relevante inte-
resse nacional que suas atividades apresentem;
d) é de imunidade quanto aos impostos que incidem sobre a renda, propriedade ou ser-
viço;
e) é de imunidade em relação aos impostos que incidem sobre a renda, propriedade e
serviços, vinculados às suas atividades essenciais ou delas decorrentes.
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3. O princípio segundo o qual a entidade competente para tributar é também com-


petente para unilateralmente legislar sobre suas alíquotas sofre restrição no
caso de imposto sobre:
a) operação de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos e valores mobiliários;
b) importação de produtos estrangeiros;
c) operações relativas à circulação de mercadorias;
d) renda e provento de qualquer natureza;
e) serviços de qualquer natureza.

4. Em razão de dispositivo constitucional, é vedado exigir imposto que incida so-


bre:
a) a transmissão da propriedade de bem imóvel que um particular adquire da União;
b) a renda auferida por funcionários públicos, desde que efetivos em seu cargo;
c) a transferência da propriedade, no caso de imóvel rural desapropriado pela União
mediante pagamento em títulos da dívida agrária ao proprietário;
d) a propriedade imobiliária rural, quando utilizada exclusiva e integralmente na produ-
ção agrícola;
e) a transmissão da propriedade imobiliária, decorrente da alienação feita por pessoa
natural à pessoa jurídica, em qualquer caso, se o imóvel passa a integrar ativo imobi-
lizado da adquirente.

5. A lei tributária nova será:


a) irretroativa, quando se trata de lei expressamente interpretativa;
b) retroativa, no caso de ato não definitivamente julgado, quando lhe atribua penalida-
de mais benigna que a prevista na lei de regência anterior;
c) irretroativa, pois regerá as situações pendentes e futuras;
d) retroativa, mesmo nos casos de ato já julgado, quando deixe de defini-lo como infração;
e) retroativa, em qualquer caso, quando estabeleça tratamento mais favorável ao infra-
tor.

6. Se uma lei publicada no Diário Oficial da União, em 12 de julho de 1984, estabe-


lecer a isenção de Imposto Sobre a Renda na Fonte e silenciar quanto à data de
sua vigência, entende-se que entrará em vigor:
a) e produzirá efeitos quarenta e cinco dias após a sua publicação;
b) na data de sua publicação, mas produzirá seus efeitos a partir do exercício financeiro
seguinte ao da entrada em vigor;
c) e começará a produzir seus efeitos na data de sua publicação;
d) e terá eficácia a partir do exercício seguinte ao da sua publicação;
e) quarenta e cinco dias depois de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir do
exercício financeiro seguinte ao da sua vigência.

7. De acordo com o sistema tributário brasileiro, se publicada hoje:


a) lei estadual poderia eleger como contribuinte, para efeito de incidência do imposto
sobre transmissão, o particular que eventualmente venda bens móveis de próprio
uso;
b) lei municipal poderia conceituar como imóveis, por acessão física, os bens móveis
por destinação legal, para efeito de incidência de imposto municipal específico;
c) lei ordinária federal poderia conceder isenção de impostos estaduais, em face do re-
levante interesse social ou econômico;
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d) lei complementar federal poderia conceituar as diversas espécies do gênero “indus-
trialização”, para efeito de incidência dos impostos específicos;
e) lei ordinária federal poderia não mais considerar como bens imóveis, por acessão fí-
sica, para efeito de excluir a incidência do imposto municipal específico edifícios de
alvenaria.

8. Pode ser sujeito passivo da obrigação tributária:


a) na qualidade de responsável, terceira pessoa expressamente designada por lei, inde-
pendentemente de estar vinculada ao fato gerador respectivo;
b) na qualidade de contribuinte, o pai, relativamente a tributo devido por seu filho me-
nor;
c) na qualidade de responsável, a pessoa, determinada pelo sujeito ativo, que tenha re-
lação pessoal e direta com o fato gerador;
d) na qualidade de contribuinte, o herdeiro ou legatário, relativamente aos tributos de-
vidos pelo de cujus;
e) na qualidade de contribuinte, um menor de sete anos de idade.

9. Os tributos devidos pelo de cujus, até a data da abertura da sucessão, são da


responsabilidade pessoal:
a) do sucessor a qualquer título, e de cônjuge meeiro, se houver;
b) do locatário e do cônjuge meeiro, se houver;
c) do inventariante;
d) do espólio;
e) do herdeiro e do cônjuge meeiro, se houver.

10. O contrato de trabalho de Totó, bem conceituado jogador de futebol, firmado


com o Fluminense Futebol Clube, estabelece que incumbe ao citado clube assu-
mir, como seu encargo, o pagamento do Imposto Sobre a Renda incidente so-
bre salários, luvas e prêmios (bichos) recebidos pelo referido jogador. Daí se
conclui que:
a) transferência de encargos tributários produzirá efeitos entre as partes contratantes,
sendo não-oponível ao Fisco;
b) o Fluminense Futebol Clube, pelo contrato, assumiu a posição de responsável tribu-
tário;
c) a responsabilidade tributária do clube é subsidiária, sendo-lhe exigido o tributo,
quando o jogador evidencia impossibilidade de pagamento do tributo;
d) o Fluminense Futebol Clube assumiu a posição de substituto tributário, sendo a res-
ponsabilidade do jogador meramente supletiva;
e) o referido jogador não pode ser compelido, pela Secretaria da Receita Federal, a pa-
gar o citado tributo.

11. A União recebeu, em legado, metade de um terreno situado na zona urbana de


Santos, cuja propriedade passou a ter em comum com os herdeiros do de cujus.
O Município de Santos cobrou da União o Imposto Predial Territorial Urbano,
em sua totalidade. A União alegou nada ter a pagar em face da imunidade recí-
proca que a protege. Em face da solidariedade passiva que caracterizava o
caso, pode-se concluir:
a) que a imunidade recíproca da União não pode ser invocada, pois existe propriedade
em condomínio com terceiros que não podem ser beneficiados por um favor outor-
gado pessoalmente a um deles;
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b) a imunidade de que goza a União impede seja-lhe exigido o tributo; todavia, persiste
a solidariedade dos demais obrigados pelo saldo do tributo;
c) a imunidade da União exonera todos os demais obrigados de pagar o título;
d) a imunidade que goza a União, por ser pessoal, não aproveita aos demais condômi-
nos, que continuam obrigados a pagar o título pela totalidade;
e) a imunidade de que goza a União, por decorrência da solidariedade, aproveita aos
demais obrigados, portanto, estes nada mais têm a pagar relativamente ao referido
tributo.

12. Tendo o Fisco Federal verificado que o Sr. “Z” deixou de apresentar a sua decla-
ração de rendimentos, referente ao ano-base de 1977, até o dia 30 de abril do
ano seguinte (data prevista na lei) e, em conseqüência, não pagou o imposto
devido, embora o Fisco já pudesse proceder ao lançamento ex officio a partir
do dia seguinte àquele em que se esgotou o prazo para a referida entrega, per-
gunta-se: em dezembro de 1983, o Fisco poderia ou não proceder o lançamento
de ofício do respectivo crédito?
a) Sim.
b) Não, pois o Código Tributário Nacional estabelece para estes casos a remissão.
c) Não, pois já teriam ocorrido a decadência e a prescrição.
d) Não, pois já teria ocorrido a prescrição.
e) Não, pois já teria ocorrido a decadência.

13. Determinado contribuinte é proprietário de um apartamento e de um sítio, ha-


vidos por legado, em 1980, e gravados, respectivamente, com cláusulas da
inalienabilidade e impenhorabilidade. Além disso, é proprietário de dois ou-
tros imóveis: uma casa, adquirida em 1981, hipotecada a favor de um banco,
em 1982, como garantia de um empréstimo; e um lote, adquirido também em
1982. Tornando-se inadimplente, com relação ao imposto sobre a renda, esse
contribuinte é executado pela Fazenda Pública em 1983. Nessas condições:
a) não respondem pelo débito o apartamento, o sítio e a casa;
b) não responde pelo débito o lote;
c) não responde pelo débito o apartamento;
d) não respondem pelo débito o apartamento e o sítio;
e) respondem pelo débito o apartamento, o sítio, a casa e o lote.

14. Se determinado crédito foi objeto de inscrição válida e regular em Dívida Ativa,
a Fazenda Pública, apresentando a respectiva certidão:
a) deve, antes, provar a legitimidade do crédito, para, depois, poder executar o contri-
buinte, em face de presunção juris et jure;
b) pode executar o contribuinte, sendo possível a este ilidir a presunção juris tantum da
legitimidade do crédito;
c) pode executar o contribuinte, não mais cabendo contestação à legitimidade do crédi-
to, face à presunção juris tantum;
d) pode executar o contribuinte, sendo possível a este ilidir a presunção juris et jure da
legitimidade do crédito;
e) pode executar o contribuinte, não mais cabendo contestação à legitimidade do crédi-
to, em face da presunção juris et jure.
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15. A natureza jurídica do imposto relativamente às demais espécies tributárias é
determinável em razão de:
a) ele se submeter ao princípio da isonomia, ao contrário do que sucede à taxa e à con-
tribuição de melhoria;
b) existir, como vantagem para o contribuinte que o paga, contraprestação por parte do
Poder Público;
c) a receita dele proveniente ser empregada para cobrir as despesas gerais do Poder Pú-
blico;
d) a ele corresponderem obrigações surgidas de situações independentes de atividade
estatal específica relativa ao contribuinte;
e) seu fato gerador dar origem à prestação pecuniária compulsória, cobrada median-
te atividade administrativa plenamente vinculada, que não constitua sanção do
ato ilícito.

Gabarito CAF – 1985


1. C – art. 155, § 2o, XI, da CF
2. A – art. 150, § 3o, da CF
3. C – art. 155, § 2o, IV e V, da CF (vale lembrar que o art. 156, § 3o, I, da CF determina
que o ISS terá tanto as alíquotas máximas como mínimas fixadas por lei complemen-
tar federal. No entanto, as restrições com relação ao ICMS são bem maiores, uma
vez que o Senado tem a faculdade de fixar alíquotas máximas e mínimas para as
operações internas e obrigação de fixar aquelas aplicáveis às operações interesta-
duais. Aqui vale o bom fazedor de prova que tem que marcar a “mais correta”).
4. C – art. 184, § 5o, da CF
5. B – art. 106, II, do CTN
6. A – arts. 1o e 2o, da LICC e art. 101, do CTN
7. D – art. 146, III, da CF
8. E – art. 126, I, do CTN
9. D – art. 134, III, do CTN
10. A – art. 123 do CTN
11. B – art. 125, II, do CTN
12. A – art. 173, I do CTN
13. E – art. 184 do CTN
14. B – art. 204 e parágrafo único do CTN
15. D – art. 4o do CTN
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12.2. Prova para o Concurso do ICMS – RJ – 1989

1. A analogia do Direito Tributário é argumentada de:


a) interpretação;
b) lançamento;
c) integração;
d) correção;
e) exclusão.

2. Lei Estadual publicada em 15/09/1988, que concedeu a remissão de débitos


do ITBI, pôde ser aplicada na data de:
a) 01/01/1989;
b) 30/10/1988;
c) 25/10/1988;
d) 15/10/1988;
e) 15/09/1988.

3. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, exclui-se a inci-


dência do ITBI, em virtude de:
a) cessão da promessa de compra e venda;
b) aquisição por usucapião;
c) dação em pagamento;
d) arrecadação;
e) permuta.

4. A responsabilidade jurídica que caracteriza a substituição tributária é a:


a) do sócio, pelos tributos devidos por sociedades de pessoas;
b) do adquirente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos;
c) da terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da obrigação, em virtude de lei;
d) da pessoa jurídica, que adquiriu de outra fundo de comércio, pelos tributos corres-
pondentes;
e) do espólio correspondente aos tributos devidos pelo de cujus, até a data da abertura
da sucessão.

5. Pertencem aos Municípios parcelas do produto da arrecadação dos seguintes


tributos:
a) imposto sobre produtos industrializados e sobre propriedade de veículos auto-
motores;
b) imposto sobre a propriedade de veículos automotores e imposto sobre operação fi-
nanceira;
c) imposto sobre a propriedade territorial rural e imposto sobre operações financei-
ras;
d) imposto de renda retido na fonte e imposto sobre propriedade territorial rural;
e) imposto de renda retido na fonte e imposto sobre produtos industrializados.
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6. A Constituição autoriza à lei estabelecer o seguinte privilégio:
a) preferência tributária em relação ao Estado;
b) diferença tributária em razão do destino do bem;
c) distinção em razão de ocupação profissional do contribuinte;
d) tratamento desigual entre contribuintes encontrados em situação equivalente;
e) incentivo fiscal destinado a promover o equilíbrio do desenvolvimento socio-econô-
mico entre as diferentes regiões do País.

7. No regime da Constituição de 1988, do produto da arrecadação do imposto


sobre a propriedade territorial rural, constitui receita dos Municípios o per-
centual de: (adaptada)
a) 100%;
b) 80%;
c) 75%;
d) 50% ou 100%;
e) 25%.

8. A reforma tributária introduzida pela Constituição de 1988 manteve a defini-


ção do fato gerador do:
a) IVVCLG;
b) IUEE;
c) ITBI;
d) ICMS;
e) IPI.

9. A pessoa de direito, na respectiva circunstância, que responde solidariamente


pelo crédito tributário é:
a) o cônjuge meeiro, por tributo relativo ao de cujus;
b) o remitente, por tributo relativo ao bem remido;
c) o inventariante, por tributo relativo ao espólio;
d) o sucessor, por tributo relativo ao de cujus;
e) o espólio relativo ao de cujus.

10. A imunidade recíproca estende-se às seguintes pessoas:


a) fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
b) permissionárias de serviço e de interesse coletivo;
c) concessionárias de serviços públicos;
d) sociedades de economia mista;
e) empresas públicas.

11. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos, a autoridade com-


petente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação na se-
guinte ordem:
a) contribuição de melhoria/impostos/taxas;
b) impostos/contribuições de melhoria/taxas;
c) taxas/contribuições de melhoria/impostos;
d) impostos/taxas/contribuições de melhoria;
e) contribuições de melhoria/taxas/impostos.
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12. Em um processo de falência, certa massa falida apresenta a situação a seguir:


Recursos (depósitos bancários) R$ 20.000,00
Dívidas de natureza hipotecária R$ 2.000,00
Dívidas de natureza quirografária R$ 1.000,00
Dívidas de natureza trabalhista maiores que 150 salários
mínimos por credor R$ 7.000,00
Dívida a fornecedores R$ 8.000,00
Dívida de natureza tributária:
à União R$ 5.000,00
ao Estado do Rio de Janeiro R$ 3.000,00
ao Município do Rio de Janeiro R$ 6.000,00
ao Município de Campos R$ 4.000,00

Nesta hipótese, caberia ao Município de Campos, de acordo com o dispositivo


do Código Tributário Nacional, o recebimento do montante de:
a) R$ 1.200,00;
b) R$ 2.500,00;
c) R$ 4.000,00;
d) R$ 1.000,00;
e) R$ 500,00.

13. Segundo a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, o princí-


pio da anualidade não se aplica à revogação da isenção do seguinte tributo:
a) ITBI;
b) IPTU;
c) IOF;
d) ICM;
e) IR.

14. A competência tributária privativa dos municípios exclui a seguinte competência:


a) legislatividade dos Estados sobre a definição do fato gerador do ISS;
b) legislatividade da União sobre a definição do fato gerador do ISS;
c) administrativa dos Estados firmada em convênio;
d) judiciária dos Estados em grau de recurso;
e) judiciária da União em grau de recurso.

15. Das alternativas abaixo, aquela que não constitui privilégio processual da Fa-
zenda Pública é: (Não se preocupe, essa questão é sobre processo tributário
estadual.)
a) o prazo em dobro para responder a recurso;
b) o duplo grau obrigatório de jurisdição;
c) a execução por precatório requisitório;
d) o prazo em quádruplo para contestar;
e) o prazo em dobro para recorrer.

16. Incluem-se, na definição de tributos, prestações pecuniárias do tipo:


a) correspondentes às penalidades;
b) facultativas instituídas em lei;
c) obrigatórias instituídas em lei;
d) facultativas instituídas em decreto;
e) cobradas mediante atividade vinculada.
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17. Esgotado o prazo legal para lançamento de um tributo, sem que a Fazenda Pú-
blica o tenha efetuado, ocorre a situação de:
a) postergação;
b) prescrição;
c) decadência;
d) suspensão;
e) exclusão.

18. A dispensa legal do pagamento de crédito tributário devidamente constituído,


não-decorrente da infração, denomina-se:
a) ressarcimento;
b) imunidade;
c) remissão;
d) anistia;
e) isenção.

19. A vedação de estabelecer limitações ao tráfego interestadual de mercadoria re-


fere-se a:
a) pedágio;
b) tributo;
c) imposto;
d) multa;
e) taxa.

20. No sistema de Constituição de 1988, o IPI se distingue do ICMS pela extensão


do princípio da:
a) legalidade;
b) seletividade;
c) anterioridade;
d) irretroatividade;
e) não-cumulatividade.

21. De acordo com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal,


descabe a restituição do imposto indireto ao solvens, quando se tratar de:
a) imposto lançado por declaração;
b) estimativa fiscal, inexistindo tabelamento;
c) mercadoria tabelada sem inclusão do quantum do imposto;
d) mercadoria tabelada com inclusão do imposto cuja devolução se postula;
e) tributo incidente sobre a importação de bens para integrar o ativo fixo.

22. Esgotado o prazo para pagamento, o crédito tributário regularmente inscrito


na repartição competente recebe a denominação de:
a) dívida ativa;
b) restos a pagar;
c) receita residual;
d) débito incobrável;
e) indébito tributário.
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23. Um lançamento, regularmente notificado ao sujeito passivo, poderá ser altera-


do através de:
a) transferência de sujeição à pessoa isenta;
b) majoração superveniente das alíquotas do tributo;
c) modificação posterior da lei tributária;
d) interposição de recurso de ofício;
e) resolução do Senado Federal.

24. Na execução fiscal, o executado oferecerá embargos, no prazo de trinta dias,


contados a partir de: (Não se preocupe por não saber responder; esta pergunta
é sobre legislação estadual.)
a) juntada do mandato de citação aos autos;
b) intimação da penhora;
c) avaliação;
d) citação;
e) penhora.

25. Exclui-se do sistema dos impostos sobre a produção e a circulação de riquezas


o seguinte tributo:
a) IVVCLG;
b) IPVA;
c) ISS;
d) IOF;
e) IPI.

26. No Estado do Rio de Janeiro, o recurso hierárquico, no processo tributário, é


decidido pela seguinte autoridade: (Também é sobre legislação estadual.)
a) Superintendente da Administração Tributária;
b) Presidente do Conselho de Contribuintes;
c) Representante Geral da Fazenda;
d) Governador do Estado;
e) Secretário da Fazenda.

27. O fato gerador do imposto pode ser vinculado:


a) à atividade estatal específica relativa ao contribuinte;
b) à despesa realizada em benefício do contribuinte;
c) à capacidade contributiva do sujeito passivo;
d) ao exercício do poder de polícia;
e) à atividade estatal divisível.

28. É de competência dos Municípios a instituição de impostos sobre o seguinte


fato:
a) transmissão causa mortis de bens ou direitos;
b) cessão de direitos de aquisição de imóveis;
c) serviços intermunicipais de transporte;
d) proventos de funcionários municipais;
e) propriedade territorial rural.
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29. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, exclui-se do campo da
incidência do ICMS a saída física de máquinas e utensílios, a título de:
a) dação de pagamento;
b) consignação;
c) arrematação;
d) comodato;
e) doação.

30 As normas constitucionais recepcionaram a jurisprudência predominante do


Supremo Tribunal Federal, fixada em casos relativos ao ICMS e concernentes à
seguinte matéria:
a) alíquota interestadual na remessa de mercadorias para o consumo final;
b) incidência sobre a importação de bens para o ativo fixo;
c) crédito fiscal nos casos de não-incidência;
d) crédito fiscal nas operações isentas;
e) entrega de recursos aos Municípios.

Gabarito ICMS – RJ – 1989


1. C – art. 108 do CTN
2. B – arts. 1o e 2o do LICC
3. anulada por se tratar de jurisprudência
4. C – art. 128 do CTN
5. anulada por ter as cinco opções certas – arts. 157 a 159 da CF
6. E – art. 151, I, da CF
7. D – art. 158, II, da CF
8. E – art. 153, IV, da CF
9. C – art. 134, IV, do CTN
10. A – art. 150, § 2o, da CF
11. E – art. 163, II, do CTN
12. C – art. 187, parágrafo único, do CTN
13. anulada por se tratar de jurisprudência
14. A – art. 6o do CTN
15. D – esta questão é sobre legislação estadual
16. E – art. 3o do CTN
17. C – art. 173 do CTN
18. C – art. 172 do CTN
19. B – art. 150, V, da CF
20. B – arts. 153, § 3o, I, e 155, § 2o, III, da CF
21. C – anulada por se tratar de jurisprudência
22. A – art. 201 do CTN
23. D – art. 145 do CTN
24. B – art. 16, III, da Lei no 6.830/80-LEF
25. B – Capítulo IV, Título III, do Livro Primeiro do CTN
26. D – esta questão é sobre legislação estadual
27. C – art. 145, § 1o, da CF
28. B – art. 156, II, da CF
29. D – anulada por se tratar de jurisprudência
30. B – anulada por se tratar de jurisprudência
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12.3. Prova para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – 1989

1. Assinale a assertiva correta.


a) A competência dos Estados para legislar sobre Direito Tributário estende-se aos Mu-
nicípios, quando lhes atenda às peculiaridades.
b) Existindo norma geral da União sobre matéria tributária, os Estados ficam impedidos
de legislar supletivamente a respeito.
c) Os Estados exercerão a competência legislativa plena sobre normas gerais de Direito
Tributário, para atender a suas peculiaridades, ainda que exista lei federal sobre a
matéria.
d) Sobrevindo lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, a lei estadual tribu-
tária tem sua eficácia suspensa, no que aquela lhe for contrária.
e) A competência da União para legislar sobre Direito Tributário não está sujeita a qual-
quer limitação.

2. No dispositivo da Constituição Federal que diz caber à lei complementar esta-


belecer normas gerais em matéria de legislação tributária, não há referência
expressa à:
a) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributária;
b) dívida ativa tributária;
c) definição de espécies de tributos;
d) definição de tributos;
e) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades coo-
perativas.

3. Não pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro da publicação da lei que o
instituiu:
a) o imposto sobre importação de produtos estrangeiros;
b) o imposto sobre produtos industrializados;
c) o imposto sobre operação de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valo-
res mobiliários;
d) o imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionaliza-
dos;
e) o imposto sobre grandes fortunas.

4. Indique a assertiva correta.


a) Mesmo em caso de iminência de guerra externa, a União não pode instituir impostos
que não estejam compreendidos em sua competência tributária.
b) A isenção de tributo só pode ser concedida por lei específica, federal, estadual ou
municipal.
c) A instituição de imposto não-previsto na Constituição Federal demanda lei comple-
mentar.
d) O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujei-
ta-se exclusivamente à incidência do imposto sobre renda e proventos de qualquer
natureza de retenção na fonte, devido na operação de origem.
e) Os impostos instituídos com base na competência tributária residual têm que ser cu-
mulativos.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 13

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5. Uma contribuição social, instituída pela União para financiar a seguridade so-
cial, só poderá ser exigida:
a) a partir da data de publicação da lei que a houver instituído;
b) no exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei que a houver
instituído;
c) após decorridos noventa dias da data de publicação da lei que a houver instituído;
d) após decorridos quarenta e cinco dias da data da publicação da lei que a houver insti-
tuído;
e) em relação aos fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que hou-
ver instituído.

6. O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza é informado pelo cri-


tério da:
a) generalidade;
b) regressividade;
c) impessoalidade;
d) seletividade;
e) não-cumulatividade.

7. A natureza jurídica específica de um tributo é determinada:


a) em função de sua denominação jurídica formal;
b) pelas características da relação jurídico-tributária dele decorrente;
c) em razão das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação;
d) pela destinação legal do produto de sua arrecadação;
e) pelo fato gerador da respectiva obrigação tributária.

8. Quando tem por fato gerador uma situação que independe de qualquer ativida-
de estatal específica relativa ao contribuinte, diz-se um “tributo não-vincula-
do”. Nesse sentido, é “tributo não-vinculado”:
a) a taxa de fiscalização;
b) a contribuição de melhoria;
c) a taxa de limpeza pública;
d) a taxa de melhoramento dos portos;
e) o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza.

9. Em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, a autoridade competente


para julgar infrações à legislação tributária deve:
a) utilizar o princípio da eqüidade;
b) aplicar a analogia;
c) interpretar a norma da maneira mais favorável ao acusado;
d) eximir o acusado de qualquer penalidade;
e) aplicar a pena mais severa.

10. Assinale a alternativa que contenha a seqüência correta de respostas às três


perguntas abaixo.
1a Para definir o que é propriedade, domínio útil ou posse, com a finalidade de limi-
tar a tributação a respeito, são utilizáveis os princípios gerais de Direito Privado?
2a A lei tributária federal pode, para fins de definição de fato gerador de im-
posto, alterar o conceito de câmbio, seguro ou de título mobiliário?
14 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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3a O emprego da eqüidade, visando a atenuar os rigores de uma lei, pode re-


sultar na dispensa de tributo injusto?
a) Não. Não. Não.
b) Não. Não. Sim.
c) Não. Sim. Sim.
d) Sim. Sim. Sim.
e) Sim. Não. Não.

11. Quando o fato gerador for uma situação jurídica de natureza condicional, a res-
pectiva obrigação tributária surgirá a partir do momento da(o):
a) constituição do crédito tributário, com a entrega da notificação de lançamento ao su-
jeito passivo;
b) publicação da lei que defina como fato gerador essa situação jurídica;
c) implemento da condição suspensiva;
d) prática do ato jurídico, se suspensiva a condição;
e) implemento da condição resolutiva, ou da celebração do negócio jurídico, se suspen-
siva a condição.

12. Num contrato de locação, estipulou-se que o responsável pelo pagamento do


imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana seria o inquilino ou o
fiador. Esse contrato é válido, mas eficaz apenas entre:
a) as partes signatárias;
b) o locatário, o fiador e a Fazenda Pública;
c) os signatários e a Fazenda Pública;
d) o fiador e a Fazenda Pública;
e) o locatário e a Fazenda Pública.

13. É pessoalmente responsável o:


a) pai, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
b) adquirente, pelos tributos devidos em relação aos bens adquiridos;
c) tabelião, pelos tributos devidos em relação aos atos praticados por ele;
d) inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
e) tutor, pelos tributos devidos por seus tutelados.

14. Autuado por infração à legislação do imposto sobre produtos industrializa-


dos, um contribuinte defendeu-se judicialmente. A decisão final do litígio lhe
foi desfavorável. Intimado a pagar o imposto e a multa devidos, ele fica saben-
do que entrou em vigor uma lei que deixa de definir como infração o ato prati-
cado. Assinale a alternativa correta aplicável ao fato acima mencionado.
a) A lei vigente na época da infração somente não é aplicável ao caso, se foi expressa-
mente revogada pela posterior.
b) A nova lei não é aplicável ao caso, porque se trata de ato definitivamente julgado.
c) A nova lei retroage apenas para excluir a multa devida.
d) A nova lei retroage, para efeito de excluir o imposto devido.
e) Lei que estabelece normas gerais de Direito Tributário jamais se aplica a ato ou fato
pretérito.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 15

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15. Em caso de crédito tributário resultante de ato praticado com excesso de pode-
res por diretor de pessoa jurídica de Direito Privado:
a) a responsabilidade é da empresa, pois ela responde pelos atos praticados por seus
dirigentes, gerentes ou representantes;
b) o diretor responde subsidiariamente;
c) o diretor responde solidariamente com a empresa;
d) é da empresa a responsabilidade, pois esta independe da intenção do agente ou do
responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato;
e) o diretor responde pessoalmente.

16. A responsabilidade pessoal pelo crédito tributário não ocorre quanto a:


a) sócio, no caso de liquidação de sociedade de pessoas, em relação aos tributos devi-
dos pela liquidada;
b) sucessor a qualquer título (herdeiro ou legatário) pelos tributos devidos pelo de cujus;
c) espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus;
d) cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus;
e) remidor, pelos tributos relativos aos bens remidos.

17. A retificação de declaração pelo próprio declarante, com o objetivo de reduzir


ou excluir tributo:
a) tem que ser feita após a notificação do lançamento respectivo;
b) é admissível mediante comprovação do erro em que se fundamente;
c) não é admissível, se solicitada após o recolhimento integral do novo imposto líquido
a pagar, apurado na declaração retificadora;
d) é permitida somente até dez dias após a respectiva notificação;
e) só é admissível mediante fundamento legal indiscutível.

18. Uma das modalidades de exclusão do crédito tributário é a:


a) transação;
b) prescrição;
c) moratória;
d) anistia;
e) remissão.

19. É lançamento por homologação o efetuado pela autoridade administrativa


quando:
a) a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado, tempestivamente e na devida
forma, a declaração, deixou de atender no prazo legal a pedido de esclarecimento,
pela autoridade formulado; ou se recusou a prestá-lo; ou, ainda, o prestou insatisfa-
toriamente;
b) a legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa e a esta o de verificar se tal atividade foi regular-
mente cumprida;
c) a declaração não tenha sido prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da le-
gislação tributária;
d) deva ser apreciado fato não-conhecido ou não-provado por ocasião do lançamento
anterior;
e) se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da auto-
ridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade es-
sencial.
16 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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20. De acordo com o Código Tributário Nacional, a competência e os poderes das


autoridades administrativas, em matéria de fiscalização tributária:
a) não se exercem em relação a quaisquer pessoas jurídicas que gozem de imunidade
ou isenção, inclusive as de Direito Privado;
b) não se podem exercer sobre as pessoas naturais que gozem de isenção de caráter
pessoal;
c) não se exercem em relação a pessoas jurídicas de Direito Público que gozem de imu-
nidade;
d) devem ser regulados em uma lei de caráter geral, aplicável a todos os tributos da
União, dos Estados e dos Municípios;
e) devem ser regulados na legislação tributária, em caráter geral, ou especificamente
em função da natureza do tributo de que se tratar.

21. O contrabando e o descaminho:


a) são crimes para cuja configuração se exige que o agente atue com finalidade comer-
cial, isto é, com habitualidade, não bastando uma única ação isolada;
b) distinguem-se, sendo o primeiro a importação ou exportação de mercadoria proibida
e o segundo a importação de mercadoria com sonegação de tributos;
c) não se configuram quando a mercadoria, de origem brasileira, regularmente expor-
tada, é mais tarde reintroduzida clandestinamente no Brasil;
d) não admitem a forma tentada;
e) admitem a modalidade culposa, com punição atenuada.

22. A sonegação fiscal:


a) não admite co-autoria;
b) admite a modalidade culposa;
c) não se configura, na modalidade de prestação de declaração falsa, quando ocorra in-
tuito de sonegar tributos, sem a efetiva consumação da sonegação, devido à atuação
das autoridades fiscais;
d) é crime atribuído à pessoa jurídica, quando se trata de empresa, sendo por ela res-
ponsável toda a diretoria, coletivamente;
e) é crime de ação penal pública, não se exigindo para a instauração do processo crimi-
nal que primeiro se esgote, na instância administrativa, o julgamento do procedi-
mento fiscal.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 17

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Gabarito AFTN – 1989
1. D – art. 24, § 4o, da CF
2. B – art. 146, III, da CF
3. E – art. 150, § 1o, da CF
4. B e C – art. 154, I, e art. 150, § 6o, da CF (após a Emenda Constitucional no 3, de
17/03/1993)
5. C – art. 195, § 6o, da CF
6. A – art. 153, § 2o, I, da CF
7. E – art. 4o do CTN
8. E – art. 16 do CTN
9. C – art. 112, III, do CTN
10. E – art. 108, § 2o, art. 109 e art. 110 do CTN
11. C – art. 117, I, do CTN
12. A – art. 123 do CTN
13. B – art. 131, I, do CTN
14. B – art. 106, II, a, do CTN
15. E – art. 135, II, do CTN
16. A – art. 134, VII, do CTN
17. B – art. 147, § 1o, CTN
18. D – art. 175, II, do CTN
19. B – art. 150 do CTN
20. E – art. 194 do CTN
21. B – art. 334 do Código Penal, com redação dada pela Lei no 4.729/1965
22 E – art. 15 da Lei no 8.137/1990
18 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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12.4. Fiscal da Receita de Santos – SP – 1991

1. O princípio da igualdade diante da tributação deve ser entendido como signifi-


cando que:
a) todos os contribuintes devem ser tratados da mesma forma pela legislação tributária
do país;
b) alguns contribuintes ficam excluídos do tratamento legal igualitário, em razão de
usos e costumes do nosso país;
c) todos os contribuintes que se encontrem na mesma situação devem ser tratados
igualmente;
d) a lei não pode comportar distinções.

2. A atual repartição de receitas tributárias vigente no país dispõe que perten-


cem ao Município:
a) vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre ope-
rações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de comu-
nicação, ficando excluído o transporte interestadual e o transporte intermunicipal;
b) cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a pro-
priedade de veículos automotores licenciados no Estado;
c) cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a proprie-
dade territorial rural relativamente aos imóveis situados em cada Estado;
d) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles,
suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.

3. Em se tratando de fontes da tributação, a corrente doutrinária que aceita sua


classificação em fontes reais e formais defende posições no sentido de que:
a) a doutrina que verse, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes é fonte formal secundária do Direito Tributário;
b) as emendas à Constituição, visto que passam a integrar o texto constitucional, não
são fontes formais do Direito Tributário;
c) a relação jurídico-tributária entre fisco e contribuinte é uma relação obrigacional de
Direito Público que depende da existência de uma fonte real de tributação, diante da
qual é dispensável a existência de uma fonte formal;
d) certos órgãos judicantes da Administração proferem decisões definitivas na esfera
administrativa, que passam a ser normativas. Tal normatividade caracteriza essas
decisões como fonte formal originária da obrigação tributária.

4. Ao entrar em vigor, a lei não pode atingir fatos passados já consolidados, mas
há hipóteses de exceção, tais como:
a) nos casos decorrentes de uma alteração em dispositivos da Constituição que ve-
nham a declarar tributáveis situações anteriormente imunes;
b) os casos de lei que interpreta outra, limitada à função de esclarecer e suprir o que foi
legislado, sem criar tributos ou apenas não anteriormente mencionados no texto in-
terpretado;
c) nos casos de fato gerador pendente, que são alcançados pela lei nova, mesmo que
esta ainda não esteja vigente;
d) nos casos de fato gerador complexo em que os seus elementos essenciais já estejam
realizados.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 19

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5. Ao se examinar o nascimento de uma obrigação tributária, percebe-se que ele
supõe a existência de dois ângulos ou facetas: o puramente abstrato ou norma-
tivo e o concretizado ou realizado. Em razão de tal observação, podemos con-
cluir que:
a) os efeitos da obrigação jurídico-tributária não surgirão com a só existência abstrata
da descrição legal. É preciso que ocorra materialmente o ato ou fato descrito na lei,
antes de esgotado o prazo prescricional, para que se possa considerar nascida a obri-
gação tributária;
b) a norma tributária descreve um antecedente que, uma vez ocorrido, vai produzir o
efeito de obrigar alguém a pagar o tributo, se tratar de obrigação principal, ou vai im-
por um dever de fazer ou deixar de fazer, se tratar de obrigação acessória;
c) a matéria tributária que só existe na previsão legal poderá ser considerada como efe-
tiva obrigação tributária caso a lei estabeleça que a concretização de tal situação de
fato fica sujeita a uma condição suspensiva ou resolutória;
d) para que se possa considerar efetivamente nascida a obrigação tributária não é ne-
cessário existir disposição normativa e fato concreto a ela adequado, bastando para
tanto que o ângulo material, concretizado ou realizado, tenha sido previsto na Cons-
tituição.

6. Quando, na mesma obrigação, concorrem mais de um credor ou mais de um de-


vedor, pela solidariedade, cada um terá direito ou estará obrigado relativa-
mente ao total da dívida. Considerando-se a solidariedade em matéria tributá-
ria, podemos concluir que:
a) a solidariedade demanda sempre uma previsão legal, não podendo ser presumida,
mesmo considerando-se que tal conclusão eliminaria a solidariedade ativa tributária,
não prevista em lei;
b) a lei pode estender a solidariedade tributária passiva a pessoas que não tenham inte-
resse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
c) somente na esfera judicial o fisco encontrará solução para o conflito criado entre a
disposição legal que considera o crédito tributário privilegiado pela preferência e a
lei que assegura que a solidariedade tributária passiva não comporta benefício de or-
dem;
d) se a lei prevê solidariedade tributária em determinado caso mesmo que um dos deve-
dores seja imune, responderá pelo débito com os demais contribuintes, favorecido
pelo benefício de ordem.

7. Considerado-se que lançamento é procedimento administrativo vinculado e


obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional, podemos afirmar que:
a) a autoridade administrativa não pode deixar de praticá-lo e deve desempenhá-lo no
momento, forma, modo e condições estabelecidos em lei;
b) o lançamento por homologação somente ocorre nos casos excepcionais em que o su-
jeito passivo, por lapso da administração que deixou de lançar, faz seu próprio lança-
mento (= autolançamento);
c) o funcionário que deixar de lançar perderá seu cargo, como penalidade pelo fato de
que sua omissão impede que o fisco exija a concretização do fato gerador;
d) no autolançamento, praticado nos casos em que a lei o permitir, considera-se extinto
o crédito no momento em que o contribuinte efetuar o pagamento do tributo por ele
lançado.
20 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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8. Em razão da supremacia do interesse público, é perfeitamente correto admitir


que:
a) por “garantias” do crédito tributário deve-se entender os meios administrativos que
asseguram ao Estado o direito de fazer o lançamento sempre que se comprove que o
sujeito passivo agiu com dolo contra o fisco;
b) considera-se privilégio do crédito tributário a posição de superioridade de que dis-
põe com relação a diversos outros créditos;
c) apesar da supremacia do executivo fiscal, a cobrança judicial do crédito tributário
fica sujeita ao concurso de credores nos casos de falência, exceto com relação ao
concurso de preferência entre pessoas jurídicas de Direito Público;
d) os créditos tributários vincendos após a decretação de falência não são considerados
privilegiados em favor do fisco.

9. Incidência, não-incidência, imunidade e isenção são categorias especiais da


técnica de tributação. Sobre elas podemos dizer que:
a) é condição indispensável para que ocorra a “incidência” tributária estar a situação de
fato previamente descrita na Constituição;
b) em razão das prerrogativas de seu cargo, o fiscal de tributos, examinando um fato
concreto, poderá decretar a “não-incidência” de um tributo, mesmo que a lei o des-
creva como gerador da obrigação de pagar;
c) o contribuinte beneficiado pela imunidade fica dispensado do pagamento do tributo
devido, em razão do que possa estar disposto na Constituição;
d) isenção só e concedida por lei especificadora de condições e requisitos, necessaria-
mente relativa a tributos já existentes.

10. Há controvérsias sobre se as contribuições parafiscais são um tributo com ca-


ráter específico, ou se não passam de um imposto ou de uma taxa. Apesar dis-
so, é possível concordarmos acerca de que:
a) a parafiscalidade tem caráter coercitivo desde que se refira a contribuições devidas
diretamente a qualquer das três esferas de poder, excluídas, portanto, as autarquias;
b) é jurídico-administrativa a natureza da parafiscalidade, considerando-se sua aplica-
bilidade às receitas das autarquias;
c) é característica da contribuição parafiscal ter sua arrecadação confiada pelo Estado a
uma entidade dotada de autonomia administrativa e financeira, para cujos cofres é
carreado o seu produto;
d) as instituições que se beneficiam das contribuições parafiscais não são pessoas de
Direito Público nem são responsáveis por dinheiro a ser aplicado especificamente em
fins públicos.

11. Destacando-se o ICMS, dentre os vários impostos de competência estadual, so-


bre ele podemos afirmar que:
a) por ser cumulativa a base de calculo do ICMS, não é possível a utilização do direito a
crédito sempre que o imposto tenha incidido na operação de circulação anterior;
b) operações relativas a circulação de energia elétrica dentro de um mesmo Estado não
se constituem em fato gerador do ICMS;
c) é competência privativa do Senado Federal estabelecer as alíquotas de ICMS aplicá-
veis às operações internas, interestaduais e de exportação;
d) poderá o ICMS comportar alíquotas diferenciadas em função da essencialidade das
mercadorias e dos serviços sobre os quais se aplique.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 21

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12. Destacando-se os impostos sobre a importação e sobre a exportação, dentre os
de competência da União, podemos sobre eles afirmar o seguinte:
a) as alíquotas do imposto de importação são fixadas de forma a torná-lo um tributo de
finalidade nitidamente extrafiscal;
b) o contribuinte do imposto sobre a exportação será sempre o exportador que consiga
elevar o preço de seu produto no mercado internacional;
c) os impostos de importação e de exportação são considerados regulatórios pela dou-
trina porque suas respectivas alíquotas permitem principalmente propiciar arrecada-
ção sobre as atividades de comércio interno e externo;
d) é facultado ao Poder Legislativo alterar as alíquotas do imposto de importação sem
que se submeta ao princípio da anterioridade do exercício.

13. Em razão de conflito entre os interesses do Estado, que busca a maior rentabi-
lidade de seus tributos, e os do contribuinte, que deseja assumir o menor ônus
possível, é viável ocorrerem situações tais como as abaixo descritas, classifi-
cadas pela doutrina como:
a) sonegação, quando o contribuinte ilicitamente, por ação ou omissão dolosa anterior
à ocorrência do fato gerador, impede que o fisco tenha acesso a informações relati-
vas ao sujeito passivo;
b) economia de imposto, quando o contribuinte, licitamente, após a ocorrência do fato
gerador, opta pela alternativa de lançamento que lhe seja menos onerosa, omitindo
apenas detalhes que antecipariam a arrecadação;
c) sonegação, quando o contribuinte, após a ocorrência do fato gerador, vale-se de
comportamento tendente a impedir ou retardar o conhecimento, por parte do fisco,
relativo ao fato gerador ou a condições pessoais do contribuinte;
d) planejamento tributário, quando o contribuinte aproveita-se da lei, na parte em que
esta lhe permite submeter-se ao menor sacrifício, para esconder do fisco a ocorrên-
cia de um fato gerador.

14. Demonstrando seus conhecimentos acerca de inscrição do crédito tributário


na dívida ativa e sobre a prova de quitação do tributo devido, assinale a única,
dentre as afirmativas abaixo, que pode ser considerada correta.
a) O crédito tributário deve ser inscrito na repartição administrativa competente. Para
que sua liquidez não seja prejudicada, a partir dessa inscrição não fluirão juros de
mora.
b) A Fazenda Pública produz seu título executivo extrajudicial extraindo do livro de re-
gistro da dívida ativa a certidão da inscrição devida.
c) O funcionário que dolosamente exarar certidão negativa contendo erro contra a Fa-
zenda Pública será responsabilizado criminalmente pelo ilícito que praticou, mas o
fisco deverá cobrar seu crédito unicamente na pessoa do contribuinte devedor.
d) Os doutrinadores têm criticado, como extremamente injusta, a atual legislação tribu-
tária nacional, que favorece o fisco ao presumir líquida e certa a dívida regularmente
inscrita, sem admitir que o contribuinte possa produzir prova em contrário.

15. O poder de fiscalização está contido no próprio poder impositivo estatal. Mes-
mo assim, as autoridades fiscais, no exercício de sua função, não devem es-
quecer que:
a) todas as pessoas jurídicas de direito privado e apenas as pessoas naturais considera-
das contribuintes têm a obrigação de suportar a fiscalização tributária definida nos
regulamentos administrativos;
22 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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b) as pessoas jurídicas de fins sociais ou educacionais e as demais que gozam de imuni-


dade tributária não são obrigadas a suportar fiscalização e cumprir obrigações aces-
sórias;
c) salvo as hipóteses de informações recíprocas entre as fazendas públicas, será res-
ponsabilizada civil e criminalmente a autoridade fiscal que divulgar qualquer infor-
mação obtida em razão da fiscalização;
d) por exercício regular de fiscalização deve ser entendido aquele realizado por qual-
quer funcionário público nomeado pelo Executivo, com aprovação do Legislativo,
atribuições especificadas no Código Tributário e atendendo a respeitosas normas de
conduta no trato com o contribuinte.

16. O processo tributário administrativo desenvolve-se perante autoridades admi-


nistrativas, objetivando decisão sobre controvérsia entre o fisco e o contribuin-
te, a respeito de relação jurídico-tributária. Sobre ele podemos afirmar que:
a) tem seu início apenas quando o contribuinte, ao invés de cumprir as exigências con-
tidas no auto de infração, apresenta impugnação contra o mesmo;
b) não é possível ao contribuinte requerer diligência para produção de provas em seu
favor, enquanto em processo administrativo fiscal; tal providência lhe será assegura-
da apenas na esfera judicial;
c) o sujeito passivo da obrigação tributária não pode instaurar processo tributário ad-
ministrativo, nem mesmo através de reclamação por petição. Somente compete ins-
taurar processo administrativo à autoridade administrativa que realizou o lançamen-
to ou expediu o auto de infração que o contribuinte deseja impugnar;
d) no contencioso administrativo tributário, a não-apresentação de defesa por parte do
autuado importará na declaração de revelia, com o reconhecimento tácito das exi-
gências feitas através do auto de infração.

Gabarito – Fiscal da Receita de Santos – SP – 1991


1. C – art. 150, II, da CF
2. D – art. 158, I, da CF
3. B – art. 86 do CTN
4. B – art. 106, I, do CTN
5. B – arts. 114 e 115 do CTN
6. B – art. 124, II, do CTN
7. A – art. 142, parágrafo único, do CTN
8. B – art. 186 do CTN
9. C – imunidade é vedação constitucional
10. C – art. 149 da CF (lembrar que existem exceções, tais como PIS, Pasep e outras)
11. D – art. 155, § 2o, III, da CF
12. C – arts. 150, § 1o, e 153, § 1o, da CF
13. C – Decreto-Lei no 87.981/1982 e arts. 71 a 73 da Lei no 4.502/1964
14. B – art. 102, parágrafo único, do CTN
15. D – arts. 194 e seguintes do CTN
16. C – arts. 198 e 199 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 23

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12.5. Prova para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – 1991

1. Em relação ao Direito como um todo, o Direito Tributário:


a) é totalmente independente dos demais ramos, possuindo metodologia própria de in-
terpretação e estruturação;
b) vincula-se apenas ao Direito Administrativo, não se relacionando com os demais
ramos;
c) vincula-se apenas ao Direito Constitucional, não se relacionando com os demais ra-
mos;
d) é considerado autônomo apenas do ponto de vista didático, relacionando-se com to-
dos os demais ramos, dada a unicidade do Direito;
e) relaciona-se apenas com os demais ramos do Direito Público, prescindindo totalmen-
te dos diversos ramos do Direito Privado.

2. Lei complementar da União instituiu empréstimo compulsório para absorver


temporariamente o poder aquisitivo da população, em face da tendência à hi-
perinflação. Esse empréstimo compulsório:
a) é inconstitucional, por ter sido instituído por lei complementar;
b) deveria ter sido instituído por lei ordinária federal;
c) é constitucional, por ter sido instituído por lei complementar;
d) é inconstitucional, pois não corresponde às hipóteses constitucionais de empréstimo
compulsório;
e) é constitucional, pois se trata de matéria urgente e de relevante interesse nacional.

3. José, contribuinte do IPTU, reside em imóvel de sua propriedade, defronte a


uma praça municipal. A prefeitura local canalizou ali um córrego, asfaltou as
ruas adjacentes à praça, arborizando-a. Por conseqüência, a casa de José au-
mentou de preço. Em face do exposto, José, em razão da valorização de sua
propriedade, está potencialmente:
a) sujeito ao pagamento de contribuição de melhoria;
b) sujeito ao pagamento apenas de IPTU;
c) sujeito ao pagamento de taxas pela utilização de serviços públicos, específicos e di-
visíveis;
d) sujeito ao pagamento de taxa pelo exercício do poder de polícia;
e) livre da exigência de qualquer outro tributo, pois já é contribuinte do IPTU, e com
base na arrecadação desse tributo é que foram feitas as obras.

4. Para se determinar a natureza jurídica de um tributo, é fundamental:


a) o tipo de lançamento utilizado para a constituição do crédito tributário;
b) a destinação legal do produto da arrecadação;
c) os prazos de recolhimento estabelecidos para o cumprimento da obrigação;
d) a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
e) o fato gerador da respectiva obrigação.

5. Prédio de propriedade da União não pode ser submetido à incidência do impos-


to sobre a propriedade predial e territorial urbana, por força do princípio cons-
titucional da:
a) imunidade tributária objetiva;
b) isenção tributária;
24 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

c) imunidade tributária recíproca;


d) não-diferenciação tributária;
e) isonomia tributária.

6. Lei da União, publicada em 16 de janeiro de 1991, instituiu contribuição em fa-


vor da seguridade social incidente sobre o concurso de prognóstico. É correto
afirmar que essa contribuição:
a) é exigível quarenta e cinco dias após a data da publicação da lei;
b) só poderá ser exigida noventa dias após a data da publicação da lei instituidora;
c) pode ser exigível a partir da publicação da lei que a criou;
d) é inconstitucional, pois falece competência à União para instituí-la;
e) terá eficácia somente a partir do exercício financeiro seguinte ao de sua instituição,
em face do princípio da anterioridade da lei.

7. Lei Federal, publicada em 15 de janeiro de 1991, criou taxa de fiscalização sani-


tária, cuja base de cálculo é idêntica à do Imposto de Circulação de Mercadorias
e de Prestação de Serviços, sendo a alíquota de 0,001% (um milésimo por cen-
to). Tal taxa:
a) é constitucional, pois está compreendida na competência da União;
b) poderá ser cobrada no exercício financeiro de 1991;
c) é inconstitucional, por não ser a União competente para criá-la;
d) é constitucional, mas somente poderá ser cobrada no exercício de 1992;
e) é inconstitucional, em face de sua base de cálculo.

8. O Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,


pode alterar as alíquotas dos seguintes tributos:
a) imposto de renda, imposto sobre produtos industrializados, imposto de importação
e imposto de exportação;
b) imposto sobre propriedade territorial rural, imposto sobre operações financeiras, im-
posto de importação, imposto de exportação;
c) imposto sobre operações financeiras, imposto sobre produtos industrializados,
imposto de importação e imposto de exportação;
d) imposto de importação, imposto de exportação, imposto de circulação de mercado-
rias e prestação de serviços e imposto sobre produtos de qualquer natureza;
e) empréstimo compulsório, imposto de importação, imposto de exportação, imposto
sobre produtos industrializados.

9. A empresa Aurum Ltda. importou dos Estados Unidos da América uma tonela-
da de ouro definido em lei como ativo financeiro. Esta importação está sujeita
ao imposto sobre:
a) operação de crédito, câmbio e seguro ou relativo a valores mobiliários;
b) importação de produtos estrangeiros;
c) produtos industrializados;
d) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços;
e) grandes fortunas.

10. A competência tributária residual da União caracteriza-se pela possibilidade de ela:


a) aumentar seus impostos, majorando base de cálculo ou alíquotas, mas respeitados
os princípios constitucionais;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 25

Série Provas e Concursos


b) instituir impostos extraordinários, havendo iminência ou no caso de guerra externa;
c) criar, por lei complementar, um novo imposto, distinto do previsto na Constituição,
de índole não-cumulativa;
d) instituir empréstimos compulsórios, no caso expressamente previsto na Constitui-
ção;
e) instituir taxas e contribuições de melhorias.

11. Lei federal, que fixa alíquotas aplicáveis ao imposto sobre produtos industria-
lizados, estabeleceu que a alíquota referente a navios produzidos no Estado
do Rio de Janeiro é de 1%, e a dos produzidos no resto do país, 8%. Tal disposi-
ção vulnera o princípio constitucional da:
a) seletividade do imposto sobre produtos industrializados;
b) uniformidade geográfica da tributação;
c) liberdade de trânsito;
d) capacidade contributiva;
e) não-discriminação entre procedência e destino do produto.

12. Indique o tributo que não pode incidir sobre a gasolina, em face de regra esta-
belecida pela Constituição.
a) Imposto sobre produto industrializado.
b) Imposto de circulação de mercadoria e prestação de serviços.
c) Imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos.
d) Imposto de importação.
e) Imposto de exportação.

13. Em 12/12/1988, foi publicada uma lei majorando alíquotas do imposto sobre
produtos industrializados e da tabela anual do imposto de renda pessoa física.
Essa lei carece de disposição sobre sua vigência. A cobrança desses aumentos
poderá ser efetuada, respectivamente, a partir de:
a) 12/12/1988; 01/01/1989.
b) 26/01/1989; 01/01/1990.
c) 11/01/1989; 01/01/1989.
d) 26/01/1989; 26/01/1989.
e) 11/01/1989; 01/01/1990.

14. A autoridade administrativa pode recusar o domicílio tributário eleito pelo


contribuinte:
a) quando o local eleito impossibilitar ou dificultar a arrecadação ou fiscalização do tri-
buto;
b) quando exercer atividade econômica em local diverso do escolhido para domicílio
tributário;
c) quando o local eleito não corresponder ao centro habitual de atividade do contribuinte;
d) quando o local eleito não corresponder à residência habitual do contribuinte;
e) discriminatoriamente, pois o domicílio tributário é um fato e não um produto da von-
tade declarada pelo contribuinte.

15. Dona Geni Buarque, que explora lenocínio, teve os rendimentos auferidos na
referida atividade, submetidos à incidência do imposto de renda da pessoa fí-
sica, pela fiscalização da pessoa física da Delegacia da Receita Federal. Indique
tratamento adequado ao caso.
26 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

a) Por configurar ilícito penal e atentado aos bons costumes, a matéria está fora da área
de incidência tributária.
b) Por caracterizar uma atividade ilícita juridicamente, o titular é incapaz sob o ponto de
vista tributário.
c) Tratando-se de ilícito penal, não há que se falar em incidência tributária.
d) Tratando-se de ato contra os bons costumes, repugna ao Direito Tributário conside-
rá-lo como suscetível de submeter à incidência da norma tributária.
e) A matéria está dentro do campo de incidência tributária, eis que para o Direito Tribu-
tário é irrelevante a licitude ou ilicitude da atividade tributada.

16. Em relação às afirmativas abaixo, assinale a opção correta.


1 – A obrigação tributária principal tem por objeto o pagamento de tributo ou
multa.
2 – A obrigação tributária acessória tem por objeto qualquer outra prestação
imposta pela legislação tributária.
3 – A aplicação de penalidade não-pecuniária origina uma obrigação tributária
principal.
a) Somente a primeira é correta.
b) Somente a segunda é correta.
c) Somente a terceira é correta.
d) As duas primeiras são corretas.
e) As três são corretas.

17. Regra geral, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
a) tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que tenha sido iniciada a sua
constituição, nos termos do direito aplicável;
b) tratando-se de situação de fato, desde o momento em que estejam em vias de se con-
cretizar as circunstâncias materiais que produzirão os efeitos que lhe são próprios;
c) em qualquer situação, desde o momento em que se identifique o contribuinte, nos
termos do direito aplicável;
d) tratando-se de situação de fato, desde o momento da prática do ato ou da celebração
do negócio;
e) tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos do direito pertinente.

18. Regra geral, tratando-se de situação jurídica, considera-se ocorrido o fato ge-
rador, em relação aos negócios jurídicos submetidos à condição resolutória, a
partir do momento do(a):
a) ocorrência da situação fática;
b) implemento da condição resolutória;
c) celebração do negócio;
d) implemento da condição suspensiva;
e) verificação das circunstâncias materiais necessárias para que a situação de fato pro-
duza os efeitos que normalmente lhe são próprios.

19. A alíquota do imposto sobre a propriedade territorial rural, em 1989, era de


1,5%; em 1990, de 2%; e de 1%, em 1991. Durante o ano de 1991, o Fisco Federal,
verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de 1989, efetuou o lança-
mento à alíquota de 2%. Joaquim entende que a alíquota deve ser de 1%. Assim:
a) Joaquim está com entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em que
ocorreram o lançamento e a notificação;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 27

Série Provas e Concursos


b) o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior;
c) a alíquota aplicável é a de 1%, por conseqüência do princípio in dubio pro reo;
d) a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, a de 1,5%;
e) a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas.

20. Laticínios Sertanejo Ltda. foi incorporado por Laticínio Brasília S/A, em
16/04/1991. Posteriormente, o Fisco Federal levantou crédito tributário da
responsabilidade do Laticínio Sertanejo Ltda., anterior à data da incorporação.
Esse crédito tributário:
a) não mais pode ser cobrado;
b) deve ser cobrado somente dos antigos sócios do Laticínio Sertanejo Ltda.;
c) deve ser cobrado somente do conjunto com os demais débitos tributários, inclusive
estaduais e municipais, do laticínio incorporado;
d) deve ser cobrado sem que haja, entretanto, imposição a qualquer penalidade;
e) deve ser cobrado do Laticínios Brasília S/A.

21. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua fato gera-
dor da obrigação tributária principal:
a) podem alegar o benefício da ordem;
b) podem invocar o benefício de divisão;
c) são solidariamente obrigadas;
d) são obrigadas subsidiariamente;
e) são todas obrigadas: uma como devedora principal e as outras subsidiariamente.

22. Em contrato de locação de imóvel ficou pactuado entre o locador, o locatário e


a empresa administradora do imóvel que o locatário assumiria todos os encar-
gos tributários incidentes sobre o imóvel, ficando a empresa administradora
responsável pela sua administração e fiel execução de todas as cláusulas con-
tratuais, que exigissem a sua interveniência. Considerando-se que o locador,
como proprietário do imóvel, é o contribuinte do imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana, o Município deve cobrar o tributo, nos termos do
Código Tributário Nacional, do:
a) locatário, em face do disposto no referido contrato, em que lhe transfere o encargo
tributário;
b) locatário, e, sucessivamente, da empresa administradora, se o primeiro recusar-se a
pagá-lo;
c) locador ou do locatário, em face de disposição contratual referida;
d) locador, pois os acordos particulares não vinculam, nessa mesma matéria, o Fisco;
e) locador, do locatário ou da empresa administradora, conforme a conveniência do Fisco.

23. O crédito tributário tem preferência sobre qualquer outro, com exceção do re-
ferente a:
a) crédito hipotecário anterior ao lançamento;
b) dívida para o Sistema Financeiro da Habitação;
c) crédito decorrente da legislação trabalhista;
d) dívida decorrente de falência ou concordata;
e) dívida pela compra de material para construção de casa própria do contribuinte.
28 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

24. O favor fiscal que, estabelecido em lei do poder tributante competente, dispen-
sa o contribuinte do pagamento do tributo devido é:
a) imunidade;
b) isenção;
c) isonomia;
d) moratória;
e) prescrição.

25. O comerciante x deve CR$500.000,00, a título de imposto de renda à União. Ao


mesmo tempo, é credor da União no valor de CR$600.000,00, dívida já vencida,
pelo fornecimento de mercadorias. O crédito tributário, então, será extinto:
a) automaticamente, pela transação, nos termos do CTN;
b) automaticamente, pela decadência, na data do vencimento do crédito do contribuin-
te;
c) automaticamente, pela transação desde que haja lei federal específica, autorizan-
do-a;
d) pela compensação, havendo lei federal autorizativa e acerto entre as partes;
e) automaticamente, pela compensação nos termos do CTN, independentemente de lei
federal específica autorizando-a.

26. Suspende(m) a exigibilidade do crédito tributário:


a) a moratória, havendo também dispensa das obrigações acessórias dependentes da
obrigação principal cujo crédito seja suspenso ou dela conseqüente;
b) a concessão de medida liminar em mandato de segurança, não sendo dispensado o
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo
crédito seja suspenso, ou dela conseqüente;
c) o depósito de seu montante integral, havendo também dispensa das obrigações
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
conseqüente;
d) as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo, garantida a instância mediante depósito integral do valor exigido;
e) a concessão de medida liminar em mandato de segurança, estando necessariamente
garantido o valor da dívida mediante depósito de seu montante integral.

27. O prazo contado para que se dê o fato jurídico da decadência e da prescrição:


a) interrompe-se, no caso de decadência, e suspende-se, no caso de prescrição;
b) suspende-se, no caso de decadência, e interrompe-se, no caso de prescrição;
c) interrompe-se e suspende-se, no caso de decadência, e apenas suspende-se, no caso
de prescrição;
d) interrompe-se e suspende-se, no caso de prescrição, e apenas suspende-se, no caso
de decadência;
e) interrompe-se e suspende-se, no caso de prescrição, e não se interrompe nem se sus-
pende, no caso de decadência.

28. A presunção de certeza e liquidez da dívida ativa tributária regularmente ins-


crita:
a) é juris tantum;
b) é juris et de jure;
c) tem que ser elidida antes de iniciada a respectiva ação de execução;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 29

Série Provas e Concursos


d) é absoluta;
e) não pode ser elidida por nenhuma espécie de prova.

29. Servidor fazendário, a fim de beneficiar pessoa jurídica que pretendia habili-
tar-se em concorrência pública, expediu certidão negativa de quitação de tribu-
tos, quando, na realidade, havia débitos vencidos do sujeito passivo para com
a Fazenda Pública. Neste caso, a responsabilidade desse servidor:
a) limita-se ao crédito tributário e todos os acréscimos legais;
b) limita-se ao aspecto funcional, se for o caso;
c) limita-se ao aspecto criminal, se for o caso;
d) está excluída, por qualquer efeito, devendo ser responsabilizado seu chefe imediato;
e) é criminal e funcional, como dispuserem as leis respectivas, além de ele responder
pelo referido crédito tributário acrescido de juros mora.

30. A empresa Atlas S/A, produtora de aparelhos físicos, recolheu a maior impos-
to sobre produtos industrializados, incidente sobre a saída dos referidos pro-
dutos, vendidos a terceiros, tendo sido incluído no preço da venda o montante
do tributo. Verificando o equívoco, a referida empresa postulou junto ao De-
partamento da Receita Federal fosse reconhecido o pagamento indevido, ten-
do, todavia, decidido, quanto à restituição da quantia recolhida indevidamen-
te, em face da legislação vigente, o seguinte:
a) proceder a restituição à Atlas, como conseqüência de ter reconhecido o pagamento
anterior como indevido;
b) realizar a restituição à Atlas, pois a empresa é o contribuinte de direito;
c) não efetuar a restituição à Atlas, enquanto ela não provar que, tendo transferido o
encargo financeiro do tributo a terceiro, este expressamente a autoriza a receber tal
quantia;
d) efetuar a restituição a quem foi o adquirente dos produtos;
e) não efetuar a restituição, por se tratar de equívoco insuscetível de correção na esfera
administrativa, somente podendo ser reparado judicialmente por ação anulatória.

Gabarito AFTN – 1991


1. D – arts. 109, 110 e 108, III, do CTN
2. D – art. 148 da CF
3. A – art. 81 do CTN
4. E – art. 4o do CTN
5. C – art. 150, VI, a, da CF
6. B – art. 195, § 6o, da CF
7. E – art. 145, § 2o, da CF
8. C – art. 153, § 1o, da CF
9. A – art. 153, § 5o, da CF
10. C – art. 154, I, da CF
11. B – art. 151, I, da CF
12. A – art. 155, § 3o, da CF
13. anulada
14. A – art. 127, § 2o, da CF
15. E – art. 118 do CTN
16. D – art. 113 do CTN
17. E – art. 116, II, do CTN
30 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

18. C – art. 117, II, do CTN


19. D – art. 144 do CTN
20. E – art. 132 do CTN
21. C – art. 124, I, do CTN
22. D – art. 123 do CTN
23. C – art. 146 do CTN
24. B – arts. 175 a 179 do CTN
25. D – art. 170 do CTN
26. B – art. 151, IV, e parágrafo único, do CTN
27. E – arts. 173 e 174 do CTN e arts. 172 e seguintes do CC
28. A – art. 204, parágrafo único, do CTN
29. E – art. 208, parágrafo único, do CTN
30. C – art. 166 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 31

Série Provas e Concursos


12.6. Prova para Procurador Autárquico do INSS – 1993

1. O princípio da anterioridade da lei tributária se aplica ao:


a) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
b) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros;
c) Imposto sobre Operação de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valo-
res Mobiliários;
d) Imposto sobre Produtos Industrializados;
e) empréstimo compulsório instituído para atender a despesas extraordinárias decor-
rentes de calamidade pública.

2. O princípio constitucional da imunidade tributária recíproca veda:


a) instituição de impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua im-
pressão;
b) aos Municípios cobrarem da União e dos Estados taxas pelo serviço de coleta de lixo;
c) a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados nos automóveis adquiridos,
pelos Estados, Distrito Federal e os Municípios, diretamente dos fabricantes;
d) a incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial Territorial Urbana com relação a
imóvel pertencente à União;
e) a instituição de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviço dos partidos políti-
cos.

3. A suspensão das deduções no Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF afeta ne-
gativamente o princípio constitucional da:
a) uniformidade;
b) universalidade;
c) generalidade;
d) pessoalidade;
e) progressividade.

4. Assinale o tributo cuja receita não é submetida a nenhuma repartição de natu-


reza constitucional.
a) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.
b) Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros.
c) Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e Serviços de Trans-
porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
d) Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
e) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Va-
lores Mobiliários, incidente sobre o ouro definido em lei como ativo financeiro ou ins-
trumento cambial.

5. Não é mantida reservada à lei complementar a:


a) exclusão da incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza nas exporta-
ções de serviços para o exterior;
b) definição dos contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de serviços de Transporte Interestadual e Intermuni-
cipal e de Comunicação;
c) instituição de Empréstimo Compulsório;
32 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

d) instituição de impostos pela União, no uso de sua competência tributária residual;


e) fixação das alíquotas máximas do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos, a Qual-
quer Título, por Ato Oneroso, de Bens Imóveis.

6. A eliminação do Adicional ao Imposto de Renda, de competência dos Estados e


do Distrito Federal, produzirá a partir de:
a) 31 de dezembro de 1993;
b) 1o de janeiro de 1994;
c) 1o de janeiro de 1995;
d) 1o de janeiro de 1996;
e) 1o de janeiro de 1997.

7. Contribuição sobre a receita de concurso de prognóstico, instituída pela


União, no interesse da seguridade social, por lei publicada em 10 de setembro
de 1992, sem cláusula de vigência, poderá ser exigida:
a) noventa dias após a publicação da lei;
b) a partir de 1o de janeiro de 1993;
c) quarenta e cinco dias após a publicação da lei;
d) na data da publicação da lei;
e) sessenta dias após a publicação da lei.

8. O Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e sobre


Prestações de Serviços de Comunicação:
a) não incide sobre a entrada de mercadoria importada do exterior quando se trata de
bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento;
b) incide sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluí-
dos os semi-elaborados definidos sem lei complementar;
c) incide sobre operações relativas a minerais do país;
d) tem alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação fi-
xadas por resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou
da maioria absoluta do Senado, aprovada por dois terços de seus membros;
e) compreende, em sua base de cálculo, o montante do Imposto sobre Produtos Indus-
trializados, quando a operação realizada entre contribuintes e relativa a produto des-
tinado à industrialização ou à comercialização configure fato gerador dos dois im-
postos.

9. Assinale a opção correta.


a) A eqüidade é um meio de integração da legislação tributária.
b) A dívida tributária regularmente inscrita goza de presunção jures et de jure de certe-
za e liquidez.
c) A decadência se interrompe com protesto judicial.
d) A definição legal do fato gerador é interpretada à luz dos efeitos dos fatos efetiva-
mente ocorridos.
e) A lei tributária aplica-se a ato pretérito, em qualquer caso, quando deixa de defini-lo
como infração.

10. Lei extintiva de isenção do Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Lí-
quidos e Gasosos, concedida sem condições e por prazo indeterminado, publi-
cada em 01/04/1993, sem cláusula de vigência:
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 33

Série Provas e Concursos


a) não surte efeito antes de 1o de janeiro do exercício financeiro seguinte;
b) produz efeito desde 01/04/1993;
c) surte efeito quarenta e cinco dias após a sua publicação;
d) entra em vigor aos 15/05/1993;
e) surte efeito quarenta e cinco dias após 1o de janeiro de 1993.

11. O adquirente de uma casa, situada na área urbana do Município, abrangida


pelo serviço público de fornecimento de água do Município, tem excluída sua
responsabilidade por crédito tributário relativo à taxa de fornecimento de
água, constituído anteriormente à sua aquisição:
a) se a casa houver sido comprada de menor de 16 anos;
b) quando conste da escritura a prova de quitação dos tributos relativos ao citado imó-
vel;
c) se a aquisição do imóvel ocorreu mediante arrematação em hasta pública;
d) se a transação foi celebrada com menor de 21 anos, não assistido pelo seu pai;
e) se o vendedor da casa provar que não utilizou o serviço público de fornecimento de
água.

12. É instantâneo o fato gerador do imposto sobre a:


a) Propriedade Territorial Urbana;
b) Propriedade Predial e Territorial Urbana;
c) Propriedade de Veículos Automotores;
d) Renda de Proventos de Qualquer Natureza;
e) Exportação para o Exterior de Produtos Nacionais ou Nacionalizados.

13. A isenção de tributos:


a) só pode ser concedida por lei complementar;
b) pode ser concedida em caráter que não seja geral;
c) é vedada com relação a taxas;
d) é vedada em relação a contribuições de melhoria;
e) como regra geral, é extensiva a tributos criados após a sua concessão.

14. Segundo o Código Tributário Nacional, impõe-se interpretação literal de norma


tributária que disponha sobre:
a) moratória;
b) compensação;
c) transação;
d) prescrição;
e) remissão.

15. No caso de pagamento espontâneo de tributo indevido, efetuado em 1o de ja-


neiro de 1980, cuja restituição foi denegada no último dia do prazo decaden-
cial, a ação anulatória prescreveu em:
a) 1982;
b) 1983;
c) 1985;
d) 1986;
e) 1987.
34 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

Gabarito – Pocurador Autárquico do INSS – 1993


1. A – arts. 150, III, b, e 153, § 1o, da CF
2. D – art. 150, VI, a, da CF
3. E – art. 153, § 2o, I, da CF
4. B – arts. 157 a 159 da CF
5. E – arts. 156, § 3o, II, 155, § 2o, XII, a; 148 e 154, I, da CF
6. D – Emenda Constitucional no 3, de 17/03/1993
7. A – art. 195, § 6o, da CF
8. C – art. 155, § 3o, da CF
9. A – art. 108, IV, do CTN
10. C – art. 104, III, do CTN (lembrar que o IVVC é imposto sobre produção e circulação)
11. B – art. 130 do CTN
12. E – esta é uma classificação doutrinária
13. B – art. 179 do CTN
14. A – art. 111, I, do CTN
15. E – arts. 168 e 169 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 35

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12.7. Prova para Procurador da Fazenda Nacional – 1993

1. A União pode criar outros impostos não discriminados na Constituição de


1988, desde que sejam não-cumulativos, não tenham fato gerador ou base de
cálculo próprios dos nela discriminados, mediante:
a) lei complementar;
b) lei delegada;
c) lei ordinária;
d) lei orçamentária;
e) resolução do Senado Federal.

2. Nos Territórios Federais divididos em Municípios, a competência para criar im-


postos estaduais e municipais é, respectivamente:
a) do Estado-membro e dos Municípios;
b) da União e da União;
c) da União e dos Municípios;
d) dos Municípios e da União;
e) do Território e dos Municípios.

3. A destinação do produto da arrecadação, à luz da Constituição de 1988, é:


a) relevante, em se tratando de impostos municipais;
b) relevante, em se tratando de taxas de polícia;
c) relevante, em se tratando de contribuição de melhoria;
d) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório;
e) irrelevante.

4. O sujeito ativo das contribuições sociais criadas pela União para a seguridade é:
a) a União;
c) o IAPAS;
b) o INSS;
d) o INAMPS;
e) o Departamento da Receita Federal.

5. Salvo disposição de lei em contrário, reputam-se perfeitos acabados os atos ou


negócios jurídicos sob condição suspensiva desde o momento:
a) do implemento da condição;
b) da prática do ato;
c) da celebração do contrato;
d) do desfazimento do ato;
e) do desfazimento do negócio jurídico.

6. O exercício potencial do poder de polícia:


a) permite a exigência da taxa de serviço;
b) possibilita a incidência de taxa de polícia;
c) torna possível a cobrança de pedágio;
d) faculta a incidência simultânea de taxa de serviço e taxa de polícia;
e) não permite a exigência de taxa.
36 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

7. Garimpeiro que exerce sua atividade em regime de economia familiar, sem em-
pregados permanentes, deve contribuir para a seguridade mediante a aplica-
ção de uma alíquota sobre:
a) seu faturamento comercial;
b) sua receita operacional;
c) o valor líquido da sua produção;
d) suas despesas fixas e variáveis;
e) o resultado da comercialização da produção.

8. A anistia, a conversão de depósito em renda e as reclamações que observem os


termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo acarretam,
relativamente ao crédito tributário, respectivamente, sua:
a) exclusão, suspensão, extinção;
b) extinção, suspensão, exclusão;
c) suspensão, exclusão, extinção;
d) exclusão, extinção, suspensão;
e) extinção, exclusão, suspensão.

9. A alteração do critério jurídico adotado pela Administração para o lançamento


somente pode ser aplicada, em relação a um mesmo contribuinte, quanto ao
fato gerador:
a) ocorrido no ano anterior;
b) ocorrido nos últimos cinco anos;
c) posterior à sua introdução;
d) ocorrido, desde a vigência da lei de regência;
e) ocorrido, desde a data do ato que estabeleceu o critério anterior.

10. Anulado, por vício formal, em virtude de decisão que se tornou definitiva em
05 de janeiro de 1988, um lançamento do imposto territorial rural, relativo ao
exercício de 1985, que fora efetuado em 15 de março de 1987, tem-se que o di-
reito de a Fazenda Pública constituir o respectivo crédito tributário extin-
gue-se após cinco anos contados de:
a) 1o de janeiro de 1985;
b) 1o de janeiro de 1986;
c) 1o de janeiro de 1987;
d) 05 de janeiro de 1988;
e) 15 de março de 1987.

11. O remitente, quanto aos tributos relativos aos bens remidos, é:


a) contribuinte;
b) solidariamente responsável;
c) substituto tributário;
d) terceiro responsável;
e) pessoalmente responsável.

12. Contribuinte que deixou de emitir nota fiscal e que também deixou de efetuar
pagamento do imposto respectivo denuncia o fato à Administração Tributária
espontaneamente, e paga o montante do imposto devido ao fisco, antes do iní-
cio de qualquer procedimento administrativo de fiscalização. O fisco, entre-
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 37

Série Provas e Concursos


tanto, não considerou excluída a responsabilidade do contribuinte pelas mul-
tas cabíveis. Esse entendimento tem respaldo legal, porque o contribuinte:
a) deveria ter recolhido, também, os juros de mora;
b) deveria ter feito a denúncia acompanhada também da emissão da nota fiscal;
c) valeu-se de instituto inexistente;
d) deveria ter pago a multa pela infração;
e) deveria ter emitido a nota fiscal e escriturado o livro fiscal respectivo.

13. Atendendo as condições e os limites da lei, o Poder Executivo pode alterar as


alíquotas dos seguintes tributos:
a) Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto
sobre Operações Financeiras e Imposto de Renda;
b) Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto de Exportação, Imposto de Impor-
tação e Imposto sobre Propriedade Territorial Rural;
c) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e de Prestação de Serviços de Transporte e
Comunicações, Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza, Imposto sobre a Pro-
priedade Predial e Territorial Urbana;
d) Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza, Imposto sobre Produtos Industrializados e Imposto sobre Circu-
lação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte e de Comunicações;
e) Imposto sobre Operações Financeiras, Imposto de Exportação, Imposto de Importa-
ção e Imposto sobre Produtos Industrializados.

14. O Imposto de Renda deverá observar os seguintes critérios, por força da Cons-
tituição Federal:
a) unidade, comodidade e certeza;
b) unidade, universalidade e progressividade;
c) universalidade, progressividade e comodidade;
d) universalidade, generalidade e progressividade;
e) progressividade, generalidade e unidade.

15. A venda, no varejo, de anel de ouro, adquirido de atacadista, sujeita-se ao im-


posto:
a) sobre Operações Financeiras (IOF);
b) de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte e Comunicações
(ICMS);
c) sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS);
d) Renda (IR);
e) sobre Produtos Industrializados.

16. Entidade beneficente de assistência social, sem fins lucrativos, e que preencha
os requisitos para a fruição de imunidade tributária, está sujeita:
a) às taxas, à contribuição de melhoria e à contribuição de seguridade social;
b) aos impostos sobre o patrimônio, às taxas e à contribuição de seguridade social;
c) às taxas e à contribuição de melhoria;
d) às taxas e à contribuição de seguridade social;
e) à contribuição de melhoria e à de seguridade social.
38 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

17. Em 20 de novembro de 1991, foi publicada lei majorando as alíquotas dos se-
guinte tributos: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, Contribuição
para a Seguridade Social e Imposto sobre Operações de Seguro. As alíquotas
majoradas podem ser aplicadas, respectivamente:
a) no exercício seguinte, noventa dias após e imediatamente;
b) no exercício seguinte, imediatamente e noventa dias após;
c) imediatamente, noventa dias após e no exercício seguinte;
d) no exercício seguinte, noventa dias após e noventa dias após;
e) no exercício seguinte, no exercício seguinte e no exercício seguinte.

18. No caso de prestação de serviços de transporte rodoviário por terceiro, entre


pontos situados em diferentes municípios do mesmo Estado:
a) é devido ISS, no Município em que estiver o estabelecimento prestador;
b) é devido ISS, no Município destinatário dos bens transportados;
c) é devido ICMS ao Estado em que ocorreu a prestação;
d) são devidos assim o ICMS como o ISS;
e) não há incidência desses impostos.

19. Na transmissão inter vivos, por ato oneroso de direitos reais sobre imóveis, ju-
ridicamente identificados como penhor, anticrese e enfiteuse, com relação ao
imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis, há, respectivamente:
a) não-incidência, não-incidência e incidência;
b) incidência, não-incidência e incidência;
c) incidência, incidência e não-incidência;
d) não-incidência, incidência e não-incidência;
e) incidência, incidência e incidência.

20. A pessoa jurídica “A” incorpora a pessoa jurídica “B”. A incorporada (“B”) tem
por atividade preponderante a locação de bens móveis. A pessoa jurídica ad-
quirente (incorporadora “A”) explora várias atividades. Entre elas, dedica-se,
há mais de dez anos, ao arrendamento mercantil de bens imóveis. Sabendo-se
que receita auferida pela pessoa jurídica incorporadora (“A”), a título desse ar-
rendamento mercantil, nos cinco anos antecedentes à aquisição e nos três
anos a ela posteriores, não ultrapassou 50% do total da sua receita operacio-
nal, pode-se afirmar que, nesse caso:
a) incidiu o ITBI relativamente aos bens imóveis transmitidos, em razão da atividade
preponderante da pessoa jurídica incorporada;
b) não incidiu o ITBI relativamente aos bens imóveis transmitidos, porque não há pre-
ponderância dessa atividade por parte da pessoa jurídica incorporadora;
c) incidiu o ITBI relativamente aos bens imóveis transmitidos, porque se trata de transa-
ção entre as pessoas jurídicas;
d) incidiu o ITBI relativamente aos bens imóveis transmitidos, porque é irrelevante a ati-
vidade a que se dedique a incorporadora;
e) incidiu o ITBI, porque é irrelevante a atividade a que se dedique a incorporada.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 39

Série Provas e Concursos


Gabarito – Procurador da Fazenda Nacional – 1993
1. A – art. 154, I, da CF
2. C – art. 147 da CF
3. D – art. 148, parágrafo único, da CF
4. B – esta questão é sobre legislação do INSS
5. A – art. 117, I, do CTN
6. E – arts. 77 e 78 do CTN
7. E – esta questão é sobre legislação do INSS
8. D – arts. 151, 156 e 175 do CTN
9. C – art. 146 do CTN
10. D – art. 173, II, do CTN
11. E – art. 131, I, do CTN
12. A – art. 138 do CTN
13. E – art. 153, § 1o, da CF
14. D – art. 153, § 2o, I, da CF
15. B – arts. 153, § 5o, e 155, II, da CF
16. C – arts. 150, VI, e 195, § 7o, da CF
17. A – arts. 150, III, b, 195, § 6o; 150, § 1o, da CF
18. C – art. 155, II, da CF
19. A – art. 156, II, da CF
20. B – art. 156, § 2o, I, da CF e art. 37, § 1o, do CTN
40 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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12.8. Prova para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – Março de


1994
1. A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal sobre normas
gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades (art. 24, § 3o). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o
disposto no Código Tributário Nacional, é razoável dizer que:
a) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de Di-
reito Tributário a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades;
b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a pessoa jurídica de
Direito Público diversa daquela a que tal competência cabia originalmente;
c) a competência da União para legislar sobre normas de Direito Tributário exclui a
competência suplementar dos Estados;
d) em matéria de Direito Tributário a competência da União, além de legislar sobre seus
próprios tributos e sobre normas gerais, poderá fazê-lo em relação à competência
não exercida pelos Estados e Municípios;
e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar tributo municipal, o
Estado poderá supletivamente cometer um e outro a pessoas de Direito Privado.

2. Podem ter suas alíquotas alteradas por ato administrativo, vigorando o au-
mento de imediato, sem obedecer ao princípio da anterioridade:
a) o imposto de importação, o de exportação, o IPI e o ICMS;
b) o imposto de renda, o imposto de importação, o de exportação, o IPI e o IOF;
c) o imposto de importação, o de exportação, o ICMS e o imposto extraordinário de
guerra;
d) os empréstimos compulsórios para investimentos relevantes, o imposto extraordiná-
rio de guerra, o IPI e o ICMS;
e) o imposto sobre produtos industrializados, o imposto sobre operações financeiras, o
imposto de importação e o de exportação.

3. Em termos jurídicos, o princípio da não-cumulatividade do IPI e do ICMS:


a) confunde-se com a proibição da bitributação;
b) favorece a incidência “em cascata” sobre todas as operações tributadas em dado ciclo
de circulação;
c) permite que a tributação seja maior ou menor em função da essencialidade dos pro-
dutos para o consumo da coletividade;
d) significa que, criado um imposto, outro não poderá ser criado com o mesmo fato ge-
rador, ou a mesma base de cálculo, por expressa proibição constitucional;
e) propicia se compense o imposto que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas operações anteriores.

4. (I) É proibido exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (II) é vedado
instituir tratamento desigual entre os contribuintes que estejam em situação
equivalente; (III) é defeso cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorri-
dos antes do início de vigência da lei; (IV) é vedado cobrar tributo no mesmo
exercício em que se tenha publicado a lei que o instituiu ou aumentou.
Combine as quatro vedações acima com os seguintes princípios:
(W) anterioridade; (X) isonomia tributária; (Y) legalidade; (Z) irretroatividade
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 41

Série Provas e Concursos


As vedações correspondem, respectivamente, aos princípios referidos nas se-
guintes letras:
a) W X Y Z;
b) X Y Z W;
c) Y X Z W;
d) Y W X Z;
e) W Y X Z.

5. As imunidades tributárias são previstas:


a) em leis complementares;
b) em convênios entre Estados;
c) no texto da Constituição Federal;
d) em contratos celebrados entre os Poderes Públicos e determinadas classes de contri-
buintes;
e) nas leis promulgadas pela União, por Estados e Municípios, no âmbito das respecti-
vas competências.

6. Quando atendam os requisitos estabelecidos na lei, não podem ser cobrados


impostos que incidam sobre a renda, serviços e patrimônio, bem como a con-
tribuição para a seguridade social, das seguintes espécies de entidades:
a) partidos políticos;
b) instituições beneficentes de educação;
c) fundações dos partidos políticos;
d) instituições beneficentes de assistência social;
e) entidades sindicais dos trabalhadores.

7. As seguintes medidas: (I) a tributação de renda das obrigações da dívida públi-


ca dos Estados em níveis superiores aos que fixar para as suas obrigações; (II)
a instituição de isenções de tributos de competência dos Estados; (III) a con-
cessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvi-
mento socioeconômico entre as várias regiões do País; (IV) a criação, em Terri-
tório Federal, de impostos da competência estadual, classificam-se, pela or-
dem, como:
a) permitida, vedada, vedada e permitida à União;
b) vedada, permitida, vedada e vedada à União;
c) vedada, permitida, permitida e vedada à União;
d) permitida, vedada, vedada e vedada à União;
e) vedada, vedada, permitida e permitida à União.

8. Normas gerais de Direito Tributário precisam ser reguladas por meio de:
a) lei complementar federal, que ainda não foi editada, razão por que ainda não existem
normas gerais válidas, estando a União, os Estados e demais entes tributantes dis-
pensados de observá-las enquanto o Congresso Nacional não as edite;
b) lei complementar federal que, conquanto ainda não editada como tal, já existia sob
forma de lei ordinária (Código Tributário Nacional) e que, por força de normas consti-
tucionais posteriores, passou a ter rigidez própria de lei complementar;
c) lei ordinária federal que já existia (Código Tributário Nacional) e que deve ser obriga-
toriamente observada pelas leis estaduais e municipais, porém não pelas leis ordiná-
rias federais, já que, sendo da mesma hierarquia, estas poderão alterar ou revogar
aquele Código;
42 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

d) norma constitucional apenas, pois, tratando-se de matéria de importância eminente,


que diz respeito à organização do Estado, somente por regra de tal hierarquia podem
ser veiculadas;
e) lei complementar de cada ente tributante, que regule a definição dos tributos de sua
competência, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributária e
adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.

9. Os convênios relativos ao ICMS, celebrados entre os Estados-membros de Fe-


deração brasileira e o Distrito Federal, se prestam a:
a) disciplinar o seu regime de compensação;
b) fixar a sua base de cálculo e suas alíquotas;
c) conceder e revogar suas isenções, incentivos e benefícios fiscais;
d) fixar, mediante deliberação da maioria dos Estados, as alíquotas aplicáveis às opera-
ções interestaduais e de exportação;
e) enumerar os casos de manutenção de crédito relativamente à remessa para outro
Estado e exportação para o exterior de serviços e de mercadorias.

10. O imposto é um tributo que:


a) admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa;
b) se apresenta vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do contri-
buinte;
c) tem por função arrecadar recursos para custear as despesas gerais da Administração
em favor da coletividade ou de grupos sociais específicos;
d) tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal espe-
cífica, relativa ao contribuinte;
e) oferece ao contribuinte, como hipótese de incidência, a prestação efetiva ou poten-
cial de serviços públicos, específicos e divisíveis.

11. Está correta a seguinte afirmativa.


a) A taxa deve ter por base de cálculo dimensão inerente ao serviço prestado pelo Estado.
b) As obras públicas realizadas pelo Estado, de que resulte evidente valorização dos
imóveis particulares, por elas beneficiados, podem ser remuneradas através de Taxa
Melhoramentos Urbanos, se instituída.
c) O fato de o indivíduo socorrer-se do Poder Judiciário para a tutela de seus direitos
não se presta a servir como fato gerador de taxa.
d) A taxa, segundo seu delineamento constitucional, é modalidade tributária hábil para
servir como adicional dos impostos de melhor expressão econômico-financeira, ou
insuficientemente cobrados, mesmo porque é de aplicação imperativa o princípio da
capacidade contributiva.
e) Em razão da reduzida participação da taxa no valor total da arrecadação e levando
em consideração o polêmico conceito formulado pela doutrina, é facultado ao legis-
lador optar pela cobrança da mesma ou instituir tarifas para remunerar os respecti-
vos serviços, indiferentemente.

12. O sistema constitucional tributário requer, para a instituição de empréstimo


compulsório, no caso de investimento público de relevante interesse nacional,
que sejam observados os seguintes requisitos:
a) princípio da irretroatividade, princípio da anterioridade, caráter de urgência, lei com-
plementar e desvinculação da aplicação dos seus recursos à despesa que fundamen-
tou sua criação;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 43

Série Provas e Concursos


b) caráter de urgência, princípio da irretroatividade, princípio da anterioridade e criação
por lei ordinária;
c) caráter de urgência, aplicação dos recursos vinculada à despesa, observância do
princípio da anterioridade e instituição mediante lei complementar;
d) princípio da irretroatividade, princípio da não-cumulatividade, princípio da anteriori-
dade, criação por lei complementar, aplicação dos recursos vinculada à despesa;
e) caráter de urgência, criação por lei ordinária, aplicação dos recursos vinculada à des-
pesa e princípio da irretroatividade.

13. Afirmação 1: A denominação é irrelevante para determinar a natureza jurídica


específica do tributo. Afirmação 2: A competência tributária é delegável. Afir-
mação 3: A atribuição da função de arrecadar tributos não constitui delegação
de competência. Afirmação 4: A atribuição da função de fiscalizar tributos com-
preende as garantias e os privilégios processuais que competem ao ente tribu-
tante que a conferir.
Consideradas essas quatro afirmações, pode-se dizer que elas são, respectiva-
mente,
a) verdadeira, verdadeira, falsa e verdadeira;
b) verdadeira, falsa, verdadeira e verdadeira;
c) falsa, falsa, verdadeira e verdadeira;
d) verdadeira, falsa, verdadeira e falsa;
e) verdadeira, falsa, falsa e verdadeira.

14. Para aprovar um tratado, convenção ou ato internacional destinado a evitar a


dupla tributação, em matéria de imposto sobre rendimentos, o instrumento
necessário, segundo decorre dos termos da Constituição da República, da pra-
xe e das normas de direito interno, é:
a) o decreto legislativo;
b) a emenda constitucional;
c) a lei delegada;
d) a lei ordinária;
e) a assinatura da minuta pelos representantes plenipotenciários.

15. Na hipótese de o aplicador de lei tributária que comina penalidade ficar em dú-
vida quanto à graduação da pena, deverá interpretar a norma, em relação ao
acusado, de modo:
a) analógico;
b) benigno;
c) eqüitativo;
d) literal;
e) integrado.

16. São matérias sob estrita reserva de lei complementar:


a) a criação de empréstimos compulsórios e do salário-educação;
b) a instituição de contribuições sociais residuais (art. 195, § 4o, da Constituição) e de
impostos extraordinários;
c) a instituição de imposto extraordinário de guerra, do imposto sobre grandes fortu-
nas e dos empréstimos compulsórios;
d) a fixação das alíquotas dos impostos de importação, exportação sobre operações fi-
nanceiras e sobre produtos industrializados;
44 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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e) a criação de impostos baseados na competência residual da União, de empréstimos


compulsórios e do imposto sobre grandes fortunas.

17. A obrigação que tem por objeto o pagamento de multa é chamada de obrigação
__________ . __________ dessa obrigação é a situação definida em lei como neces-
sária e suficiente à ocorrência desta. A validade jurídica dos atos efetivamente
praticados não interessa na interpretação da norma definidora __________.
Escolha a opção que contenha as palavras que, correta e respectivamente, pre-
encham o sentido dos períodos acima:
a) principal/O fato gerador/do fato gerador;
b) impositiva/O efeito/do lançamento;
c) penal/O lançamento/da cobrança;
d) sancionatória/O fato gerador/da condição suspensiva;
e) punitiva/A fonte/da outorga de isenção.

18. Para efeito de determinar o momento da ocorrência do fato gerador, os negó-


cios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados, sendo resolutória
a condição:
a) no ano seguinte ao da celebração da avença;
b) desde o momento de seu implemento;
c) no exaurimento do negócio;
d) durante o prazo de contratação;
e) desde a celebração do negócio.

19. Duas pessoas têm a co-propriedade desigual de um imóvel urbano. Sob o pon-
to de vista do IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento é da responsabilidade:
a) de ambos, proporcionalmente à participação de cada qual;
b) do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal;
c) principal do proprietário da quota majoritária e subsidiária do outro;
d) de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda;
e) solidária de ambos, cabendo, porém, para o minoritário, o benefício de ordem.

20. Suponha que você é consultado a respeito de quatro situações fiscais: (1a) um
menor de doze anos de idade herda um grande patrimônio; (2a) um pródigo
(que dissipava todo o seu patrimônio) foi interditado judicialmente; (3a) uma
sociedade não chegou a ser formalizada por escrito e, portanto, não tinha
seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial; (4a) uma sociedade de
profissionais foi dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas ativi-
dades.
Os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos tribu-
táveis. Elas têm capacidade de ser sujeitos passivos de obrigações tributárias?
a) Apenas os representantes ou assistentes das pessoas naturais incapazes são contri-
buintes: o pai, o tutor etc.
b) Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade tributária, independente de terem
ou não capacidade civil.
c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são contribuintes, as pessoas naturais, não;
d) O menor de idade não pode ser contribuinte; os demais, sim.
e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem aptidão para ser sujeito pas-
sivo de obrigação tributária.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 45

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21. No caso de infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico,
a responsabilidade do agente é:
a) subsidiária;
b) solidária;
c) complementar;
d) pessoal;
e) parcial.

22. As multas fiscais por infração do dever de recolher os tributos devidos:


a) são elididas pela denúncia espontânea, quanto ainda não inscritas em dívida ativa;
b) são elididas, se o agente provar que agiu sem dolo ou culpa, desde que recolha o im-
posto, mesmo após a autuação fiscal;
c) são objetivas, prescindindo, regra geral, da pesquisa do elemento vontade;
d) não passam da pessoa do infrator dado que a responsabilidade penal e semipenal é
sempre pessoal e exige a pesquisa do elemento volitivo do agente;
e) são eliminadas, provada a boa-fé do agente, em processo regular, sem embargo de o
devedor ter que pagar o tributo não recolhido, com juros e correção monetária.

23. A (I) constituição do crédito tributário, a definição das hipóteses de (II) suspen-
são, (III) exclusão e (IV) extinção do crédito tributário são matérias que só a lei
pode estabelecer. Essa proposição é, respectivamente, verdadeira para:
a) (II) e (III) e falsa para (I) e (IV);
b) (I) e (III) e falsa para (II) e (IV);
c) (III) e (IV) e falsa para (I) e (II);
d) (II), (III) e (IV) e falsa para (I);
e) (I), (II) e (III) e falsa para (IV).

24. I – Dá-se o nome de crédito tributário ao valor que o sujeito ativo da obrigação
tributária tem o direito de receber de sujeito passivo determinado, relativo a
certo tributo, fixado consoante procedimento administrativo plenamente vincu-
lado denominado lançamento. II – Deve a autoridade administrativa ter em con-
sideração a lei que, no período entre a data do fato gerador e a do lançamento,
for mais favorável ao contribuinte. III – Quando o lançamento é efetuado pelo
fisco em razão de o contribuinte obrigado a declarar não ter apresentado sua
declaração, diz-se que se trata de lançamento por declaração substitutiva.
a) A primeira afirmação é verdadeira; as demais são falsas.
b) A primeira e segunda afirmações são verdadeiras; a terceira é falsa.
c) A segunda afirmação é verdadeira; as demais são falsas.
d) A terceira afirmação é verdadeira; as demais são falsas.
e) A primeira afirmação é falsa; a segunda e a terceira são verdadeiras.

25. Não pode ser alterado o lançamento no caso de:


a) impugnação do contribuinte ou responsável;
b) recurso de ofício interposto pela autoridade contra sua própria decisão;
c) iniciativa da autoridade quando comprovada omissão de informação obrigatória, na
declaração do contribuinte;
d) iniciativa da autoridade quando comprovada falta funcional da autoridade que efe-
tuou o lançamento;
e) retificação da declaração, pelo contribuinte, depois de notificado, para reduzir tributo.
46 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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26. O ato mediante o qual o contribuinte antecipa o pagamento do imposto, sem


prévio exame da autoridade administrativa, e fica aguardando a ratificação do
seu proceder, de modo expresso ou tácito, chama-se:
a) pagamento por consignação;
b) lançamento por homologação;
c) lançamento por declaração ou misto;
d) antecipação de pagamento, sob condição suspensiva;
e) denúncia espontânea de pagamento para evitar a mora fiscal e a aplicação de penali-
dades pela Fazenda Pública.

27. Embora constituído, o crédito fiscal tem a sua exigibilidade suspensa em ra-
zão de:
a) consignação em pagamento, decisão judicial definitiva, anistia e remissão;
b) remissão, consignação em pagamento, anistia e liminar em mandado de segurança;
c) moratória, liminar em ação cautelar, consignação em pagamento e compensação;
d) liminar em mandado de segurança, consignação em pagamento e penhora devida-
mente aparelhada;
e) moratória, depósito do montante integral do crédito, reclamações e recursos previs-
tos em lei e liminar em mandado de segurança.

28. Suponha que a lei tributária do Estado X não preveja prazo para pagamento do
imposto Z. O contribuinte pagou-lhe a segunda prestação sessenta dias depois
de notificado para fazê-lo. A notificação da primeira parcela foi ignorada, o
contribuinte não a pagou. A lei respectiva também não prevê a multa pela falta
ou atraso de pagamento, nem se refere a juros de mora. À luz das normas dis-
positivas do Código Tributário Nacional, pode-se dizer que:
a) o contribuinte não pode ser cobrado da primeira parcela, tendo em vista que o fisco
aceitou a segunda, sem ressalvas; pela mesma razão, nada deve de juros moratórios;
b) quanto à segunda prestação, o contribuinte deve juro de mora de 1% sobre o seu va-
lor; deve a primeira, pelo seu valor integral, mais juro de 1% ao mês;
c) o contribuinte pode ser cobrado pelo valor da primeira parcela; nada pode ser cobra-
do no que se refere à segunda, porque, aceita sem ressalvas, se extinguiu o crédito
tributário;
d) embora a primeira parcela também seja devida, os juros de mora não o são, por falta
de previsão de sanção pecuniária pelo atraso ou pela falta de pagamento;
e) os juros de mora não podem ser cobrados, em face do princípio da legalidade (não
houve previsão legal para sua cobrança); o principal, concernente à primeira presta-
ção, é devido, porém, sem acréscimos.

29. A fiscalização federal apura débito de contribuinte do IPI relativo a fato gera-
dor ocorrido no mês de fevereiro de 1989, comprovando, ainda, a ocorrência
do dolo, fraude e simulação. Lavrado o auto de infração em março de 1994, o
contribuinte impugna o lançamento sob o fundamento de que já se esgotara o
prazo para a cobrança desse IPI. O contribuinte:
a) não tem razão, porque não se esgotou o prazo decadencial;
b) tem razão, porque já ocorreu a prescrição;
c) tem razão, diante do transcurso do prazo decadencial;
d) não tem razão, porque não se verificou o lapso prescricional;
e) tem razão, porque já ocorreu tanto a decadência como a prescrição.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 47

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30. O protesto judicial:
a) suspende a decadência;
b) interrompe a decadência;
c) interrompe a prescrição;
d) suspende a prescrição;
e) reinicia a contagem da decadência.

31. Sabe-se que a denominação dada pelo legislador a um determinado instituto


não lhe muda a natureza. Levando isso em consideração, examine a natureza
jurídica da “anistia” concedida por certo Município, que aprovou, em 1993,
uma lei do seguinte teor:
“Art. 1o. Ficam anistiados:
I – a partir do exercício de 1994, os débitos do imposto predial e territorial urbano
referentes a imóveis de valor inferior a 100 unidades fiscais do Município (UFM);
II – a partir de 1990, os débitos tributários de qualquer natureza, de valor infe-
rior a 60 UFM, vencidos até 1992;
III – os atos definidos na legislação do imposto sobre serviços como sujeitos a
multa e a interdição de estabelecimento, praticados até a data desta lei.
“Art. 2o. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.”
a) O inciso I trata de isenção; o II, de remissão; e o III, de anistia.
b) Os três incisos tratam de anistia, consoante consta do caput do art. 1o.
c) O inciso III cuida de extinção de crédito tributário e os demais, de exclusão.
d) O inciso I trata de suspensão e os demais, de extinção.
e) As três hipóteses são de remissão.

32. O contribuinte que pagou indevidamente o tributo tem direito à restituição,


salvo na seguinte hipótese:
a) reforma ou rescisão de decisão condenatória;
b) erro material na conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
c) tributo que, por sua própria natureza, tenha sido transferido a terceiro, sem que este
autorize expressamente a restituição;
d) erro do próprio contribuinte na identificação do sujeito passivo ou da alíquota
aplicável;
e) pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido, em face da legis-
lação aplicável.

33. As afirmações cometidas posteriormente à data de início de vigência de lei que


concede anistia:
a) não estão abrangidas pela lei;
b) estão abrangidas pela lei, se a anistia for geral;
c) estão abrangidas pela lei, mesmo sendo restrita a anistia;
d) estão abrangidas pela lei, até o final do exercício em que publicada a lei;
e) estão abrangidas pela lei, se a anistia for para certa região.

34. O começo da alienação de bens pelo sujeito passivo em débito para com a Fa-
zenda Pública presume-se fraudulenta, se o crédito tributário estiver:
a) em fase de constituição;
b) constituído e regularmente inscrito como dívida ativa;
c) constituído, mas não inscrito na dívida ativa;
48 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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d) constituído, em fase de impugnação;


e) constituído, em fase de recurso.

35. Quanto à dívida ativa tributária, é consoante com o Código Tributário Nacional
asseverar que:
a) não tem essa natureza a dívida proveniente de laudêmio devido pela transmissão de
direitos do foreiro de terreno de Marinha;
b) mesmo se regularmente inscrita, sendo contestado pelo contribuinte seu valor, tem
de ser, em princípio, provada pelo fisco;
c) por gozar da presunção de liquidez e certeza, já não tem o contribuinte possibilidade
de provar sua inexatidão;
d) é obrigatório indicar-se, no termo de sua inscrição, entre outros itens, a disposição
específica da lei em que o débito se funde;
e) a omissão dos requisitos da certidão respectiva conduz à sua nulidade insanável.

36. A inscrição do débito em dívida ativa gera a seguinte conseqüência:


a) dá origem à instauração do contencioso tributário administrativo;
b) instrumentaliza a Fazenda Pública com título hábil para aparelhar a execução fiscal;
c) constitui o devedor em mora e, como tal, a partir daí incidem juros e correção mone-
tária sobre o débito;
d) inicia-se a contagem do prazo prescricional para sua cobrança a partir da data em
que procedida;
e) obsta a discussão judicial do crédito tributário, uma vez que somente é procedida
após o trânsito em julgado da decisão que apreciou o mérito da pretensão fiscal.

37. A nulidade de inscrição da dívida ativa, decorrente da omissão de dados que


dela deveriam obrigatoriamente constar:
a) é insanável;
b) pode ser sanada, até a decisão de segundo grau;
c) pode ser sanada, até decisão final;
d) pode ser sanada, até decisão de primeiro grau;
e) pode ser sanada, em qualquer fase processual.

38. Com relação à certidão negativa de tributos, pode-se dizer que:


a) não é obrigatória sua expedição nos termos em que requerida, podendo a autoridade
fiscal referir-se a tributos outros que não os constantes do pedido;
b) não há prazo fixado no Código Tributário Nacional para o atendimento do pedido do
interessado, havendo a praxe de expedi-la no prazo de quinze dias;
c) não tem efeito de certidão negativa a certidão em que conste haver débitos tributá-
rios não vencidos, ou que haja débito em fase de execução judicial com penhora rea-
lizada;
d) não pode ser expedida se a autoridade fiscal verificar a existência de débito sujeito à
moratória, ou objeto de reclamação ou recurso perante a autoridade fiscal competente;
e) mesmo que a lei a exija, ela é dispensável no caso de o contribuinte necessitar prati-
car, com urgência, um ato para evitar a caducidade de um direito seu.

39. Com relação ao processo administrativo fiscal, é correta a seguinte afirmativa:


a) instaura-se pelo oferecimento, em tempo oportuno, de impugnação contra exigência
fiscal fundada em lançamento por declaração;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 49

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b) à opção do contribuinte, tanto pode ser instaurado perante o Conselho de Contri-
buintes quanto perante o Poder Judiciário;
c) constitui meio hábil, embora não-exclusivo, para a solução de conflitos entre o fisco
e o contribuinte;
d) o contribuinte que tenha optado pela sua instauração somente poderá ajuizar ação
para discutir a mesma matéria após esgotar os recursos previstos na legislação fis-
cal;
e) sua instauração válida depende do depósito prévio do valor exigido pelo Fisco, da
prestação de caução idônea, como alternativa, ou da concessão de liminar em man-
dado de segurança que suspenda a exigibilidade do crédito reclamado pela fiscaliza-
ção.

40. Não se admitirá a intimação do sujeito passivo, no processo administrativo


fiscal, na seguinte forma:
a) diretamente pelo autor do procedimento, comprovada mediante sua assinatura ou
com declaração escrita do intimador, no caso de recusa;
b) diretamente pelo agente do órgão preparador, provada com a assinatura do manda-
tário ou preposto do sujeito passivo;
c) por telegrama, com prova de recebimento, quando o destinatário não for comercian-
te;
d) pelo correio, provada pela assinatura do destinatário, quando o sujeito passivo for
pessoa natural;
e) por edital, provada com a publicação, quando não tiver sido tentado outro meio de
intimação.

Gabarito – AFTN – Março de 1994


1. A – art. 24, § 3o, da CF
2. E – art. 153, § 1o, da CF
3. E – arts. 153, § 3o, II, e 155, § 2o, I, da CF
4. C – arts. 150, I, II e III, a, b, da CF
5. C – imunidade é uma denominação doutrinária
6. D – art. 150, VI, c, e 195, § 7o, da CF
7. E – arts. 147 e 151, I a III, da CF
8. B – art. 146, III, da CF
9. C – art. 155, § 2o, XII, g, da CF
10. D – art. 116 do CTN
11. C – art. 5o, XXXIV, a, da CF
12. C – art. 148 do CTN
13. B – arts. 4o e 7o do CTN
14. A – art. 84, VIII, da CF
15. B – art. 112, III, do CTN
16. E – arts. 148, 153, VII, e 154, I, da CF
17. A – arts. 113, § 1o, 114 e 118 do CTN
18. E – art. 117, II, do CTN
19. D – art. 124 do CTN
20. B – art. 126 do CTN
21. D – art. 137, II, do CTN
22. C – art. 136 do CTN
23. D – arts. 97, VI, e 142 do CTN
50 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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24. A – arts. 142, 144 e 149 do CTN


25. E – art. 147, § 1o, do CTN
26. anulada, pois na opção D a condição é resolutória, conforme art. 150, § 1o, do CTN
27. E – art. 151 do CTN
28. B – arts. 97, V, e 161, § 1o, do CTN
29. A – art. 150, § 4o, do CTN
30. C – art. 174, II, do CTN
31. A – arts. 172 e 175 do CTN
32. C – art. 166 do CTN
33. A – art. 180 do CTN
34. B – art. 185 do CTN
35. D – art. 202, III, do CTN
36. B – art. 201 do CTN
37. D – art. 203 do CTN
38. E – art. 207 do CTN
39. C – art. 62 do Decreto no 70.235/1972
40. E – art. 23, III, do Decreto no 70.235/1972
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 51

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12.9. Prova para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional –
Setembro de 1994
1. Acerca da competência tributária, é certo afirmar que:
a) não constitui delegação de competência a atribuição a pessoas de direito privado da
função de arrecadar tributos;
b) corresponde à capacidade de pessoa política de figurar na posição de sujeito ativo da
obrigação tributária;
c) é transferível mediante lei delegada;
d) pode ser exercida no sentido de nomear, como sujeito ativo, pessoa jurídica de direi-
to público diversa daquela titular da competência, atribuindo-lhe a disponibilidade
dos recursos auferidos;
e) o seu não-exercício, em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse
público, a defere a pessoa jurídica de direito público que tenha interesse imediato
fundado na repartição constitucional de receitas do respectivo tributo.

2. Nos termos do Código Tributário Nacional, quanto à capacidade tributária, po-


demos afirmar que:
a) sujeita-se ao regular exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da
administração indireta de bens e serviços;
b) depende da regular constituição jurídica da pessoa que configure unidade econômi-
ca ou profissional;
c) os menores de dezesseis anos, os loucos de todo gênero e os surdos-mudos que não
puderem exprimir a sua vontade são considerados juridicamente aptos à realização
do fato jurídico tributário;
d) configura a capacidade econômica do contribuinte em sujeitar-se à imposição tributária;
e) os silvícolas não são juridicamente aptos à realização do fato jurídico tributário.

3. Quanto à responsabilidade tributária, é incorreto afirmar que:


a) a Administração Pública pode, mediante regulamento, atribuir a responsabilidade
pelo pagamento do tributo a outra pessoa, desde que vinculada ao fato gerador da
obrigação tributária;
b) o adquirente é responsável pelos tributos relativos aos bens adquiridos;
c) os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a
obrigações tributárias de atos praticados com excesso de poder;
d) as hipóteses de responsabilidade de terceiros só se aplicam, em matéria de penalida-
des, às de caráter moratório;
e) no caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente os sócios, no caso de liquidação de sociedade
de pessoas nos atos em que estiverem ou pelas omissões de que forem responsáveis.

4. O lançamento por declaração não pode ser alterado:


a) em conseqüência de decisão administrativa;
b) mediante recurso de ofício;
c) quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento defini-
do na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
d) quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente
obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
e) após a extinção do direito do Fisco.
52 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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5. Quanto ao crédito tributário, é correto afirmar que:


a) extingue-se mediante o depósito do seu montante integral;
b) sua importância pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, no caso de
subordinação do recebimento do crédito ao pagamento da penalidade pecuniária;
c) sua exclusão dispensa o cumprimento das obrigações acessórias;
d) extingue-se após decorrido o prazo decadencial de cinco anos, contados da data da
sua constituição definitiva;
e) extingue-se após decorrido o prazo prescricional de cinco anos, contados do primei-
ro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado.

6. Sobre as imunidades tributárias, podemos afirmar que:


a) são hipóteses de não-incidência legalmente qualificadas;
b) não se aplicam às taxas e aos impostos sobre o comércio exterior;
c) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar;
d) são extensivas às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Públi-
co, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados ou não a suas
finalidades essenciais;
e) impossibilitam que sejam previstos fatos geradores da obrigação tributária para os
casos por elas abrangidos.

7. Consideradas essas três afirmações, pode-se dizer que são, respectivamente:


I – A competência tributária residual, prevista na Constituição Federal, é priva-
tiva da União.
II – Os impostos, taxas e contribuições de melhoria que não tenham fato gera-
dor ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição podem ser
instituídos, mediante lei complementar, com fundamento na competência tri-
butária residual.
III – Mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem instituir com-
petência tributária residual a ser exercida mediante lei complementar estadual.
a) falsa, verdadeira e verdadeira;
b) verdadeira, verdadeira e falsa;
c) falsa, falsa e verdadeira;
d) verdadeira, falsa e falsa;
e) verdadeira, falsa e verdadeira.

8. As prescrições que seguem referem-se, respectivamente, aos princípios da:


I – É defeso cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
II – É defeso cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
III – É defeso à União cobrar tributo que não seja homogêneo em todo o territó-
rio nacional.
a) legalidade, irretroatividade e da não-discriminação em razão da procedência ou des-
tino dos bens;
b) irretroatividade, anualidade e uniformidade geográfica;
c) anualidade, irretroatividade e igualdade;
d) anterioridade, legalidade e territorialidade da tributação;
e) irretroatividade, anterioridade e uniformidade geográfica.

9. O art. 3o do Código Tributário Nacional define tributo como uma prestação que
não constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que:
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 53

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a) atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo do bicho podem ser tri-
butadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-se, pelo simples fato de sua inob-
servância, em obrigação tributária principal;
b) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tri-
butáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrência da prática de ati-
vidade ilícita;
c) os rendimentos advindos da exploração do lenocínio são tributáveis, porquanto não
se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir rendas;
d) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tri-
butáveis, em conformidade do que reza o princípio do non olet;
e) as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois, de outro modo, o Estado estará
locupletando-se com ações que ele mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da es-
trita legalidade.

10. As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de


tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição le-
gal do sujeito das obrigações tributárias correspondentes:
a) quando não se tratar de responsabilidade por infração;
b) desde que autorizadas por ato administrativo devidamente fundamentado;
c) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se dessa possibilidade os im-
postos;
d) sempre que formalizadas por escrito, na presença de duas testemunhas;
e) desde que haja disposição de lei nesse sentido.

11. Em janeiro de 1993, em lei geral, versando sobre o regime jurídico dos servi-
dores públicos federais, foi incluído preceito concedendo crédito presumido a
uma categoria de contribuintes do IPI. Em janeiro de 1994, foram editadas
duas novas leis gerais, versando também sobre matérias ligadas ao funciona-
lismo federal. Na primeira dessas leis, foi incluído dispositivo concedendo
subsídio para uma parcela de contribuintes do IPI e, na segunda, artigo conce-
dendo redução da base de cálculo de produtos acondicionados em latas. Tais
leis são, respectivamente:
a) inconstitucional, constitucional e inconstitucional;
b) constitucional, inconstitucional e inconstitucional;
c) constitucional, constitucional e inconstitucional;
d) inconstitucional, inconstitucional e inconstitucional;
e) inconstitucional, constitucional e constitucional.

12. A empresa A, com sede em Brasília, que se dedica exclusivamente à fabricação


de esquadrias para a construção civil, incorporou a empresa B, com sede no
Rio de Janeiro, cujo objeto social abrangia, preponderantemente, a compra e
venda de bens móveis e de bens imóveis. Em virtude dessa incorporação, fo-
ram transmitidos da empresa B para a empresa A os direitos que aquela deti-
nha sobre imóvel comercial, localizado em Recife. Cada um dos municípios ci-
tados pretendeu exigir o ITBI. Sobre essa transmissão:
a) não incide o ITBI, em virtude de imunidade;
b) incide o ITBI, porque a atividade preponderante da empresa B era a compra e venda
de bens imóveis, sendo devido em Recife;
c) não incide o ITBI, porque a atividade preponderante engloba a compra e venda de
bens móveis;
54 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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d) incide o ITBI no Rio de Janeiro, sendo, no caso, irrelevante a preponderância da ativi-


dade;
e) incide o ITBI em Recife, sendo, no caso, irrelevante a preponderância da atividade.

13. Sobre a entrada de bem importado do exterior, destinado ao ativo fixo do esta-
belecimento; sobre operações que destinem ao exterior produtos semi-
elaborados, definidos em lei complementar; sobre operações que destinem a
outros Estados energia elétrica; sobre o ouro não definido como ativo financei-
ro nem como instrumento cambial; sobre serviço de comunicação, embora as
prestações se iniciem no exterior; o ICMS, respectivamente:
a) incidirá, não incidirá, incidirá, não incidirá, incidirá;
b) não incidirá, não incidirá, não incidirá, não incidirá, não incidirá;
c) não incidirá, não incidirá, incidirá, não incidirá, incidirá;
d) incidirá, não incidirá, não incidirá, não incidirá, incidirá;
e) incidirá, incidirá, não incidirá, incidirá, incidirá.

14. O estabelecimento de alíquotas máximas do ICMS nas operações internas


para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados; o estabe-
lecimento de alíquotas do ICMS aplicáveis no caso da prestação de serviços
interestaduais de transporte; a fixação da alíquota máxima do ISS na presta-
ção de serviços de transporte de âmbito exclusivamente municipal; o estabe-
lecimento das alíquotas mínimas, no caso de operações internas de ICMS; fi-
xação de alíquotas, no caso de ISS; fixação das alíquotas máximas do imposto
sobre a venda a varejo de combustíveis e lubrificantes, cabem respectiva-
mente:
a) à lei complementar; ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; à lei
complementar; à lei complementar;
b) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; ao Senado Federal; à lei
municipal; à lei complementar;
c) à lei complementar; à lei complementar; à lei municipal; ao Senado Federal; à lei mu-
nicipal; à lei complementar;
d) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei municipal; ao Senado Federal; à lei com-
plementar; à lei complementar;
e) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; à lei complementar; à lei
municipal; ao Senado Federal.

15. Contribuinte estabelecido em Manaus, e que ali se dedica à industrialização de


produtos, foi, em 1993, autuado pela fiscalização do IPI sob o fundamento de
que os incentivos fiscais que impedem a exigência desse imposto não foram
confirmados por lei até 04 de outubro de 1991. Consideradas as circunstân-
cias do caso, pode-se afirmar que a autuação foi:
a) correta, porque o incentivo não é setorial;
b) correta, porque os incentivos teriam que ser reconfirmados, por lei, até 1990;
c) incorreta, porque os incentivos prosseguem eficazes;
d) incorreta, porque havia direito adquirido;
e) correta, porque o incentivo não era condicionado.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 55

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16. Lei tributária que, simultaneamente, (a) disponha sobre suspensão do crédito
tributário, (b) sobre dispensa do cumprimento de obrigações acessórias (c) e
que defina infrações, esta última em caso de dúvida, quanto à extensão dos
efeitos do fato, interpreta-se:
a) literalmente, literalmente e de maneira mais favorável ao acusado;
b) analogicamente, extensivamente e de maneira mais favorável ao acusado;
c) literalmente, extensivamente e analogicamente;
d) extensivamente, literalmente e analogicamente;
e) literalmente, extensivamente e de maneira mais favorável ao acusado.

17. Determinada lei estadual instituiu tributo designado taxa de transporte e de


base de cálculo como sendo o valor do frete. Elegeu os transportadores como
responsáveis pelo pagamento desse tributo, que deveriam pagá-lo antes mes-
mo da concretização do transporte, assegurando, no entanto, imediata e prefe-
rencial restituição da quantia paga, caso não se realizasse o transporte. Dada a
natureza jurídica do tributo, a atribuição ao sujeito passivo da obrigação tribu-
tária da condição de responsável:
a) não se poderia dar, porque o tributo é um imposto;
b) não se poderia dar, porque o tributo é uma taxa;
c) poderia dar-se, porque o tributo é um imposto;
d) poderia dar-se, porque o tributo é uma contribuição;
e) não se poderia dar, porque o tributo é uma contribuição.

18. São requisitos necessários à compensação do crédito tributário:


a) reciprocidade das obrigações; créditos vencidos; liquidez das dívidas;
b) créditos vencidos; lei autorizadora;
c) lei autorizadora; liquidez e certeza dos créditos; infungibilidade das coisas devidas;
d) lei autorizadora; créditos vendidos; exigibilidade das prestações;
e) reciprocidade das obrigações; liquidez e certeza dos créditos; exigibilidade das pres-
tações; lei autorizadora.

19. Sobre o valor de verdade dos enunciados que seguem, podemos asseverar
que:
I – Na remissão total, desaparece o direito subjetivo de exigir a prestação e, por
decorrência lógica e imediata, some também o dever jurídico cometido ao su-
jeito passivo.
II – A transação independe de previsão legal para que a autoridade competente
possa entrar no regime de concessões mútuas, posto que esta característica é
de essência do próprio instituto.
III – A ação de consignação em pagamento não comporta outras questões que
não aquelas ligadas aos requisitos formais e objetivos do pagamento que sa-
tisfaz o débito do sujeito passivo.
a) os três enunciados são verdadeiros;
b) os três enunciados são falsos;
c) I e II são falsos e o III é verdadeiro;
d) I e III são verdadeiros e o II é falso;
e) II e III são verdadeiros e o I é falso.
56 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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20. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário:


a) concedida por moratória aproveita inclusive os casos de dolo, fraude e simulação
praticados pelo sujeito passivo;
b) dispensa o cumprimento de obrigações acessórias dependentes da obrigação princi-
pal cujo crédito seja suspenso;
c) pode ser concedida mediante moratória, instituída em lei, por prazo indefinido;
d) quando concedida mediante moratória, retroage à data de ocorrência do fato gera-
dor;
e) em face do depósito do seu montante integral, elide a incidência de penalidade de ca-
ráter moratório.

21. Contribuinte do imposto sobre a renda, pessoa jurídica, teve despesa superior
a 250 mil Ufirs glosada, sob o fundamento de que não havia documento a res-
paldá-la. Além disso, foi multado em 50% desse valor. Impugnada a exigência,
foi ela reduzida (e também o valor da multa), proporcionalmente, não em razão
de argumentos ou documentos apresentados pelo contribuinte, mas porque
apurou-se ser o montante efetivo da despesa lançada nos livros próprios de
160 mil Ufirs. Diante da redução, houve recurso de ofício. O contribuinte não
recorreu dessa decisão. Meses após o processamento do recurso de ofício,
pelo Conselho de Contribuintes, o contribuinte, encontrando documento que
lhe pareceu comprovador da efetividade da despesa, ingressou com requeri-
mento ao Conselho, solicitando fosse revista a decisão de primeira instância.
Nesse caso, o Conselho deve:
a) deferir o pedido, se a prova da efetividade da despesa for inquestionável;
b) indeferir o pedido porque o documento deveria ser juntado até a fase de interposição
do recurso voluntário;
c) indeferir o pedido porque o valor discutido não permite reapreciação em segunda
instância;
d) indeferir o pedido porque no “contencioso administrativo” prevalece o princípio da
verdade formal;
e) deferir o pedido porque a prova pode ser feita a qualquer tempo.

22. Lei de janeiro de 1988 fixou as condições e os limites para as alterações da


base de cálculo e da alíquota do IPI de certo produto industrializado, não-es-
sencial. Seis meses após, ato do Ministro da Fazenda reduziu a alíquota aplicá-
vel no caso desse produto e, concomitantemente, alterou sua base de cálculo
normativa, de tal modo que, apesar da redução da alíquota, resultou aumento
de imposto, por unidade vendida. Em 1990, novo ato do Ministro da Fazenda
redefiniu a base de cálculo normativa e reduziu a alíquota, de sorte a acarretar
substancial redução do valor imposto, por unidade vendida. Diante desses da-
dos, é possível afirmar que:
a) a base de cálculo pode ser reduzida, desde que não acarrete aumento de imposto;
b) no caso de produto não-essencial, a alíquota não pode ser reduzida;
c) a alíquota, nos dois momentos focalizados, não pode ser reduzida;
d) a alíquota pode ser reduzida, mas a base de cálculo não pode ser reduzida;
e) não pode ser reduzida nem a base de cálculo nem a alíquota.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 57

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23. A competência para instituir e cobrar adicional do imposto que for pago à
União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos territó-
rios, a título de imposto de renda, incidente sobre lucros, ganhos e rendimen-
tos do capital:
a) pertence aos Estados, que poderão exercê-la por prazo indeterminado;
b) é municipal;
c) subsistirá até o exercício de 1996, reduzindo-se sua alíquota, pelo menos, a 2,5% no
exercício financeiro de 1995;
d) não mais existe, por decisão do Supremo Tribunal Federal em ação direta de inconsti-
tucionalidade;
e) persiste por prazo indeterminado, porém, depende, para o seu exercício, de lei com-
plementar que lhe defina o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte.

24. A venda a varejo de combustíveis líquidos poderá ser tributada:


a) somente até 31 de dezembro de 1995;
b) pelos Municípios, por prazo indeterminado, desde que observem a alíquota máxima
de 3%;
c) pelos Estados (imposto específico sobre a venda a varejo de combustíveis líquidos e
gasosos);
d) pela União (imposto sobre produtos industrializados);
e) pela União (imposto de importação e de exportação).

25. Com a revogação do inciso IV e do § 4o do art. 156 da Constituição da Repúbli-


ca, que tratavam, respectivamente, da competência para os Municípios insti-
tuírem imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), e do cabimento da
lei complementar para fixar alíquotas máximas desse e de outro imposto, e
para excluir da incidência os serviços exportados para o exterior:
a) não mais poderão os Municípios cobrar o ISS;
b) houve apenas remanejamento formal de dispositivos e não propriamente revogação
de caráter material;
c) a lei complementar já não poderá fixar alíquotas máximas do ISS;
d) os Municípios somente estão proibidos de criar novas incidências, podendo cobrar
imposto relativamente às antigas;
e) a lei complementar somente poderá fixar alíquotas máximas do imposto sobre ven-
da a varejo de combustíveis e lubrificantes.

26. A autoridade administrativa, no caso de débitos vencidos do mesmo sujeito


passivo, determinará que a imputação se dê, na seguinte ordem:
a) primeiramente, os débitos por obrigação própria;
b) primeiramente, as taxas e, depois, a contribuição de melhoria;
c) crescente, em função dos prazos de decadência;
d) crescente, em função dos montantes;
e) primeiramente, os débitos por responsabilidade solidária.

27. Contribuinte pessoa física questionou (impugnou e recorreu) lançamento do


imposto sobre a renda, de 1985, ano base 1984, sem sucesso. Esgotada a esfe-
ra administrativa, o fisco inscreveu, em 1986, o débito na dívida ativa. Em
1990, promoveu a execução fiscal. Em março de 1994, a Fazenda promoveu
protesto judicial. Citado, em abril de 1994, o contribuinte alegou a ocorrência
tanto de decadência como de prescrição. No caso:
58 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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a) ocorreu prescrição, em 1994;


b) ocorreu decadência, em 1988;
c) não ocorreu decadência, nem prescrição;
d) ocorreu decadência, em 1989;
e) ocorreu prescrição, em 1990.

28. A cobrança judicial do crédito tributário (I) não é sujeita a concurso de credo-
res, mas (II) carece de habilitação em falência, nem (III) é sujeita a ela nos casos
de concordata, mas (IV) é exigida no caso de inventário e (V) não é sujeita a
essa habilitação no caso de arrolamento.
Essas afirmativas são, respectivamente:
a) verdadeira, falsa, verdadeira, falsa, falsa;
b) verdadeira, falsa, verdadeira, falsa, verdadeira;
c) falsa, falsa, verdadeira, falsa, verdadeira;
d) verdadeira, falsa, falsa, falsa, verdadeira;
e) verdadeira, falsa, verdadeira, verdadeira, falsa.

29. Diante de hipótese na qual o contribuinte impugnou o lançamento, administra-


tivo, o direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de
cinco anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão administra-
tiva, nos casos de:
a) erro no montante do débito;
b) erro na identificação do sujeito passivo;
c) erro na aplicação da alíquota;
d) anulação de decisão condenatória;
e) erro na elaboração de documento relativo ao pagamento.

30. Em novembro de 1988, entidade sindical de trabalhadores, sem fins lucrati-


vos, que escriturava suas receitas e despesas em livros revestidos de suas
formalidades legais capazes de assegurar sua exatidão, teve seu pedido de re-
conhecimento de imunidade do imposto sobre a renda do ano-base de 1987 de-
negado. Fundamento indispensável para essa denegação é:
a) o de que, em caso de dissolução, a destinação prevista para o seu patrimônio é a enti-
dade congênere;
b) a entidade não remunerar seus diretores;
c) não ser a entidade voltada para a coletividade;
d) não haver imunidade para essa espécie de entidade, na constituição aplicável;
e) não ser a entidade de utilidade pública.

I– Busca de um paradigma que contenha situação semelhante ou quase igual


àquela para a qual o aplicador não encontrou disposição expressa.
II – Aplicação da regra da isonomia; tratamento igual para casos iguais e desi-
guais para desiguais.
III – Aplicação da norma mais branda e menos onerosa.
IV – Interpretação literal.

31. Combine cada uma das quatro expressões supra com cada uma das quatro op-
ções a seguir:
w) anistia;
x) eqüidade;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 59

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y) princípio geral de direito;
z) analogia;
Qual das combinações abaixo está parcial ou totalmente errada?
a) y II; w IV;
b) x I; y III;
c) y II; x III;
d) z I; w IV;
e) x III; z I.

32. O contribuinte do imposto de renda, em princípio, pode eleger, como seu domi-
cílio, local diverso do de sua residência?
O local onde se encontra a banca de um camelô pode, segundo as regras do Có-
digo Tributário Nacional, ser considerado o domicílio dele?
Quando a residência do contribuinte for local que dificulte a arrecadação ou a
fiscalização do tributo, a autoridade administrativa pode recusá-la?
a) Não, não, não.
b) Sim, sim, sim.
c) Sim, sim, não.
d) Não, sim, sim.
e) Sim, não, sim.

33. O Decreto-Lei no 31, de 1996, estabelece, no art. 103, que a aplicação da penali-
dade administrativa pela infração à legislação aduaneira não prejudica a aplica-
ção das penas cominadas para o mesmo fato pela legislação criminal. Quando
ocorrer essa cumulação e o beneficiário da infração for pessoa jurídica, po-
de-se dizer, nos termos do Código Tributário Nacional, que:
a) a responsabilidade principal pela infração tributária é da pessoa física que a praticou;
e a subsidiária, da pessoa jurídica beneficiária;
b) a responsabilidade pela infração tributária é exclusiva da pessoa jurídica beneficiária
do crime;
c) essa responsabilidade é conjunta e solidária da pessoa jurídica beneficiária e das
pessoas naturais que a praticaram;
d) a responsabilidade é exclusiva da pessoa natural que tiver cometido a infração adua-
neira que constitua crime;
e) a responsabilidade principal pela infração aduaneira é da pessoa jurídica beneficiá-
ria; e a subsidiária, da pessoa física que a praticou em benefício daquela.

34. Definimos ______ (1) ______ como o direito subjetivo de que é portador o sujeito
______ (2) ______ de uma______ (3) ______ e que lhe permite exigir o objeto presta-
cional, representado por uma importância em dinheiro.
As palavras que outorgam sentido ao enunciado acima são, respectivamente:
a) lançamento; passivo; obrigação acessória;
b) direito tributário; passivo; competência tributária;
c) competência tributária; passivo; competência legislativa;
d) obrigação acessória; ativo; obrigação tributária;
e) crédito tributário; ativo; obrigação tributária.
60 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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35. Sobre o valor de “verdade” dos enunciados que seguem, podemos afirmar que:
I – Os fatos geradores são figuras típicas dos tributos não-vinculados, não
compondo a estrutura impositiva das taxas que decorrem de um fato revelador
de uma atividade estatal, direta e especificamente dirigida ao contribuinte;
II – Taxa é um tributo não-vinculado que tem como base de cálculo uma grandeza
dimensível de fato estranho a qualquer atividade estatal referida ao obrigado;
III – O traço característico que diferencia a taxa da contribuição de melhoria é
que esta última tem como pressuposto o fato de o produto de sua arrecadação
ter destinação legal voltada à realização de obra pública que valorize o imóvel
do contribuinte.
a) I – falso, II – verdadeiro e III – falso.
b) os três enunciados são falsos.
c) os três enunciados são verdadeiros.
d) I – verdadeiro, II – verdadeiro e III – falso.
e) I – falso, II – falso e III – verdadeiro.

36. (i) O Município X criou a “taxa de instalação industrial”, a ser cobrada das in-
dústrias que se instalassem na zona industrial por ele criada. Para incentivar a
instalação de fábricas naquele distrito industrial, previu a lei que a taxa so-
mente seria devida quando se iniciasse a produção, e seria de 1% do valor dos
produtos que saíssem do estabelecimento. A lei municipal não definiu expres-
samente o fato gerador daquele tributo.
(ii) O Município Y criou a “taxa de iluminação pública”, que, para maior justiça
fiscal, graduou a base de cálculo segundo a capacidade econômica, aferida
pelo valor da energia elétrica consumida pelo contribuinte.
(iii) O município Z instituiu, pelo exercício do poder de polícia sobre zoneamen-
to de atividades, a “taxa de localização de estabelecimentos bancários”, que in-
cidiria à módica alíquota de 1 milésimo por cento do valor dos empréstimos con-
cedidos pelo contribuinte.
Assinale agora qual é, respectivamente, a situação jurídica dessas três taxas.
a) Todas as três são inválidas juridicamente.
b) Todas as três são juridicamente válidas.
c) Somente uma é válida, sendo, inconstitucionais as outras duas.
d) Somente duas são juridicamente válidas: a primeira e a terceira.
e) Somente são válidas as duas primeiras: uma porque ligada ao poder de polícia local,
relativo ao zoneamento urbano; a outra, porque se refere à prestação de serviço pú-
blico diretamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.

37. O Código Tributário Nacional (Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966) é consi-


derado:
a) uma lei federal que, no respeitante a impostos estaduais, pode ser alterado por lei es-
tadual, por força do poder de legislar concorrentemente sobre essa matéria, previsto
na Constituição de 1988;
b) uma lei complementar à Constituição, por força das normas constitucionais superve-
nientes, que reservaram a matéria nela contida para leis dessa categoria;
c) uma lei ordinária que adquiriu força de lei complementar desde a Constituição de 1967;
d) uma lei ordinária que, por ter sido aprovada como tal, pode ser livremente alterada
por outra;
e) um Código que somente pode ser derrogado por outro Código, pois o Ato comple-
mentar no 36 lhe deu esse status.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 61

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38. Os impostos criados através da competência residual somente podem ser ins-
tituídos:
a) em lei complementar federal, e desde que se trate dos chamados “impostos em cas-
cata”, isto é, em que seja possível o acúmulo de bases de cálculo;
b) pelos Estados não divididos em Municípios;
c) nos Territórios Federais, e pela União;
d) mediante lei complementar federal, estadual ou municipal;
e) se houver inovação na definição do fato gerador e da base de cálculo, e desde que
se possa abater numa operação o valor do mesmo imposto pago nas operações an-
teriores.

39. A Constituição da República prevê que, sobre a energia elétrica, podem incidir
somente:
a) dois impostos;
b) os impostos de importação e de exportação;
c) três impostos;
d) o imposto único sobre energia elétrica (IUEE);
e) impostos estaduais e municipais.

40. Pela nova disciplina da concessão dos chamados “favores tributários”, estabe-
lecida no art. 150, § 6o, da Constituição pela Emenda Constitucional no 3, de
1993:
a) uma anistia de imposto de renda somente pode ser concedida em lei que trate exclu-
sivamente de anistia ou exclusivamente de imposto de renda;
b) nenhuma isenção do imposto de importação pode ser concedida sem tratado ou con-
venção internacional que assegure reciprocidade aos produtos brasileiros;
c) a compensação do crédito tributário somente pode ser disciplinada por lei específica
federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente esta matéria;
d) não pode ser concedida a remissão de um imposto em lei que trate de outros aspec-
tos desse imposto;
e) não pode ser concedida redução de base de cálculo de imposto sobre produtos in-
dustrializados que trate exclusivamente desse imposto, porém não cuide de outros
favores fiscais.

Gabarito – AFTN Setembro de 1994


1. A – art. 7o, § 3o, do CTN
2. C – art. 126 do CTN
3. A – art. 97, III, do CTN
4. E – art. 149, parágrafo único, do CTN
5. B – art. 164 do CTN
6. E – imunidade é uma vedação constitucional de cobrar tributos
7. D – art. 154, I, do CTN
8. E – art. 150, III, a, b, da CF, e art. 151, I, da CF (se tiver que optar por anterioridade ou
anualidade, faça a opção por anterioridade)
9. C – art. 118 do CTN
10. E – art. 123 do CTN
11. B – art. 150, § 6o, com a redação dada pela Emenda Constitucional no 3, de
17/03/1993, DOU de 18/03/1993
12. A – art. 156, § 2o, da CF
62 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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13. E – art. 155, II e § 2o, X, da CF (hoje, a resposta seria diferente, já que a Lei Comple-
mentar no 87/96 exclui da incidência do ICMS inclusive os produtos semi-elabo-
rados quando destinados ao exterior, de acordo com o que permite a CF, no art.
155, § 2o, XII, e)
14. B – art. 155, § 2o, IV e V, e art. 156, § 3o, I, da CF (hoje não existe mais o IVVC, extin-
to pela Emenda Constitucional no 3, de 17/03/1993)
15. C – arts. 40 e 41, ADTC, da CF
16. A – arts. 111 e 112 do CTN
17. C – art. 4o do CTN e art. 150, § 7o, da CF
18. E – art. 170 do CTN
19. D – arts. 164, § 1o, 171 e 172 do CTN
20. E – art. 151, II, do CTN
21. B – art. 33 do Decreto no 70.235/72
22. D – art. 153, § 1o, da CF
23. C – Emenda Constitucional no 3, de 17/03/1993, DOU de 18/03/1993
24. A – Emenda Constitucional no 3, de 17/03/1993, DOU de 18/03/1993
25. B – Emenda Constitucional no 3, de 17/03/1993, DOU de 18/03/1993
26. A – art. 163, I, do CTN
27. C – arts. 173 e 174 do CTN
28. B – art. 187 do CTN
29. D – art. 168, II, do CTN
30. D – a CF/67 não considerava as entidades sindicais de trabalhadores como imunes
31. B – arts. 108 e 175, II, do CTN
32. C – art. 127 do CTN (residência não é o mesmo que domicílio tributário)
33. D – art. 135, II, do CTN
34. E – arts. 113 e 139 do CTN
35. B – arts. 4o e 77 do CTN
36. A – art. 145, § 2o, da CF
37. C – princípio da recepção (a opção B também estaria correta)
38. E – art. 154, I, da CF
39. C – art. 155, § 3o, da CF
40. A – art. 150, § 6o, da CF
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 63

Série Provas e Concursos


12.10. Prova para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – Julho de
1996
1. (1) é eficácia que decorre do (2), juridicizado pela (3) e declarada pelo (4).
As expressões que outorgam sentido ao enunciado acima são, respectivamente:
a) A norma de incidência; exercício da competência tributária; ocorrência do fato gera-
dor; Fisco;
b) A competência tributária; Sistema Tributário; Constituição Federal de 1988; Código
Tributário Nacional;
c) A obrigação tributária; fato gerador; norma de incidência tributária; ato de lançamen-
to tributário;
d) A obrigação tributária; ato de lançamento tributário; competência administrativa vin-
culada de lançar; ato de inscrição na dívida ativa;
e) O crédito tributário; ato de inscrição na dívida ativa; hipótese tributária; Fisco.

2. A lei complementar, publicada em janeiro de 1996, que institui contribuição


social sobre o pro labore e as remunerações de autônomos e avulsos, deve
atender os princípios constitucionais:
a) não-cumulatividade; inovar na base de cálculo e alíquota e exigível após noventa
dias da publicação da lei;
b) inovar na base de cálculo e alíquota; não-cumulatividade e exigível a partir do exercí-
cio financeiro seguinte ao da publicação;
c) não-cumulatividade; inovar na base de cálculo e exigível a partir da regulamentação
da lei;
d) inovar na base de cálculo e alíquota; vinculação da receita e exigível após noventa
dias da publicação da lei;
e) não-cumulatividade; inovar na base de cálculo e alíquota e exigível após quarenta e
cinco dias da publicação da lei.

3. Analisar as seguintes proposições.


I. O fato gerador de uma multa tributária pode ser um fato lícito.
II. Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não
são tributáveis, pois se trata de prática de atividade ilícita.
III. Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza o
princípio do non olet.
a) Os três enunciados são falsos.
b) Os três enunciados são verdadeiros.
c) O I e II são verdadeiros e o III é falso.
d) Tão-só o III é o verdadeiro.
e) O I e o III são falsos e o II é verdadeiro.

4. Quando uma lei ou alguns dos seus artigos são declarados definitivamente in-
constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, são retirados do ordenamento
jurídico:
a) pela publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal, no Diário Oficial da União;
b) por lei complementar;
c) por resolução do Senado;
d) por decreto legislativo;
e) por medida provisória.
64 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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5. Sobre os decretos executivos federais, podemos afirmar que são:


a) veículos normativos privativos do Legislativo para aprovação, entre outras coisas,
dos tratados e convenções internacionais celebrados pelo Presidente da República;
b) atos normativos de competência privada do Presidente da República com força de lei
próprios para o aumento das alíquotas do IPI, IE, IR e IOF;
c) veículos normativos do Presidente da República para aprovação, entre outras coisas,
dos tratados e convenções internacionais celebrados pelos Ministros de Estado;
d) veículos normativos com força de lei, idôneos para instituírem impostos extraordiná-
rios na iminência ou no caso de guerra externa;
e) veículos normativos que se prestam à aprovação dos regulamentos dos impostos fe-
derais.

6. O princípio da legalidade não se aplica, em toda sua extensão:


a) aos impostos de importação e exportação, imposto sobre produtos industrializados
e imposto extraordinário decorrente de guerra;
b) aos impostos de importação e exportação, ao imposto sobre produtos industrializa-
dos e ao imposto sobre operações financeiras;
c) às taxas e contribuições de melhoria;
d) aos impostos de importação e exportação, impostos sobre produtos industrializados
e impostos extraordinários de guerra;
e) às taxas e contribuições sociais.

7. Afirmações.
1 – As emendas constitucionais não podem mudar a forma federativa do Estado.
2 – A denominação é fundamental para determinar a natureza jurídica do tributo.
3 – Os princípios constitucionais tributários sobrepõem-se a todas as normas
jurídicas, inclusive as de lei complementar.
4 – O princípio da anterioridade não comporta nenhuma exceção.
Considerando essas quatro afirmações, pode-se dizer que elas são, respectiva-
mente:
a) verdadeira, falsa, verdadeira, falsa;
b) falsa, verdadeira, falsa, verdadeira;
c) falsa, falsa, falsa, falsa;
d) verdadeira, verdadeira, verdadeira, verdadeira;
e) verdadeira, falsa, falsa, verdadeira.

8. Sobre a competência residual tributária, prevista na Constituição Federal, no


art. 154, inciso I, é certo afirmar que:
a) pode ser exercida pelos Estados para instituir tributos, desde que mediante lei com-
plementar estadual;
b) refere-se também às taxas e contribuições de melhoria, desde que não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal;
c) restringe-se à espécie imposto, é privativa da União e exige o respeito ao princípio da
não-cumulatividade;
d) mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem instituir competência
tributária residual a ser exercida mediante lei complementar estadual;
e) requer lei complementar federal, que o imposto seja cumulativo, e não fato gerador
ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 65

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9. Quanto às imunidades tributárias, é procedente afirmar que:
a) são reguladas exclusivamente mediante lei ordinária federal;
b) não se aplicam às taxas e contribuições sociais;
c) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar;
d) são extensivas aos partidos políticos, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços vinculados ou não a suas finalidades essenciais;
e) são normas constitucionais que colaboram no desenho das competências impositivas.

10. Sobre o tópico das isenções tributárias, é correto asseverar que:


a) equivalem a hipótese de exclusão do crédito tributário legalmente qualificadas;
b) delimitam o exercício da competência tributária;
c) dispensam a obrigatoriedade do exercício os deveres instrumentais ou formais;
d) restringem-se tão-só aos impostos;
e) a União detém a competência para dispor sobre isenção nas esferas estadual e muni-
cipal.

11. Considerar as afirmações.


(i) Proporcionar o direito de ação da Fazenda Pública.
(ii) Formalizar o crédito tributário.
(iii) Representar e medir as proporções do fato jurídico tributário.
Estas três assertivas referem-se, respectivamente:
a) ao fato gerador da obrigação tributária; à base de cálculo e à alíquota;
b) à base de cálculo; ao ato de lançamento e à alíquota;
c) ao lançamento tributário; à base de cálculo e à alíquota;
d) ao ato administrativo de inscrição da dívida ativa; ao lançamento tributário e à base
de cálculo;
e) ao ato de lançamento tributário; aos deveres instrumentais ou formais e à base de
cálculo.

12. Assinale a opção correta.


a) A capacidade ativa equivale ao conceito de competência tributária.
b) Os menores de dezesseis anos, os loucos de todo o gênero e os surdos-mudos que
não puderem exprimir a sua vontade são considerados juridicamente aptos à realiza-
ção do fato gerador.
c) A capacidade passiva tributária configura a capacidade econômica do contribuinte
em sujeitar-se à imposição tributária.
d) Os silvícolas não são juridicamente aptos à realização do fato jurídico tributário.
e) A capacidade tributária passiva para realizar o fato jurídico tributário depende da ca-
pacidade civil do sujeito passivo.

13. Analisar
I – Os empregados não podem ser pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poder.
II – No caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente os sócios, no caso de li-
quidação de sociedade de pessoas.
III – As hipóteses de responsabilidade de terceiros só se aplicam, em matéria
de penalidades, às de caráter moratório.
66 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

IV – O adquirente é responsável tributário pelos tributos relativos aos bens ad-


quiridos.
Sobre as assertivas I, II, III, IV, é certo afirmar que:
a) todas são verdadeiras;
b) somente a I é falsa;
c) a I, a II e a III são verdadeiras;
d) somente a II é falsa;
e) todas são falsas.

14. Assinale a opção incorreta.


a) Domicílio tributário é a residência habitual da pessoa natural e, no caso de desconhe-
cimento desta, o centro habitual de sua atividade.
b) Para pessoa jurídica com diversos estabelecimentos, domicílio tributário é o local de
sua sede.
c) Pode a pessoa jurídica ser reputada como domiciliada no lugar do estabelecimento
em que se derem os atos ou fatos que engendrem a obrigação.
d) A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, independente de qual-
quer motivação ou fundamentação, quando este impossibilite ou dificulte a arreca-
dação ou fiscalização do tributo.
e) É regra geral da eleição do domicílio que o sujeito passivo pode fazer a qualquer tem-
po, decidindo, espontaneamente, sobre o local de sua preferência.

15. É incorreto afirmar que:


a) o lançamento regularmente notificado pode ser alterado mediante recurso de ofício;
b) quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento defini-
do na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória, o lançamento pode
ser efetuado e revisto de ofício;
c) o lançamento pode ser revisto de ofício quando se comprove ação ou omissão do su-
jeito passivo ou de terceiro legalmente obrigado que dê lugar a aplicação de penali-
dade pecuniária;
d) o ato administrativo de lançamento pode ser alterado de ofício quando se comprove
que o sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação;
e) a impugnação do sujeito passivo não pode alterar lançamento tributário regularmen-
te notificado.

16. Assinale a opção correta.


a) Nos casos de lançamento por homologação, o direito de o fisco homologar o crédito
tributário extingue-se após decorrido o prazo de cinco anos, contados do primeiro
dia do exercício em que o lançamento poderia ser efetuado.
b) A ação de cobrança do crédito tributário extingue-se após decorrido o prazo de cinco
anos, contados da data de ocorrência do fato gerador.
c) A suspensão da exigibilidade de crédito tributário tem o condão de também suspen-
der o prazo decadencial.
d) A decisão administrativa definitiva que anule lançamento anteriormente efetuado,
segundo o CTN, interrompe o prazo decadencial.
e) Nos casos de lançamentos por declaração, o prazo decadencial para que o fisco efe-
tue o lançamento do ofício conta-se do momento da ocorrência do fato jurídico tribu-
tário.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 67

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17. Sobre o valor de verdade dos enunciados que seguem, podemos asseverar que:
I – A exclusão do crédito tributário dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias;
II – A compensação independe de previsão legal expressa, posto que o instituto
já se encontra amparado pelo Código Civil;
III – A decisão administrativa, ainda que objeto de ação anulatória, extingue o
crédito tributário.
a) II e III são verdadeiros e o I é falso;
b) os três enunciados são falsos;
c) I e II são verdadeiros e III é falso;
d) os três enunciados são verdadeiros;
e) I e II são falsos e III é verdadeiro.

18. Com relação ao crédito inscrito na dívida ativa, que goza de presunção de cer-
teza e liquidez e tem efeito de prova pré-constituída, é correto afirmar que:
a) não está sujeito a prescrição;
b) suspende a prescrição por cinco anos;
c) suspende a prescrição por cento e oitenta dias ou até distribuição da execução fiscal;
d) suspende a decadência por cinco anos;
e) suspende a decadência por cento e oitenta dias ou até a distribuição da execução fiscal.

19. Sobre a compensação do crédito fiscal tributário, é incorreto afirmar que exige
para seu exercício:
a) crédito vencido ou vincendo, lei autorizadora e liquidez da dívida;
b) reciprocidade das obrigações, liquidez das dívidas e lei autorizadora;
c) reciprocidade das obrigações, crédito líquido e certo vencido ou vincendo;
d) decreto executivo autorizador, liquidez das dívidas e crédito vencido ou vincendo;
e) previsão legal, crédito vencido ou vincendo sobre o qual não se tenham operado os
efeitos da decadência.

20. União, Estados, Municípios e Distrito Federal:


a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo;
b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo;
c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo;
d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo;
e) não podem delegar capacidade tributária ativa.

Gabarito – AFTN – Julho de 1996


1. C – arts. 97, III, 113, 114 e 142 do CTN
2. A – art. 195, § 4o, da CF
3. A – arts. 114 e 118 do CTN
4. C – art. 52, X, da CF
5. E – art. 99 do CTN
6. B – art. 153, § 1o, da CF
7. A – art. 4o do CTN; arts. 60, § 4o, I; 150, § 1o; 150 a 152 da CF
8. C – art. 154, I, da CF
9. E – imunidades são vedações constitucionais à competência de impor tributos
10. A – arts. 97, VI, e 175, I, do CTN
11. D – arts. 97, VI; 142 e 201 do CTN
68 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

12. B – art. 126 do CTN


13. B – arts. 131, I; 134, VI, e parágrafo único 135, II, do CTN
14. D – art. 127, § 2o, do CTN
15. E – art. 145, I, do CTN
16. D – art. 173, II, do CTN
17. B – arts. 97, VI; 156, IX 175, parágrafo único, do CTN
18. C – art. 2o, § 3o, da Lei no 6.830/1980
19. D – arts. 97, VI, e 170 do CTN
20. B – art. 7o do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 69

Série Provas e Concursos


12.11. Prova para Fiscal de Contribuições Previdenciárias – Julho de
1997
1. Acerca da competência tributária na Constituição de 1988, julgue os itens se-
guintes.
1) Somente a União, mediante lei ordinária, em razão do princípio da estrita legalidade
tributária, pode instituir empréstimos compulsórios.
2) Cabe à lei ordinária dispor sobre os conflitos de competência, em matéria tributária,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
3) Observadas as normas constitucionais, compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das cate-
gorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respecti-
vas áreas.
4) Ao Distrito Federal cabe instituir apenas os impostos municipais.
5) Cabe apenas à União instituir contribuição, cobrada dos servidores públicos em geral,
para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

2. Segundo as normas constitucionais e as do Código Tributário Nacional (CTN),


acerca da legislação tributária, somente a lei pode estabelecer, em qualquer
caso:
1) a instituição ou a extinção de tributos;
2) a majoração ou a redução de tributos;
3) a definição do fato gerador da obrigação tributária principal;
4) a fixação da alíquota e da base de cálculo do tributo;
5) as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário.

3. O governo federal, no âmbito de um programa de industrialização de regiões


pobres do Estado de Alagoas, consegue atrair para lá uma importante multina-
cional do ramo de medicamentos. Os dirigentes da empresa prometem ali
construir uma fábrica, na zona urbana de Maceió, e pedem, como incentivo, a
isenção de tributos sobre o imóvel onde ela será erguida. O Congresso Nacio-
nal, desejoso de colaborar com a iniciativa, aprova uma lei federal, de iniciati-
va do Presidente da República, concedendo isenção do imposto predial e terri-
torial urbano (IPTU) incidente sobre o aludido imóvel. Em face desse quadro e
das normas tributárias constitucionais, julgue os itens que se seguem.
1) Tratando-se de lei federal, regularmente votada e aprovada pelo Congresso Nacio-
nal, nada obstava a que se concedesse a referida isenção.
2) A União poderia conceder incentivo fiscal de outra espécie, mediante lei, abrangendo
a região onde se pretendia instalar a fábrica, com a finalidade de promover o equilí-
brio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país.
3) À parte os incentivos fiscais, a União não pode instituir tributo que não seja uniforme
em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro.
4) Por motivos de política monetária, a União pode tributar a renda das obrigações da
dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
5) Como instrumento da chamada guerra fiscal entre alguns Estados brasileiros seria
constitucionalmente admissível que um deles estabelecesse diferença tributária so-
bre os bens procedentes da fábrica instalada em Alagoas.
70 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

4. Com relação à interpretação e à integração da legislação tributária, segundo o


CTN, julgue os itens a seguir.
1) O emprego da analogia, em algumas hipóteses, pode resultar na exigência de tributo
não expressamente previsto na lei.
2) O emprego da eqüidade não pode resultar na dispensa do pagamento de tributo de-
vido.
3) Não se admite a utilização de princípios de direito privado no Direito Tributário, que
é de índole estritamente pública.
4) A legislação que disponha sobre outorga de isenção pode ser interpretada ampliati-
vamente, para abarcar situações não incluídas na previsão legal, de modo a atender
ao princípio da isonomia.
5) A lei tributária pode, em alguns casos, ser interpretada da maneira mais favorável ao
contribuinte acusado de infração a dever legal.

5. A Emenda Constitucional no 12, de 15 de agosto de 1996, incluiu artigo no Ato


das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988, autori-
zando a instituição da contribuição provisória sobre movimentação ou trans-
missão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que veio a fi-
car conhecida como CPMF. A Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996, instituiu a
CPMF e definiu como um de seus fatos geradores o lançamento a débito, por
instituição financeira, em contas correntes de depósito, de empréstimo e de
depósito em poupança, entre outras. Recentemente, entrou em vigor norma in-
fralegal, obrigando os estabelecimentos bancários a informarem à Secretaria
da Receita Federal (SRF) a movimentação bancária de seus correntistas, para
fiscalização do correto recolhimento da CPMF. Em face disso e estritamente
nos termos do CTN, desconsiderando a discussão sobre a constitucionalidade
das normas citadas, julgue os itens abaixo.
1) A obrigação dos bancos de informarem a movimentação dos correntistas deve sem-
pre surgir simultaneamente à ocorrência do fato gerador da obrigação principal.
2) A legislação tributária poderia instituir para os bancos, como objeto de obrigação
acessória, prestação de caráter negativo.
3) Quando o fato gerador consiste em situação jurídica e esta é sujeita à condição sus-
pensiva ou resolutória, o ato ou negócio jurídico condicional reputa-se perfeito e aca-
bado desde o implemento da condição.
4) O lançamento a débito em conta corrente de depósito, para pagamento de compra
derivada de ato jurídico ilícito, pode constituir fato gerador da CPMF.
5) Os fatos geradores da obrigação principal e da obrigação acessória não são, necessa-
riamente, os mesmos.

6. A Lei no 9.393, de 19 de dezembro de 1996, trata do imposto sobre a proprieda-


de territorial rural (ITR). Ele ostenta como fato gerador a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de imóvel localizado fora da zona urbana (art. 1o, caput, da
lei). Será contribuinte o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor
(art. 4o, caput). A lei assevera que é obrigatória a comprovação do pagamento
do ITR dos cinco exercícios que precederem o ato de compra e venda do imóvel,
para que se possa registrar a alienação no cartório do registro de imóveis. Se-
rão devedores solidários do imposto e dos acréscimos legais os serventuários
do registro de imóveis que não exigirem a comprovação do citado pagamento
(art. 21). À luz dessas disposições e do CTN, julgue os itens seguintes.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 71

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1) Os serventuários do registro de imóveis que descumprirem o dever legal serão deno-
minados responsáveis, para fins tributários.
2) Mesmo que o proprietário do imóvel o empreste, gratuitamente, a um amigo seu,
que aceite pagar o tributo mas não o faça, mediante contrato escrito válido, o primei-
ro não poderá recusar-se a pagar o imposto, invocando a convenção particular contra
a Fazenda Pública.
3) O serventuário do registro de imóveis que haja descumprido o dever legal de exigir a
comprovação do pagamento do tributo não poderá pretender que a Fazenda Pública
acione primeiramente o contribuinte do ITR, em lugar de sua pessoa.
4) Em princípio, o pagamento do imposto, ainda que parcial, efetuado pelo serventuário
solidário, exonera o contribuinte até o mesmo valor, em face da Fazenda Pública.
5) A isenção ou a remissão do crédito tributário, concedida ao contribuinte, sempre li-
berará de responsabilidade o serventuário solidário.

7. Cabe aos estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre a propriedade de


veículos automotores (IPVA), Constituição, art. 155. Um cidadão, servidor público
sob investigação com base na Lei da Improbidade Administrativa (Lei no 8.429, de
02 de junho de 1992), possui quatro automóveis importados, com valor unitário
de R$ 60.000,00, das marcas AA, BB, CC e DD e resolve alienar o da marca CC a um
cunhado seu, por R$ 60.000,00. Depois da alienação, gasta todo o dinheiro da tran-
sação e vem a falecer, deixando, por testamento, os outros três automóveis, um
para cada um de seus três filhos, seus únicos herdeiros. Na data do óbito, o servi-
dor devia, em tributos federais, o valor de R$ 300.000,00 e os automóveis eram
seu único patrimônio. Diante dessa situação, julgue os itens abaixo.
1) Os sucessores do contribuinte falecido não serão legalmente obrigados a responder,
individualmente, por mais do que R$ 60.000,00.
2) O espólio, se fosse constituído de patrimônio superior à dívida tributária surgida até a
data da abertura da sucessão, suportaria todo o valor do crédito da Fazenda Pública.
3) O adquirente do veículo CC responderá pelos tributos incidentes sobre o automóvel,
ainda que anteriores à venda.
4) Se a venda houvesse sido de bem imóvel e existisse, na escritura de compra e venda,
a prova da quitação dos tributos sobre ele incidentes, o adquirente não responderia
por eles.
5) Se o servidor fosse casado, o cônjuge sobrevivente responderia, em qualquer caso,
pela integralidade da dívida tributária.

8. De acordo com o CTN, há responsabilidade:


1) solidária dos tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofícios pelos tributos de-
vidos relativos aos atos praticados por eles ou perante eles, em razão do ofício, no
caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte;
2) nas infrações da legislação tributária, que depende da prova da intenção dolosa ou
culposa do agente ou do responsável;
3) pessoal dos mandatários, prepostos, empregados, diretores, gerentes ou represen-
tantes das pessoas jurídicas de direito privado, pelos tributos devidos por estas,
quando aqueles agirem com excesso de poderes ou com infração de lei, do contrato
social ou dos estatutos;
4) pessoal nas infrações da legislação tributária, a qual não é excluída em nenhum caso;
5) nas infrações da legislação tributária, que independe da efetividade, da natureza e da
extensão dos efeitos do ato.
72 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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9. De conformidade com o CTN, o crédito tributário:


1) decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta;
2) pode ser modificado em sua extensão, em seus efeitos e em suas garantias e privilé-
gios, sem afetar a obrigação tributária que o originou;
3) é constituído pelo lançamento, que é um procedimento administrativo obrigatório,
mas, por vezes, discricionário;
4) é constituído pelo lançamento, que se rege, integralmente, pela legislação vigente na
época da ocorrência do fato gerador;
5) é constituído pelo lançamento, que pode ser revisto de ofício pela autoridade admi-
nistrativa, em certos casos, ainda que isto implique redução ou exclusão de tributo.

10. Acerca da administração tributária, nos termos do CTN, julgue os itens se-
guintes.
1) Mediante intimação escrita, tabeliães, escrivães, representantes de bancos e outras
instituições financeiras, administradores de bens, inventariantes, síndicos e outros
profissionais são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informa-
ções de que dispuserem com relação a bens, negócios e atividades de terceiros, ex-
cetuada a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante este-
ja legalmente obrigado a guardar segredo.
2) Os agentes da administração tributária não podem, em hipótese alguma, divulgar
qualquer informação, obtida em razão do ofício, acerca da situação econômica ou fi-
nanceira dos sujeitos passivos ou de terceiros a respeito da natureza e do estado de
seus negócios ou atividades.
3) As autoridades administrativas federais só podem requisitar o auxílio da força públi-
ca se forem vítimas de embaraço no exercício de suas funções ou se isso for necessá-
rio à efetivação de medida prevista na legislação tributária, quando se configurar
fato definido, em lei, como crime ou como contravenção.
4) A certidão de dívida ativa (CDA) goza de presunção absoluta de certeza e liquidez e
tem o efeito de prova pré-constituída.
5) A fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito, para o efeito da inscrição
deste como dívida ativa.

11. Consoante o CTN, o crédito tributário:


1) pode ser suspenso pela concessão de medida liminar em mandado de segurança,
que depende do depósito do montante integral do tributo;
2) pode ser suspenso em certos casos, acarretando, simultaneamente, a suspensão do
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal;
3) pode ser suspenso por moratória, que só se pode conceder em caráter geral, não in-
dividualmente;
4) pode ser extinto por decisão administrativa;
5) que não for pago integralmente no vencimento, qualquer que seja o motivo, será
acrescido de juros de mora, os quais, no entanto, não são gerados na pendência de
consulta formulada pelo devedor no prazo legal para pagamento do crédito.

12. João das Dores e Maria do Bom Parto precisam praticar, em caráter urgente,
um ato jurídico indispensável para evitar o perecimento de direito. O ato en-
volve a doação, por João, à Maria, de bem imóvel. Precisariam de certidão ne-
gativa para o ato, mas não há tempo suficiente para sua expedição.
Ademais, João é devedor do fisco. A fim de atingirem seu intento, mediante pa-
gamento de propina, obtêm de Pedro Arcanjo, servidor fazendário, certidão ne-
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 73

Série Provas e Concursos


gativa falsa. Em vista dessa situação e considerando as normas do CTN acerca
das certidões negativas, julgue os itens a seguir.
1) Independentemente da exigüidade do prazo para obter a certidão necessária, o ato
destinado a evitar o perecimento do direito poderia ter sido praticado.
2) O prazo ordinário para a expedição de certidão negativa é de dez dias, contados a
partir da data da entrada do requerimento na repartição.
3) O ato necessário a evitar o perecimento de direito, praticado sem certidão negativa,
implica a responsabilidade apenas do contribuinte pelo tributo devido.
4) O servidor que expedir certidão negativa falsa, com dolo ou fraude, é responsabiliza-
do apenas criminalmente; a responsabilidade tributária permanece unicamente so-
bre o contribuinte.
5) Em certos casos, a certidão positiva não impede a prática de atos para os quais a lei
exija certidão negativa.

13. Acerca dos processos administrativo e judicial tributários, em face da Consti-


tuição e do CTN, julgue os itens seguintes.
1) O mandado de segurança pode ser manejado pelo contribuinte para afastar ameaça
de lesão a direito seu, isto é, pode ser impetrado em caráter preventivo.
2) O contribuinte pode pedir e obter a repetição de indébito pela via administrativa.
3) Em certos casos, a legislação admite procedimentos administrativos sumários, sem
direito a defesa por parte do contribuinte, considerando que, sendo-lhe desfavorável
o resultado, este poderá defender-se na esfera judicial.
4) A consulta, por parte do contribuinte, para esclarecer dúvida acerca da aplicação da
legislação tributária, só cabe em situações hipotéticas, não servindo para definir ca-
sos concretos.
5) Como regra geral, no Direito Tributário exige-se que o contribuinte esgote os recur-
sos administrativos postos à sua disposição pela lei, antes que possa recorrer ao Po-
der Judiciário.

14. Acerca dos impostos, julgue os itens que se seguem.


1) Os impostos têm, por fato gerador, uma situação independente de qualquer ativida-
de estatal específica, relativa ao contribuinte.
2) A competência residual para a instituição de novos impostos, além dos nominalmen-
te indicados na Constituição da República, é dos estados federados.
3) No sistema tributário nacional, há impostos com finalidade diferente da simples ge-
ração de receitas tributárias.
4) De acordo com o CTN, a destinação da receita da arrecadação de impostos é elemen-
to essencial para qualificar-lhes a natureza jurídica.
5) Os impostos, por serem compulsórios, não permitem que o contribuinte deles se li-
bere, deixando de praticar ato que configure o fato gerador da obrigação tributária.

15. De acordo com o art. 145 da Constituição da República, a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios podem instituir, como tributos: impostos, ta-
xas e contribuições de melhoria. As taxas podem ser consideradas instrumen-
tos de custeio da atividade estatal desenvolvida em favor do contribuinte, em-
bora não seja indispensável a correspondência entre a arrecadação da taxa e
os custos da atividade. Acerca de taxas, julgue os seguintes itens.
1) Como instrumento de custeio da atividade estatal, as taxas são adequadas para co-
brir os gastos públicos com serviços gerais e indivisíveis.
74 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

2) O único fator utilizado pelo Estado para fixar a base de cálculo da taxa é o custo do
serviço.
3) O Estado pode cobrar taxa, mesmo daqueles que não utilizem efetivamente algum
serviço.
4) Como regra, é admissível que se utilize, para a fixação quantitativa da base de cálcu-
lo da taxa, grandezas econômicas ligadas à pessoa do contribuinte, como, por exem-
plo, seu patrimônio ou sua renda.
5) Assim como os impostos, as taxas não podem ter caráter proibitivo ou confiscatório.

Gabarito – INSS – 1997


Questão 1
(1) E – art. 148 da CF
(2) E – art. 146, I, da CF
(3) C – art. 149 da CF
(4) E – art. 155 da CF
(5) E – art. 149, parágrafo único, da CF

Questão 2
(1) C – art. 97, I, do CTN
(2) E – art. 153, § 1o, da CF
(3) E – art. 97, III, do CTN
(4) E – art. 145, § 1o, da CF
(5) E – art. 155, § 2o, XII, g, da CF

Questão 3
(1) E – art. 151, III, da CF
(2) C – art. 151, I, da CF
(3) C – art. 151, I, da CF
(4) C – art. 151, II, da CF
(5) E – art. 152 da CF

Questão 4
(1) E – art. 108, § 1o, do CTN
(2) C – art. 108, § 2o, do CTN
(3) E – art. 109 do CTN
(4) E – art. 153, § 1o, da CF
(5) C – art. 112 do CTN

Questão 5
(1) E – art. 113 do CTN
(2) C – art. 113, § 2o, do CTN
(3) E – art. 117 do CTN
(4) C – art. 118 do CTN
(5) E – art. 149, § 1o, da CF
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 75

Série Provas e Concursos


Questão 6
(1) C – art. 134, VI, do CTN
(2) C – art. 131, II, do CTN
(3) E – art. 134, caput, do CTN
(4) C – art. 125, I, do CTN
(5) E – art. 125, II, do CTN

Questão 7
(1) C – art. 131, III, do CTN
(2) C – art. 134, III, do CTN
(3) C – art. 131, I, do CTN
(4) C – art. 130 do CTN
(5) E – art. 131, II, do CTN

Questão 8
(1) C – art. 134 do CTN
(2) E – art. 136 do CTN
(3) C – art. 135 do CTN
(4) E – art. 138 do CTN
(5) C – art. 136 do CTN

Questão 9
(1) C – art. 139 do CTN
(2) C – art. 140 do CTN
(3) E – art. 142 do CTN
(4) E – art. 144 e §§ 1o e 2o do CTN
(5) C – art. 149 do CTN

Questão 10
(1) C – art. 197, V e parágrafo único, do CTN
(2) E – arts. 198 e 199 do CTN
(3) E – art. 200 do CTN
(4) E – art. 204, parágrafo único, do CTN
(5) C – art. 201, parágrafo único, do CTN

Questão 11
(1) E – art. 151, II e IV, do CTN
(2) E – art. 151, parágrafo único, do CTN
(3) E – art. 152 do CTN
(4) C – art. 156, IX, do CTN
(5) C – art. 161 e § 2o do CTN

Questão 12
(1) C – art. 207 do CTN
(2) C – art. 205, parágrafo único, do CTN
(3) E – art. 207 do CTN
(4) E – art. 208 do CTN
(5) C – art. 206 do CTN
76 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

Questão 13
(1) C – art. 5o, LXIX, da CF
(2) C – art. 165 do CTN
(3) E – art. 145, I, do CTN
(4) E – art. 46 do Decreto no 70.235/1972
(5) E – art. 5o, XXXV, da CF

Questão 14
(1) C – art. 16 do CTN
(2) E – art. 154, I, da CF
(3) C – art. 153, § 4o, da CF
(4) E – art. 4o do CTN
(5) E – pode haver elisão

Questão 15
(1) E – arts. 77 e 79, II e III, do CTN
(2) E – art. 77 do CTN
(3) C – arts. 77 e 79, I, b, do CTN
(4) E – art. 145, § 2o, CF e art. 77, parágrafo único, do CTN
(5) C – art. 150, IV, da CF
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 77

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12.12. Fiscal de ICMS do Estado de São Paulo – UNESP – 1997

1. A responsabilidade pelo crédito tributário pode ser atribuída de modo expresso:


a) à terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a res-
ponsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumpri-
mento total ou parcial do referido crédito;
b) só ao contribuinte, assim entendido aquela pessoa que tem relação pessoal e direta
com o elemento objetivo do fato gerador;
c) ao contribuinte, podendo ser estendida a terceira pessoa só em casos de dolo ou culpa;
d) só ao contribuinte, pois à terceira pessoa a responsabilidade é sempre supletiva;
e) à terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, mas sem ex-
cluir a responsabilidade solidária do contribuinte.

2. Constituem aspectos da hipótese de incidência tributária:


a) pessoal, material, base de cálculo, temporal e espacial;
b) pessoal, material, quantitativo, temporal e espacial;
c) sujeito passivo, fato gerador e base de cálculo;
d) contribuinte, responsável, fato gerador e base de cálculo;
e) credor e devedor, valor devido e momento do fato gerador.

3. Competência tributária é:
a) a aptidão constitucional outorgada à União Federal, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios para instituírem tributos;
b) o direito, previsto na Constituição, de a União, os Estados, e os Territórios instituírem
tributos;
c) a faculdade conferida às sociedades de economia mista para recolher tributos;
d) o direito que os bancos têm para recolher tributos dos particulares;
e) a capacidade financeira do Poder Público.

4. Determinado contribuinte teve contra si lavrado auto de infração, com a aplica-


ção de multa de 100% sobre o valor do imposto devido. Antes que seu recurso
interposto na esfera administrativa fosse julgado, foi editada lei, reduzindo
multa para 75% do valor do imposto devido. Considerando que efetivamente
cometeu o contribuinte a infração que lhe foi imputada, a multa devida é de:
a) 75%, em face do princípio da igualdade;
b) 100%, em face do princípio da irretroatividade;
c) 100%, em face do princípio da anterioridade;
d) 100%, em face do princípio da anualidade;
e) 75%, em face do princípio da retroatividade benigna.

5. A revisão do lançamento:
a) é possível sempre que ocorrer qualquer tipo de omissão do contribuinte, a qualquer
tempo;
b) é possível pela autoridade administrativa e pelo contribuinte, quando a lei determi-
nar, em trinta dias;
c) é possível pela autoridade administrativa, quanto a fato não provado em lançamento
anterior;
d) não é possível porque a Fazenda não pode admitir erro;
e) não é possível porque não existe previsão legal.
78 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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6. Existem várias modalidades de extinção do crédito tributário. Entre essas mo-


dalidades, temos:
a) a moratória;
b) a remissão;
c) o depósito do seu montante integral;
d) a concessão da medida liminar em mandado de segurança;
e) as reclamações e os recursos, nos termos da lei reguladora do processo tributário ad-
ministrativo.

7. Contribuinte do tributo é:
a) o pai do menor, proprietário do imóvel;
b) o adquirente de mercadorias;
c) a empresa que deve descontar, na fonte, o imposto de renda de seus assalariados;
d) o locatário do imóvel;
e) a pessoa que mantenha relação direta com o fato gerador do tributo.

8. Os convênios interestaduais – CONFAZ:


a) podem dispor sobre isenções que sejam limitadas a um ou alguns Estados e ao Distri-
to Federal;
b) só podem dispor sobre isenções que sejam aplicáveis a todos os Estados e ao Distrito
Federal;
c) não podem dispor sobre isenções não-previstas em lei complementar;
d) podem fixar as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de ex-
portação;
e) deverão ser ratificados apenas pelos Estados ou Distrito Federal onde vigorarem
suas cláusulas.

9. A competência tributária conferida aos Estados e não exercida:


a) pode ser exercida pelos Municípios do Estado, no limite de seus territórios;
b) pode ser exercida pela União Federal, até que o Estado a exerça;
c) não pode ser exercida por nenhuma outra pessoa jurídica de direito público;
d) pode ser exercida pela União Federal, se os Municípios não a exercerem;
e) pode ser exercida pelos Municípios, até que o Estado a exerça.

10. As limitações constitucionais relacionadas ao poder de tributar devem ser re-


guladas por:
a) Decreto Presidencial;
b) Lei Ordinária;
c) Medida Provisória;
d) Lei Delegada;
e) Lei Complementar.

11. As imunidades devem estar expressas:


a) em convênios interestaduais;
b) em Lei complementar Federal;
c) em Lei complementar Estadual;
d) na Constituição Federal;
e) em Resoluções do Senado Federal.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 79

Série Provas e Concursos


12. Empresa, que tem por atividade a venda de mercadorias, pretende se insurgir
contra a disposição contida em lei ordinária estadual que promoveu alteração
na alíquota e no prazo de recolhimento do ICMS, sob o argumento de que tais
alterações deveriam ser feitas por lei complementar ou, então, por lei ordiná-
ria federal. Esta sua pretensão é:
a) improcedente, uma vez que o veículo normativo utilizado está de acordo com o que
dispõe a Constituição Federal e ainda porque lei ordinária federal não pode dispor so-
bre tributos de competência dos Estados;
b) parcialmente procedente, uma vez que alteração de alíquota de imposto é matéria
pertinente a normas gerais de Direito Tributário, a serem reguladas por lei comple-
mentar;
c) parcialmente procedente, uma vez que alteração de prazo de recolhimento de im-
posto é matéria que acarreta conflito de competência entre os Estados, a ser regula-
do por lei complementar;
d) parcialmente procedente, uma vez que somente lei ordinária federal poderia dispor
a respeito do assunto, tendo em vista gozar de hierarquia superior, nos termos do
art. 59 da Constituição Federal;
e) totalmente procedente, necessitando-se, para a alteração da alíquota e prazo de re-
colhimento do ICMS, prévia lei complementar e lei ordinária federal que a regulamen-
te, para somente depois ser editada lei ordinária pelo Estado.

13. Compete aos Estados:


a) instituir imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de bens imóveis, exclu-
sivamente;
b) instituir imposto via importação de bens, salvo os destinados a pessoas físicas;
c) instituir imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou
direitos;
d) instituir imposto sobre a propriedade de veículos de qualquer natureza;
e) exigir imposto em vendas de bens particulares.

14. Assinale a alternativa que indica a característica que não corresponde a do tri-
buto.
a) Prestação cobrada mediante atividade vinculada.
b) Prestação de caráter pecuniário.
c) Prestação compulsória.
d) Prestação instituída em lei.
e) Prestação decorrente de ato ilícito.

15. Em se tratando de sucessão de uma pessoa jurídica por outra, relativamente a


tributos devidos por aquela, pode-se afirmar que:
a) o adquirente responderá integralmente pelos tributos, mesmo se o alienante prosse-
guir na exploração da atividade comercial;
b) no caso de aquisição de estabelecimento comercial, com continuidade da respectiva
exploração, o adquirente responde pelos tributos devidos;
c) no caso de aquisição de fundo de comércio, com continuidade da exploração, o ad-
quirente responde apenas pelos impostos, afastando a exigência das multas;
d) o adquirente só responderá pelos tributos incidentes na produção;
e) não ocorre substituição porque o alienante permanece com a obrigação tributária.
80 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

16. Considerando-se que o Código Tributário Nacional estabelece regras especiais


para interpretação das normas tributárias, as leis que concedem isenção a de-
terminadas operações ou produtos devem ser interpretadas:
a) literalmente;
b) sistematicamente;
c) utilizando os princípios gerais de Direito Tributário;
d) utilizando os princípios gerais de Direito Público;
e) utilizando a analogia.

17. A legislação tributária se aplica:


a) no caso dos impostos, ato ou fato pretérito, quando seja interpretativa;
b) no caso de aumento de alíquotas do IPI, a partir do exercício financeiro seguinte ao
da edição da lei federal;
c) no caso de revogação de isenção de ICMS, a partir do primeiro dia do exercício se-
guinte;
d) a fatos geradores pretéritos, ainda não definitivamente julgados, quando não mais
os delineia como infração;
e) no caso das contribuições sociais, dentro de sessenta dias a partir da edição da lei
que as aumentou.

18. As alíquotas do ICMS aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de


exportação devem ser fixadas por meio de:
a) Lei Ordinária Estadual;
b) Lei Ordinária Federal e Lei Estadual;
c) Resolução do Senado Federal;
d) Lei Complementar Federal e Decreto Estadual;
e) Convênio e Decreto Federal.

19. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica, se extin-


gue ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída nos seguintes casos:
a) por qualquer ato judicial, pagamento e prescrição ou decadência;
b) por ato do Agente Fiscal, por pagamento e por ação judicial;
c) por pagamento ou por embargos à execução fiscal;
d) por ato de qualquer autoridade fiscal, pagamento e prescrição;
e) nas situações expressamente previstas no Código Tributário Nacional ou Lei Com-
plementar Federal que o tenha alterado.

20. O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana poderá ser:


a) progressivo, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade;
b) não-cumulativo;
c) não-uniforme para os contribuintes que se encontrem em situação equivalente;
d) desigual, em razão de ocupação profissional;
e) instituído por Decreto Municipal.

21. As leis delegadas podem dispor sobre:


a) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributária;
b) alteração de alíquotas de alguns impostos federais;
c) normas gerais em matéria de legislação tributária;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 81

Série Provas e Concursos


d) conflitos de competência em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios;
e) empréstimos compulsórios.

22. O princípio contido na norma que determina que é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos ge-
radores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado é o:
a) princípio da igualdade;
b) princípio da anterioridade;
c) princípio da legalidade;
d) princípio da irretroatividade;
e) princípio da imunidade.

23. Segundo a classificação dos tributos em vinculados e não-vinculados, podem-


se definir pelo menos três espécies de tributos, a saber: os que têm como fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte; os que têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específi-
co e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; e os que têm
como fato gerador a valorização do imóvel do qual o contribuinte é proprietá-
rio em decorrência de obra pública.
Estas três espécies de tributos são denominadas, respectivamente:
a) impostos, tarifas e contribuições de melhoria;
b) impostos, taxas e contribuições de melhoria;
c) taxas, preços públicos e contribuições de melhoria;
d) impostos, taxas e preços públicos;
e) contribuições, impostos e taxas.

24. Com base em Convênio regularmente firmado entre os Estados da Federação,


Lei Estadual prevê a redução da alíquota do ICMS nas operações internas e inte-
restaduais relativas à circulação de determinada mercadoria. Com o objetivo
de regular os procedimentos necessários ao fiel cumprimento da lei, foi edita-
do Decreto estipulando que somente as operações realizadas dentro do res-
pectivo Estado teriam suas alíquotas reduzidas, mas não as operações interes-
taduais. Pode-se dizer que este Decreto é:
a) ilegal, uma vez que somente as normas complementares a que se refere o art. 100 do
CTN poderiam restringir o alcance da lei que concedeu a isenção;
b) legal, desde que o Decreto tenha sido editado observando-se todas as formalidades
exigidas;
c) legal, uma vez que compete ao Decreto delimitar o conteúdo e o alcance da lei a que
se refere;
d) ilegal, uma vez que o Decreto não pode restringir o conteúdo e o alcance da lei a que
se refere, não podendo afastar a redução da alíquota do ICMS prevista na lei para as
operações interestaduais;
e) ilegal, uma vez que Decreto não pode dispor acerca de normas tributárias.
82 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

25. Lei Complementar, regularmente aprovada pelo Congresso Nacional, é editada


e dispõe que, nas exportações de um determinado produto industrializado, es-
sencial aos seres humanos, a alíquota do IPI passa de 10% para 50%. Esta lei
complementar é:
a) constitucional, porque o aumento da alíquota foi feito através de lei complementar;
b) inconstitucional, pois esta lei não observou o princípio da seletividade em função da
essencialidade do produto;
c) inconstitucional, pois com essa alíquota não se está respeitando o princípio da
não-cumulatividade do IPI;
d) constitucional, uma vez que cabe à lei complementar dispor sobre normas gerais de
Direito Tributário, inclusive sobre lançamento tributário;
e) inconstitucional, pois o imposto sobre produtos industrializados não incide sobre
produtos industrializados destinados ao exterior.

26. O lançamento, segundo o Código Tributário Nacional, corresponde a:


a) atividade de qualquer pessoa tendente a verificar a ocorrência do fato gerador e dos
seus elementos constitutivos, para fim de calcular e recolher o montante do tributo;
b) atividade da autoridade administrativa tendente a verificar a ocorrência do fato gera-
dor, para determinar a matéria tributária, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo, reportando-se à data de ocorrência do fato gerador da
obrigação, e, se for o caso, propor a aplicação da penalidade cabível;
c) atividade do contribuinte tendente a verificar a ocorrência de fato gerador e dos seus
elementos constitutivos, para efeito de recolhimento espontâneo do tributo;
d) atividade conjunta da autoridade administrativa e do contribuinte, tendente a verifi-
car a existência do fato gerador e para cobrar ou recolher o tributo devido, bem como
identificar penalidades aplicáveis;
e) ato do contribuinte, consistente em calcular e pagar os tributos devidos.

27. Com o objetivo de viabilizar financeiramente a conservação de estradas de ro-


dagem, foi editada a lei municipal instituindo taxa de conservação a ser cobra-
da dos proprietários de imóveis sediados na zona rural, que tem como base de
cálculo o número de hectares de propriedade do contribuinte. Esta taxa:
a) é constitucional, por representar valorização da propriedade do contribuinte;
b) é inconstitucional, entre outras razões, por determinar base de cálculo típica de im-
posto;
c) é inconstitucional, uma vez que a conservação de estradas de rodagem não implica
valorização da propriedade do contribuinte;
d) é constitucional, uma vez que se refere a uma atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte;
e) é inconstitucional, entre outras razões, por determinar base de cálculo típica de con-
tribuição de melhoria.

28. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a le-


gislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada:
a) a analogia, os princípios gerais de Direito Tributário, os princípios gerais de Direito
Público e a eqüidade;
b) a analogia, os princípios gerais de Direito Privado, os princípios gerais de Direito Pú-
blico e a eqüidade;
c) a analogia, a eqüidade, os princípios gerais de Direito Público e os princípios gerais
de Direito Privado;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 83

Série Provas e Concursos


d) a analogia, a eqüidade, os princípios gerais de Direito Tributário e os princípios de
Direito Público;
e) a eqüidade, a analogia, os princípios gerais de Direito Público e os princípios gerais
de Direito Tributário.

29. Quando a lei define uma situação de fato como hipótese de incidência, conside-
ra-se ocorrido o fato gerador:
a) somente a partir da data do lançamento;
b) na data fixada na lei;
c) ao término do período de apuração;
d) desde o momento da contratação ou do pagamento, o que ocorrer primeiro;
e) desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a
que produza os efeitos que lhe são próprios.

30. Poderão ser instituídas outras fontes de custeio destinadas a garantir a manu-
tenção e expansão da seguridade social, desde que a contribuição:
a) seja estabelecida por lei ordinária;
b) incida sobre o faturamento, a folha de salários e o lucro;
c) seja não-cumulativa;
d) seja destinada a custear um benefício ou despesa determinada;
e) tenha por contribuintes os empregadores.

31. Qualquer imposto só pode ser calculado e exigido se:


a) a base de cálculo estiver definida em lei complementar e regulamento;
b) a base de cálculo estiver definida em lei ordinária, exclusivamente;
c) a base de cálculo estiver definida em lei ordinária e decreto regulamentar;
d) a base de cálculo estiver definida em lei complementar federal e lei ordinária;
e) a alíquota e o prazo de recolhimento estiverem expressos em lei complementar.

32. O fato gerador da obrigação principal é:


a) a escrituração dos débitos e dos créditos e a respectiva apuração do imposto;
b) pagar o tributo;
c) qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, imponha a prática ou abs-
tenção de ato que conduza a determinar a base do cálculo;
d) apuração mensal do tributo;
e) a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
84 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

Gabarito – Fiscal de ICMS do Estado de São Paulo – Unesp – 1997


1. A – art. 128 do CTN
2. B – classificação doutrinária
3. A – art. 145 da CF
4. E – art. 106, II, c, do CTN
5. C – art. 149, VIII, do CTN
6. B – art. 156, IV, do CTN
7. E – art. 121, parágrafo único, I, do CTN
8. E – art. 155, § 2o, XII, g, da CF
9. C – art. 8o do CTN
10. E – art. 146, I, da CF
11. D – imunidade é vedação constitucional
12. A – arts. 6o e 97, IV, do CTN
13. C – art. 155, I, da CF
14. E – art. 3o do CTN
15. B – art. 133 do CTN
16. A – art. 111, II, do CTN
17. D – art. 106, II, c, do CTN
18. C – art. 155, § 2o, IV, da CF
19. E – art. 141 do CTN
20. A – art. 182, § 4o, II, da CF
21. B – art. 68, § 1o da CF
22. D – art. 150, III, a, da CF
23. B – arts. 16, 77 e 81 do CTN
24. B – art. 99 do CTN e art. 155, § 2o, IV, da CF
25. B – art. 153, § 3o, I, da CF
26. B – art. 142 do CTN
27. D – arts. 77 e 79, II, do CTN
28. A – art. 108 do CTN
29. E – art. 116, I, do CTN
30. C – art. 195, § 4o, da CF
31. D – art. 146, III, a, da CF e
art. 97, IV, do CTN
32. E – art. 114 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 85

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12.13. Procurador Autárquico do INSS – 1998

1. Acerca da imunidade jurídico-tributária, é correto afirmar que:


a) opera na demarcação constitucional das competências tributárias;
b) constitui direito público subjetivo de não ser tributado;
c) abrange tão-somente impostos;
d) o seu gozo não pode depender do atendimento de requisitos estabelecidos em nor-
ma infraconstitucional;
e) pode ser outorgada tendo em vista pressupostos de natureza pessoal e/ou material.

2. Os princípios constitucionais tributários visam, precipuamente, a limitar o po-


der dos entes tributantes. Eventuais exceções a tais princípios são previstas
pela própria Constituição. Relativamente aos princípios informativos da tribu-
tação estabelecidos expressamente pela Constituição, julgue os itens abaixo.
a) O Poder Executivo dispõe da faculdade de alterar as alíquotas e as bases de cálculo
dos impostos de importação, de exportação, sobre produtos industrializados e sobre
operações de crédito, câmbio e seguros, ou relativas a títulos e valores mobiliários.
b) Em face do princípio da irretroatividade da lei tributária, a lei não poderá incidir sobre
fato pretérito, quando tenha instituído ou aumentado tributo, bem como quando te-
nha reduzido ou dispensado o pagamento de tributo.
c) Não estão sujeitos ao princípio da anterioridade da lei tributária os impostos de im-
portação, de exportação, sobre produtos industrializados e sobre operações de cré-
dito, câmbio, seguro e operações com títulos e valores mobiliários, assim como os
empréstimos compulsórios e as contribuições sociais.
d) Os impostos reais, assim como os pessoais, devem ser informados pelo princípio da
capacidade contributiva.
e) De acordo com o princípio da liberdade de tráfego, é vedada a instituição de tributos
que acarretem limitação ao tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas ou de
bens, restando excluído de tal princípio o tráfego internacional.

3. A respeito da obrigação tributária julgue os itens a seguir.


a) O fato gerador da obrigação principal corresponde ao fato gerador do tributo.
b) Uma obrigação acessória pode ser instituída por meio de decreto.
c) Nada obsta a que uma autarquia figure como sujeito ativo de obrigação tributária.
d) Contribuinte é o sujeito passivo da obrigação tributária principal; responsável é o su-
jeito passivo da obrigação tributária acessória.
e) Às pessoas naturais absolutamente incapazes de praticar atos da vida civil é reco-
nhecida a capacidade tributária ativa, relativamente às pretensões que vierem a exer-
cer contra ou perante a Fazenda Pública.

4. Nos Estados federais, afigura-se como um dos principais e mais complexos


problemas o relativo à repartição de competências entre as suas entidades au-
tônomas. Acerca da discriminação constitucional de rendas no Brasil, julgue
os itens seguintes.
a) A Constituição adota sistema misto de repartição rígida das competências tributárias
entre os entes políticos e a participação de todos eles no produto de arrecadação
alheia.
b) Diferentemente da capacidade tributária ativa que é passível de delegação, a compe-
tência tributária é absolutamente indelegável.
86 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

c) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União poderá instituir, por meio de me-
dida provisória, impostos pertencentes à competência dos outros entes políticos.
d) Somente a União dispõe da denominada competência residual, que consiste na facul-
dade de instituir tributo cujo titular da competência originária deixou de exercê-la
sem razão plausível.
e) São de competência comum as taxas e as contribuições de melhoria, considerando
que tais tributos são instituíveis por todos os entes políticos, independentemente da
competência estatal para o exercício das atividades que constituam os respectivos
fatos geradores.

5. A época atual caracteriza-se pela grande importância das atividades econômi-


cas internacionais, para cujo desenvolvimento os Estados se acham forçados a
adotar medidas, entre outras, de natureza tributária, muitas vezes veiculadas
por meio de tratados internacionais. Segundo o disposto no art. 96 do Código
Tributário Nacional, os tratados internacionais sobre matéria tributária inte-
gram o conceito de legislação tributária. Assim, relativamente aos tratados in-
ternacionais sobre matéria tributária no Brasil, julgue os itens que se seguem.
a) Dada a sua superioridade hierárquica, os tratados internacionais revogam a legisla-
ção tributária interna.
b) Em caso de conflito, os tratados internacionais prevalecem sobre as leis internas in-
fraconstitucionais, em face da regra de interpretação lex specialis derogat legi gene-
rali.
c) Considerando que os tratados internacionais estão no mesmo nível hierárquico das
leis internas infraconstitucionais, nada obsta a que, por meio deles, sejam instituídos
tributos.
d) Tratados internacionais podem versar sobre quaisquer espécies de tributo, inclusive
as contribuições sociais.
e) Isenções tributárias podem ser estabelecidas por meio de tratados internacionais.

6. Julgue os itens a seguir, a respeito de isenções tributárias.


a) A isenção consiste na dispensa (ou perdão) de pagamento do tributo devido.
b) Isenções de tributos estaduais e municipais não podem ser concedidas por meio de
tratados internacionais.
c) A lei poderá determinar que a isenção seja aplicável a tributos que vierem a ser insti-
tuídos depois de sua concessão.
d) A isenção poderá ser concedida por qualquer lei – federal, estadual ou municipal –,
ainda que regule matéria estranha a tributo ou contribuição.
e) A União, por meio de lei complementar, poderá, em determinadas situações, conce-
der isenção de tributos de competência estadual ou municipal.

7. Relativamente às causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário,


julgue os itens abaixo.
a) Suspende a exigibilidade do crédito tributário o depósito, pelo sujeito passivo, do va-
lor integral do tributo que ele reputa devido à Fazenda Pública, ainda que seja inferi-
or ao valor que lhe é demandado.
b) A União poderá, por meio de lei, prorrogar o prazo para o pagamento de tributos es-
taduais e municipais, desde que também o faça em relação aos tributos de sua com-
petência e às obrigações de Direito Privado.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 87

Série Provas e Concursos


c) Em face do princípio da uniformidade geográfica, será inconstitucional a lei federal
concessiva de moratória que limitar a sua abrangência a determinada região do terri-
tório nacional.
d) Impetração, pelo contribuinte, de mandado de segurança contra ato de autoridade
administrativa consistente na cobrança de tributo considerado indevido é causa de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
e) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não tem o condão de igualmente
suspender o cumprimento das obrigações acessórias dependentes ou conseqüentes
da obrigação principal respectiva.

8. Com relação às contribuições sociais, julgue os seguintes itens.


a) Apesar da sua denominação, as contribuições de intervenção no domínio econômico
são tributos considerados neutros, com função nitidamente fiscal.
b) As contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas são estabe-
lecidas pelas instituições fiscalizadoras e representativas de categorias profissionais
ou econômicas, a fim de que tenham o necessário suporte financeiro para o exercício
de suas funções, legalmente reputadas como de interesse público.
c) Sabendo que o inciso IV do art. 8o da Constituição Federal dispõe que a assembléia
geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será des-
contada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei, é correto afirmar
que a contribuição de que trata esse dispositivo constitucional é uma espécie de tri-
buto, à qual não se aplica o princípio da legalidade.
d) De acordo com a Constituição Federal, as contribuições para a seguridade social são
de competência exclusiva da União.
e) As contribuições sociais são objeto, com maior freqüência do lançamento por homo-
logação, podendo a elas também aplicar-se o lançamento de ofício.

Gabarito – Procurador Autárquico do INSS – 1998


1) C – art. 150, VI, da CF
C – art. 150, VI, da CF
E – art. 5o, XXXIV, a e b, da CF
E – art. 146, II, da CF
C – art. 150, VI, da CF

2) E – art. 153, § 1o, da CF


E – art. 150, III, b, da CF
E – arts. 153, § 1o, 148 e 149 da CF
C – art. 145, § 1o, da CF
C – art. 150, V, da CF

3) E – art. 114 do CTN


C – arts. 96 e 115 do CTN
C – art. 119 do CTN
E – art. 121 do CTN
E – art. 126 do CTN (diz respeito somente à capacidade tributária passiva)
88 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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4) E – arts. 153 a 162 da CF


C – art. 7o do CTN
C – art. 154, II, da CF
E – art. 154, I, da CF
E – art. 145, II e III, da CF

5) E – o entendimento moderno considera que não há revogação, e sim suspensão da eficá-


cia, enquanto viger o tratado
C – art. 98 do CTN
E – art. 150, I
E – art. 149 da CF, e art. 6o do CTN
E – art. 6o do CTN, e art. 151, III, do CTN (vale lembrar que alguns doutrinadores e a juris-
prudência do STF consideram que esta vedação diz respeito à União enquanto pessoa ju-
rídica de direito interno e, no caso de tratados internacionais, a União está exercendo ato
de soberania externa, como Estado brasileiro, não estando, portanto, sujeita a esta limi-
tação do art. 151, III, da CF)

6) E – arts. 175, I, e 176 a 179 do CTN


E – art. 6o do CTN
C – art. 177 do CTN
E – art. 150, § 6o, da CF
C – arts. 155, § 2o, XII, g, e 156, § 3o, I, da CF

7) E – art. 151, II, do CTN


C – art. 152 do CTN
E – art. 152, parágrafo único, do CTN
E – art. 151, IV, do CTN
C – art. 151, parágrafo único, do CTN

8) E – art. 149 da CF
E – art. 149 da CF
E – art. 150, I, da CF
E – art. 149, § 1o, do CTN
C – arts. 149 e 150 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 89

Série Provas e Concursos


12.14. Prefeitura Municipal de São Paulo – Inspetor Fiscal –
Abril de 1998
1. Para distinguir competência de capacidade tributária deve-se considerar que:
a) as pessoas jurídicas de direito privado estão investidas de capacidade tributária;
b) todos os entes investidos de capacidade tributária desfrutam de competência tribu-
tária;
c) todos os entes investidos de competência desfrutam de capacidade tributária;
d) os entes investidos de competência tributária não desfrutam de capacidade tributária;
e) todas as pessoas jurídicas de direito público estão investidas de competência tributária.

2. O Direito Tributário tem por objeto do seu conhecimento o Capítulo:


a) dos créditos públicos;
b) das receitas derivadas;
c) das receitas originárias;
d) dos empréstimos públicos;
e) da previsão orçamentária.

3. As multas fiscais em nosso sistema tributário:


a) podem ser instituídas e cobradas sem observância do princípio da anterioridade;
b) podem ser instituídas por decreto do chefe do Poder Executivo;
c) podem ser aumentadas por decreto do chefe do Poder Executivo;
d) devem ser instituídas por lei complementar;
e) devem ser instituídas com observância do princípio da anterioridade.

4. A Constituição Federal autoriza o Município instituir e cobrar IPTU progressi-


vo no tempo dos proprietários do solo urbano não-edificado que não promova
seu adequado aproveitamento. Nesta hipótese, o permissivo constitucional co-
loca-se em oposição ao princípio:
a) da justiça fiscal;
b) da isonomia;
c) da capacidade contributiva;
d) da anterioridade;
e) do não-confisco.

5. Assinale o tributo vinculado a um investimento de relevante interesse nacio-


nal.
a) Contribuição de melhoria.
b) Contribuição social.
c) Imposto residual.
d) Empréstimo compulsório.
e) Taxas de polícia.

6. “A” detém a posse de terreno urbano. Posteriormente, adquire o domínio atra-


vés de usucapião. Em seguida, promove a respectiva transcrição no Registro
Imobiliário. Nesta hipótese, o fato gerador do IPTU considera-se ocorrido na
data:
a) em que a Prefeitura foi cientificada da posse;
90 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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b) de origem da posse;
c) da propositura da ação de usucapião;
d) da decisão definitiva prolatada na ação de usucapião;
e) da transcrição do imóvel no Registro Imobiliário.

7. Os impostos residuais, em nosso sistema tributário:


a) não observam o princípio da anterioridade;
b) não observam o princípio da legalidade;
c) somente podem ser instituídos pela União, mediante lei complementar;
d) podem ser instituídos pela União e Estados-membros, mediante lei ordinária;
e) podem ser cumulativos.

8. O Município recebe integralmente a receita oriunda do:


a) IPVA;
b) IPI;
c) IR;
d) IR-Fonte;
e) ICMS.

9. Assinale o imposto cujas alíquotas máximas devem ser fixadas por lei comple-
mentar.
a) ITCM.
b) ISS.
c) ITBI.
d) IPVA.
e) IPTU.

10. As leis complementares, em nosso sistema tributário:


a) devem respeitar os tratados e convenções internacionais;
b) complementam o texto constitucional e, por isso, não podem ser declaradas incons-
titucionais;
c) equiparam-se, formalmente, às leis ordinárias federais;
d) não podem instituir tributos;
e) revogam tratados e convenções internacionais.

11. A lei ordinária municipal que revoga isenção condicional e por prazo certo,
sem previsão de vigência, somente será aplicada e terá eficácia:
a) no primeiro dia do exercício seguinte ao da publicação;
b) na data de sua publicação no Diário Oficial;
c) quarenta e cinco dias após sua publicação no Diário Oficial;
d) após a rescisão da condição imposta;
e) se a condição não for implementada pelo contribuinte.

12. Uma empresa prestadora de serviços é autuada pela fiscalização. Imediata-


mente após, confessa a prática da infração, propondo-se a pagar o imposto de-
vido sem penalidade pecuniária e juros de mora. Nesta hipótese:
a) deve recolher apenas o imposto e juros de mora, excluída a responsabilidade pela in-
fração;
b) faz jus ao abatimento de 50% do imposto e da penalidade pecuniária;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 91

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c) apenas tem direito ao abatimento da penalidade pecuniária em 50%;
d) apenas tem direito ao abatimento do imposto;
e) deve recolher o imposto, a penalidade pecuniária e os juros integralmente, sem qual-
quer dedução.

13. Para distinguir a obrigação do crédito tributário, em nosso sistema tributário,


basta considerar que o Código Tributário Nacional:
a) relaciona a obrigação com o fato gerador e o crédito, com o lançamento tributário;
b) considera a obrigação um posterius no procedimento fiscal;
c) relaciona a obrigação e o crédito tributário com a ocorrência do fato gerador;
d) relaciona a obrigação e o crédito com o pagamento tributário;
e) relaciona a obrigação com o fato gerador e o crédito tributário, com o direito subjeti-
vo de cobrança.

14. “A” adquire um imóvel e lavra a escritura aquisitiva em nome de um filho re-
cém-nascido, com usufruto da mãe. Nesta hipótese:
a) somente a mãe deve figurar como contribuinte;
b) o pai e a mãe devem figurar como contribuintes do imóvel;
c) a mãe e o filho devem figurar como responsáveis tributários e o pai como contribuinte;
d) a mãe e o filho devem figurar como contribuintes e o pai como responsável tributário;
e) a mãe deve figurar como contribuinte e o filho como responsável.

15. “A” adquire uma empresa prestadora de serviços. Logo após a fiscalização
constata, na contabilidade da empresa, omissão de receitas relativas a exercí-
cios anteriores à aquisição do estabelecimento. Nesta hipótese, “A” responde:
a) pelos tributos e multas apurados a qualquer tempo;
b) pelos tributos apurados após a aquisição do estabelecimento;
c) pelos tributos apurados antes ou após a aquisição do estabelecimento;
d) somente pelos tributos definitivamente constituídos na data da aquisição do estabe-
lecimento;
e) apenas pelos tributos apurados após a aquisição do estabelecimento.

Atenção: as questões de número 16 a 18 referem-se ao caso apresentado abaixo.

No exercício de 1998, um fiscal comparece a uma empresa prestadora de serviços,


sob regime de apuração mensal, constata falta de recolhimento do ISS e prática de in-
fração tributária, ocorridas no exercício de 1993. Em 1993, as alíquotas do ISS eram
mais gravosas e da multa fiscal, menos gravosas.

16. Para apuração do ISS devido pela empresa reportada no item anterior, o Fisco
pode se utilizar:
a) apenas do lançamento direto;
b) de todas as modalidades de lançamento tributário;
c) do lançamento por homologação e de ofício;
d) do lançamento direto, por homologação e de ofício;
e) apenas do lançamento por homologação.
92 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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17. Neste caso:


a) não deve autuar o contribuinte porque já se consumou decadência tributária;
b) deve autuar o contribuinte para pagamento do imposto pela alíquota vigente em
1993 e da multa, pela alíquota atual;
c) deve autuar o contribuinte para pagamento do imposto e da penalidade pecuniária
pelas alíquotas vigentes em 1993;
d) deve autuar o contribuinte para pagamento do imposto pela alíquota atual e da mul-
ta, pela alíquota vigente em 1993;
e) deve autuar o contribuinte para pagamento do imposto e da penalidade pecuniária
pelas alíquotas atuais.

18. Tendo ainda presente o caso relatado no item anterior, fiscal lavra o auto de in-
fração e o contribuinte o impugna, regularmente. Nesta hipótese, o prazo pres-
cricional de cobrança inicia-se:
a) com a inscrição da dívida;
b) com a ocorrência dos respectivos fatos geradores;
c) no primeiro dia após a ocorrência dos fatos geradores;
d) com a lavratura do auto de infração e imposição de multa;
e) com a decisão final administrativa.

19. No curso de um procedimento fiscal que apura infração cometida por contribu-
inte, sobrevém lei ordinária que deixa de capitular a conduta como infratora.
Nesta hipótese, o procedimento:
a) deve aguardar a regulamentação da lei;
b) continua seu curso, à falta de revogação expressa;
c) deve ser sobrestado, diante da lei de anistia;
d) continua seu curso, tendo presente que a nova lei aplica-se somente às futuras infra-
ções;
e) continua seu curso, à guisa de lei complementar.

20. O Fisco lavrou um auto de infração contra um contribuinte. Logo após, sobre-
vém medida liminar concedida em mandado de segurança impetrado pelo con-
tribuinte. Neste caso, o procedimento fiscal deve:
a) continuar normalmente seu curso até decisão final do mandado de segurança;
b) continuar seu curso até decisão de primeira instância administrativa;
c) ser sobrestado até decisão final do mandado de segurança;
d) continuar seu curso até decisão final administrativa;
e) ser anulado e refeito após decisão final favorável ao contribuinte no mandado de se-
gurança.

21. “A” é proprietário de um imóvel e “B”, seu usufrutuário. Neste caso, ocorrendo
inadimplemento do IPTU, o Fisco pode exigir o imposto:
a) de “A”, pela integralidade do débito, e de “B”, em via subsidiária;
b) de “A” e de “B”, na proporção de 50% cada um;
c) somente de “A”, pela integralidade do débito;
d) de “A” ou de “B”, pela integralidade do débito;
e) somente de “B”, pela integralidade do débito.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 93

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22. Nos termos do art. 185 do Código Tributário Nacional, “presume-se fraudulen-
ta a alienação ou oneração de bens quando houver crédito tributário inscrito
como dívida ativa”. Nesta hipótese, a presunção:
a) é juris et de jure, não admitindo prova em contrário;
b) é manifestamente inconstitucional;
c) ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito;
d) é categórica, porém condicional;
e) é juris tantum, admitindo prova em contrário.

23. Supondo-se dois débitos de ISS, sendo um deles constante de procedimento


fiscal em fase de recurso e outro de execução fiscal garantida com penhora, o
contribuinte:
a) pode obter certidão negativa de tributos, mas não pode pleitear os benefícios da con-
cordata;
b) não pode pleitear os benefícios da concordata;
c) pode pleitear os benefícios da concordata se prestar caução;
d) pode obter certidão negativa dos tributos e pleitear os benefícios da concordata;
e) pode pleitear os benefícios da concordata se efetivar o pagamento de todos os débi-
tos fiscais pendentes.

24. Em nosso sistema tributário, são imunes ao IPTU, os imóveis construídos per-
tencentes:
a) às empresas públicas;
b) às autarquias estaduais;
c) às livrarias e bancas de jornais;
d) às concessionárias de serviços públicos;
e) aos clubes sociais e esportivos.

25. Leia com atenção as proposições abaixo.


I – A prescrição e a decadência tributária afetam o fato gerador do tributo.
II – A substituição tributária é um modelo de sujeição passiva que não se aplica
aos tributos municipais.
III – Os tributos apurados através de lançamento por homologação não dispen-
sam a lavratura de auto de infração.
Pode-se afirmar que estão corretas as proposições:
a) I;
b) I e II;
c) II;
d) II e III;
e) III.

26. Em nosso sistema tributário, qualifica-se como acessória obrigação de:


a) pagar quaisquer acréscimos aos tributos devidos;
b) pagar os juros de mora;
c) pagar multa de mora;
d) pagar penalidades pecuniárias aplicadas ao contribuinte;
e) emitir notas fiscais.
94 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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27. O Município não participa, de nenhum modo, das receitas derivadas do:
a) ITCM;
b) ISOF;
c) ITR;
d) IPI;
e) IPVA.

28. As tarifas, em nosso sistema tributário:


a) substituem, com vantagem, a contribuição de melhoria;
b) devem ser instituídas por lei ordinária;
c) observam o princípio da anterioridade;
d) remuneram serviços prestados por concessionárias de serviços públicos;
e) somente podem ser aumentadas por lei.

29. O parcelamento de débitos fiscais pelos contribuintes é uma hipótese de:


a) remissão do crédito tributário;
b) extinção do crédito tributário;
c) suspensão do crédito tributário;
d) exclusão do crédito tributário;
e) moratória do crédito tributário.

30. Em nosso sistema tributário, na área municipal:


a) o ISS somente pode ser cobrado através do lançamento por homologação;
b) a alíquota do ISS pode ser progressiva;
c) as taxas podem ter a mesma base de cálculo dos imposto;
d) o recapeamento de vias públicas pode ser remunerado;
e) o recapeamento de vias públicas não pode ser remunerado através da contribuição
de melhoria.

Gabarito – Prefeitura Municipal de São Paulo – Inspetor Fiscal – Abril de 1998


1. C – art. 6o do CTN
2. B – tributos são receitas derivadas, por serem obtidos da exploração de terceiros
3. A – art. 150, III, a, da CF (anterioridade é só para tributos)
4. E – art. 150, IV, da CF
5. D – art. 148, II, da CF
6. B – art. 12 do CTN
7. C – art. 154, I, da CF
8. D – art. 158, I, da CF
9. B – art. 156, § 3o, I, da CF
10. A – art. 98 do CTN
11. E – art. 178 do CTN
12. E – art. 138, parágrafo único, do CTN
13. A – arts. 113, § 1o, e 142 da CTN
14. D – arts. 32 e 134, I, do CTN
15. C – art. 133 do CTN
16. A – art. 149 do CTN
17. C – art. 144 do CTN
18. E – art. 174 do CTN
19. C – art. 106, II, a, do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 95

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20. C – art. 151, IV, do CTN
21. D – art. 124, I, do CTN
22. E – art. 185 do CTN
23. D – art. 206 do CTN
24. B – art. 150, § 2o, da CF
25. A – arts. 173 e 174 do CTN
26. E – art. 113, § 2o, do CTN
27. A – arts. 153 e 158, § 5o, da CF
28. D – tarifas não são tributos
29. C – art. 151, VI, do CTN
30. E – art. 81 do CTN e Jurisprudência do STF (RE no 115.863/SP – 29/10/1991. Órgão
Julgador: Segunda Turma
Publicação: DJ DATA-08/05/1992 PP-06.268 EMENT VOL-01.660-03 PP-00520 RTJ
VOL-00138-02 PP-00600)
96 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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12.15. Prova para Fiscal de Contribuições Previdenciárias – 1998

QUESTÃO 1
“Segundo nos parece, princípio jurídico é um enunciado lógico, implícito ou explícito,
que, por sua grande generalidade, ocupa posição de preeminência nos vastos qua-
drantes do Direito e, por isto mesmo, vincula, de modo inexorável, o entendimento e a
aplicação das normas jurídicas que com ele se conectam. Não importa se o princípio é
implícito ou explícito, mas, sim, se existe ou não existe. Se existe, o jurista, com o ins-
trumental teórico que a Ciência do Direito coloca à sua disposição, tem condições de
discerni-lo. De se ressaltar, com Souto Maior Borges, que o princípio explícito não é
necessariamente mais importante que o princípio implícito. Tudo vai depender do âm-
bito de abrangência de um e de outro, e não o fato de um estar melhor ou pior desven-
dado no texto jurídico. Aliás, as normas jurídicas não trazem sequer expressa sua
condição de princípios ou de regras. É o jurista que, ao debruçar-se sobre elas, as
identifica e as hierarquiza.”
Roque Antonio Carraza. Curso de Direito Constitucional Tributário. 2. ed. Coleção Tex-
tos de Direito Tributário, São Paulo, Revista dos Tribunais, 1991, p. 254.

Considerando as idéias desenvolvidas no texto e os princípios constitucionais tribu-


tários, julgue os itens a seguir.
1) Por força do princípio da legalidade estrita, aplicável ao Direito Tributário, em ne-
nhum caso é possível a criação ou o aumento de tributo, a não ser por lei ordinária.
2) Criar ou instituir tributo significa, em face do princípio da legalidade, definir, na lei,
hipótese de incidência, base de cálculo e alíquota, pois estes são os elementos bas-
tantes à exigência do tributo.
3) À luz do Código Tributário Nacional (CTN) e do princípio da legalidade, se a lei não
estipular prazo para o recolhimento do tributo, este só poderá ser exigido quando
outra norma de igual hierarquia legislativa suprir a omissão do legislador, comple-
mentando a lei tributária.
4) O princípio da anualidade apresenta índole marcadamente democrática, uma vez
que implica a necessidade de autorização dos representantes do povo, na lei orça-
mentária anual, para a arrecadação de determinado tributo; nada obstante, a Consti-
tuição Federal em vigor não consagra, de modo expresso, esse princípio.
5) O princípio da igualdade tributária é incompatível com a progressividade de certos
tributos.

QUESTÃO 2
Novamente em relação aos princípios constitucionais tributários, julgue os itens abaixo.
1) O princípio da capacidade contributiva, previsto de forma expressa na Constituição
da República, aplica-se a todos os tributos, sem exceção.
2) A despeito do princípio constitucional da liberdade de tráfego, não é inconstitucional
a cobrança de pedágio pela circulação de veículos em rodovias interestaduais.
3) Todo tributo promove transferência da propriedade do contribuinte para o Estado,
sendo confiscatória, porém, apenas aquela exação em que o grau dessa transferên-
cia denotar ônus fiscal insuportável e desproporcional.
4) O princípio da capacidade contributiva é inspirado essencialmente por critérios ex-
trafiscais.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 97

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5) A despeito da formulação expressa do princípio da igualdade, não é possível invo-
cá-lo nos casos em que a Constituição, explícita ou implicitamente, admite tratamen-
to desigual.

QUESTÃO 3
Acerca da vigência e da aplicação da legislação tributária, julgue os itens que se se-
guem.
1) Se os Estados de São Paulo e Pernambuco firmarem convênio prevendo a vigência da
legislação tributária estadual de cada uma dessas unidades da Federação no territó-
rio da outra, o convênio será inevitavelmente desprovido de valor jurídico, porquan-
to a legislação de cada estado só pode viger no próprio território.
2) Se determinada lei ordinária federal sobre matéria tributária não previr o prazo para
sua vigência, este deverá ser considerado indeterminado, até que a lei seja alterada
ou revogada.
3) Os atos administrativos normativos em matéria tributária entrarão em vigor sempre
na data de sua publicação.
4) O princípio da anterioridade, compreendido como a proibição de que a exação tribu-
tária seja cobrada no mesmo ano da lei que a instituiu ou aumentou, aplica-se a todos
os tributos.
5) Estritamente de acordo com o CTN, a lei que revoga isenção relativa a imposto sobre
o patrimônio ou a renda subordina-se ao princípio da anterioridade.

QUESTÃO 4
Acerca das fontes do Direito Tributário, julgue os itens seguintes.
1) Lei e legislação, para fins tributários, confundem-se.
2) Se decreto do Poder Executivo for publicado ostentando dispositivo que pretenda
instituir novo tributo, terá conteúdo próprio de lei em sentido material, mas não será
lei em sentido formal.
3) Do ponto de vista formal, a lei complementar difere da lei ordinária principalmente
em razão do quórum específico que sua aprovação requer.
4) Tratados internacionais podem ser firmados em matéria tributária, mas devem sem-
pre observar a legislação tributária em vigor.
5) No Direito brasileiro, nem todos os regulamentos devem ser veiculados por intermé-
dio de decretos.

QUESTÃO 5
Considerando os institutos da incidência, da não-incidência, da imunidade e da isen-
ção tributárias, julgue os itens a seguir.
1) Na não-incidência, o fato materialmente ocorrido carece de determinado(s) elemen-
to(s) que, se existente(s), atrairia(m) a aplicação da norma jurídica.
2) Na isenção, o fato materialmente ocorrido possui todos os elementos necessários à
incidência da norma jurídica tributária, mas a lei de isenção impede a cobrança do tri-
buto.
3) Uma distinção entre imunidade e isenção decorre de a primeira derivar diretamente
da Constituição, que exclui a competência tributária, ao passo que a norma estabele-
cedora da segunda é produzida exatamente pela pessoa jurídica dotada de compe-
tência tributária.
4) Na imunidade, há norma tributária que, no entanto, não incide sobre o fato gerador.
5) São institutos idênticos a isenção e a remissão tributárias.
98 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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QUESTÃO 6
“O Direito Tributário pertence à categoria dos direitos obrigacionais, cuja característica
é a de regularem relações entre dois sujeitos de direito (credor e devedor) com referên-
cia a uma prestação positiva ou negativa (objeto da obrigação). O elemento central do di-
reito obrigacional, aquilo que constitui essencialmente o conteúdo jurídico de um direito
deste tipo, é, portanto, a obrigação, que pode ser assim definida: obrigação é o poder ju-
rídico por força do qual uma pessoa (sujeito ativo) pode exigir de outra (sujeito passivo)
uma prestação positiva ou negativa (objeto da obrigação) em virtude de uma circunstân-
cia reconhecida pelo Direito como produzindo aquele efeito (causa da obrigação).”
Rubens Gomes de Sousa. Compêndio de Legislação Tributária. São Paulo, Instituto Brasi-
leiro de Estudos Tributários/Resenha Tributária, 1975, p. 83.

Em vista do texto, julgue os itens seguintes, relativos à obrigação tributária.


1) O Direito Tributário utiliza conceito específico de obrigação estruturalmente distinto
daquele dos demais ramos jurídicos.
2) O conceito de obrigação tributária, nos moldes expostos pelo texto, aplica-se à obri-
gação tributária principal, mas não à acessória, que obedece a esquema próprio.
3) Apenas a União, os Estados e o DF podem ser sujeitos ativos de tributos, no ordena-
mento jurídico brasileiro.
4) Fatos naturais, atos humanos e negócios jurídicos podem funcionar como suporte
para a incidência da norma jurídica tributária, servindo como fato gerador do surgi-
mento de obrigação tributária.
5) As pessoas jurídicas de direito público, inclusive a União, os Estados, o DF e os Muni-
cípios, podem ser sujeitos passivos de obrigações tributárias, em certos casos.

QUESTÃO 7
Ainda acerca da obrigação tributária, julgue os itens abaixo.
1) Os negócios jurídicos definidos na lei como hipótese de incidência, quando sujeitos à
condição suspensiva, serão considerados consumados na ocasião em que ocorrer o
implemento da condição.
2) O objeto da obrigação tributária principal nem sempre consiste em prestação de dar.
3) Transferência e substituição tributárias são casos de sujeição passiva indireta.
4) Sendo caso de solidariedade, é possível aos devedores, desde que sejam todos maio-
res e capazes, ajustar ordem de precedência entre si para a cobrança do tributo por
parte da fazenda pública, podendo o acordo de vontades espelhado nesse negócio
jurídico ser oposto ao Fisco.
5) Se João e José criam sociedade de fato para a exploração do comércio ambulante de
produtos estrangeiros introduzidos no país desamparados da documentação legal,
ainda assim essa entidade econômica pode ser sujeito passivo de obrigação tributária.

QUESTÃO 8
Em relação à responsabilidade tributária, julgue os itens que se seguem.
1) Se a União é credora de determinado tributo e Joaquina, devedora dele, deixa de
cumprir a prestação que lhe cabia, é a partir desse momento, em que há o descumpri-
mento da obrigação tributária, que se podem aplicar as diferentes figuras da respon-
sabilidade tributária se couberem.
2) Configurando-se hipótese em que o responsável tributário é chamado a cumprir a
obrigação não satisfeita pelo devedor primitivo, ainda assim o crédito tributário e
sua garantia serão os mesmos, pois não surge novo crédito tributário nessa situação.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 99

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3) Cabe exclusivamente à legislação tributária definir os casos de responsabilidade tri-
butária.
4) Assim como para o devedor originário o contribuinte, o vínculo jurídico que impõe ao
responsável o cumprimento da obrigação tributária surge para este com o fato gerador.
5) Qualquer pessoa, independentemente de sua relação com o fato gerador da obriga-
ção tributária, pode ser apontada pela lei como responsável tributário.

QUESTÃO 9
Ainda com relação à responsabilidade tributária, julgue os itens a seguir.
1) A responsabilidade tributária por sucessão pode ocorrer inter vivos ou mortis causa.
2) Se Carla adquirir de Constantino um estabelecimento comercial, pode tornar-se res-
ponsável pelos débitos tributários decorrentes da atividade desenvolvida pelo pro-
prietário anterior, ainda que não tenha tido nenhuma participação nos fatos que de-
ram causa à obrigação tributária.
3) Se Júlio adquirir de Carina uma empresa com débitos junto ao fisco cujos respectivos
créditos tributários estão ainda em fase de constituição, não poderá vir a ser respon-
sabilizado por eles, em razão justamente de os créditos não estarem definitivamente
constituídos.
4) Se Demóstenes adquire imóvel em hasta pública, pode, em tese, sujeitar-se a caso de
responsabilidade tributária por sucessão imobiliária.
5) Considere a seguinte situação. Marcos é devedor de tributos. Por não pagá los, é pro-
cessado pelo fisco, que obtém a decretação da penhora de um imóvel de propriedade
do executado. No curso do processo, Lídia, mãe do devedor, resolve resgatar a dívi-
da, por meio de remição. Na situação apresentada, Lídia, a remitente, responsabili-
zar-se-á pelos tributos incidentes sobre o bem remido.

QUESTÃO 10
Com relação ao crédito tributário, julgue os seguintes itens.
1) O crédito tributário sempre é exigível no instante de sua constituição.
2) Se Roberto pratica ato ilícito em matéria tributária e é anistiado, a anistia exclui os
efeitos jurídicos do ato ilegal, impedindo que o Ministério Público processe Roberto
criminalmente.
3) O crédito tributário resulta do procedimento do lançamento, que goza de presunção
absoluta de validade.
4) Se Antônia obtém medida liminar em mandado de segurança para suspender a exigi-
bilidade de determinado crédito tributário e, no julgamento, o mandado é indeferido
por sentença que transita em julgado, poderá o fisco novamente exigir a satisfação
do crédito.
5) Considere a seguinte situação. Francisco é devedor de uma instituição bancária, a
quem dá, em hipoteca, o único bem que possui, uma propriedade, livre e desembara-
çada de outros ônus. Posteriormente, Francisco vem a ser executado pelo fisco, que
lhe cobra certo crédito tributário. Na situação apresentada, antes de a propriedade
ser vendida para o pagamento da dívida tributária, o banco, credor hipotecário, tem
direto a ter satisfeito o seu crédito.

QUESTÃO 11
Quanto ao lançamento, julgue os itens seguintes.
1) O imposto de renda, cuja averiguação do montante cabe primariamente ao devedor,
é caso típico de tributo cujo lançamento compete ao contribuinte.
100 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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2) Mesmo nos casos de lançamento por homologação tácita e nos relativos a tributos
cobrados em importâncias fixas, o lançamento não deixa de ter caráter obrigatório
para a autoridade administrativa.
3) O procedimento do lançamento subordina-se ao princípio constitucional do contra-
ditório.
4) Na órbita administrativa, o lançamento reputa-se definitivo quando é expedida a no-
tificação do contribuinte.
5) O crédito tributário, após formalizado por lançamento definitivo, não mais poderá
ser modificado, em hipótese alguma.

QUESTÃO 12
Acerca das taxas, julgue os itens a seguir.
1) Por sua natureza tributária peculiar, as taxas devem corresponder, de modo preciso,
à contraprestação pelo serviço oferecido ao contribuinte.
2) A atuação estatal que enseja a cobrança de taxa deve ser aquela prestada à coletivi-
dade globalmente considerada.
3) Se a União fiscaliza a exploração e o comércio de recursos naturais renováveis, repri-
mindo as ações ilícitas nessa área, tal atuação pode, juridicamente, justificar a co-
brança de taxa.
4) Se um município oferece qualquer serviço a seus cidadãos, poderá cobrar taxa por
isso, mesmo daqueles que jamais hajam usufruído do serviço.
5) Diferentemente do que preceitua em relação à receita decorrente da arrecadação de
impostos, a legislação não prevê mecanismos de repartição de receitas tributárias
oriundas da cobrança de taxas.

QUESTÃO 13
Com relação às contribuições sociais, julgue os itens abaixo.
1) As contribuições sociais possuem natureza tributária.
2) As contribuições sociais possuem finalidade eminentemente parafiscal e extrafiscal,
conforme a espécie delas.
3) A Constituição da República prevê, basicamente, três espécies de contribuições so-
ciais: as de intervenção no domínio econômico, as de interesse de categorias profis-
sionais ou econômicas e as de seguridade social.
4) Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, sendo que aos Esta-
dos, ao DF e aos Municípios é possível cobrar contribuição de seus servidores, para
custeio, em benefício deles, de sistema de previdência e assistência social.
5) O contribuinte da contribuição instituída no interesse de categorias profissionais ou
econômicas deve integrar a dita categoria.

QUESTÃO 14
Com referência ao processo administrativo fiscal, regido pelo Decreto no 70.235, de
06 de março de 1972, julgue os itens que se seguem.
1) O início do procedimento fiscal por ato de ofício exclui a espontaneidade do sujeito
passivo em relação aos atos anteriores.
2) Para a realização de diligências e perícias no processo administrativo fiscal, a reque-
rimento do contribuinte, bastará que este indique qual espécie de diligência ou perí-
cia é de seu interesse.
3) As provas documentais desejadas pelo contribuinte deverão ser apresentadas junta-
mente com a impugnação à ação fiscal, não se admitindo juntada posterior de docu-
mentos, em nenhuma hipótese.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 101

Série Provas e Concursos


4) A intimação ao contribuinte de qualquer ato do procedimento só poderá ser realiza-
da pessoalmente.
5) No processo administrativo fiscal, ao lado dos recursos voluntários, existe a figura
do recurso de ofício, cabível em certos casos.

QUESTÃO 15
Acerca dos crimes contra a ordem tributária, nos termos da Lei no 8.137, de 27 de de-
zembro de 1990, julgue os itens seguintes.
1) O delito de redução de tributo tem natureza de crime material, isto é, só se caracteri-
za se houver diminuição ilícita no recolhimento devido pelo agente.
2) A lei prevê também, como delitos contra a ordem tributária, certos crimes formais,
isto é, que são considerados consumados independentemente de resultado lesivo ao
erário.
3) Os crimes contra a ordem tributária atribuíveis a particular exigem o chamado dolo
específico, ou seja, a vontade do autor do ato ilícito deve estar voltada à ofensa à le-
gislação tributária.
4) Além da responsabilidade da pessoa física praticante do crime, a legislação penal
prevê, igualmente, responsabilidade penal da pessoa jurídica que houver lesado o
Fisco.
5) A simples circunstância de ser sócio não implica, necessariamente, responsabilidade
penal por atos produzidos no âmbito da pessoa jurídica que firam a legislação tribu-
tária.

Gabarito – INSS – 1998


Questão 1
(1) E – art. 153, § 1o, da CF
(2) E – art. 97, III, do CTN
(3) E – art. 160 do CTN
(4) C – arts. 150 a 152 da CF
(5) E – art. 153, § 2o, I, da CF

Questão 2
(1) E – art. 145, § 1o, da CF
(2) C – art. 150, V, da CF
(3) E – art. 150, IV, da CF
(4) C – art. 145, § 1o, da CF
(5) anulada (antes da anulação – C)

Questão 3
(1) E – art. 102 do CTN
(2) C – art. 2o do Decreto-Lei no 4.657/1942 (LICC)
(3) E – art. 103, I, do CTN
(4) E – art. 150, § 1o, da CF
(5) C – art. 104, III, do CTN
102 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

Questão 4
(1) E – art. 96 do CTN
(2) C – art. 97, I, do CTN
(3) C – art. 69 da CF
(4) E – art. 98 do CTN
(5) E – arts. 96 e 99 do CTN

Questão 5
(1) C – art. 97, III, do CTN
(2) C – art. 140 do CTN
(3) C – art. 97, VI, do CTN
(4) E – não há fato gerador na imunidade
(5) E – arts. 156, IV, e 175, I, do CTN

Questão 6
(1) E – art. 109 do CTN
(2) E – art. 113 do CTN
(3) E – art. 119 do CTN e art. 156 da CF
(4) C – arts. 114 e 115 do CTN
(5) C – art. 150, VI, a, e § 3o, da CF

Questão 7
(1) E – art. 117, I, do CTN (... salvo disposição em contrário...)
(2) E – art. 113, § 1o, do CTN
(3) C – arts. 121 e 122 do CTN
(4) E – arts. 123 e 124, parágrafo único, do CTN
(5) C – art. 126, III, do CTN

Questão 8
(1) E – art. 129 do CTN
(2) C – art. 140 do CTN
(3) E – art. 97, III, e art. 128 do CTN
(4) E – arts. 128 a 138 do CTN
(5) E – art. 128 do CTN

Questão 9
(1) C – arts. 130 a 133 do CTN
(2) C – art. 133 do CTN
(3) E – art. 129 do CTN
(4) E – art. 130, parágrafo único, do CTN
(5) C – art. 131, I, do CTN

Questão 10
(1) E – arts. 150 e 160 do CTN
(2) E – art. 180, I, do CTN
(3) E – art. 145, I a III, do CTN
(4) C – art. 151, IV, do CTN
(5) C – art. 184 do CTN;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 103

Série Provas e Concursos


Questão 11
(1) E – art. 142 do CTN
(2) C – art. 142 e parágrafo único, do CTN
(3) C – art. 145, I, do CTN
(4) E – art. 145, I a III, do CTN
(5) E – art. 145, I a III, do CTN

Questão 12
(1) E – art. 4o do CTN
(2) E – arts. 77 e 79, II, do CTN
(3) C – arts. 77 e 78 do CTN
(4) E – arts. 77 e 79, I, a e b, do CTN
(5) C – arts. 157 a 162 da CF

Questão 13
(1) C – art. 149 da CF
(2) C – art. 149 da CF
(3) C – art. 149 da CF
(4) C – art. 149, parágrafo único, da CF
(5) C – art. 149 da CF

Questão 14
(1) C – art. 7o, § 1o, do Decreto no 70.235/1972
(2) E – art. 16, IV, do Decreto no 70.235/1972
(3) E – art. 16, § 4o, do Decreto no 70.235/1972
(4) E – art. 149, § 1o, da CF (só para previdência)
(5) C – art. 25, § 1o, e art. 34 do Decreto no 70.235/1972

Questão 15
(1) C – art. 1o, da Lei no 8.137/1990
(2) C – art. 2o, da Lei no 8.137/1990
(3) C – arts. 1o, 2o e 3o, da Lei no 8.137/1990
(4) E – art. 135, III, do CTN
(5) C – arts. 134, VII, e 135, I, do CTN
104 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

12.16. Prova para Auditor de Tributos Municipais de Fortaleza


– CE – 1998
1. Pertencem aos Municípios:
a) cem por cento do produto da arrecadação do Imposto sobre Renda e Proventos de
Qualquer Natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título,
pelos estados, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
b) vinte por cento do produto da arrecadação dos impostos que a União instituir no
exercício de sua competência residual;
c) cinqüenta por cento do produto da arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR), re-
lativamente aos imóveis neles situados;
d) vinte e um por cento do produto da arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) licenciados em seus territórios;
e) cinqüenta por cento dos recursos entregues pela União aos Estados, proporcional-
mente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.

2. Com relação ao Fundo de Participação dos Municípios, é correto afirmar que:


a) é constituído por vinte e um inteiros e cinco décimos do produto da arrecadação do
Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos industrializados (IPI);
b) seus recursos são rateados segundo critérios estabelecidos por resolução do Senado
Federal;
c) O Banco Central do Brasil credita, mensalmente, as quotas devidas aos Municípios;
d) o cálculo de suas quotas compete ao Tribunal de Contas da União;
e) quatro por cento da totalidade de seus recursos são destinados à formação de uma
reserva.

3. Compete ao Município a instituição de:


a) taxa de fiscalização de anúncios;
b) empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública de âmbito municipal;
c) taxa de fiscalização da produção e comércio de armas;
d) contribuição de interesse de categoria profissional;
e) contribuição de interesse de categoria econômica.

4. Até 31 de dezembro do 1999, deduzir-se-á em favor do Fundo de Estabilização


Fiscal uma parcela dos recursos que deveriam ser entregues:
a) pela União, aos Municípios, como participação da receita do ITR;
b) pelos Estados, aos Municípios, como participação da receita do Imposto sobre Opera-
ções Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Trans-
porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
c) pelos Estados, aos Municípios, como participação na receita do IPVA;
d) pela União, ao Fundo de Participação dos Estados;
e) pela União, aos Municípios, como participação na receita da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF).

5. É matéria reservada a lei complementar:


a) a determinação de medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 105

Série Provas e Concursos


b) a fixação das alíquotas máximas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doa-
ção de Quaisquer Bens ou Direitos;
c) a inclusão, na incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) das
exportações de serviços para o exterior;
d) a fixação das alíquotas do ICMS;
e) o disciplinamento do regime de compensação do ICMS.

6. Assinale a opção incorreta.


a) É obrigatória a interpretação gramatical de norma que verse sobre moratória.
b) A lei tributária aplica-se a ato pretérito, em qualquer caso, quando deixe de defini-lo
como infração.
c) No preenchimento de lacunas da legislação tributária, utiliza-se preferencialmente a
analogia.
d) A lei definidora de infrações tributárias interpreta-se da maneira mais favorável ao
acusado, em caso de dúvida quanto à imputabilidade.
e) O emprego da eqüidade pode resultar na dispensa do pagamento de penalidade pe-
cuniária.

7. Em matéria de impostos, não é preciso lei para estabelecer:


a) as hipóteses de compensação e transação;
b) a cominação de penalidades;
c) as obrigações tributárias acessórias;
d) a dispensa de penalidades;
e) a fixação da base de cálculo.

8. A constituição do crédito tributário relativo ao Imposto Predial e Territorial


Urbano (IPTU) é efetuada mediante:
a) autolançamento;
b) lançamento ex officio;
c) lançamento por declaração;
d) lançamento indireto;
e) lançamento por homologação.

9. São modalidades de extinção do crédito tributário previstas no Código Tributá-


rio Nacional (CTN):
a) a conversão de depósito em renda, a transação e a decisão administrativa irreformável;
b) a prescrição, a imunidade e o pagamento;
c) a coisa julgada, a dação em pagamento e a compensação;
d) o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, a remição e a transação;
e) a decisão judicial passada em julgado, a decadência e a concessão de medida liminar
em mandado de segurança.

10. Assinale a opção incorreta.


a) Os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos após a decretação
da falência gozam de preferência absoluta.
b) O rol das garantias atribuídas pelo Código Tributário Nacional ao crédito tributário
não exclui outros expressamente previstos em lei em função da natureza ou das ca-
racterísticas do tributo a que se refiram.
c) A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita à habilitação em falência.
106 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

d) A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza da cor-
respondente obrigação tributária.
e) O concurso de preferência de que trata o Código Tributário Nacional é incompatível
com a vedação constitucional à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-
pios de criar preferência entre si.

Gabarito – Auditor de Tributos Municipais de Fortaleza – CE


1. C – art. 158, II, da CF
2. D – art. 161, parágrafo único, da CF
3. A – art. 145, II, da CF, e art. 77 do CTN
4. D – arts. 71 a 73 dos Atos das Disposições Transitórias da CF
5. E – art. 155, § 2o, XII, c, da CF (vale lembrar que o art. 156, § 3o, I, da CF determina
que lei complementar federal fixará apenas as alíquotas máxima e mínima do ISS)
6. B – art. 106, II, a, do CTN
7. C – arts. 97, III, e 115 do CTN
8. B – art. 149 do CTN
9. A – art. 156, II, VI e IX, do CTN
10. E – art. 187, parágrafo único, do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 107

Série Provas e Concursos


12.17. Prova para Procurador da Fazenda Nacional – 2a Categoria –
1998
1. ( ) Entidades não-estatais, como o SENAI e o SENAC, por exemplo, podem ter o
poder de tributar, desde que a lei lhes conceda.
( ) A competência tributária pode ser transferida, mediante lei, para entidade
estatal distinta ou para pessoa jurídica não-estatal.
( ) O poder de expedir normas sobre tributos incumbe primariamente a quem
tem competência para instituí-los.
Marque com F a assertiva falsa, e com V a verdadeira. Em seguida, escolha, en-
tre as opções abaixo, a que contém a seqüência correta.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, F.
d) F, F, F.
e) F, F, V.

2. ( ) Pode a lei estabelecer que, descumprida certa regra concernente ao controle


de rendimentos, a alíquota do imposto de renda seria majorada em 20%?
( ) A COFINS contribuição para o financiamento da seguridade social, segundo
entendimento do Supremo Tribunal Federal, é um tributo?
( ) A contribuição social sobre o lucro é uma contribuição para a seguridade social?
Marque, entre as opções abaixo, a que responde corretamente, e na devida se-
qüência, aos três quesitos acima.
a) Sim, sim, sim.
b) Sim, não, sim.
c) Não, sim, sim.
d) Não, não, sim.
e) Não, não, não.

3. ( ) Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, taxas e


contribuições de melhoria.
( ) Os impostos são chamados de “tributos não-vinculados” porque sua cobran-
ça independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte.
( ) A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de
melhoria seja o valor da despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa.
Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa. Em segui-
da escolha, entre as cinco opções abaixo, aquela que contém a seqüência correta.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, F.
d) F, F, F.
e) F, V, V.

4. A União prescinde de lei complementar para:


a) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Esta-
dos, o Distrito Federal e os Municípios;
b) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
c) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária;
108 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

d) em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, definir respectivos


fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
e) estabelecer quando ocorrerá o vencimento dos impostos e taxas de sua compe-
tência.

5. 1 – As normas que tratam de isenção estão sujeitas a ______________________.


2 – As normas que tratam de moratória estão sujeitas a _____________________.
3 – As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, são de _____________.
Observe, entre as alíneas w, x, y e z, quais as que, à luz do Código Tributário Nacio-
nal, preenchem corretamente, e com explicação plausível, as lacunas acima, e, em
seguida marque a opção que contém, na devida seqüência, as alíneas respectivas.
w) Interpretação extensiva, em atenção ao princípio favorabilia amplianda.
x) Interpretação extensiva, em atenção a que a regra geral não deve ser restringi-
da a intérprete.
y) Interpretação retroativa, porque não tem caráter de inovação do sistema jurídico.
z) Interpretação literal, em atenção a que a regra geral é a tributação e exceções
não se interpretam extensivamente.
a) w, w, y.
b) w, x, z.
c) z, x, w.
d) z, z, y.
e) z, y, x.

6. ( ) Alíquotas mínimas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços


(ICMS), nas operações internas, podem ser estabelecidas por _________________.
( ) O Código Tributário Nacional (CTN) foi votado como __________________.
( ) As normas gerais de Direito Tributário contidas no CTN podem ser altera-
das ou revogadas mediante ___________________.
( ) As alíquotas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação,
estabelecidas por ______________________.
Veja, entre as cinco alíneas abaixo, com qual de suas expressões se preenche
corretamente cada uma das lacunas acima.
v) Resolução do Senado Federal de iniciativa de um terço e aprovada pela maio-
ria absoluta de seus membros.
w) Lei ordinária.
x) Lei complementar.
y) Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de
um terço do Senado, aprovada pela maioria absoluta de seus membros.
A resposta certa corresponde à seguinte seqüência:
a) y, x, x, v;
b) v, w, x, y;
c) y, w, x, v;
d) v, w, w, y;
e) v, x, w, y.

7. Indique a opção errada, entre as assertivas abaixo.


a) No caso de solidariedade, um dos devedores pode exigir que a dívida tributária seja
primeiro cobrada do devedor originário e, no caso de serem todos devedores origi-
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 109

Série Provas e Concursos


nários, que sua contribuição para o pagamento dessa dívida seja igualitária ou pro-
porcional a sua participação no negócio que lhe deu nascimento.
b) Um menor de doze anos de idade pode ter capacidade de ser sujeito passivo de uma
obrigação tributária.
c) Tem capacidade tributária, mesmo sendo privado do poder de alienar seus bens, o
banqueiro que os tenha indisponíveis em razão de liquidação extrajudicial da insti-
tuição que dirija e de que era controlador.
d) As pessoas físicas têm por domicílio tributário aquele que tiverem elegido, mesmo
que sua residência habitual seja em lugar diverso.
e) Extinta a enfiteuse, remida pelo foreiro mediante aquisição do domínio direto, a res-
ponsabilidade pelos tributos incidentes sobre o imóvel será de quem lhe consolidou
o domínio.

8. Assinale a opção correta.


a) Responde funcionalmente pelo ato quem, detendo o poder de lançar imposto, exige
mais do que a lei permite, a pretexto de que o contribuinte não se opôs.
b) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em
moeda estrangeira, far-se-á no lançamento sua conversão em moeda nacional ao
câmbio do dia do pagamento.
c) O lançamento efetuado pela fiscalização reporta-se à data da autuação e rege-se pela
legislação nesta data vigente.
d) O lançamento por homologação ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de privativamente constituir o crédito tributário, independen-
temente de atuação da autoridade administrativa.
e) Em homenagem ao princípio da legalidade, o crédito não integralmente pago no ven-
cimento só é acrescido de juros de mora se a lei específica do imposto a previr.

9. Assinale a opção correta.


a) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorpo-
ração de outra ou em outra é responsável por sucessão pelos tributos cujos fatos ge-
radores ocorrerem a partir da data do ato, e as pessoas jurídicas de direito privado
fusionadas, transformadas ou incorporadas, são responsáveis exclusivas pelos tribu-
tos devidos até essa data.
b) Na liquidação de uma sociedade em nome coletivo, há responsabilidade dos sócios-
gerentes pelas dívidas relativas a seus atos, mas esta é limitada à proporção de sua
participação no capital social.
c) A responsabilidade do agente, por infrações, depende da existência do elemento
subjetivo (dolo ou culpa), salvo disposição de lei em contrário.
d) Segundo decorre do Código Tributário Nacional (CTN), a lei não pode atribuir de
modo implícito a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, nem a
quem seja desvinculado do fato gerador da respectiva obrigação.
e) O disposto na Seção da Responsabilidade dos Sucessores, no CTN, restringe-se aos
créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data
dos atos nela referidos, não se aplicando aos constituídos posteriormente aos mes-
mos atos, ainda que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.

10. Quanto às garantias do crédito tributário, diz o Código Tributário Nacional, ou


dele decorre que:
a) elas são excludentes de outras que pudessem ser previstas em lei, ainda que em fun-
ção da natureza ou das características do tributo respectivo;
110 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

b) a atribuição de novas garantias somente se aplica para o futuro, exceto quando se


trate de atribuir responsabilidade tributária a terceiros;
c) entre elas se encontra a inoponibilidade, ao fisco, do argumento de que os bens gra-
vados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade estão a salvo de execução fiscal;
d) o terceiro não pode ser prejudicado se adquirir bens do sujeito passivo de obrigação
tributária, depois de este ter sido citado em execução fiscal, se tais bens não foram
atingidos por penhora;
e) os bens ou rendas absolutamente impenhoráveis também respondem pelo paga-
mento do crédito tributário, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusu-
la, ou do fato determinante da impenhorabilidade.

11. Alíquota da contribuição sobre lucro líquido, majorado por medida provisória
convertida em lei posteriormente, pode ser aplicada:
a) após decorridos noventa dias da publicação da lei;
b) a partir de 10 de janeiro do ano subseqüente ao da publicação da lei;
c) após decorridos noventa dias da publicação da medida provisória;
d) a partir de 10 de janeiro do ano subseqüente ao da publicação da medida provisória;
e) após decorridos noventa dias da sanção da lei.

12. Inexiste vedação constitucional à incidência do Imposto sobre Produtos Indus-


trializados nas operações relativas a:
a) derivados de petróleo;
b) cinescópios;
c) minerais do País;
d) combustíveis;
e) energia elétrica.

13. O esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra posterior confi-
gura a chamada interpretação:
a) ontológica;
b) científica;
c) integrada;
d) autêntica;
e) evolutiva.

Gabarito – Procurador da Fazenda Nacional – 1998


1. E – art. 145 da CF e arts. 6o, 7o e 119 do CTN
2. C – art. 149 da CF e art. 3o, do CTN
3. A – art. 145, III, da CF e arts. 5o e 16 do CTN
4. E – art. 146 da CF
5. D – art. 106, I e III, do CTN
6. B – art. 155, § 2o, IV e V, a
7. A – art. 124, parágrafo único, do CTN
8. A – art. 316, § 1o, do Código Penal
9. D – art. 128 do CTN
10. C – art. 184 do CTN
11. C – art. 195, § 6o, da CF
12. B – art. 155, § 3o, da CF
13. D – art. 106, I, do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 111

Série Provas e Concursos


12.18. Prova para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – 1998

1.
(i) Imposto de importação

(ii) Imposto sobre a transmissão causa mortis

(iii) Imposto sobre a transmissão de imóveis inter vivos


Os impostos acima competem, respectivamente:
a) à União, aos Municípios e aos Estados;
b) aos Municípios, aos Estados e à União;
c) aos Estados, à União e aos Municípios;
d) aos Estados, aos Municípios e à União;
e) à União, aos Estados e aos Municípios.

2. Segundo a Constituição da República, a competência da União para legislar so-


bre Direito Tributário é:
a) privativa, isto é, dessa competência estão privadas quaisquer outras pessoas polí-
ticas;
b) exclusiva quanto às normas gerais, não podendo os Estados ou os Municípios legislar
suplementarmente;
c) inexistente, quanto às normas gerais, tendo em vista a autonomia constitucional dos
Estados e Municípios;
d) concorrente com os Estados e o Distrito Federal;
e) supletiva da legislação dos Estados e Municípios.

3.
(i) Para conferir efetividade ao princípio da pessoalidade da tributação e à gra-
duação dos tributos, segundo a capacidade econômica do contribuinte, a
Constituição prevê, expressamente, a faculdade da administração tributária
de identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte?

(ii) São de competência do Distrito Federal os impostos estaduais?

(iii) Pode uma taxa de utilização de estradas ter por base de cálculo o valor de uma
propriedade rural?
Analisadas as três colocações, escolha a opção que contenha, na respectiva se-
qüência, as respostas corretas.
a) Sim, sim, não.
b) Sim, sim, sim.
c) Sim, não, sim.
d) Sim, não, não.
e) Não, sim, não.
112 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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4. Certo projeto de lei, criando uma taxa para remunerar o serviço de processamen-
to da declaração do imposto, tem por fato gerador o auferimento de renda supe-
rior a três mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma “contribuição de melhoria”,
que tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimentos industriais
situados em vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro artigo institui um
“imposto sobre grandes fortunas”, para o qual se prevê, como fato gerador, a
transmissão causa mortis de imóveis de valor superior a determinada quantia.
Chamado a opinar sobre esse projeto, estaria incorreta a seguinte asserção:
a) o fato gerador da contribuição de melhoria, no projeto, não guarda relação com a va-
lorização do imóvel;
b) taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a imposto e, no primeiro
caso, o fato gerador corresponde ao do imposto de renda;
c) há impropriedade na denominação dos tributos que se pretende criar;
d) o fato gerador do imposto criado corresponde ao de um imposto que não compete à
União;
e) o projeto de lei está escorreito, pois obedece aos princípios da legalidade e da ante-
rioridade tributárias.

5. De acordo com os princípios que emanam da Constituição da República e do


Código Tributário Nacional, em relação ao imposto de renda, retido na fonte,
dos servidores do Estado do Piauí, no que concerne aos vencimentos destes,
quem tem a competência para estabelecer-lhe a alíquota?
A quem pertence o produto da arrecadação desse Imposto retido pelo Estado
do Piauí?
Quem é o sujeito passivo da obrigação tributária principal?
Qual é o ente responsável pela fiscalização do contribuinte, relativamente à
declaração desses vencimentos?
Assinale a opção que contenha, na ordem devida, as respostas certas.
a) O Estado, o Estado, o servidor, o Estado.
b) A União, o Estado, o servidor, a União.
c) A União, a empresa fornecedora do serviço, o empregado desta, o Estado.
d) O Estado, a empresa fornecedora do serviço, o empregado desta, a União.
e) A empresa fornecedora do serviço, essa mesma empresa, o empregado dela, a União.

6. Escolha, das afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção
das normas gerais contidas no Código Tributário Nacional – CTN.
a) O CTN continua lei ordinária, mas com força de lei complementar.
b) O CTN continua com força de lei ordinária.
c) O CTN foi recebido como lei complementar, mas é revogável por lei ordinária.
d) Sua força de lei complementar se adstringe aos conflitos de competência tributária
entre a União e os Estados.
e) O CTN é lei complementar em sentido formal, mas lei ordinária em sentido material.

7. A multa por descumprimento de obrigação acessória relativa ao imposto de


renda:
a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigação tributária principal o des-
cumprimento de obrigação acessória;
b) tem a natureza de Imposto, porque sua natureza específica é dada pelo respectivo
fato gerador;
c) não tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigação tributária acessória;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 113

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d) não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato ilícito;
e) não tem natureza tributária porque a penalidade por descumprimento de obrigação
acessória é de caráter administrativo.

8. A Emenda Constitucional no 18, de 1965, aludia a leis complementares; porém,


somente a partir da Constituição de 1967, é que passou a existir a lei comple-
mentar em sentido formal, votada com quórum privilegiado. À vista disto, in-
dique, em relação ao Código Tributário Nacional (CTN, Lei no 5.172, de 1966),
qual conclusão e respectiva justificação são simultaneamente corretas.
a) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição
hoje em vigor, continuam em plena vigência, quando compatíveis com as normas
constitucionais atuais.
b) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição
hoje em vigor, foram revogadas pelo novo regime, eis que tal Código foi votado
como lei ordinária.
c) O CTN pode ser revogado por lei ordinária ou medida provisória, pois as leis ordiná-
rias em geral, como a Lei no 5.172, podem ser revogadas ou modificadas por outras
leis de igual hierarquia.
d) O CTN pode ser revogado por lei ordinária, mas não por medida provisória, porque a
estas é defeso tratar de tributos.
e) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição
hoje em vigor, continuam em plena vigência, porque não revogadas ou modificadas
por lei ordinária posterior.

9. Assinale a resposta que preencha corretamente as duas lacunas.


A majoração ___________ está sujeita ao princípio da anterioridade ___________ .
a) do imposto de transmissão de bens imóveis/da lei em relação à cobrança, mas a lei
pode ter sido publicada no mesmo exercício em que a cobrança se realiza.
b) do imposto de importação/anual, só podendo ser exigida se a lei majoradora estiver
em vigor antes do início do exercício da cobrança.
c) do imposto de renda/anual, sendo indispensável que a lei majoradora esteja em vi-
gor antes do início da cobrança, não bastando ter sido publicada anteriormente a
esse início.
d) do imposto de exportação/anual em relação à cobrança, devendo a lei ter sido publi-
cada antes do exercício em que a cobrança se realiza.
e) de contribuição para a previdência social/de noventa dias da publicação da lei majo-
radora, não podendo ser exigida antes desse nonagintídio.

10. Segundo se depreende do Código Tributário Nacional, um ato infralegal (um


decreto, por exemplo) pode estabelecer a(s):
a) extinção de um tributo;
b) definição do fato gerador de obrigação tributária acessória nos limites de lei;
c) hipóteses de anistia;
d) redução do Imposto Territorial Rural;
e) fixação da alíquota do imposto de renda.

11. Devido ao princípio da soberania nacional previsto já no primeiro artigo da Cons-


tituição, um tratado internacional não pode interferir em matéria tributária.
As resoluções do Senado Federal não interferem na legislação relativa a tribu-
tos propriamente federais.
114 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

Consoante o Código Tributário Nacional, analogia seria (ou é) técnica de inte-


gração, e não de interpretação da legislação tributária.
a) As três assertivas são verdadeiras.
b) É verdadeira a primeira assertiva, mas é falsa sua explicação; são falsas as demais.
c) É falsa a primeira assertiva; são verdadeiras as duas últimas.
d) Todas as três assertivas são falsas.
e) É verdadeira a primeira assertiva, falsa a segunda e verdadeira a terceira.

12.
(i) A obrigação tributária que tenha por objeto uma sanção de natureza pecuniá-
ria, por descumprimento de uma obrigação tributária acessória é também ela
acessória?
(ii) O decurso do prazo fixado em lei para as pessoas jurídicas apresentarem de-
claração de rendimentos constitui fato gerador de uma obrigação principal?
(iii) Tendo havido a aquisição de um bem no exterior, trazido para o País, mas que,
por não produzir o efeito desejado, acabou sendo devolvido, o imposto de im-
portação pago deve ser devolvido, por insubsistência de seu fato gerador?
Analisadas as três perguntas, escolha a opção que contenha, na respectiva se-
qüência, as respostas corretas.
a) Sim, não e sim.
b) Sim, sim e sim.
c) Não, não e sim.
d) Não, não e não.
e) Não, sim e sim.

13. – No caso de menor que possua bens próprios, respondem solidariamente com
este nos atos praticados por terceiros, os pais ou tutores respectivos.
Pela multa tributária resultante de atos praticados com excesso de poderes
pelo mandatário, em benefício do mandante, responde perante o fisco, pes-
soalmente, o procurador.
– Segundo o Código Tributário Nacional, a denúncia espontânea de infração,
acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, afasta a
responsabilidade pela multa.
Escolha a opção que considerar acertada.
a) As três assertivas são corretas.
b) As três são falsas.
c) São corretas as duas últimas, não a primeira.
d) São corretas as duas primeiras, não a última.
e) Está correta apenas uma das três assertivas.

14.
(1) Sub-roga-se no adquirente.
(2) Sub-roga-se no alienante.
(3) Responsabilidade pessoal.
(4) Responsabilidade solidária.
(5) Responsabilidade do mandante.
Observadas as expressões numeradas de (1) a (5), verifique qual a seqüência
de números referentes aos itens (i) a (iii).
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 115

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(i) Crédito referente a taxa de prestação de serviços, não quitada, relativa a imó-
vel transferido.
(ii) Responsabilidade dos pais por obrigação tributária principal de filho menor
por atos em que intervierem.
(iii) Responsabilidade tributária decorrente de ato do procurador, praticado extra
vires, isto é, além dos poderes que lhe foram conferidos.
a) (1), (4), (3).
b) (2), (3), (4).
c) (1), (2), (5).
d) (5), (4), (4).
e) (2), (3), (5).

15. Diz-se lançamento por homologação aquele que se efetua quando:


a) a lei determine que o lançamento seja efetivado e revisto pela autoridade administra-
tiva por iniciativa própria;
b) a legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa;
c) a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legisla-
ção tributária;
d) se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido em lei
como sendo de declaração obrigatória;
e) quando se comprove que terceiro, em benefício do contribuinte, agiu com simulação
ou dolo.

16. (1) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário.


(2) Modalidade de extinção do crédito tributário sem adimplemento.
(3) Perdão da infração.
Assinale a opção que corresponda, na seqüência respectiva, aos termos acima
referidos.
a) Moratória, imposição de penalidade, remissão.
b) Isenção, confusão, anistia.
c) Reclamação, prescrição, anistia.
d) Liminar em mandado de segurança, pagamento, redenção.
e) Pagamento no curso do processo, remição, homologação.

17. Suponha que você, como auditor fiscal, seja convidado a opinar sobre a defesa
apresentada por contribuintes, em três processos. Entre os argumentos de de-
fesa apresentados, encontram-se os seguintes:
(i) a exigência feita no auto de infração contra ele lavrado inclui tributo e multa de
150%. Ora, o tributo está absorvido na multa, pois do contrário estará pagan-
do 250% do valor do tributo omitido;
(ii) a multa é totalmente indevida porque o tributo que o fisco alega ter sido omiti-
do, na verdade foi integralmente pago pelo contribuinte, em dez prestações,
conforme comprova com o recibo de pagamento da 10 a parcela;
(iii) se a lei que exigiu juros equivalentes à TRD não pode ter efeito retroativo, não
podem ser exigidos juros de mora em percentual algum, no período anterior à
vigência dessa lei.
Indique que argumento(s) deve(m) ser acolhido(s), nos termos do Código Tri-
butário Nacional.
a) O segundo.
b) Todos.
c) Os dois primeiros.
d) Nenhum.
e) Os dois últimos.
116 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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18.
(i) A isenção e a anistia, segundo o Código Tributário Nacional, excluem o crédito
tributário.
(ii) Afora os casos legalmente excetuados, a anistia, quando se refere a infração
sujeita a multa, impede a constituição do crédito tributário relativo à penalida-
de pecuniária.
(iii) A isenção pessoal, salvo disposição legal em contrário, não pode referir-se a
tributo criado posteriormente à sua concessão.
Assinale a opção correta.
a) Está correta apenas uma das três assertivas.
b) As três são falsas.
c) São corretas as duas primeiras, não a última.
d) São corretas as duas últimas, não a primeira.
e) As três assertivas são corretas.

19. Observe as seguintes proposições e verifique se cada uma delas é verdadeira


(V) ou falsa (F). Em seguida, assinale a opção que ofereça a seqüência correta.
(i) Os créditos tributários devem ser pagos antes do referente a obrigações traba-
lhistas, rateando-se entre os trabalhadores o resíduo, se o patrimônio do deve-
dor for insuficiente para o pagamento integral do direito destes.
(ii) Contestado o crédito tributário, o litígio processar-se-á à parte, prosseguindo
normalmente o processo de falência; porém reservam-se neste bens suficien-
tes para o total pagamento do crédito tributário e os acréscimos legais, se a
massa falida não puder garantir o crédito tributário na forma diferente.
(iii) Segundo decorre a contrario sensu de letra do Código Tributário Nacional, iso-
ladamente considerada, pode ser admitida proposta, em concorrência pública
junto ao Estado, de quem deva tributos somente à União.
a) V, V, V.
b) F, V, V.
c) F, F, F.
d) V. F, F.
e) F, F, V.

20. A legislação tributária que regular, em caráter geral, ou especificamente em


função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação apli-
ca-se apenas:
a) às pessoas naturais residentes e domiciliadas no País, que sejam ou devam ser inscri-
tas no cadastro de pessoas físicas;
b) às pessoas jurídicas, que sejam contribuintes do tributo a que se refira, inscritas ou
não no cadastro próprio;
c) às pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto as que gozem de imunidade tribu-
tária ou de isenção de caráter pessoal;
d) às pessoas em geral, contribuintes ou não, inclusive as imunes e às que gozem de
isenção de caráter pessoal;
e) às pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto as que gozem de imunidade tribu-
tária.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 117

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Gabarito – AFTN – 1998
1. E – arts. 153, I; 155, I, e 156, II, da CF
2. D – art. 24 da CF
3. E – art. 145, §§ 1o e 2o, da CF (lembrar que a autorização é apenas para impostos, e
não tributos em geral) e art. 155, caput, da CF
4. E – arts. 4o, 77, parágrafo único; 81 e 82 do CTN e arts. 145, § 2o, e 155, I, da CF
5. B – art. 6o e 121, I, do CTN e art. 157, I, da CF
6. A – teoria da recepção
7. D – art. 3o do CTN
8. A – teoria da recepção
9. E – art. 195, § 6o, da CF
10. B – art. 115 do CTN
11. C – arts. 98 e 108 do CTN, e art. 153 e §§ da CF
12. D – arts. 113, §§ 1o e 2o, e 118 do CTN
13. C – arts. 134, caput; 135, I, e 138 do CTN
14. A – arts. 130; 134, I, e 135 do CTN
15. B – art. 150 do CTN
16. C – arts. 151, 174 e 180 a 182 do CTN
17. D – arts. 157, 158 e 161, § 1o, do CTN
18. E – arts. 175, I e II; 177 e 180 a 182 do CTN
19. B – arts. 184, 186, 187 e 193 do CTN
20. D – art. 194, parágrafo único, do CTN
118 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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12.19. Fiscal de Rendas – Prefeitura Municipal de Diadema – SP – 1999

1. A natureza jurídica dos vários tributos decorre:


a) da natureza do negócio jurídico tributado;
b) da denominação legal;
c) das características formais indicadas na lei;
d) do fato gerador da obrigação tributária;
e) da titularidade da competência para instituir o tributo.

2. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que contemple, tão-somente, li-


mitações constitucionais ao poder de tributar.
a) Isenção, imunidade e o princípio da anualidade.
b) Imunidade e os princípios da anualidade e legalidade dos tributos.
c) Anistia, remissão e imunidade.
d) Não-Incidência qualificada simples e isenção.
e) Remissão, imunidade e isenção.

3. Quanto à vigência de decisões proferidas por órgãos administrativos colegia-


dos, assinale a alternativa correta.
a) nada dispondo em contrário à legislação da respectiva esfera administrativa, quaren-
ta e cinco dias após a sua publicação.
b) em qualquer hipótese, nos termos da lei de introdução ao Código Civil, quarenta e
cinco dias após a sua publicação.
c) em qualquer hipótese, nos termos do CTN, na data de sua publicação.
d) em qualquer hipótese, nos termos do CTN, trinta dias após a sua publicação.
e) nos termos do CTN, salvo disposição em contrário da legislação específica, trinta
dias após a sua publicação.

4. Nos termos do CTN, considera-se constituído o crédito tributário:


a) com a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária;
b) com a notificação, por escrito ao contribuinte, da ocorrência do fato gerador;
c) com o lançamento do crédito efetuado pela autoridade administrativa;
d) independentemente de homologação com o lançamento do crédito efetuado pelo
contribuinte;
e) com o recolhimento antecipado do tributo.

5. Leia com atenção.


I. Uma lei municipal X autorizou o Poder Executivo a dispensar multas relati-
vas a créditos tributários apurados até 31 de dezembro do 1998, até o valor
de R$100.000,00.
II. Uma certa lei municipal isentou do imposto sobre transmissão de bens imó-
veis e direito a eles relativos as aquisições de terrenos destinados a cons-
trução de casas populares.
III. Em decorrência de enchentes ocorridas em um determinado Estado, a União
prorrogou por noventa dias o prazo do recolhimento do IPI.
Considerando os casos acima descritos, assinale a alternativa correta.
a) Os itens I e III contemplam hipóteses de suspensão do crédito tributário e o item II de
exclusão do crédito.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 119

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b) Os itens I e II contemplam hipóteses de extinção do crédito tributário e o item III de
suspensão do crédito.
c) Enquanto o item III contempla hipóteses de suspensão do crédito tributário, os itens I
e II configuram exclusão do mesmo crédito.
d) Todos as três itens configuram hipóteses de exclusão do crédito tributário.
e) Os três itens contemplam hipóteses de extinção do crédito tributário.

6. Considerando a competência atribuída pela Constituição aos Municípios para


instituírem impostos sobre serviços de qualquer natureza – ISS, assinale a al-
ternativa correta.
a) apenas os Municípios podem instituir imposto sobre serviços prestados por particu-
lares;
b) os Municípios, observado o princípio da legalidade dos tributos, poderão instituir o
ISS apenas com relação a serviços não compreendidos na competência tributária da
União ou dos Estados;
c) quanto à competência municipal para instituição do ISS, apenas o serviço de trans-
porte intermunicipal de passageiros fica excluído;
d) quanto à competência municipal para instituição do ISS, apenas os serviços intermu-
nicipais de transporte de passageiros e comunicação ficam excluídos;
e) quanto à competência dos Municípios para a instituição do ISS, apenas os serviços in-
termunicipais de comunicação ficam excluídos.

7. Quanto à cobrança judicial do crédito tributário, assinale a alternativa correta.


a) A cobrança judicial do crédito tributário não está, em hipótese alguma, sujeita a con-
curso de preferência.
b) Independentemente de qualquer exceção, o crédito tributário de qualquer esfera do
governo prefere a qualquer outro.
c) A cobrança judicial do crédito tributário, só não está sujeita a concurso de credores,
está a habilitação em falência.
d) Na cobrança judicial o crédito tributário estará sujeito ao concurso de preferências,
apenas, entre as pessoas jurídicas de direito público.
e) Serão sempre pagos preferencialmente os créditos tributários habilitados em inven-
tário aqueles que não o estejam.

8. As decisões finais proferidas por órgãos administrativos encarregados da


composição de pendências em matéria tributária...
Assinale a alternativa correta.
a) Como decorrência do princípio da inafastabilidade do controle judicial, não são defi-
nitivas para os sujeitos passivos, cabendo revisão pelo judiciário por iniciativa des-
tes.
b) São definitivas, apenas, para os contribuintes, cabendo o controle judicial relativa-
mente ao sujeito ativo da obrigação.
c) O órgão julgador administrativo funciona como primeira instância do judicial, não
sendo definitivas para os sujeitos passivos a sua decisão.
d) São definitivas para os sujeitos passivos das obrigações tributárias, não comportan-
do, em hipótese alguma, qualquer controle judicial.
e) Somente são passíveis de revisão judicial quando favoráveis ao contribuinte.
120 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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9. No interior de um certo Estado, na área urbana de seu Município, são encontra-


dos imóveis com edificações, alguns destinados à residência dos respectivos
proprietários, e outros ao cultivo de produtos hortigrangeiros.
Quanto à tributação de tais imóveis, assinale a alternativa correta.
a) sobre os imóveis residenciais incide imposto predial, e sobre aqueles destinados ao
cultivo de produtos hortigranjeiros, o imposto territorial rural;
b) em ambas as hipóteses incide o imposto predial, de competência do Município;
c) sobre os imóveis residenciais incide o imposto predial urbano, e sobre aqueles desti-
nados ao cultivo de produtos hortigranjeiros o imposto predial urbano e o territorial
rural;
d) em ambas as hipóteses, por se tratar de imóveis situados no interior do Estado, inci-
de o imposto territorial rural, de competência da União;
e) em ambas as hipóteses ocorre a incidência do imposto predial e do territorial rural,
reduzidas as alíquotas correspondentes em 50%.

10. Quanto à competência tributária, assinale a alternativa correta.


a) É o poder de cobrar imposto.
b) É o direito de impor multas.
c) De acordo com a Constituição, é o poder de instituir tributos.
d) É a faculdade que tem o Estado de apreender mercadorias.
e) Nenhuma das respostas.

11. Alberto vendeu a Francisco um terreno de sua propriedade, constando como


cláusula contratual a obrigação de Francisco, no prazo do dez anos, edificar,
no referido terreno, um orfanato. Em caso de inadimplemento da condição, o
bem voltaria ao patrimônio do Alberto. Considerando a transmissão da proprie-
dade de bens imóveis como fato gerador do imposto municipal de transmis-
são, no caso descrito, a obrigação se constitui:
a) com o implemento da condição contratual, que é de caráter suspensivo;
b) com o lançamento do crédito tributário pela autoridade administrativa;
c) quando o bem retornar ao patrimônio do Alberto pelo inadimplemento da condição
resolutiva;
d) no décimo ano após a celebração do contrato com a consolidação do direito de pro-
priedade de Francisco sobre o imóvel;
e) com a celebração do contrato e conseqüente transmissão da propriedade de Alberto
para Francisco, porque a condição constante do contrato é resolutiva.

12. Uma lei instituída por um Município, relativamente ao sujeito passivo da obri-
gação tributária da incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial e Terri-
torial Urbana, determina: o imposto é devido, solidariamente, pelo possuidor
direto do imóvel ou pelo indireto a critério do órgão competente. Assinale a al-
ternativa correta na hipótese de imóvel gravado como usufruto.
a) É direito do usufrutuário (possuidor direto) só ser acionado uma vez esgotados to-
dos os meios administrativos de cobrança contra o nu-proprietário (possuidor indi-
reto).
b) A solidariedade, no caso, não comporta benefício de ordem. Logo, nenhum dos deve-
dores solidários poderá exigir que o sujeito ativo cobre, inicialmente, o tributo deste
ou daquele devedor.
c) Dado o benefício de ordem consagrado pelo CTN, inicialmente, o sujeito ativo deverá
cobrar o tributo do usufrutuário que detém a posse direta do imóvel.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 121

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d) O sujeito ativo só poderá cobrar do usufrutuário 50% do imposto devido, uma vez
que ele detém, tão-somente, o direito de posse sobre o imóvel.
e) A responsabilidade do nu-proprietário (possuidor direto), apesar de ser solidária é
subsidiária.

13. Leia com atenção.


I. A Constituição Federal, no inciso VI, letra a, do seu art. 150, determina: “Art
150. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos
outros.”
II. A lei estadual X determina, no seu art. 1o: “Fica o Poder Executivo autoriza-
do a dispensar a multa relativa a créditos tributários apurados até 31 de de-
zembro de 1997, de valor igual ou inferior a R$10.000,00.”
III. Relativamente ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana,
a lei de certo Município determina: “Art. 2o. São isentos do imposto os imó-
veis situados em vilas populares constituídas por companhias de habita-
ção popular, através de financiamento pelo SFH e durante o prazo de amor-
tização das parcelas.”
Assinale a alternativa correta.
a) Os itens I e III contemplam hipóteses de não-incidência, enquanto o item II hipóteses
de extinção do crédito tributário.
b) Enquanto o item I contempla hipótese de imunidade, os itens II e III contemplam hipó-
teses de exclusão do crédito tributário.
c) Enquanto os itens II e III contemplam hipóteses de não-incidência legal, o item I con-
templa hipótese de isenção constitucional.
d) Os três itens contemplam hipóteses de extinção do crédito tributário.
e) Os três itens contemplam hipóteses de suspensão do crédito tributário.

14. Dentre as alternativas abaixo, indique aquela que enumere, tão-somente, hipó-
teses de incidência de impostos municipais.
a) Prestação de serviço intermunicipal de comunicações e sobre a propriedade territo-
rial rural.
b) Sobre a propriedade territorial rural e urbana.
c) Prestação de serviços de transporte intermunicipal, e de serviços médicos e veterinários.
d) Prestação de serviços hospitalares e sobre a transmissão de propriedade de bens
imóveis causa mortis.
e) Prestação de serviço de transporte interestadual de cargas.

15. Para enfrentar as despesas extraordinárias provocadas pelas chuvas, o Prefei-


to do Município de Diadema instituiu empréstimo compulsório a ser cobrado
dos seus munícipes. Essa medida é:
a) certa, porque dito empréstimo é cobrável em razão de calamidade pública;
b) errada, pois só a Câmara Municipal pode criar tributo;
c) certa, porque não sendo o empréstimo compulsório um tributo, pode ser criado pelo
Poder Executivo;
d) errada, porque só a União pode instituir empréstimo compulsório;
e) nenhuma das alternativas anteriores.

16. Suponhamos que o Município de Diadema, no Estado de São Paulo, não insti-
tuiu o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS, de sua competência.
Nesse caso:
122 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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a) o Estado de São Paulo poderia instituir o ISS, já que o Município de Diadema não exer-
ceu a competência tributária para instituí-lo;
b) o Estado de São Paulo não poderia instituir o ISS, pois o não-exercício da competência
não autoriza outro ente público a exercê-la;
c) o Município de Diadema não poderia se omitir de instituir o tributo que lhe foi consti-
tucionalmente deferido;
d) o ISS é imposto de competência comum, logo pode ser instituído, indistintamente,
pela União, pelos Estados ou Municípios;
e) nenhuma das alternativas está correta.

17. Assinale abaixo a alternativa correta.


I. A autorização para que a loja coloque luminoso na porta externa, concedida
pela fiscalização municipal, pode ensejar a cobrança, pelo Município, de
uma taxa fundada no seu poder de polícia.
II. A União, por meio de lei complementar e atendendo a relevante interesse
social, poderá conceder isenção de taxas estaduais.
III. Criança de doze anos não pode ser sujeito passivo do imposto sobre renda
e proventos de qualquer natureza.
IV. Tributo exigido em virtude de serviços públicos postos à disposição do
contribuinte, mas não utilizados por ele, é uma taxa de serviço.
a) Só as proposições I, II e IV são verdadeiras.
b) Só as proposições I e III são verdadeiras.
c) Só as proposições I e IV são verdadeiras.
d) Só a proposição IV é verdadeira.
e) Nenhuma das alternativas é verdadeira.

18. As alíquotas do ISS serão determinadas:


a) pelo Poder Legislativo dos Municípios e Estados;
b) pelos Prefeitos dos Municípios;
c) por lei municipal, ate o máximo estabelecido em lei complementar;
d) pela Câmara dos Vereadores de cada Município, por proposta do Prefeito, até o valor
que se queira;
e) por ato do Senado Federal.

19. O Estado de São Paulo cobrou uma taxa a ser paga por todos os usuários de
serviços de esgoto recém-implantados. A Prefeitura de Diadema, apesar de
usuária destes serviços, recusa-se a pagar. A atitude da Prefeitura:
a) é inconstitucional, pois a imunidade recíproca não abrange estes casos;
b) tem respaldo na Constituição, vez que a imunidade recíproca não atinge a vedação
de tributação entre Estados e seus Municípios;
c) é constitucional, pois as imunidades tributárias só se referem aos impostos;
d) é perfeitamente legal, pois o serviço prestado a uma Prefeitura não pode ser objeto
de nenhuma tributação;
e) é legal, vez que as pessoas jurídicas de Direito Público não podem ser tributadas.

20. A imunidade e a isenção resultam no não-pagamento de um tributo porque:


a) ambas limitam a competência tributária;
b) ambas excluem o crédito tributário;
c) a imunidade limita a competência tributária, e a isenção exclui o crédito tributário;
d) a imunidade exclui o crédito tributário, e a isenção exclui o crédito tributário;
e) ambas excluem o crédito tributário.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 123

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21. São fontes formais principais do Direito Tributário:
a) leis ordinárias, Constituição, decretos e fato gerador;
b) leis ordinárias, decretos-leis, decretos e portarias;
c) leis ordinárias, leis complementares, decretos e tratados internacionais;
d) leis complementares, decretos-leis, regulamentos e lançamento;
e) leis delegadas, jurisprudência, convenções e resoluções.

22. Imunidade é a situação em que:


a) o tributo não pode ser exigido, porque a disposição inconstitucional suprimiu a pró-
pria competência impositiva, sob forma de vedação ou limitação ao poder de tributar;
b) o tributo é devido por ter ocorrido o fato gerador, caindo sobre ele a norma tributária;
c) o pagamento do tributo é dispensado por não ter ocorrido o fato gerador;
d) parte do pagamento do tributo é dispensada por ter ocorrido o fato gerador;
e) o tributo não pode ser exigido, porque a disposição constitucional suprimiu a própria
competência impositiva, sob forma de vedação ou limitação ao poder de tributar.

23. O IPTU tem como fato gerador:


a) obra pública que beneficie imóvel do contribuinte;
b) a prestação de serviços relacionados com imóvel do contribuinte;
c) atividade estatal específica referente a imóvel de propriedade do contribuinte;
d) a disponibilidade de serviços relacionados com imóvel do contribuinte;
e) a posse do bem imóvel localizado na zona urbana do Município.

24. Outros impostos que não sejam cumulativos e não tenham base de cálculo e
fato gerador idênticos aos da Constituição Federal:
a) podem ser instituídos pelos Estados;
b) podem ser instituídos pela União;
c) não podem ser instituídos pela União;
d) não podem ser instituídos pela União ou Estados;
e) podem ser instituídos por qualquer Poder Público.

25. O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, é:
a) o imposto;
b) a taxa;
c) as tarifas;
d) a contribuição de melhoria;
e) o empréstimo compulsório.

26. A obrigação acessória:


a) jamais se converte em obrigação principal;
b) apenas por sua inobservância, converte-se em principal para todos os efeitos;
c) pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal, relativa-
mente ao pagamento do imposto;
d) pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal, relativa-
mente à penalidade pecuniária;
e) se converte em principal, pela sua observância.
124 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

27. A pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir cumpri-
mento da obrigação é o:
a) sujeito passivo da obrigação principal;
b) sujeito passivo da obrigação acessória;
c) sujeito ativo da obrigação;
d) contribuinte ou responsável;
e) sujeito responsável.

28. A capacidade tributária:


a) depende da capacidade civil das pessoas naturais;
b) depende de estar a pessoa jurídica regularmente constituída;
c) depende, em certos casos, da capacidade civil das pessoas naturais;
d) independe da capacidade civil das pessoas naturais;
e) depende da regularização das pessoas jurídicas.

29. Para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes, as convenções particulares relativas à responsabilidades
pelo pagamento de tributos:
a) não podem, salvo disposições de lei em contrário, ser opostas à Fazenda Pública;
b) podem sempre ser opostas à Fazenda Pública;
c) nunca podem ser opostas à Fazenda Pública;
d) podem, a critério da autoridade fazendária, ser opostas à Fazenda Pública;
e) podem ser opostas à Fazenda Pública em casos especiais definidos em decretos.

30. A responsabilidade por infrações da legislação tributária:


a) depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e exten-
são dos efeitos do ato;
b) independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e ex-
tensão dos efeitos do ato, salvo lei em contrário;
c) independe da intenção do agente ou do responsável, mas depende da efetividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato;
d) depende da intenção do agente ou responsável mas independe da efetividade, natu-
reza e extensão dos efeitos do ato;
e) independe sempre da intenção do agente ou responsável.

31. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a le-


gislação tributária utilizará sucessivamente:
a) a analogia, os princípios gerais do Direito Tributário, de Direito Público e a eqüidade;
b) a analogia e os costumes;
c) a analogia, os princípios gerais do Direto Público e a eqüidade;
d) a eqüidade, a analogia e os princípios;
e) a eqüidade, os princípios gerais do Direito Tributário, de Direito Público e a analogia.

32. Segundo o CTN, o contribuinte e o responsável são, respectivamente:


a) o titular da competência para efetuar o pagamento do tributo, inclusive penalidades
pecuniárias;
b) o sujeito passivo que tem relação pessoal e direta com o fato gerador e o sujeito pas-
sivo que, sem se revestir na condição de contribuinte, tenha obrigação decorrente de
disposição expressa em lei;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 125

Série Provas e Concursos


c) as pessoas ligadas ao fato gerador;
d) o sujeito passivo indireto e o sujeito passivo direto;
e) a mesma coisa.

33. As isenções tributárias são instituídas por:


a) decretos e regulamentos;
b) portaria ministerial;
c) normas complementares;
d) leis ordinárias;
e) práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas.

34. Assinale a alternativa correta. Na repartição das receitas tributárias:


a) a União recebe por transferência, parte da arrecadação dos Estados, e os Estados por
sua vez, parte da arrecadação dos Municípios;
b) a União recebe transferência dos Estados e os Municípios, transferência da União;
c) a União recebe parte da arrecadação dos Estados e dos Municípios, acrescenta-lhe
uma parcela do resultante da arrecadação dos tributos de sua competência e procede
à distribuição;
d) os Estados recebem transferência da União, os Municípios, transferências da União e
dos Estados;
e) são totalmente vedadas pela Constituição: cada entidade tem os seus tributos e a ar-
recadação respectiva.

35. O Município mantém serviço regular de coleta de lixo domiciliar exigindo das
pessoas lá domiciliadas, por esse serviço:
a) taxa ou imposto, conforme o caso;
b) contribuição de melhoria, uma vez que irá valorizar os imóveis;
c) impostos sobre serviços de qualquer natureza;
d) taxa de serviço;
e) imposto predial e territorial urbano.

36. A homologação do lançamento e a conseqüente extinção do crédito tributário


dar-se-ão após cinco anos se:
a) a lei não fixar prazo para a homologação;
b) não tiver havido dolo, fraude ou simulação;
c) a autoridade administrativa declará-la expressamente após fiscalização.
d) as alternativas “a” e“b” são corretas;
e) mesmo se a lei fixar prazo inferior a cinco anos para homologação.

37. Assinale a alternativa errada.


a) A Constituição não cria tributos, limitando-se a estipular a competência para insti-
tuí-los.
b) Por ser de competência tributária comum, as taxas podem ser cobradas pela União,
pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
c) Tendo em vista o fato gerador da contribuição de melhoria, ela pode ser cobrada
cumulativamente pela União, pelos Estados, DF e Municípios.
d) É defeso à União instituir imposto sobre os serviços de transportes e comunicações
por ser privativo dos Municípios o imposto sobre serviços de qualquer natureza.
e) O IPI é um imposto da União.
126 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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38. Assinale a alternativa correta, de acordo com o Código Tributário Nacional.


a) É contribuinte a fonte pagadora de rendimento tributável, que, por força de lei, rete-
nha e recolha o imposto retido.
b) À pessoa obrigada às prestações que constituam o objeto da obrigação tributária
acessória, por expressa disposição legal, dá-se o nome de responsável.
c) Salvo disposição de lei em contrário, nenhuma convenção entre particulares pode ser
oposta ao Fisco com o objetivo de alterar a definição legal do sujeito passivo.
d) É contribuinte o sujeito passivo cuja obrigação decorre de disposição expressa de lei,
independentemente de manter relação pessoal e direta com a situação que constitua
o respectivo fato gerador da obrigação tributária.
e) N. d. a.

39. Somente em uma das hipóteses abaixo a União pode instituir empréstimos
compulsórios, assinale-a.
a) Situação econômica de extrema gravidade.
b) Iminência de revolução interna, com graves conseqüências nas finanças do País.
c) Situação financeira difícil.
d) Conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
e) Para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública.

40. A expressão Legislação Tributária compreende:


a) as leis, os tratados e as convenções internacionais que versem, no todo ou em parte,
sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes, apenas;
b) somente as leis, os tratados e os decretos que versem, no todo ou em parte sobre tri-
butos e relações jurídicas a eles pertinentes;
c) as leis, os tratados e as convenções internacionais, ou os decretos e as normas com-
plementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a
eles pertinentes;
d) as Convenções Interestaduais;
e) as Convenções Intermunicipais.

41. A lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito:


a) em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação
de penalidades à infração dos dispositivos interpretados;
b) em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, incluída a aplicação de
penalidades à infração dos dispositivos interpretados;
c) em qualquer caso, desde que seja interpretativa;
d) quando o fato gerador for futuro;
e) quando o fato gerador for pendente.

42. É uma modalidade de suspensão do crédito tributário:


a) a transação;
b) o pagamento;
c) as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo adminis-
trativo tributário;
d) a compensação;
e) a decadência.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 127

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43. Interrompe-se a prescrição da ação para cobrança do crédito tributário:
a) a partir da data da decisão administrativa definitiva;
b) após a decisão judicial definitivamente transitada em julgado;
c) a partir da data da decisão administrativa definitiva, desde que de segunda instân-
cia;
d) por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimen-
to do débito pelo devedor;
e) pela homologação do lançamento regularmente efetuado.

44. É uma modalidade de exclusão do crédito tributário:


a) compensação;
b) isenção;
c) prescrição e a decadência;
d) depósito do seu montante integral;
e) conversão do depósito em renda.

45. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar im-
postos sobre:
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) o patrimônio, a renda ou serviços de partidos políticos e de instituições de educação
ou de assistência social;
d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros;
e) todas as alternativas anteriores.

46. Não haverá incidência de imposto de transmissão de bens imóveis quando:


a) efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
capital nela subscrito;
b) decorrente da incorporação de uma pessoa jurídica por outra ou com outra;
c) decorrente de fusão de pessoa jurídica;
d) decorrente de cisão de pessoa jurídica;
e) todas as alternativas estão corretas.

47. A Câmara de Vereadores de um Município determinou que, a partir do exercício


financeiro de 1999, a sede do Sindicato dos Empregados no Comércio, localiza-
da em zona urbana daquele Município, deveria recolher IPTU. Esta lei é:
a) inconstitucional, pois é vedado instituírem impostos sobre o patrimônio dos sindica-
tos dos trabalhadores;
b) perfeitamente constitucional pois obedece ao princípio da legalidade;
c) inconstitucional, pois fere o princípio da capacidade contributiva;
d) inconstitucional, pois é vedado instituírem impostos sobre a renda de sindicatos pa-
tronais;
e) ilegal, pois ele fere a Constituição Federal.

48. Um contribuinte do ISS, por equívoco, calculou o imposto a menor e o recolheu.


Passados cinco anos sem que a Secretaria de Finanças tenha se manifestado
sobre tal procedimento, podemos afirmar que:
a) o contribuinte pode ser acionado para pagar a diferença, pois sem a aprovação ex-
pressa da Secretaria de Finanças, não há lançamento;
128 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

b) o contribuinte pode ser acionado, pois o crédito tributário é imprescritível;


c) o contribuinte não pode ser acionado, pois ocorreu homologação tácita e o crédito
tributário está extinto, não havendo dolo, fraude ou simulação;
d) o contribuinte não pode ser acionado, pois agiu de boa-fé;
e) nenhuma das alternativas.

49. Quanto à decadência, podemos afirmar que:


a) é a morte do direito de constituir o crédito tributário;
b) é, segundo o CTN, uma forma de extinção do crédito tributário;
c) o prazo em que se opera é de cinco anos, sem interrupção;
d) as alternativas anteriores estão corretas;
e) nenhuma das alternativas acima.

50. Em relação à prescrição do crédito tributário, temos:


a) é a perda do direito de acionar o devedor;
b) é uma forma de extinção do crédito tributário, segundo o CTN;
c) o prazo em que se opera é de cinco anos;
d) o dito prazo se interrompe;
e) todas as respostas estão corretas.

Gabarito – Fiscal de Rendas – Prefeitura Municipal de


Diadema – SP – 1999
1. D – art. 4o do CTN
2. B – arts. 151 e 152 da CF
3. E – art. 103, II, do CTN
4. C – art. 142 do CTN
5. C – arts. 151 e 175 do CTN
6. B – art. 156, III, da CF
7. D – art. 187, parágrafo único, do CTN
8. A – art. 5o, LV, da CF
9. B – art. 32 do CTN
10. C – art. 145 da CF
11. E – art. 117, II, do CTN
12. B – art. 124, parágrafo único, do CTN
13. B – art. 150, VI, a, da CF, e art. 175 do CTN
14. anulada por não haver nenhuma opção correta
15. D – art. 148 da CF
16. B – art. 8o do CTN
17. C – arts. 77, 126 da CTN e art. 151, III, da CF
18. C – art. 156, § 3o, I, da CF
19. A – art. 150, VI, a, da CF
20. C – art. 175 do CTN
21. C – art. 96 do CTN
22. E – imunidade é vedação constitucional
23. E – art. 34 do CTN
24. B – art. 154, I, da CF
25. A – art. 16 da CTN
26. D – art. 113, § 3o, do CTN
27. C – art. 119 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 129

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28. D – art. 126, I, do CTN
29. A – art. 123 do CTN
30. B – art. 136 do CTN
31. A – art. 108 do CTN
32. B – art. 121, parágrafo único, do CTN
33. D – art. 176 do CTN
34. D – arts. 157 a 159 da CF
35. D – art. 77 do CTN
36. D – art. 150, § 4o, do CTN
37. D – art. 154, II, da CF
38. C – art. 123 do CTN
39. E – art. 148, I, da CF
40. C – art. 96 do CTN
41. A – art. 106, I, do CTN
42. C – art. 151, III, do CTN
43. D – art. 174, parágrafo único, IV, do CTN
44. B – art. 175, I, do CTN
45. E – art. 150, VI, da CF
46. E – art. 156, § 2o, I, da CF
47. A – art. 150, VI, c, da CF
48. C - art. 150, §4o, do CTN
49. D – art. 173 do CTN (lembrar que vários autores consideram que o art. 173, II e pará-
grafo único, do CTN são hipóteses de interrupção de decadência, o que inviabilizaria
a questão)
50. E – art. 174, parágrafo único, do CTN
130 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

12.20. Prefeitura Municipal de Itaboraí – Fiscal de Tributos –


1a Fase – 2000
1. Quanto à obrigação tributária, não podemos afirmar estar correta a seguinte
opção:
a) a obrigação tributária surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto ape-
nas o pagamento do tributo e extingue-se juntamente com o crédito dela decor-
rente;
b) a obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto prestações,
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização
de tributos;
c) a obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obri-
gação principal relativamente à penalidade pecuniária;
d) fato gerador da obrigação tributária principal e a situação definida em lei como ne-
cessária e suficiente à sua ocorrência.

2. No que diz respeito à obrigação tributária e seu respectivo fato gerador, é ver-
dadeiro afirmar que:
a) a obrigação tributária principal decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos;
b) a definição legal do fato gerador é interpretada levando-se sempre em consideração
a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsá-
veis, ou terceiros;
c) a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se dos efeitos dos fatos
efetivamente ocorridos;
d) sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito privado titular da
competência para exigir o seu cumprimento.

3. Escolha a opção que não retrate com exatidão o sujeito passivo da obrigação
tributária.
a) Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que consti-
tuam seu objeto.
b) Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo
ou penalidade pecuniária.
c) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte, quando tenha relação
pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
d) O responsável tributário não é sujeito passivo da obrigação principal.

4. Todas as afirmativas abaixo são verdadeiras, exceto:


a) a definição legal do fato gerador é interpretada, abstraindo-se da validade jurídica
dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis ou terceiros,
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
b) não são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situa-
ção que constitua o fato gerador da obrigação principal;
c) são solidariamente obrigadas as pessoas expressamente designadas por lei;
d) a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 131

Série Provas e Concursos


5. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário,
na forma da legislação aplicável, não se considera como tal:
a) quanto às pessoas naturais, o local onde a mesma nasceu;
b) quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua
sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada esta-
belecimento;
c) quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no terri-
tório da entidade tributante;
d) quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou des-
conhecida, o centro habitual de sua atividade.

6. Com relação ao crédito tributário, podemos concluir que:


a) o crédito tributário não decorre da obrigação principal e, tampouco, tem a mesma
natureza desta;
b) as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos,
ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade
afetam a obrigação tributária que lhe deu origem;
c) o crédito tributário regulamente constituído somente se modifica ou extingue, ou
tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos no Código Tributá-
rio Nacional, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilida-
de funcional na forma da lei;
d) a atividade administrativa de lançamento é discricionária e facultativa, atuando o fis-
cal de tributos apenas quando entender conveniente e oportuno.

7. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só não pode ser alte-


rado em virtude de:
a) impugnação do sujeito passivo;
b) recurso de ofício;
c) iniciativa da autoridade administrativa, nos casos previstos no Código Tributário Na-
cional;
d) iniciativa de ofício da autoridade judiciária.

8. Quanto ao lançamento do crédito tributário efetivado pelo fiscal de tributos, é


certo afirmar que:
a) a revisão do lançamento pode ser iniciada após extinto o direito da Fazenda Pública
na constituição do crédito tributário;
b) o lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro,
quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade adminis-
trativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação;
c) os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofí-
cio pela autoridade legislativa competente;
d) o pagamento antecipado de tributo pelo contribuinte extingue o crédito tributário,
sob condição suspensiva da ulterior homologação do pagamento.

9. Com relação à autonomia financeira do Município, não é correto afirmar que:


a) da receita oriunda de impostos, compreendida a proveniente de transferências, os
municípios aplicarão anualmente, no mínimo, 25% na manutenção e desenvolvimen-
to do ensino;
132 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

b) no uso do poder de tributar e da faculdade de aplicar suas rendas, o Município não


encontra outras limitações além daquelas que emanam dos princípios tributários
adotados pelo nosso sistema constitucional, para todas as entidades estatais;
c) em face do sistema adotado pela Constituição da República, não é possível ao Esta-
do-membro interferir na autonomia financeira de seus Municípios;
d) o Município, como as outras entidades estatais, para realizar seus fins administrati-
vos, necessita de recursos financeiros oriundos da cobrança de tributos.

10. A receita pública e renda municipais são recursos financeiros que exteriorizam
a autonomia financeira dos Municípios. Identifique qual das alternativas abai-
xo transcritas não expressa com correção o significado dos citados recursos.
a) As rendas municipais constituem-se unicamente dos recursos financeiros obtidos
através do poder impositivo do Município (tributos) ou da utilização de seus bens e
serviços remunerados pelos usuários (preços).
b) A receita pública é o conjunto de recursos financeiros que entram para os cofres esta-
tais, provindos de quaisquer fontes, a fim de acorrer as despesas orçamentárias.
c) Na receita municipal, espécie do gênero receita pública, incluem-se as rendas munici-
pais e demais ingressos que o Município recebe em caráter permanente, como os
provenientes da participação em receitas de tributos federais e estaduais.
d) Pertence aos Municípios 50% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre
a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios.

Gabarito – Prefeitura Municipal de Itaboraí – Fiscal de Tributos –


1a FASE – 2000
1. A – art. 113, § 1o, do CTN
2. C – art. 118 do CTN
3. D – art. 121 do CTN
4. B – art. 124, I, do CTN
5. A – art. 127, §§ 1o e 2o, do CTN
6. C – art. 141 do CTN
7. D – art. 145 do CTN
8. B – art. 147 do CTN
9. B – art. 6o do CTN
10. D – art. 158, III, da CF
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 133

Série Provas e Concursos


12.21. Prefeitura Municipal de Itaboraí – Fiscal de Tributos –
2a Fase – 2000
1. Com relação às garantias e aos privilégios do crédito tributário, NÃO é correto
afirmar que:
a) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo de
sua constituição, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação trabalhista;
b) as garantias previstas no Código Tributário Nacional têm o condão de excluir outras
garantias que possam vir a surgir em função da natureza ou das características do tri-
buto a que se refiram;
c) o concurso de preferências somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito pú-
blico;
d) os bens hipotecados, penhorados ou de qualquer forma gravado por ônus real ou cláu-
sula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, respondem pelo crédito tributário.

2. Assinale a alternativa CORRETA.


a) Isenção é a parcela que a lei retira da hipótese de incidência da regra de tributação e
não-incidência é a exclusão da tributação decorrente da própria definição legal de hi-
pótese de incidência.
b) Imunidade é a situação em que a regra jurídica de tributação não incide porque não
se configuram os pressupostos de fato.
c) A anistia pode ser concedida em caráter geral, ou seja, abrangendo os tributos e as
penalidades constituídos.
d) A anistia quando concedida em caráter geral, torna-se numa espécie de remissão.

3. Considere as afirmações abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


1) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação
e rege-se pela lei então vigente, ainda que esta tenha sido posteriormente
modificada ou revogada.
2) Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, com exceção do lançamento por homologação
que é realizado pelo sujeito passivo.
3) O pagamento antecipado alusivo ao lançamento por homologação extingue,
peremptoriamente, o crédito tributário.
4) O lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício pela autoridade admi-
nistrativa quando a declaração não for prestada pelo sujeito passivo no
prazo e na forma da legislação tributária.
a) Todas as afirmações estão erradas.
b) Apenas as afirmações 1 e 4 estão erradas.
c) Apenas as afirmações 2 e 3 estão erradas.
d) As afirmações 1, 2 e 3 estão erradas.

4. Com relação à responsabilidade tributária, NÃO é correto afirmar que:


a) No caso do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, em se tratando
de locação do imóvel, havendo previsão no contrato, a responsabilidade pelo paga-
mento do tributo será do locatário.
b) No que tange à atribuição da responsabilidade dos sucessores, mister é a data de
ocorrência do fato gerador, não importando a data do lançamento, ou seja, a data da
constituição definitiva do crédito tributário.
134 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

c) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,


sub-rogam-se na pessoa do respectivo adquirente. O mesmo ocorre com as contri-
buições de melhoria.
d) A responsabilidade tributária é do espólio, no caso de tributos devidos pelo autor da
herança até a abertura da sucessão.

5. Com relação ao fato gerador da obrigação principal, é CORRETO afirmar que:


a) é a relação jurídica em virtude da qual o sujeito passivo tem o dever de prestar di-
nheiro ao Estado, entendendo-se o termo prestar dinheiro como o pagamento do tri-
buto ou penalidade pecuniária;
b) ao lado da lei é fonte da obrigação tributária, possuindo natureza formal;
c) é a descrição contida na lei da situação necessária e suficiente para o nascimento da
obrigação tributária;
d) é o conjunto de fatos estabelecidos em lei como necessário e suficiente para o surgi-
mento da obrigação tributária.

Gabarito – Prefeitura Municipal de Itaboraí – Fiscal de Tributos –


2a Fase – 2000
1. B – art. 183 do CTN
2. A – arts. 114 e 175 do CTN
3. C – arts. 144, 147, 150 e 150, § 1o, do CTN
4. A – art. 123 do CTN
5. C – art. 114 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 135

Série Provas e Concursos


12.22. Concurso Público – Auditor Público Externo – 2001

1. Considere as afirmativas abaixo.


I. A modificação da base de cálculo de determinado tributo para torná-lo me-
nos oneroso não é matéria reservada à lei.
II. Lei tributária que eleja fatos do passado, como o suporte fático da incidên-
cia de tributo antes não exigível, será inconstitucional por ferir o princípio
da irretroatividade da lei criadora ou majoradora do tributo.
III. Quanto ao princípio da anterioridade, há tributos que escapam à sua aplicação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

2. Considere as afirmativas abaixo.


I. As taxas e as contribuições de melhoria são atribuídas às pessoas políti-
cas, titulares do poder de tributar, de forma genérica e comum, e os impos-
tos, de forma privativa e discriminada.
II. Cabe à União a competência residual para instituir impostos.
III. A União, nas hipóteses previstas no art. 148 da Constituição Federal e me-
diante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios.
IV. A competência tributável é indelegável.
Quais estão corretas?
a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas II, III e IV.
e) I, II, III e IV.

3. Assinale a afirmativa correta.


a) A obrigação tributária nasce com a denúncia, por terceiro, da materialização do fato
gerador.
b) A obrigação tributária nasce mediante a confissão do contribuinte da ocorrência do
fato gerador.
c) A obrigação tributária nasce com a materialização do respectivo fato gerador, e o
crédito tributário, pelo lançamento.
d) O crédito tributário se constitui pelo reconhecimento por parte do contribuinte de
encontrar-se em mora perante a Fazenda Pública.
e) Conforme a sistemática do Código Tributário Nacional, a obrigação e o crédito tribu-
tários são expressões sinônimas.

4. Considere as afirmativas abaixo.


I. Os atos ilícitos não constituirão hipótese de incidência da obrigação tributária.
II. A prática de atos ilícitos não viciará a relação jurídica tributária se, em de-
corrência desses, advierem situações que estejam previstas como hipótese
legal para a imposição tributária.
136 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

III. O sujeito passivo da relação obrigacional tributária poderá invocar, para


furtar-se ao pagamento do tributo, a invalidade jurídica dos seus atos, mes-
mo que, em decorrência desses, advenham situações material e fática que
correspondam ao tipo descrito na norma de incidência tributária.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

5. Considere as afirmativas abaixo.


I. O substituto legal tributário é a pessoa não-vinculada ao fato gerador, obri-
gada a pagar o tributo.
II. O responsável tributário é a pessoa vinculada ao fato gerador, obrigada a
pagar o tributo, se não foi adimplido pelo contribuinte ou pelo substituto
legal tributário, conforme o caso.
III. Os sócios-gerentes são pessoalmente responsáveis pela dívida tributária
da empresa, resultante de atos praticados com excesso de poderes ou infra-
ção à lei, a contrato social ou a estatutos.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

6. Dentre as afirmativas abaixo, apenas uma está correta. Assinale-a.


a) Isenção é a forma de exclusão do crédito tributário e suas hipóteses estão previstas
na Constituição Federal.
b) A imunidade é a forma de exclusão do crédito tributário e suas hipóteses estão pre-
vistas na Constituição Federal.
c) A isenção exclui o crédito tributário relativo às penalidades tributárias.
d) A anistia é a forma de exclusão do crédito tributário e abrange o tributo e as penalida-
des.
e) As isenções tributárias concedidas por prazo certo e sob condição onerosa podem
ser livremente suprimidas.

7. Assinale a afirmativa correta.


a) O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II, do Código Tributário Nacio-
nal, somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em di-
nheiro.
b) O montante integral do crédito tributário, a que se refere o art. 151, II, do Código Tri-
butário Nacional, é aquele reconhecido pelo sujeito passivo da obrigação tributária e
não aquele exigido pela Fazenda Pública.
c) O depósito de que trata o art. 151, II, do Código Tributário Nacional, suspende a exi-
gibilidade do crédito tributário, mas não impede a sua inscrição em dívida ativa, pos-
sibilitando à Fazenda Pública expedir a respectiva certidão, indispensável à proposi-
tura da ação executiva.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 137

Série Provas e Concursos


d) Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça não admite que a parte no processo
tenha o direito de efetuar o depósito judicial do crédito tributário, com vistas a sus-
pender a sua exigibilidade, nos autos de ação declaratória, anulatória ou medida
cautelar.
e) A concessão de moratória não depende de lei.

8. Considere as afirmativas abaixo.


I. O lapso de tempo dentro do qual deve ser constituído o crédito tributário é
designado pelo Código Tributário Nacional como decadencial.
II. O período de tempo no qual o sujeito ativo da relação tributária, se não sa-
tisfeito o crédito tributário, deve ajuizar a ação de cobrança é designado
pelo Código Tributário Nacional como prescricional.
III. Para o Direito Tributário brasileiro, a prescrição extingue o crédito tributá-
rio, assim, é possível buscar a repetição do montante pago a título de tribu-
to, cuja cobrança pelo Fisco já estava prescrita.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

9. Assinale, dentre as afirmativas abaixo, a única correta.


a) A Certidão Positiva de Débito é o documento que dá conta da inexistência de qual-
quer débito do contribuinte quanto aos tributos administrados pelo sujeito ativo cer-
tificante.
b) Quando, após constituído o crédito tributário, ainda não estiver configurada a mora
do contribuinte, este terá direito à expedição de Certidão Positiva com efeitos de Ne-
gativa.
c) Caberá a expedição de Certidão Negativa de Débito sempre que, diante de um pedi-
do de certidão, a autoridade se defrontar com registros de créditos constituídos con-
tra o contribuinte.
d) O surgimento de obrigação tributária para o contribuinte já é razão suficiente para o
indeferimento da Certidão Negativa de Débito.
e) Constituído o crédito tributário, mas ainda não configurada a mora do contribuinte,
caberá a expedição de Certidão Positiva de Débito.

10. Considere as afirmativas abaixo.


I. O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana não poderá ser
progressivo em razão do valor do imóvel.
II. O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana não poderá ter
alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
III. Conforme jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, o locatá-
rio é parte ilegítima para litigar sobre questões relativas ao pagamento do
Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana, pois não se reves-
te da condição de contribuinte nem de responsável tributário.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) I, II e III.
e) Apenas II e III.
138 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

Gabarito – Concurso Público – Auditor Público Externo – 2001


1. D – art. 97, I, do CTN e arts. 150, III, a, e § 1o, da CF
2. E – art. 7o, do CTN e arts. 145, 148 e 153 a 156, da CF
3. C – arts. 113, § 1o, e 142 do CTN
4. C – arts. 3o e 118 do CTN
5. D – arts. 128 e 135 do CTN
6. B – o nome imunidade é doutrinário e qualifica toda limitação constitucional à inci-
dência tributária
7. A – art. 151, II, do CTN e Súmula no 112 do Superior Tribunal de Justiça
8. C – arts. 173 e 174 do CTN
9. E – art. 206 do CTN
10. B – Art. 156, § 1o, I, da CF
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 139

Série Provas e Concursos


12.23. Fiscal da Receita da Carreira Auditoria Tributária do Distrito
Federal – Setembro de 2001
1. Em nosso sistema tributário, é correto afirmar que o princípio da:
a) seletividade se aplica ao ICMS e ao IPI;
b) capacidade contributiva é inaplicável às multas fiscais e às tarifas;
c) legalidade é inaplicável às tarifas;
d) isonomia não admite a progressividade das alíquotas tributárias;
e) anterioridade tributária se aplica a todos os impostos de competência da União.

2. As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque:
a) são aplicadas pelos agentes da fiscalização;
b) não são passíveis de inscrição como dívida ativa;
c) obedecem ao princípio da legalidade;
d) constituem sanções por atos ilícitos;
e) observam o princípio da anterioridade.

3. É correto afirmar que:


a) os entes públicos centralizados são investidos de competência, e os descentraliza-
dos, de capacidade tributária;
b) os tributos são recolhidos na rede bancária mediante delegação da capacidade tribu-
tária;
c) os conceitos de competência e capacidade tributária são equivalentes;
d) a competência e a capacidade tributária são indelegáveis;
e) a competência é indelegável, mas a capacidade tributária pode ser delegada.

4. Um imposto é não-cumulativo quando:


a) incide sobre a última passagem da mercadoria ou serviço no ciclo produtivo;
b) incide sobre o valor acrescido da mercadoria ou serviço em todas as etapas do pro-
cesso circulatório;
c) não admite a incidência de outro imposto sobre a mesma operação tributável;
d) não admite a incidência de taxa ou acréscimos sobre a mesma operação tributável;
e) é monofásico, incidindo somente na primeira passagem da mercadoria ou serviço no
ciclo produtivo.

5. Uma das maiores inovações previstas na LC no 87/96, em matéria de ICMS,


enuncia que o consumo de energia elétrica:
a) permite o creditamento do imposto, sem qualquer restrição, por qualquer estabeleci-
mento;
b) não permite o creditamento do imposto;
c) fica isento do imposto;
d) não sofre a incidência do imposto quando utilizado por estabelecimento industrial;
e) é isento do imposto quando o produto final for exportado para o exterior.

6. Configura hipótese de não-incidência do ICMS, por falta de tipificação do res-


pectivo fato gerador, a:
a) operação que destine ao exterior produto industrializado;
b) operação de saída com diferimento do imposto;
140 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

c) entrada de mercadoria no estabelecimento comercial;


d) saída de mercadoria de estabelecimento agrícola;
e) entrada de mercadoria importada do exterior.

7. Configura hipótese de não-incidência do ICMS, em razão de imunidade tributá-


ria, a:
a) prestação de serviços de transporte intermunicipal;
b) operação de saída de mercadoria a ente público;
c) operação interna que destine bem ou serviço a consumidor final;
d) operação interestadual que destine bem ou serviço a consumidor final;
e) operação que destine combustível a outro Estado da Federação.

8. A concessão de isenção do ICMS, em nosso sistema tributário, depende:


a) de convênio celebrado entre as unidades federativas;
b) de resolução do Senado Federal;
c) exclusivamente de lei ordinária estadual;
d) de lei ordinária federal autorizativa;
e) de permissivo de lei complementar.

9. Nas operações interestaduais entre contribuintes do ICMS, o:


a) destinatário deve se debitar da alíquota interestadual;
b) destinatário deve se creditar da alíquota interestadual e se debitar da alíquota interna;
c) remetente deve aplicar a alíquota interna;
d) remetente é isento do imposto;
e) imposto é diferido para o destinatário da mercadoria ou serviço.

10. Entre os sujeitos passivos dos ICMS, NÃO podem ser elencados:
a) os prestadores de serviços de transportes municipais;
b) os entes com personalidade de direito público;
c) os importadores de mercadorias do exterior;
d) os substitutos tributários;
e) as cooperativas.

11. Em nosso sistema tributário, o aplicador da norma:


a) deve interpretar extensivamente dispositivos que concedam isenções fiscais;
b) deve interpretar analogicamente dispositivos que tipifiquem infrações tributárias;
c) pode empregar a analogia, desde que não implique exigência de tributos não-previs-
tos em lei;
d) não pode empregar critérios de eqüidade;
e) não pode se valer dos princípios de Direito Público.

12. Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um


imóvel rural inexistente (terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação.
Descoberta a fraude e rescindido, de comum acordo, o respectivo contrato de
compra e venda. O tributo regularmente recolhido:
a) deve ser devolvido ao comprador, a título de reparação de danos;
b) pode ser devolvido ao comprador ou ao vendedor, dependendo da convenção das
partes;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 141

Série Provas e Concursos


c) não pode ser devolvido ao comprador porque a venda foi fraudulenta e a fraude legi-
tima o tributo;
d) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o
fato gerador do imposto;
e) deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de venda a non domino, nula de
pleno direito.

13. Em nosso sistema tributário, o sujeito ativo da obrigação tributária:


a) pode ser um ente com personalidade de direito público ou de direito privado;
b) pode ser um ente com personalidade de direito privado, se houver delegação da
competência tributária;
c) pode ser investido de capacidade, sem ser titular da competência tributária;
d) é sempre o titular da competência tributária para instituir o tributo;
e) não pode cumular as titularidade da competência e da capacidade tributária.

14. Um contribuinte sonegou operação tributável e deixou de recolher o imposto de-


vido em determinado exercício financeiro. Passados quatro anos, sob a vigência
de alíquota do imposto e multa por infração reduzidas, o fiscal comparece ao es-
tabelecimento para lavrar um auto de infração. Nesta hipótese, deverá:
a) aplicar a alíquota menos gravosa vigente na data da autuação fiscal e cominar a mul-
ta mais gravosa vigente à data da ocorrência do fato gerador;
b) deixar de apurar o imposto e respectiva multa, reconhecendo o decurso do prazo de-
cadencial;
c) aplicar a alíquota mais gravosa vigente na data do fato gerador e cominar a multa
menos gravosa vigente à data da autuação fiscal;
d) aplicar a alíquota do imposto e a multa fiscal menos gravosas vigentes na data da au-
tuação fiscal;
e) aplicar a alíquota do imposto e a multa fiscal mais gravosas vigentes na data da ocor-
rência do fato gerador.

15. Em nosso sistema tributário, em sede de ITBI, os compromissos de compra e


venda de imóvel NÃO são tributáveis porque:
a) se trata de um contrato sujeito à condição suspensiva;
b) não se trata de uma situação jurídica definitivamente consolidada;
c) o ato não é indiciário de capacidade contributiva;
d) não há previsão legislativa do fato gerador do referido imposto;
e) se trata de um contrato sujeito à condição resolutória.

16. Se um fiscal comparece a uma empresa falida e constata irregularidades e falta


de recolhimento de tributo, deve:
a) lavrar o auto de infração contra a massa falida, notificando o falido para apresentar
defesa;
b) lavrar o auto de infração contra o síndico, como representante da massa falida;
c) aguardar o desfecho da falência para lavrar o competente auto de infração;
d) lavrar o auto de infração contra a falida e notificar a sua massa falida para apresentar
defesa;
e) notificar o síndico para prestar esclarecimentos sobre as operações sonegadas.
142 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

17. No ato de aquisição de um estabelecimento comercial ficou convencionado en-


tre as partes que o adquirente somente responderia pelos impostos incidentes
sobre as operações tributáveis ativadas após a celebração do contrato nego-
cial. Nesta hipótese, os impostos relativos às operações pretéritas:
a) não podem ser cobrados do alienante, pois a hipótese é de evasão lícita;
b) só podem ser cobrados do adquirente, como sucessor, se forem apurados até a data
da aquisição do estabelecimento;
c) só podem ser cobrados do adquirente, pois o alienante foi excluído da relação jurídi-
ca tributária;
d) só podem ser cobrados do alienante, pois a convenção particular é oponível à Fazen-
da Pública;
e) podem ser cobrados do alienante ou do adquirente, como sucessor.

18. Em nosso sistema tributário, a responsabilidade por infração:


a) deve ser apurada mediante comprovação da conduta dolosa ou culposa do contri-
buinte;
b) não dispensa procedimento da respectiva penalidade, assegurada ampla defesa;
c) não esta sujeita aos institutos da decadência ou da prescrição tributária;
d) é exclusiva do contribuinte, não alcançando os demais sujeitos passivos da obriga-
ção tributária;
e) não pode ser aplicada, autonomamente, aos demais sujeitos passivos da obrigação
tributária.

19. O art. 134 do CTN dispõe que o síndico é responsável pelos tributos devidos
pela massa falida. Neste caso, o dispositivo legal refere-se a fatos geradores
ativados:
a) pelo falido ou sua massa falida, apurados após a quebra;
b) pela massa falida ou pelo síndico, a qualquer tempo;
c) pelo falido, antes da quebra;
d) pela massa falida, na condição de contribuinte, após a quebra;
e) pelo falido e apurados contra a massa falida, após a quebra.

20. O tributo que admite três modalidades de lançamento tributário: direto, por
iniciativa do Fisco; por homologação, por iniciativa do contribuinte; e por auto
de infração, por falta de recolhimento do tributo, é:
a) ISS;
b) IPTU;
c) IR-Pessoa jurídica;
d) ICMS;
e) IPI.

21. Um contribuinte sonegou operação tributável e deixou de recolher o imposto


devido em determinado exercício financeiro. Passados cinco anos, contados da
ocorrência do fato gerador, foi lavrado auto de infração contra o contribuinte e
o débito fiscal resultou definitivamente constituído no mesmo exercício, sen-
do inscrito como dívida ativa no exercício seguinte. Passados cinco anos, con-
tados da sua inscrição como dívida ativa, a Fazenda Pública ingressou com exe-
cução fiscal contra o contribuinte. Nesta hipótese, consumou-se a:
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 143

Série Provas e Concursos


a) decadência e ocorreu a prescrição, pois o crédito foi apurado cinco anos após a ocor-
rência do fato gerador e cobrado cinco anos após sua constituição definitiva;
b) decadência tributária, pois o débito fiscal foi cobrado cinco anos após a inscrição da
dívida;
c) decadência tributária, pois o crédito foi apurado cinco anos após a ocorrência do fato
gerador;
d) prescrição tributária, pois o crédito foi apurado cinco anos após a ocorrência do fato
gerador;
e) prescrição tributária, pois o débito fiscal foi cobrado cinco anos após sua constitui-
ção definitiva.

22. A transmissão das cotas ou ações de uma sociedade que explora uma gleba ru-
ral é uma hipótese de:
a) evasão ilícita do ITBI;
b) incidência tributária do ICMS;
c) elisão fiscal do ITBI;
d) isenção fiscal do ITBI;
e) incidência tributária do ITBI.

23. A denúncia espontânea de infração fiscal, nos termos das disposições codifi-
cadas:
a) não elide a responsabilidade pelo pagamento do tributo;
b) elide a responsabilidade pela multa fiscal, ainda que apresentada após o início de
procedimento administrativo;
c) não elide a responsabilidade pela multa fiscal;
d) elide a responsabilidade pelo respectivo delito fiscal;
e) não elide a responsabilidade pela multa nem pelo nem débito fiscal.

24. Decretada a falência de um contribuinte no Distrito Federal, concorrem credo-


res hipotecários e tributários relativos ao IR, INSS, IPTU devido ao Distrito Fe-
deral e ICMS devido ao Estado de Goiás. Nesta hipótese, o concurso de prefe-
rência se instaura na seguinte ordem:
a) créditos hipotecários, IR e INSS, conjuntamente e pro rata, ICMS e IPTU;
b) IR e INSS, conjuntamente e pro rata, ICMS, IPTU e créditos hipotecários;
c) créditos hipotecários, IR, INSS, IPTU;
d) IR, INSS, ICMS, IPTU e créditos hipotecários;
e) IR e INSS, conjuntamente e pro rata, IPTU e ICMS, conjuntamente e pro rata e créditos
hipotecários.

25. A alienação ou oneração de bens ou rendas do sujeito passivo é nula de pleno


direito quando celebrada após:
a) o início de qualquer procedimento administrativo contra o alienante;
b) a inscrição do débito como dívida ativa;
c) a ocorrência do fato gerador;
d) a lavratura do auto de infração contra o alienante;
e) a decisão final administrativa no procedimento fiscal.

26. Em nosso sistema tributário, o Distrito Federal é competente para instituir:


a) isenções de impostos federais;
144 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

b) isenções de impostos municipais, nos limites do seu território;


c) impostos estaduais e federais;
d) qualquer tributos, à exceção das contribuições sociais;
e) somente os impostos deferidos à competência dos Estados.

27. NÃO integra a base de cálculo do ICMS o:


a) IPI nas remessas a contribuinte para fins de comercialização;
b) valor correspondente ao seguro ou juros debitados aos adquirentes;
c) montante do próprio imposto;
d) valor correspondente aos descontos concedidos sob condição ao destinatário da
mercadoria;
e) frete por conta do remetente da mercadoria, cobrado em separado.

28. Configura fato gerador do ITCD:


a) dação em pagamento;
b) constituição de direitos reais sobre imóveis;
c) constituição de usufruto sobre imóveis;
d) doação de bens imóveis aos entes públicos;
e) doação de bens móveis, direitos, títulos e créditos.

29. Configura fato gerador do ITBI:


a) extinção do usufruto;
b) cessão de direitos mobiliários;
c) desapropriação judicial de bem imóvel por concessionária de serviço público;
d) transmissão de imóvel com vistas à realização do capital social da pessoa jurídica;
e) transmissão de imóvel decorrente da extinção de pessoa jurídica.

30. No Distrito Federal, são imunes ao IPTU os terrenos:


a) pertencentes às sociedades de economia mista;
b) pertencentes à Igreja, mas sem destinação religiosa;
c) ocupados por posseiros ou sem-terra;
d) de propriedade dos entes autárquicos federais;
e) pertencentes às empresas públicas federais ou estaduais.

31. O Distrito Federal está investido de competência legislativa para fixar livre-
mente as alíquotas máximas do:
a) IPTU e ITCD;
b) IPTU e IPVA;
c) ISS;
d) ICMS;
e) ITR.

32. A base de cálculo do ICMS incidente sobre a mercadoria importada do exterior


não compreende:
a) o imposto sobre operação de câmbio;
b) as despesas aduaneiras;
c) o imposto de importação;
d) o imposto sobre produtos industrializados;
e) o frete por conta do remetente.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 145

Série Provas e Concursos


33. Configura hipótese de exoneração do ICMS, não-condicionada à celebração de
convênios celebrados pelas unidades da Federação, a:
a) concessão de crédito presumido;
b) devolução do imposto a contribuinte;
c) isenção do imposto;
d) imunidade tributária;
e) redução da base de cálculo.

34. As alíquotas internas do ICMS são:


a) aplicadas quando o destinatário da mercadoria, em outro Estado da Federação, for
contribuinte do tributo;
b) aplicadas nas operações interestaduais, quando o destinatário da mercadoria não for
contribuinte do tributo;
c) inferiores às previstas para as operações interestaduais;
d) fixadas por lei complementar;
e) uniformes para todas as mercadorias e serviços.

35. No sistema de incidência plurifásica, o operador econômico que, além do tribu-


to próprio, recolher aquele relativo às operações antecedentes ou subseqüen-
tes, figura:
a) somente como substituto tributário;
b) como contribuinte de direito e sucessor tributário;
c) como contribuinte e substituto tributário, simultaneamente;
d) como contribuinte e substituto tributário, simultaneamente;
e) somente como contribuinte de direito.

36. Uma empresa de transporte coletivo municipal, sediada no Distrito Federal,


que adquire combustível de outra unidade da Federação para consumo pró-
prio:
a) não é contribuinte do ICMS;
b) é contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, mas isenta do ICMS so-
bre combustível;
c) é contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, e do ICMS, relativamente
ao combustível;
d) não é contribuinte do ISS;
e) é contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados e imune à incidência do
ICMS sobre combustível.

37. Em nosso sistema tributário, o ICMS e o ISS incidem conjuntamente sobre:


a) guarda e estacionamento de automóveis;
b) transporte de natureza municipal;
c) serviços e peças utilizadas na retífica de motores;
d) recauchutagem de pneus;
e) aviamento de receitas médicas.

38. Em nosso sistema tributário, está sujeita à incidência exclusiva do ISS a se-
guinte atividade:
a) edição de livros, jornais e revistas;
b) fornecimento de alimentação em bares e restaurantes;
146 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

c) aviamento de fórmulas médicas;


d) colocação de molduras em estampas ou pinturas;
e) conserto de motores, com fornecimento de peças e componentes.

Gabarito – Fiscal da Receita da Carreira Auditoria Tributária do Distrito Federal –


Setembro de 2001
1. A – arts. 153, § 3o, I, e 155, § 2o, III, da CF
2. D – art. 3o do CTN
3. E – art. 7o do CTN
4. B – arts. 153, § 3o, II, e 155, § 2o, I, da CF
5. E – art. 33, II, da Lei Complementar no 87/1996
6. B – Art. 156, § 1o, I, da CF
7. E – art. 155, § 2o, X, a, da CF
8. A – art. 155, § 2o, XII, g, da CF
9. B – art. 155, § 2o, VIII, da CF (isto se a saída posterior for para dentro do Estado)
10. A – art. 155, II, da CF
11. C – art. 108, I e § 1o, do CTN
12. D – art. 118 do CTN
13. C – art. 119 do CTN
14. C – arts. 106, II, c, e 144 do CTN
15. A – art. 117, I, do CTN
16. D – art. 142, parágrafo único, do CTN
17. E – art. 133 do CTN
18. A – art. 136 do CTN
19. D – art. 134, V, do CTN
20. esta questão deveria ser anulada, uma vez que todos os impostos citados podem,
eventualmente, ser lançados por meio dos três tipos de lançamento
21. E – art. 174 do CTN
22. E – art. 156, II, da CF
23. A – art. 138 do CTN
24. E – art. 187, parágrafo único, do CTN e art. 51 da Lei no 8.212/1991
25. B – art. 185 do CTN
26. B – art. 147 da CF
27. A – art. 155, § 2o, XI, da CF
28. E – art. 155, I, da CF
29. A – art. 156, II, da CF
30. D – art. 150, 2o, da CF
31. B – arts. 155, § 1o, I, § 2o, IV e V, e 156, § 3o, II, da CF
32. E – art. 13, V, da Lei Complementar no 87/96
33. D – art. 155, § 2o, XII, g, da CF
34. B – art. 155, § 2o, VII, da CF (isto se o destinatário for consumidor final)
35. D – art. 150, § 7o, da CF
36. C – art. 155, § 2o, XII, h, da CF
37. C – item 14.03 da Lista anexa à Lei Complementar no 116/2003
38. D – item 14.07 da Lista anexa à Lei Complementar no 116/2003
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 147

Série Provas e Concursos


12.24. Agente Fiscal de Tributos Estaduais – SEFAZ – PI – 2001

1. A União poderá instituir impostos não-previstos na Constituição Federal, des-


de que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos nela discriminados, mediante:
a) emenda constitucional;
b) lei complementar;
c) lei ordinária;
d) lei delegada;
e) resolução do Senado Federal.

2. Assinale a opção correta.


a) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos
para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capaci-
dade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo
ativo de uma relação jurídico-tributária.
b) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisi-
tos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre por
meio de lei.
c) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que
por meio de lei.
d) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei,
mas a capacidade tributária ativa é indelegável.
e) A atribuição da capacidade tributária ativa à pessoa diferente daquela que dispõe da
competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de acordo com o inte-
resse das pessoas envolvidas.

3. Determinado Estado da Federação exige taxa de um partido político, em virtu-


de de um serviço público específico e divisível a este prestado. Tal exigência:
a) é inconstitucional, pois os partidos políticos são imunes à tributação;
b) é perfeitamente legal e legítima, desde que a taxa tenha sido anteriormente instituí-
da por lei;
c) é inconstitucional, pois os partidos políticos são equiparados ao Estado;
d) é inconstitucional, pois os partidos políticos são entidades de utilidade pública;
e) é perfeitamente legal e legítima, ainda que não tenha sido formalmente instituída por
lei, considerando que foi expressamente prevista pelo Código Tributário Nacional –
CTN.

4. Lei instituída de tributo, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data


de início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória:
a) na data de sua publicação;
b) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte;
c) trinta dias após a data de sua publicação;
d) quarenta e cinco dias após a data de publicação;
e) sessenta dias após a data de sua publicação.
148 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

5. Marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando em seguida a


opção correspondente.
( ) A autorização para que loja coloque anúncio luminoso na porta externa,
concedida (a autorização) pela administração municipal, pode ensejar a co-
brança, pelo Município, de uma taxa fundada no seu poder de polícia.
( ) A União, por meio de lei complementar e atendendo a relevante interesse
social, poderá conceder isenção de taxas estaduais.
( ) Criança de doze anos de idade não pode ser sujeito passivo de imposto so-
bre a renda e proventos de qualquer natureza.
( ) Tributo exigido em virtude de serviços públicos postos à disposição do
contribuinte, mas não utilizados por ele, constitui taxa de serviço.
a) V, V, V, V.
b) V, V, F, F.
c) V, F, F, V.
d) F, V, V, F.
e) F, F, F, F.

6. Relativamente às normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que:


a) são de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios;
b) o exercício, pela União, da competência para legislar sobre tais normas exclui a com-
petência, ainda que suplementar, dos Estados e do Distrito Federal;
c) apenas os Municípios não dispõem de competência para estabelecê-las;
d) em nenhuma hipótese os Estados e o Distrito Federal exercerão competência legisla-
tiva plena;
e) no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, prevalecem as respectivas leis sobre as
leis federais.

7. Após a ocorrência do fato gerador, nova lei foi publicada, aumentando as alí-
quotas dos tributos. Neste caso, o lançamento será regido pela lei em vigor na
data:
a) da ocorrência do fato gerador;
b) da feitura do lançamento;
c) do pagamento do tributo;
d) da cobrança do tributo;
e) escolhida pelo sujeito passivo.

8. No primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter


sido efetuado, inicia-se o prazo para:
a) remissão;
b) compensação;
c) prescrição;
d) decadência;
e) parcelamento.

9. A anistia tributária atinge:


a) os atos praticados com dolo;
b) os atos praticados com simulação;
c) os atos praticados com fraude;
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 149

Série Provas e Concursos


d) os atos qualificados em lei como contravenções;
e) as penalidades provenientes de infrações às leis tributárias.

10. O funcionário que expedir certidão negativa com dolo ou fraude, contendo erro
contra a Fazenda Pública, será pessoalmente responsável:
a) pelo crédito tributário, excluídos os juros de mora;
b) pelo crédito tributário e juros de mora, excluindo-se possível responsabilidade crimi-
nal e funcional;
c) pelos juros de mora, não pelo tributo devido, podendo ainda ser responsabilizado
funcional e criminalmente;
d) funcional e criminalmente, excluída a responsabilidade pelo crédito tributário;
e) pelo crédito tributário e juros de mora, não se excluindo a responsabilidade criminal
e funcional que no caso couber.

Gabarito – Agente Fiscal de Tributos Estaduais – SEFAZ – PI – 2001


1. B – art. 154, I, da CF
2. A – arts. 6o, 8o e 119 do CTN
3. B – art. 77 do CTN e art. 150, I, da CF
4. D – art. 1o, do Decreto-Lei no 4.657/1942 – Lei de Introdução ao Código Civil
5. C – arts. 78, 79 e 126 do CTN; art. 151, III, da CF
6. C – art. 24, I, da CF
7. A – art. 144 do CTN
8. D – art. 173, I, do CTN
9. E – arts. 180 a 182 do CTN
10. E – art. 208 do CTN
150 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

12.25. Agente Tributário Estadual – ATE – Mato Grosso do Sul –


2001
1. A natureza jurídica dos tributos é determinada pela(o):
a) denominação adotada pela lei;
b) compulsoriedade que lhe é inerente;
c) fato gerador da respectiva obrigação;
d) destinação legal do montante arrecadado;
e) adoção estrita do princípio da legalidade.

2. Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, a


União pode instituir:
a) imposto extraordinário;
b) imposto seletivo;
c) taxa especial;
d) empréstimo compulsório;
e) imposto emergencial progressivo.

3. Em matéria tributária, é correto afirmar-se que:


a) somente a União pode instituir impostos com fundamento no exercício regular do
poder de polícia;
b) os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir empréstimo compulsó-
rio;
c) a contribuição de melhoria é devida em função da prestação de serviços públicos di-
visíveis;
d) as taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos;
e) as contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas que promovam a
valorização imobiliária privada.

4. As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo


Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia
administrativa e financeira, são chamadas:
a) acessórias;
b) complementares;
c) extraordinárias;
d) extrafiscais;
e) parafiscais.

5. A instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e


de interesse das categorias profissionais ou econômicas, inclui-se na compe-
tência impositiva:
a) dos Estados e do Distrito Federal;
b) da União;
c) da União, dos Estados e do Distrito Federal;
d) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
e) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 151

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6. Em matéria tributária, é correta a afirmação de que:
a) a União pode exigir ou aumentar tributo sem a respectiva lei autorizativa;
b) a União pode conceder isenções de tributos da competência dos Estados;
c) aos Estados é permitido tributar a renda, o patrimônio e os serviços dos Municípios;
d) compete aos Estados e ao DF o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação
de bens e direitos;
e) os Estados não têm competência para a instituição de contribuições de melhoria.

7. É da competência dos Estados o seguinte imposto:


a) sobre a propriedade de veículos automotores;
b) sobre a importação de produtos estrangeiros;
c) sobre serviços de qualquer natureza;
d) sobre a propriedade territorial urbana;
e) sobre produtos industrializados.

8. Dos impostos arrecadados pelos Estados, pertencem aos Municípios:


a) 50% do produto da arrecadação do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermuni-
cipal e de comunicação – ICMS;
b) 50% do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automo-
tores – IPVA, licenciados no território municipal;
c) 50% do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural –
ITR;
d) 50% do produto da arrecadação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer
natureza – IR;
e) 50% do produto da arrecadação do imposto sobre a transmissão causa mortis e doa-
ção de quaisquer bens ou direitos – ITDB.

9. Na defesa de seus interesses econômicos, os Estados podem:


a) estabelecer limitações ao tráfego de bens, por meio de tributos intermunicipais;
b) estabelecer diferença tributária entre bens, em razão de sua procedência;
c) dar caráter de seletividade, em função da essencialidade das mercadorias, a imposto
de sua competência;
d) em caso de calamidade pública, instituir imposto novo, temporário, destinando 50%
da arrecadação aos Municípios;
e) conceder isenção geral dos impostos estaduais e municipais, mediante lei comple-
mentar.

10. Compete ao Senado Federal, mediante resolução, aprovada pela maioria abso-
luta de seus membros:
a) fixar as alíquotas máxima e mínima dos impostos sobre a importação e a exportação;
b) estabelecer as alíquotas do imposto sobre operações relativas à circulação de merca-
dorias e prestações de serviços – ICMS, aplicáveis às operações e prestações interes-
taduais e de exportação;
c) autorizar os Estados a darem caráter de não-cumulatividade ao imposto sobre trans-
missão causa mortis e doação de bens e direitos;
d) autorizar a União a estabelecer impostos extraordinários, por motivo de guerra;
e) fixar as alíquotas e a base de cálculo do imposto territorial rural.
152 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

11. Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a


assertiva correta.
a) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à exi-
gência de prévia autorização orçamentária.
b) A União pode instituí-lo por meio de lei ordinária federal.
c) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição.
d) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais relativas
aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário.
e) A competência para instituir empréstimos compulsórios é da União, podendo ser ex-
cepcionalmente atribuída ao Distrito Federal.

12. Com base no disposto na Constituição Federal e no Código Tributário Nacio-


nal, pode-se afirmar que:
a) compete tanto à União quanto aos Estados, DF e Municípios a instituição de taxas em
razão do exercício do poder de polícia;
b) somente a União e os Estados podem instituir contribuições de melhoria;
c) as contribuições especiais, com fins econômicos ou sociais, são privativas dos Esta-
dos e DF;
d) a União pode transferir aos Estados o exercício regular de sua competência tributária;
e) a cumulatividade e a seletividade são características essenciais do Imposto sobre
Produtos Industrializados.

13. Indique qual dos tributos abaixo deve ter a característica de não-cumulativida-
de, podendo ser seletivo em função de critério de essencialidade.
a) Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de bens e direitos.
b) Taxa de limpeza urbana.
c) Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de servi-
ços de transporte e comunicação – ICMS.
d) Imposto sobre serviço de qualquer natureza – ISS.
e) Imposto sobre operações financeiras – IOF.

14. Os tratados e as convenções internacionais que disponham sobre matéria tri-


butária:
a) submetem-se à legislação tributária interna;
b) revogam ou modificam a legislação tributária interna, mas não serão observados
pela que lhes sobrevenha;
c) não têm eficácia se contrários à legislação tributária interna;
d) terão suas cláusulas modificadas para serem aplicadas no Brasil, adaptando-se à le-
gislação interna;
e) modificam ou revogam a legislação tributária interna, e serão observados pela que
lhes sobrevenha.

15. Os convênios sobre matéria tributária, incluídos entre as normas complemen-


tares da legislação tributária, têm como regra de vigência temporal o seguinte:
a) entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação;
b) entram em vigor trinta dias após a data de sua publicação;
c) entram em vigor na data neles prevista;
d) entram em vigor na data de sua publicação;
e) entram em vigor trinta dias após sua homologação pela Assembléia Legislativa.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 153

Série Provas e Concursos


16. A legislação tributária que disponha sobre exclusão do crédito tributário deve
ser interpretada:
a) logicamente;
b) analogicamente;
c) sistematicamente;
d) literalmente;
e) teleologicamente.

17. Uma das formas de integração da norma jurídica, como etapa final do procedi-
mento de interpretação legal, que visa a preencher lacuna da lei a ser aplicada
a caso concreto de natureza tributária, consistente na aplicação de disposição
legal relativa a um caso semelhante, é:
a) analogia;
b) anatocismo;
c) eqüidade;
d) remição;
e) liberalidade.

18. Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é cor-


reta a afirmação de que:
a) os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de
Direito Tributário;
b) mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, é vedado
aos Estados exercer essa competência legislativa;
c) a eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida
ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for con-
trário;
d) no âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário, os Esta-
dos só podem legislar sobre normas gerais;
e) a legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, em virtude
de estes não terem competência para legislar sobre Direito Tributário.

19. É sujeito passivo da obrigação tributária acessória:


a) pessoa que tenha interesse comum na situação que constitua seu fato gerador;
b) pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto;
c) pessoa obrigada ao pagamento de penalidade pecuniária;
d) pessoa considerada responsável por disposição legal;
e) pessoa obrigada ao pagamento do montante do tributo devido.

20. O fato de o pagamento efetuado por um dos obrigados ao recolhimento de tri-


buto devido aproveitar aos demais obrigados, na mesma relação jurídica tribu-
tária, caracteriza a:
a) responsabilidade;
b) convenção da obrigação principal;
c) sujeição do sujeito passivo;
d) incorporação tributária;
e) solidariedade.
154 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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21. Lançamento por homologação é aquele efetuado:


a) de ofício;
b) pelo contribuinte;
c) pela repartição fiscal;
d) pelo sujeito passivo, com prévio exame da autoridade fiscal;
e) por presunção, pelo agente fiscal.

22. A dilação de prazo para pagamento de tributo devido, cujo crédito tributário já
se encontra com prazo vencido, é:
a) concordata;
b) transação;
c) moratória;
d) consignação;
e) prescrição.

23. É sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por
meio do lançamento, extingue-se em cinco anos, contados a partir do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetua-
do. Esse modo de extinção do crédito tributário é:
a) prescrição;
b) transação;
c) remissão;
d) compensação;
e) decadência.

24. Entre as formas de exclusão do crédito tributário, pode ser mencionada a se-
guinte:
a) concessão de medida liminar em mandado de segurança;
b) depósito de seu montante integral;
c) transação;
d) isenção;
e) decadência.

25. Uma das espécies de exclusão do crédito tributário, que somente pode ser au-
torizada por lei e aplicável apenas às infrações cometidas pelo sujeito passivo
anteriormente à vigência da lei que a concede, sendo, portanto, retroativa, é:
a) isenção;
b) remissão;
c) moratória;
d) imunidade;
e) anistia.

26. Em face da legislação e da jurisprudência dos tribunais superiores, pode-se


afirmar que as isenções tributárias, concedidas sob condição onerosa, podem
ser livremente suprimidas?
a) Somente em situações de calamidade pública.
b) Sim.
c) Não.
d) Somente a partir do exercício seguinte.
e) Dentro do mesmo exercício, com expressa autorização legal.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 155

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27. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário:
a) não altera a natureza do crédito tributário, nem da correspondente obrigação;
b) afeta a obrigação tributária que lhe deu origem;
c) modifica sua liquidez e certeza;
d) vincula o lançamento da obrigação principal;
e) impede a suspensão do crédito tributário.

28. Assinale a assertiva correta, com referência à natureza da dívida ativa tributá-
ria.
a) Goza da presunção de certeza, de forma absoluta.
b) Tem o efeito de prova pré-constituída.
c) Desfruta apenas da presunção de liquidez.
d) Goza da presunção de certeza e liquidez, que não pode ser ilidida por qualquer espé-
cie de prova.
e) A liquidez do crédito tributário inscrito em dívida ativa fica excluída em decorrência
da fluência de juros de mora.

29. Os comprovantes dos lançamentos tributários efetuados nos livros obrigató-


rios de escrituração comercial e fiscal devem ser conservados:
a) até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que
se refiram;
b) até que se extingam a imunidade e as isenções dos sujeitos passivos respectivos;
c) até que ocorra a decadência do direito de efetuar a constituição do crédito tributário
correspondente;
d) até o fim do exercício financeiro em que podem ser cobrados os respectivos créditos;
e) pelo prazo relativo à inscrição do crédito na dívida ativa.

30. Com relação à certidão negativa de débito tributário perante a Fazenda Públi-
ca, pode-se afirmar que:
a) não é meio hábil para provar a quitação de tributos;
b) se expedida com fraude, implica responsabilidade funcional, mas exclui a responsa-
bilidade criminal de quem a expediu;
c) o funcionário que a expedir com dolo, contendo erro contra a Fazenda Pública, é pes-
soalmente responsável pelo crédito tributário;
d) é sempre expedida de ofício (ex officio), quando julgada necessária pela autoridade
fiscal competente;
e) em nenhuma hipótese pode ser dispensada a sua apresentação como prova de quita-
ção de tributos.

Gabarito – Agente Tributário Estadual – ATE – Mato Grosso do Sul – 2001


1. C – art. 4o do CTN
2. D – art. 148, I, da CF
3. D – art. 145, § 2o, da CF e art. 77, parágrafo único, do CTN
4. E – art. 149 da CF
5. B – art. 149 da CF
6. D – art. 155, I, da CF
7. A – art. 155, III, da CF
8. B – art. 158 da CF
9. C – art. 155, § 2o, III, da CF
156 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

10. B – art. 155, § 2o, IV, da CF


11. D – art. 148 da CF (com algumas exceções)
12. A – art. 145, II, da CF
13. C – art. 155, § 2o, I e III, da CF
14. E – art. 98 do CTN
15. C – art. 103, III, do CTN
16. D – art. 111, I, do CTN
17. A – art. 108, I, do CTN
18. A – art. 24, § 2o, da CF
19. B – art. 122 do CTN
20. E – art. 125, I, do CTN
21. C – arts. 142 e 150 do CTN
22. C – arts. 151, I, e 152 a 155 do CTN
23. E – art, 173, I, do CTN
24. D – art. 175, I, do CTN
25. E – art. 180 do CTN
26. B – art. 178 do CTN
27. A – art. 183, parágrafo único, do CTN
28. B – art. 204 do CTN
29. A – art. 195, parágrafo único, do CTN
30. C – art. 208 do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 157

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12.26. Auditor do Tesouro Municipal – Prefeitura Municipal de Natal

1. Tratando-se de matéria tributária, é lícita a assertiva de que, no Brasil:


a) as taxas são instituídas para suportar os custos da realização de obras públicas de
que decorra a valorização imobiliária de particulares;
b) os tributos intermunicipais cobrados pelos Municípios, destinam-se a estabelecer li-
mitações ao tráfego de bens, tendo em vista o interesse público;
c) as contribuições de melhoria são devidas em função da prestação de serviços públi-
cos divisíveis;
d) os Municípios e os Estados, assim como a União, têm competência para instituir im-
postos extraordinários, em caso de calamidade pública;
e) os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia, com
bases de cálculo diferentes das dos impostos.

2. Indique, nas opções abaixo, o imposto que deverá, obrigatoriamente, ter as carac-
terísticas de seletividade, em função da essencialidade e da não-cumulatividade.
a) Imposto sobre a renda e proventos.
b) Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
c) Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Imposto sobre transmissão causa mortis e doação.

3. Inclui-se na competência tributária dos Municípios a instituição de:


a) empréstimo compulsório;
b) imposto sobre a propriedade de veículos automotores;
c) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana;
d) imposto sobre a propriedade territorial rural;
e) imposto sobre serviço de transporte intermunicipal e de comunicação.

4. Em matéria de competência para a instituição de impostos, é correto afirmar-


se que:
a) os Municípios dos Territórios Federais são competentes para instituir seus próprios
impostos, tais como nos Estados;
b) nos Territórios Federais, compete aos Estados dos quais foram desmembrados a ins-
tituição dos impostos estaduais;
c) compete aos Territórios Federais a instituição de seus impostos, tanto estaduais
quanto municipais;
d) os Estados podem instituir impostos extraordinários e temporários, com arrecada-
ção vinculada a fins específicos;
e) os Municípios podem instituir novos impostos, além daqueles expressamente pre-
vistos na Constituição Federal.

5. Tratando-se de regras de interpretação da legislação tributária, temos que:


a) a ausência de disposição normativa expressa não autoriza o emprego da analogia;
b) pelo emprego da eqüidade é possível a dispensa do pagamento de tributo devido;
c) os princípios gerais de Direito Privado podem ser utilizados para definição dos efei-
tos tributários dos institutos e conceitos dessa área jurídica;
158 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

d) deve ser interpretada de maneira mais favorável ao FISCO a lei tributária que defina
infrações e comine penalidades;
e) deve ser interpretada literalmente a legislação tributária referente à outorga de isenção.

6. O ato administrativo tributário que se reporta à data da ocorrência do fato ge-


rador da obrigação tributária e rege-se pela lei então vigente, constituindo ati-
vidade administrativa vinculada e obrigatória, é:
a) notificação;
b) responsabilização;
c) integração;
d) lançamento;
e) conversão.

7. A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando:


a) decorridos cinco anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado, este não é realizado;
b) a partir de cinco anos da data de sua constituição definitiva, não é realizado o lança-
mento;
c) a obrigação tributária principal é excluída em decorrência de determinação legal;
d) o direito de a Fazenda Pública cobrar o montante tributário devido não é exercido no
prazo de dez anos;
e) mediante concessões mútuas entre os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributá-
ria, ocorre a terminação do litígio referente ao crédito correspondente, com sua con-
seqüente extinção.

8. Entre as formas de exclusão do crédito tributário, pode ser mencionada a se-


guinte:
a) concessão de medida liminar em mandado de segurança;
b) anistia;
c) prescrição;
d) transação;
e) moratória.

9. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário:


a) afeta o conteúdo e os efeitos da obrigação tributária correspondente;
b) modifica as características de certeza e liquidez que lhes são inerentes;
c) não altera a natureza do crédito tributário nem da correspondente obrigação;
d) vincula e condiciona o lançamento relativo à obrigação tributária acessória;
e) impossibilita a suspensão e a exclusão do crédito tributário, na hipótese de este pos-
suir condição resolutiva.

10. Em relação à natureza e características da dívida ativa tributária, pode ser con-
siderada correta a seguinte assertiva:
a) goza da presunção absoluta de certeza e liquidez;
b) tem o efeito de prova pré-constituída;
c) a liquidez do correspondente crédito tributário fica excluída em decorrência da
fluência de juros de mora;
d) apenas a presunção relativa de certeza lhe pode ser atribuída;
e) a presunção de liquidez atribuída à referida dívida não pode ser ilidida em nenhuma
hipótese.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 159

Série Provas e Concursos


11. Não são passíveis de ser objeto do IPTU imóveis localizados em áreas cujos
únicos melhoramentos existentes, constituídos ou mantidos pelo Poder Públi-
co, são os seguintes:
a) escola primária a 3 km do imóvel considerado e sistema de esgoto sanitário;
b) abastecimento de água e rede de iluminação pública, para distribuição domiciliar;
c) calçamento com canalização de águas pluviais e sistema de transporte coletivo;
d) posto de saúde a 2 km do imóvel considerado e abastecimento de água;
e) meio-fio com canalização de águas pluviais e sistema de esgoto sanitário.

Gabarito – Auditor do Tesouro Municipal – Prefeitura Municipal de Natal – RN – 2001


1. E – art. 145, II e § 2o, da CF
2. D – art. 153, § 3o, I, da CF
3. C – art. 156, I, da CF
4. A – arts. 145 e 147 da CF
5. E – art. 111 do CTN
6. D – arts. 142 e 144 do CTN
7. A – art. 173, I, do CTN
8. B – art. 175, II, do CTN
9. C – art.183, parágrafo único, do CTN
10. B – art. 204 do CTN
11. C – art. 32, § 1o, do CTN
160 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

12.27. Fiscal de Tributos de Mato Grosso – Outubro de 2001

1. Em se tratando da retroatividade da legislação tributária, é correto afirmar


que:
a) a lei tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes,
assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha se iniciado e completado nos termos
do art. 116 do Código Tributário Nacional;
b) no Brasil, a regra adotada é a da retroatividade, considerando que a lei respeita o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa Julgada;
c) a lei tributária poderá ser aplicada em fato pretérito, quando tratar-se de ato não defi-
nitivamente julgado, na hipótese em que deixa de defini-lo como infração;
d) se o ato ainda não foi definitivamente julgado, a lei, em hipótese alguma, poderá re-
troagir;
e) o princípio da irretroatividade adotado na legislação tributária brasileira não consi-
dera o fato gerador já ocorrido.

2. Com base nos termos da legislação tributária, analise as alternativas e assina-


le a correta.
a) A eqüidade, considerada como uma das hipóteses de integração da legislação tribu-
tária, e como forma de abrandamento da lei na sua aplicação poderá, inclusive, dis-
pensar o pagamento do tributo, pois visa a uma solução mais justa e adequada ao
caso concreto.
b) Considerando que a obrigação tributária só poderá ser criada mediante lei, sempre
com o caráter ex lege, fica então evidente a impossibilidade de ser criada, mediante a
aplicação da analogia, haja vista que esta será aplicada em hipóteses não-previstas
em lei.
c) Na ausência de disposição expressa, e como forma de integração, a autoridade com-
petente utilizará, sucessivamente, para aplicar a legislação tributária: primeiramen-
te, a eqüidade; em segundo lugar, a analogia; em terceiro lugar, os princípios gerais
do Direito Tributário; e, por último, os princípios gerais do Direito Público.
d) Como princípio geral do Direito Tributário, os usos e os costumes também são hipó-
teses de preenchimento de lacunas existentes na legislação tributária.
e) O Direito brasileiro desconhece qualquer forma de integração na aplicação da legisla-
ção tributária, diante do princípio da estrita legalidade.

3. Quanto aos princípios do Direito Tributário, podemos afirmar que:


a) o princípio da capacidade contributiva é aquele que leva em consideração a necessi-
dade premente do Estado em arrecadar;
b) o Direito Tributário brasileiro não contempla hipóteses de exceção ao princípio da
anualidade;
c) em estrita observância ao princípio da anualidade é que se fundamenta a possibilida-
de de cobrança do tributo no mesmo exercício em que fora criado, desde que o fato
gerador tenha ocorrido antes do início da vigência da lei;
d) princípio da legalidade tributária é uma fonte formal do Direito Tributário;
e) em virtude de previsão no texto constitucional, os impostos cumulativos são o IPI e o
ICMS.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 161

Série Provas e Concursos


4. Analise as alternativas e marque a correta.
a) Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
b) Para a instituição de uma taxa, esta poderá ter base de cálculo idêntica à do imposto.
c) O Poder Executivo (União), em nenhuma hipótese, poderá alterar a alíquota de alguns
impostos mediante atos administrativos de sua competência regulamentadora.
d) A cobrança do tributo é instituída por lei ordinária, inclusive para a hipótese de im-
postos e contribuições sociais residuais (competência residual).
e) A isenção do tributo dispensa o cumprimento de obrigações acessórias tais como a
emissão de nota fiscal.

5. Nos termos da Constituição Federal vigente, a competência tributária para le-


gislar é:
a) comum ou privativa;
b) concorrente;
c) sempre privativa;
d) comum, em todos os casos;
e) sempre residual.

6. Em relação às proposições abaixo:


I. as pessoas de Direito Público poderão lançar, umas contra as outras, crédi-
tos tributários decorrentes de taxas e de contribuições de melhoria;
II. a firmação de um convênio entre um Estado e um Município, para que este
arrecade determinado tributo daquele, mediante remuneração de um per-
centual da arrecadação, reveste-se de legalidade;
III. bitributação é um fenômeno conhecido como cobrança de tributo em dupli-
cidade, quando um mesmo sujeito ativo institui dois tributos com identida-
de de fato gerador e de base de cálculo.
Marque a alternativa correta.
a) Todas as afirmativas estão corretas.
b) todas as afirmativas estão incorretas.
c) Somente as alternativas I e II estão corretas.
d) Somente as alternativas I e III estão corretas.
e) Somente a alternativa I está correta.

7. Analise as proposições abaixo e assinale a correta.


a) Independente da existência do elemento subjetivo (dolo ou culpa), há responsabili-
dade do agente por infrações.
b) No caso de solidariedade, um dos devedores poderá exigir que a dívida tributária
seja primeiro cobrada do devedor originário e, no caso de serem todos devedores
originários, que sua contribuição para o pagamento dessa dívida seja igualitária ou
proporcional à sua participação no negócio que lhe deu origem.
c) São modalidades de extinção do crédito tributário previstas no Código Tributário Na-
cional: a moratória e o depósito de seu montante integral.
d) Com relação às taxas, é correto afirmar que são uma espécie de tributo de referibili-
dade indireta.
e) O entendimento jurisprudencial e doutrinário firmado no Brasil, no que se refere à
Disregard Doctrine e sua aplicação, é no sentido de que há de ser respeitado o limite
do valor das cotas sociais, de cada participante, na integralização do capital, para
162 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

que seja apurada a responsabilidade individual de cada sócio, independentemente


do poder de gerência.

8. Em função da essencialidade dos produtos, são seletivos os seguintes impos-


tos:
a) o IR e o IOF;
b) o ICMS e o IPI;
c) o ICMS e o IR;
d) o ICMS e o ITBI;
e) o ICMS, o IR e o IOF.

9. Em uma determinada empresa, cuja sociedade é por cotas de responsabilidade


limitada, ficou estabelecida, no contrato de sua constituição, uma cláusula ex-
pressa que institui a figura do benefício da ordem a favor de apenas um dos
sócios, em relação aos demais integrantes do seu quadro social, justamente
para prever uma possível ação por dívida decorrente de crédito tributário.
a) A referida cláusula, de fato, possui valor jurídico, no qual deverá ser observado que
os bens dos demais sócios devem ser primeiramente excutidos, para posteriormen-
te, serem excutidos os bens do sócio para o qual foi instituída a cláusula, no caso de
haver saldo remanescente do débito.
b) Tal situação se traduz no fato de que o instituto do “benefício da ordem”, que é do Di-
reito Civil, também é aplicado subsidiariamente ao Direito Tributário, para ter efeito
jurídico de oposição à pretensão da Fazenda Pública.
c) Considerando-se tratar de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, a referi-
da cláusula está limitada à participação de cada sócio com seu quinhão societário
respectivo.
d) O referido instituto não poderá jamais se opor à pretensão da Fazenda Pública, consi-
derando a fundamentação do Direito Tributário, que é o da solidariedade entre os só-
cios com poder de gerência.
e) Tal instituto poderá ser perfeitamente incluído no contrato considerando o acolhi-
mento atual da despersonificação da pessoa jurídica no Direito Tributário.

10. Faça a correspondência correta entre o tributo e o seu respectivo fato gerador.
I. Fato Gerador Continuado.
II. Fato Gerador Complexivo ou Periódico.
III. Fato Gerador Instantâneo.
( ) IPVA
( ) IR
( ) IPTU
( ) ICMS
A seqüência correta é:
a) I, II, I, III;
b) I, I, III, II;
c) III, II, II, I;
d) I, II, III, I;
e) III, III, II, II.

11. Dentre as afirmações a seguir, assinale a que for correta.


a) Compete aos Estados a instituição do imposto sobre transmissão causa mortis de
quaisquer bens ou direitos e do imposto sobre produtos industrializados.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 163

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b) Compete aos Estados a instituição do imposto sobre operações relativo à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermu-
nicipal e municipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se ini-
ciem no exterior.
c) Compete aos Estados a instituição do imposto sobre serviços de qualquer natureza e
de propriedade de veículos automotores.
d) Compete aos Estados a instituição do imposto sobre transmissão causa mortis e doa-
ção de quaisquer bens ou direitos e de propriedade de veículos automotores.
e) Compete aos Estados a instituição do imposto sobre serviços de qualquer natureza e
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e de prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Gabarito – Fiscal de Tributos de Mato Grosso – Outubro de 2001


1. C – art. 106, II, c, do CTN
2. B – art. 108, § 1o, do CTN
3. D – art. 150, I, CF e art. 97, I e II, do CTN
4. A – art. 16 do CTN
5. B – art. 24, I, da CF
6. E – arts. 150, VI, a, e 167, IV, da CF
7. A – art. 136 do CTN
8. B – arts. 153, § 3o, I, e 155, § 2o, III, da CF
9. D – art. 123 do CTN (na verdade, a expressão “jamais” inviabiliza a questão, uma vez
que o art. 123 traz a expressão salvo disposição em contrário)
10. A – lembrar que, na realidade, embora estes tributos sejam normalmente lançados
desta forma, todos podem possuir os três tipos de fatos geradores. Como exemplo, o
fato gerador do IR das aplicações financeiras é instantâneo; o do ICMS pago por esti-
mativa é continuado
11. D – art. 155, II e III, da CF
164 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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12.28. Fiscal de Tributos Municipais – Nível Superior – Belford Roxo


– RJ – 2001
1. Nos termos da Constituição, assinale a alternativa correta.
a) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União
e das entidades da Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimida-
de, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle in-
terno do Poder Legislativo.
b) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União
e das entidades da Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimida-
de, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pela Câmara dos Deputados, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
c) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União
e das entidades da Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimida-
de, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pelo Senado Federal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
d) A fiscalização contábil financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e
das entidades da Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.

2. Nos termos da Constituição, assinale a alternativa errada. A União, os Estados,


o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
a) impostos;
b) taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou poten-
cial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou pos-
tos a sua disposição;
c) contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
d) empréstimos compulsórios.

3. Nos termos da Constituição, assinale a alternativa correta.


a) As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Pú-
blico e das empresas por ele controladas, nos bancos do respectivo Estado, ressalva-
dos os casos revistos em lei.
b) As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Pú-
blico e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressal-
vados os casos previstos em lei.
c) As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Pú-
blico e das empresas por ele controladas, no Banco do Brasil, ressalvados os casos
previstos em lei.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 165

Série Provas e Concursos


d) As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Pú-
blico a das empresas por ele controladas, na Caixa Econômica Federal, ressalvados
os casos previstos em lei.

4. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional, ou
que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município.
b) É permitido à União instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacio-
nal, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Mu-
nicípio.
c) É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional,
ou que importe distinção ou preferência em favor do Distrito Federal.
d) É permitido à União instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacio-
nal, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado.

5. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) É vedado aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer diferença tributária entre bens
de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino.
b) É vedado aos Estados e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de
qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino.
c) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tri-
butária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu des-
tino.
d) É vedado aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer na-
tureza, em razão da sua procedência ou do seu destino.

6. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro de pro-
dutos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território
nacional.
b) O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de
produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a venda destes ao ex-
terior.
c) O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de pro-
dutos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador o transporte destes.
d) O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de pro-
dutos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a declaração.

7. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta. Quan-


to ao imposto de exportação:
a) o Poder Executivo não pode, conforme as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objeti-
vos da política cambial e do comércio exterior;
b) o Poder Legislativo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da políti-
ca cambial e do comércio exterior;
c) o Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da políti-
ca cambial e do comércio exterior;
166 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

d) o Poder Legislativo não pode, conforme as condições e os limites estabelecidos em


lei alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos obje-
tivos da política cambial e do comércio exterior.

8. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) O imposto de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador a transferência da propriedade, do domínio útil ou da
posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil,
localizado na zona urbana do Município.
b) O imposto de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imó-
vel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona
urbana do Município.
c) O imposto de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador a compra e venda de bem imóvel, como definido na lei
civil, localizado na zona urbana do Município.
d) O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador o registro junto à Prefeitura, de bem imóvel, localiza-
do na zona urbana do Município.

9. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta. A


base do cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana é:
a) o valor comercial do imóvel;
b) o valor venal do imóvel;
c) o valor de compra do imóvel;
d) o valor de registro do imóvel.

10. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta. Quan-
to ao imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana:
a) contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o
seu possuidor a qualquer título;
b) contribuinte do imposto é o comprador do imóvel, ou o seu possuidor a qualquer tí-
tulo;
c) contribuinte do imposto é o vendedor do imóvel;
d) contribuinte do imposto é o locatário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o
seu possuidor a qualquer título.

11. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer nature-
za tem como fato gerador a declaração da disponibilidade econômica ou jurídica: I –
de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos; II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos pa-
trimoniais não compreendidos no inciso anterior.
b) O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer nature-
za tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I –
de bens, adquiridos através do trabalho remunerado; II – de proventos de qualquer
natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inci-
so anterior.
c) O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer nature-
za tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I –
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 167

Série Provas e Concursos


de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos; II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos pa-
trimoniais não compreendidos no inciso anterior.
d) O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer nature-
za tem como fato gerador a declaração da disponibilidade econômica ou jurídica: I –
de bens, adquiridos através do trabalho remunerado; II – de proventos de qualquer
natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inci-
so anterior.

12. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente,
impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, supri-
mido gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da
paz.
b) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente,
impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, supri-
midos, gradativamente, no prazo máximo de três anos, contados da celebração da
paz.
c) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente,
impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, supri-
mido, gradativamente, no prazo máximo de dez anos, contados da celebração da
paz.
d) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente,
impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, supri-
midos, gradativamente, no prazo máximo de sete anos, contados da celebração da
paz.

13. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municí-
pios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
b) As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municí-
pios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador, exclusiva-
mente, o serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição.
c) As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municí-
pios, no âmbito de suas respectivas atribuições têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público
específico e indivisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
d) As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municí-
pios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do Poder Executivo, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e indivisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
168 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
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14. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) Considera-se poder de polícia atividade da Administração Pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade regular a prática de ato ou a abstenção
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem,
aos costumes à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades eco-
nômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Legislativo, à tranqüili-
dade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
b) Considera-se poder de polícia atividade da Administração Pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abs-
tenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene,
à ordem, aos costumes à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de ati-
vidades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público,
à tranqüilidade política ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.
c) Considera-se poder de polícia atividade da Administração Pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abs-
tenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene,
à ordem, aos costumes à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de ati-
vidade econômica dependente de concessão ou autorização do Poder Legislativo,
à tranqüilidade política ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.
d) Considera-se poder de polícia atividade da Administração Pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem,
aos costumes à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades eco-
nômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

15. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âm-
bito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível,
competem à União.
b) Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âm-
bito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis
Orgânicas do Distrito Federal e Municípios e a legislação com ela compatível, compe-
tem à União e aos Estados.
c) Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âm-
bito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível,
competem a cada uma dessas pessoas de direito público.
d) Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âm-
bito das atribuições da União, dos Estados do Distrito Federal ou dos Municípios
aquelas que, segundo a Constituição Federal, as constituições dos Estados, as Leis
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível,
competem a cada uma dessas pessoas de direito público, respeitando sempre a su-
bordinação existente entre elas.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 169

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16. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.
a) A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fa-
zer face ao custo de obras públicas de acordo com a necessidade de determinada re-
gião, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acrésci-
mo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
b) A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fa-
zer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
c) A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fa-
zer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total o orçamento e como limite individual o acréscimo de valor que da
obra resultar para cada imóvel beneficiado.
d) A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fa-
zer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual a capacidade de cada
contribuinte beneficiado.

17. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) A lei federal não pode cometer aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios o
encargo de arrecadar os impostos de competência da União, cujo produto lhes seja
distribuído no todo ou em parte.
b) A lei federal pode cometer apenas aos Estados o encargo de arrecadar os impostos
de competência da União, cujo produto lhes seja distribuído no todo ou em parte.
c) A lei federal pode cometer aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios o encar-
go de arrecadar os impostos de competência da União, cujo produto lhes seja distri-
buído no todo ou em parte.
d) A lei federal não pode cometer aos Estados o encargo de arrecadar os impostos de
competência da União, cujo produto lhes seja distribuído no todo ou em parte.

18. Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.


a) A imposição de penalidade ilide o pagamento integral do crédito tributário.
b) A imposição de penalidade ilide parte do pagamento do crédito tributário.
c) A imposição de penalidade deve ser abatida do pagamento integral do crédito tribu-
tário.
d) A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário.

Gabarito – Fiscal de Tributos Municipais – Nível Superior –


Belford Roxo – RJ – 2001
1. D – art. 70 da CF
2. E – art. 148 da CF
3. B – art. 164, § 3o, da CF
4. as opções “A” e “C” estão corretas, de acordo com o art. 151, I, da CF, lembrando sem-
pre que é admitida a concessão de incentivos fiscais
5. C – art. 152 da CF
170 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

6. A – art. 23 do CTN
7. A – art. 153, § 1o, da CF, que revogou o art. 26 do CTN
8. B – art. 32 do CTN
9. B – art. 33 do CTN
10. A – art. 34 do CTN
11. C – art. 43 do CTN
12. A – art. 76 do CTN
13. A – art. 77 do CTN
14. D – art. 78 do CTN
15. C – art. 80 do CTN
16. B – art. 81 do CTN
17. C – art. 7o do CTN
18. D – art. 157do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 171

Série Provas e Concursos


12.29. Agente Fiscal de Rendas – Secretaria de Estado dos Negócios
da Fazenda – Estado de São Paulo – Janeiro de 2002
1. A Constituição Federal, no Capítulo reservado ao Sistema Tributário Nacional,
discrimina as competências tributárias da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios, distingue as espécies de tributos e estabelece as limi-
tações ao poder de tributar, determinando que:
a) os tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelos Municípios não obrigam os
referidos entes entre si;
b) os impostos e as taxas são especialmente diferenciados na competência da União,
dos Estados e dos Municípios, e as contribuições cabem a todos eles, cumulativa-
mente;
c) a cobrança do imposto exige a publicação da lei que o instituiu no exercício financei-
ro anterior, aplicando-se a mesma aos fatos geradores ocorridos após sua vigência;
d) é obrigatória a instituição do tributo por lei e permitido o aumento, daqueles já insti-
tuídos, por decreto;
e) é permitido à União conceder isenção de impostos estaduais e municipais, com a fi-
nalidade de promover o desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes re-
giões do País.

2. A responsabilidade, atribuída por lei, ao fornecedor de determinada mercado-


ria, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas várias e futuras opera-
ções subseqüentes, é considerada, nos termos da legislação tributária vigen-
te:
a) substituição tributária;
b) responsabilidade tributária parcial;
c) responsabilidade solidária de terceiro;
d) responsabilidade tributária por sucessão;
e) diferimento.

3. O lançamento:
a) é a atividade privativa de autoridade administrativa, prevista na lei e restrita à autua-
ção promovida pela fiscalização;
b) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que pode
ser substituída por ordem judicial;
c) é definitivo, após a notificação, extinguindo-se a obrigação decorrente somente pelo
pagamento do tributo declarado;
d) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que deve
ser exercida mesmo nos casos de imunidade e isenção, quando os respectivos crédi-
tos não serão cobrados por força dessas dispensas;
e) reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei vigen-
te da época.

4. Os benefícios e os incentivos fiscais, assim considerados o subsídio, a isen-


ção, a redução de base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão,
deverão ser concedidos:
a) mediante lei complementar federal, se relativo a crédito presumido do ICMS, nas
operações interestaduais;
172 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

b) com autorização de lei complementar nacional, referendada por lei ordinária federal,
estadual ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária;
c) com autorização de lei ordinária nacional, mediante lei ou decreto federal, estadual
ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária;
d) mediante lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente a
matéria ou o tributo a que se refere e, quanto ao ICMS, autorizadas por deliberação
dos Estados e do Distrito Federal, na forma regulada por lei complementar nacional;
e) mediante decreto federal, estadual ou municipal que disponha exclusivamente sobre
a desoneração tributária, respeitadas as condições estabelecidas pela Lei de Respon-
sabilidade Fiscal.

5. A cobrança do crédito tributário constituído por meio da autuação da fiscaliza-


ção estadual, pode ser considerada:
a) prescrita, se decorridos dois anos entre a autuação e a decisão definitiva e três anos
entre esta e o ajuizamento;
b) suspensa pela apresentação de recurso administrativo, ou efetuação de depósito in-
tegral, ou pagamento parcelado;
c) extinta por decadência, se decorridos cinco anos entre a autuação e a inscrição da dí-
vida;
d) excluída pela concessão de anistia, relativamente aos valores cobrados como débito
de imposto e não de multa;
e) extinta, quando concedida a moratória, a partir da data de pagamento da primeira
parcela.

Gabarito – Agente Fiscal de Rendas – Secretaria de Estado dos


Negócios da Fazenda – Estado de São Paulo – Janeiro de 2002
1. C – art. 150, III, a e b, da CF
2. A – art. 150, § 7o, da CF e art. 128 do CTN
3. E – art. 144 do CTN
4. D – art. 150, § 6o, da CF
5. B – art. 151, II, III e VI, do CTN
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 173

Série Provas e Concursos


12.30. Fiscal de Tributos – Prefeitura de Niterói – 2002

Com base no texto abaixo, responda às seguintes questões de número 1 e 2.

O princípio da capacidade contributiva é corolário da idéia de justiça distributiva e foi


alçado à categoria de princípio expresso na vigente Constituição Federal, consoante
moldura insculpida no seu art. 145, § 1o, segundo o qual os impostos deverão ser gra-
duados, levando-se em conta a capacidade econômica dos contribuintes.

1. O referido limite constitucional do poder de tributar tem como subprincípio:


a) tipicidade;
b) seletividade;
c) anterioridade;
d) irretroatividade.

2. Considerando o processo de concretização normativa, é correto afirmar que a


mencionada garantia constitucional é de conteúdo:
a) fechado e certo;
b) certo e inacabado;
c) cerrado e determinado;
d) aberto e indeterminado.

3. Dentre as alternativas a seguir, aquela que define corretamente o fenômeno da


decadência no Direito Tributário é:
a) perda do direito de constituir o crédito tributário pelo lançamento;
b) privilégio não-odioso fundamental em razões de justiça fiscal;
c) decurso do prazo para a Fazenda Pública cobrar judicialmente o crédito;
d) exclusão do crédito tributário que suspende a eficácia da norma impositiva.

4. Dentre as hipóteses abaixo, aquelas que se distinguem por serem formas de


extinção do crédito tributário são:
a) anistia e isenção;
b) protesto e remição;
c) moratória e depósito;
d) transação e remissão.

5. Quando se mostra previsto, de forma determinada e taxativa na norma de inci-


dência, o fato gerador da espécie tributária recebe denominação de:
a) unitário;
b) específico;
c) subordinado;
d) incondicionado.

6. No que diz respeito à norma isencional, é correto afirmar que a sua interpreta-
ção dar-se-á pelo método:
a) literal;
b) histórico;
c) autêntico;
d) analógico.
174 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

7. Após a lavratura do auto de infração em desfavor do contribuinte em tese ina-


dimplente, é verdadeiro afirmar que não se poderá mais cogitar de:
a) interposição de recurso;
b) ocorrência de decadência;
c) pedido de reconsideração;
d) pagamento pelo contribuinte.

8. Apesar dos seus diferentes momentos de eficácia, o crédito tributário torna-se


exigível com a ocorrência de:
a) inscrição em dívida ativa;
b) decisão administrativa;
c) fato jurídico hipotético;
d) intimação via judicial.

Gabarito – Fiscal de Tributos – Prefeitura de Niterói – 2002


1. B – arts. 153, § 3o, I, e 155, § 2o, III, da CF
2. D – art. 145, § 1o, da CF (lembrar da expressão “sempre que possível do parágrafo”)
3. A – art. 173 do CTN
4. D – art. 156, III e IV, do CTN
5. B – não há dispositivo legal
6. A – art. 111 do CTN
7. B – art. 173 do CTN
8. B – se a decisão for favorável à Fazenda Pública e não couber ou não for interposto re-
curso pelo contribuinte
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 175

Série Provas e Concursos


12.31. Procurador Federal de 2a Categoria – UnB/CESPE – AGU –
2002
1. Considerando que a Lei no 8.906/1994 determina que a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), por constituir serviço público, goze de imunidade tributária
total em relação a seus bens, rendas e serviços, e que essa mesma lei determi-
na que compete à OAB fixar e cobrar de seus inscritos contribuições, preços de
serviços e multas, julgue os itens a seguir.
1. Como a Constituição da República determina que ninguém poderá ser compelido a
associar-se ou a permanecer associado a qualquer entidade, seria incorreto afirmar
que tem caráter tributário a contribuição anual que a OAB cobra de seus inscritos
com base na referida lei, pois não se trata de prestação pecuniária compulsória, à
medida que ela somente pode ser cobrada de pessoas que espontaneamente decidi-
ram filiar-se à OAB.
2. Embora a mencionada lei disponha que a OAB goza de imunidade tributária, é correto
afirmar que leis federais não podem criar imunidade tributária e que leis ordinárias
federais não podem criar isenção relativamente a tributos estaduais e municipais.
3. Se a União decidisse duplicar uma determinada rodovia federal e fosse comprovado
que essa obra, se realizada, acarretaria aumento no preço venal dos imóveis localiza-
dos às margens da rodovia, a União poderia estabelecer uma contribuição de melho-
ria para arrecadar o dinheiro necessário para que a obra viesse a ser realizada, sendo
que esse tributo deveria ser instituído por lei complementar e poderia ter como sujei-
to passivo titular de direito real de usufruto do imóvel cujo valor venal viesse a sofrer
incremento em virtude da realização da obra.
4. Considere a seguinte situação hipotética.
Recentemente, descobriu-se que a vacina contra hidrofobia canina utilizada no país,
nos últimos dez anos, era ineficiente em relação a uma nova variedade do vírus da
raiva e, para evitar a disseminação da doença, lei federal determinou que, no dia
14/07/2002, todos os donos de cachorros deverão levar seus animais a um posto de
vacinação para que seja aplicada uma vacina que os proteja contra o novo vírus.
Além disso, a lei estabeleceu que os proprietários dos cachorros deverão pagar
R$3,50 pela aplicação de cada dose da vacina utilizada em seus animais.
Nesse caso, diversamente do dever de levar os cães para serem vacinados, a obriga-
ção de pagar pela aplicação de vacina teria caráter tributário, constituindo uma taxa.
5. Ao estabelecer as regras de divisão de competências legislativas entre os entes que
compõem a Federação, a Constituição da República determina que cabe à União a
competência legislativa residual, inclusive a competência residual em matéria tribu-
tária, pois somente a União é competente para estabelecer impostos não-definidos
no próprio texto constitucional.

2. Devido à crise de energia, lei federal editada em janeiro de 2002 estabeleceu,


pelo prazo de cinco anos, isenção de imposto sobre produtos industrializados
(IPI) para as indústrias que se dedicassem à produção de equipamentos que
transformassem energia solar e eólica em energia elétrica.
Inspirando-se nessa lei, o Estado de Pernambuco concedeu isenção de ICMS às
operações de circulação dos equipamentos abrangidos pela referida lei fede-
ral, desde que produzidos em estabelecimentos industriais situados naquele
estado, sendo que foi mantida a tributação de operações de mesma natureza
quando os equipamentos forem produzidos fora do Estado.
176 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

Em face dessa situação hipotética e relativamente à obrigação tributária, jul-


gue os itens subseqüentes.
1. O estabelecimento da referida isenção do IPI não poderia ter sido feito mediante de-
creto do Presidente da República.
2. Lei federal editada em 2003, que determinasse revogação imediata da referida isen-
ção do IPI seria inválida, porém não seria inconstitucional.
3. É inconstitucional a referida isenção do ICMS concedida por Pernambuco.
4. Enquanto no Direito Civil há presunção relativa no sentido de que as dívidas são por-
táveis (portables), no Direito Tributário, as dívidas são sempre quesíveis (quérables),
pois cabe ao sujeito passivo da obrigação tributária promover o pagamento no domi-
cílio do credor.
5. Se a legislação federal que regula o IPI estabelecesse para alimentos industrializados
uma alíquota média de 10% e não determinasse incidência do imposto sobre bebidas
alcoólicas destinadas à exportação, essa situação violaria a disposição constitucional
que determina que a alíquota do IPI deve ser proporcional à essencialidade do produ-
to tributado e, portanto, seria correto qualificar essa situação como uma omissão in-
constitucional que poderia ser impugnada mediante ação direta de inconstitucionali-
dade por omissão, ajuizada perante o STF.

3. Takano é proprietário da Chácara Nihon, onde reside com sua família e tem
uma produção média de hortaliças. Seu imóvel situa-se na área rural do municí-
pio de Utopia.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens abaixo.
1. A obrigação tributária relativa ao imposto territorial rural (ITR) incidente sobre a pro-
priedade da chácara Nihon pode ser caracterizada como uma obrigação real, porque
o ITR é um imposto real, dado que seu fato gerador é a propriedade de um terreno,
que é um direito real.
2. Apesar de o ITR ser um tributo federal, cabe a Utopia metade do produto da arrecada-
ção do ITR relativo a imóveis situados no Município.
3. A legislação tributária estabelece hipoteca legal dos bens imóveis como forma de ga-
rantir o pagamento dos créditos tributários que tenham como fato gerador a proprie-
dade desses bens e, portanto, a chácara de Takano pode ser penhorada em processo
judicial no qual seja discutido crédito tributário referente a ITR incidente sobre a pro-
priedade desse imóvel.
4. Os lençóis freáticos fazem parte do patrimônio dominical da União e, portanto, ape-
nas a União poderia instituir e cobrar de Takano tributo pela utilização da água do
lençol freático localizado abaixo de sua propriedade, sendo que o tributo estabeleci-
do com essa finalidade teria caráter de taxa, mesmo que instituído mediante lei que o
chamasse de imposto.
5. Se, devido a mudanças na legislação tributária municipal e estadual, a propriedade
da chácara Nihon viesse a se submeter às hipóteses de incidência tanto do ITR quan-
to do imposto predial e territorial urbano (IPTU), o Estado não poderia exigir de Taka-
no o pagamento de ambos os tributos, pois, nesse caso, apesar de o ITR e o IPTU te-
rem diferentes bases de cálculo e serem devidos a entes federados diversos, o orde-
namento jurídico brasileiro vedaria a bitributação.

4. Carlos é proprietário da Chácara Bragança, onde reside com sua família e tem
uma produção média de hortaliças, e seu imóvel situa-se na área rural de deter-
minado município.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 177

Série Provas e Concursos


Acerca desse quadro hipotético e considerando que o ITR é um imposto cujo
lançamento dá-se por homologação e que a lei não fixa prazo definido para a
homologação da declaração dos contribuintes desse imposto, em cada um dos
itens seguintes é apresentada uma situação hipotética adicional, seguida de
uma assertiva, que deverá ser julgada.
1. Carlos propôs a um amigo a venda da Chácara Bragança, afirmando que não havia
débitos fiscais relativos ao imóvel e mostrando, como prova da inexistência de dívi-
das tributárias, o comprovante do pagamento da última parcela do ITR, cujo paga-
mento havia sido dividido em quatro parcelas. Nesse caso, como no Direito Tributá-
rio, diversamente do que ocorre no Direito Civil, o pagamento de uma parcela não
gera presunção de pagamento das parcelas anteriores. O comprovante de pagamen-
to apresentado por Carlos não é instrumento hábil para provar que ele estava em dia
com suas obrigações fiscais.
2. Em fevereiro de 2002, foi editada lei ordinária estabelecendo a impenhorabilidade de
imóveis rurais com determinadas qualidades, nas quais a Chácara Bragança se en-
quadrava. Nessa situação, nos termos do referido diploma normativo, tal impenhora-
bilidade não poderia ser argüida em caso de execução judicial de débito tributário,
pois regras gerais em matéria tributária somente podem ser estabelecidas mediante
lei complementar.
3. Carlos era sujeito passivo de processo de execução fiscal, por meio do qual se cobra-
va dívida tributária derivada do não-pagamento do ITR incidente sobre a propriedade
da Chácara Bragança. Nesse caso, ele não podia participar de concorrência pública
realizada pela União, mesmo que houvessem sido penhorados bens suficientes para
garantir o pagamento da dívida.
4. Carlos efetuou a declaração do ITR incidente sobre sua chácara, referente ao exercí-
cio de 1995 mas, por erro, digitou de forma equívoca o valor do imóvel, o que o fez
calcular o imposto em valor 20% inferior ao devido e, conseqüentemente, o paga-
mento que fez do imposto foi a menor. O Estado recebeu a quantia paga, mas, passa-
dos mais de cinco anos da feitura da declaração e do pagamento, não editou ato ho-
mologando a declaração. Nesse caso, ocorrerá homologação tácita da referida decla-
ração de Carlos, o que gerará decadência do direito da União de constituir o crédito
tributário relativo ao valor que Carlos deixou de recolher em virtude do erro de cálcu-
lo e, conseqüentemente, causará a extinção da obrigação tributária referente a essa
quantia.
5. A declaração do ITR apresentada por Carlos continha dados falsos, e o Poder Público
efetuou lançamento de ofício, cobrando a diferença entre o valor devido e a quantia
efetivamente paga. Inconformado, Carlos impugnou o lançamento, de ofício, medi-
ante mandado de segurança, que foi julgado improcedente por não haver prova
pré-constituída suficiente para a demonstração do direito alegado por Carlos. Nesse
caso, a sentença do mandado de segurança faz coisa julgada material e, portanto,
ocorre preclusão do direito de Carlos de ingressar com ação declaratória de inexis-
tência de débito tributário.

Gabarito – Procurador Federal de 2a Categoria – UnB/Cespe – AGU – 2002


1) E – art. 149 da CF
C – art. 151, III, da CF
E – arts. 81 e 82 do CTN e art. 145, III, da CF
C – arts. 77 a 79 do CTN e art. 145, II, da CF
C – art. 154, I, da CF
178 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

2) C – art. 176 do CTN


E – art. 178 do CTN
C – art. 155, § 2o, XII, g, da CF
E – art. 127 do CTN
E – art. 153, § 3o, III, da CF

3) C – art. 153, VI, da CF


C – art. 158, II, da CF
C – art. 184 do CTN e art. 3o, IV, da Lei no 8.009/1990
C – art. 4o do CTN
C – art. 32, §§ 1o e 2o, do CTN.

4) C – art. 158 do CTN


E – art. 184 do CTN
E – art. 206 do CTN
C – art. 150, § 4o, do CTN
E – não há coisa julgada material quando a decisão for por falta de prova
pré-constituída
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 179

Série Provas e Concursos


12.32. Auditor Fiscal da Receita Federal – AFRF – 2002

1. Compete aos Estados instituir, entre outros, impostos sobre:


a) a transmissão de bens imóveis a título oneroso, por ato entre vivos;
b) a transmissão de ações da sociedade para o acionista no ato da formação do capital;
c) a constituição de direitos reais de garantia incidente sobre imóveis;
d) a transmissão de bens imóveis a título gratuito;
e) a transmissão a título oneroso de bens móveis por natureza ou semoventes.

2. É lícito ao ente tributante:


a) instituir distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida pelo contri-
buinte, desde que prevista em lei adequada denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos;
b) cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da
norma jurídica que os houver instituído ou aumentado, desde que expressa a lei que
os tenha previsto;
c) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, mediante cobrança de pedá-
gios, interestaduais ou intermunicipais, pela utilização de vias conservadas pelo Po-
der Público;
d) cobrar imposto no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou;
e) exigir ou aumentar tributo mediante decreto ou ato administrativo, desde que publi-
cado antes do início do exercício em que será cobrado.

3 A Justiça do Trabalho tem o dever de arrecadar, mediante execução de sua ini-


ciativa, contribuições sociais devidas pelo empregador e pelo trabalhador e
seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir?
– Está proibida a concessão de qualquer subsídio ou isenção, redução de base
de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a
impostos, taxas ou contribuições, se não foi concedida mediante lei específica,
federal, estadual ou municipal, que regule só esses benefícios ou o correspon-
dente tributo ou contribuição?
– A Constituição diz competir exclusivamente à União a instituição do imposto
de renda e ser vedada a instituição de taxas que tenham por base de cálculo a
mesma dos impostos. É, por isso, vedada a instituição de qualquer outra exa-
ção sobre o lucro (a renda)?
a) Sim, sim, sim.
b) Sim, sim, não.
c) Sim, não, sim.
d) Não, não, não.
e) Não, sim, não.

4. Observe os quadros a seguir e procure relacionar cada uma das alíneas do pri-
meiro quadro com as do segundo. Atente para a possibilidade de haver mais
de uma vinculação possível, isto é, mais de uma alínea pode estar vinculada a
um mesmo ente tributante ou vice-versa.
180 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

1o quadro:

Estas competências...

v) instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utiliza-


ção, efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, pres-
tados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
w) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre as
pessoas políticas;
x) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmen-
te sobre crédito, prescrição e decadência tributários; obrigação lançamento
y) legislar sobre impostos municipais;
z) instituir contribuições de seguridade social, mas apenas para seus servi-
dores, destinadas ao custeio, em benefício destes, de sistemas de previdên-
cia e assistência social.

2o quadro:

... a Constituição atribuiu aos seguintes entes:

1 – à União;
2 – aos Municípios e ao Distrito Federal ou, excepcionalmente, à União;
3 – aos Municípios, aos Estados, ao Distrito Federal e à União;
4 – ao Distrito Federal e aos Estados;
5 – aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

É(são) errada(s) a(s) seguinte(s) vinculação(ções):


a) v1, v2 e v4;
b) w1;
c) x1;
d) z5;
e) y3.

5. Se, no cabeçalho dos quadros da questão anterior, estivesse o advérbio “exclu-


sivamente” (“Estas competências a Constituição atribuiu exclusivamente aos
seguintes entes”), estaria certa a seguinte vinculação:
a) v2;
b) w3;
c) x1;
d) y5;
e) z3.

6. Avalie a correção das afirmações a seguir. Atribua a letra V para as verdadeiras e


F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta.
1 – O Código Tributário Nacional, embora tenha sido aprovado como lei ordiná-
ria, pode regular as matérias para as quais a Constituição, que lhe é poste-
rior, passou a exigir lei complementar.
2 – Cabe à lei complementar federal, em relação aos impostos em geral, como
o ICMS e o ISS, a definição dos respectivos fatos geradores, bases de cálcu-
lo e contribuintes.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 181

Série Provas e Concursos


3 – Resolução do Senado Federal, obedecidas as condições constitucionais, po-
derá estabelecer, para o ICMS, as alíquotas aplicáveis às operações e pres-
tações, interestaduais e de exportação.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, F.
d) F, F, F.
e) V, F, V.

7. Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida or-


dem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente).
1 – Sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária
deixa ipso facto de incidir o imposto territorial rural (ITR).
2 – Um imóvel de 100 hectares, localizado na Amazônia Ocidental, é considera-
do “pequena gleba rural” para fins de não-incidência (imunidade) do ITR, se
presentes as demais condições.
3 – Competem ao INCRA as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização
do ITR.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) F, V, F.
d) F, F, F.
e) F, F, V.

8. Verifique as afirmações abaixo, e identifique as verdadeiras (V) e as falsas (F),


orientando-se pelo que se conhece da lei que criou o “SIMPLES”, regulando, em
conformidade com o disposto no art. 179 da Constituição, o tratamento dife-
renciado, simplificado e favorecido, aplicável às microempresas e às empre-
sas de pequeno porte, relativo a impostos e contribuições. Depois, indique a
seqüência respectiva das letras correspondentes a este juízo de acerto (V) ou
erro (F).
1 – A pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e de empresa
de pequeno porte, independentemente de inscrição ou qualquer medida bu-
rocratizante, estará automaticamente submetida aos benefícios do Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES.
2 – A referida lei, atendendo ao peso que o ISS e o ICMS têm no conjunto de im-
postos devidos pelas microempresas, e considerando a diretriz do art. 179
da Constituição da República, determinou a automática inclusão desses im-
postos no âmbito do SIMPLES.
3 – Determinou-se que o pagamento unificado de impostos e contribuições, de-
vidos pela empresa submetida ao SIMPLES, seria feito de forma centraliza-
da, até o décimo dia do mês subseqüente àquele em que houvesse sido au-
ferida a receita bruta.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, F.
d) F, F, V.
e) F, F, F.
182 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

9. Assinale a assertiva incorreta.


a) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabele-
cer normas gerais.
b) A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
c) Não existindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
d) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei esta-
dual, no que lhe for contrário.
e) A Constituição não prevê as normas de Direito Tributário como pertencendo ao âm-
bito da legislação concorrente.

10. Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), os tratados internacionais preci-


sam ser observados pelo legislador, que, assim, não poderá alterá-los por nor-
mas com eles incompatíveis?
– A luz do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrati-
vas podem ser considerados como “legislação tributária”?
– Decretos podem instituir impostos autorizados pela Constituição?
a) Sim, sim, sim.
b) Sim, sim, não.
c) Sim, não, sim.
d) Não, não, não.
d) Não, sim, não.

11. Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela


Emenda Constitucional no 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisó-
ria:
a) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar;
b) matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e
pendente de sanção ou veto do Presidente da República;
c) majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de janeiro
seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada;
d) aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha
sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo;
e) matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo.

12. O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do


Gasoduto Brasil–Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do
Brasil e o Governo da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de
1996, se obedeceu aos comandos constitucionais, foi aprovado por:
a) lei ordinária;
b) lei complementar;
c) lei delegada;
d) decreto legislativo;
e) resolução do Senado Federal.

13. Segundo a Constituição, é possível ao Presidente da República, mediante de-


creto, e sem consulta ao Congresso Nacional, alterar as alíquotas do imposto
de importação, do imposto de exportação e do imposto sobre produtos indus-
trializados (IPI)?
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 183

Série Provas e Concursos


– Poderão os Estados, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de in-
teresse das categorias profissionais ou econômicas?
– É verdade que, segundo a parte permanente da Constituição, mais de 40% do
IPI e do imposto de renda que a União arrecada deve ser repartido com o Distri-
to Federal, os Estados e os Municípios?
a) Sim, sim, sim.
b) Sim, sim, não.
c) Não, não, não.
d) Sim, não, sim.
e) Não, sim, não.

14. Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida or-
dem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente).
1 – Multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação principal.
2 – Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a
impor-lhes uma obrigação tributária acessória e a simples situação de fato
que a lei considera relevante para impor a abstenção já é considerada fato
gerador dessa obrigação.
3 – Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, mas apenas a pres-
tar informações ao fisco sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é
sua obrigação tributária principal.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, F.
d) F, F, F.
e) F, F, V.

15. Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras
e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha tais letras na se-
qüência correta.
1 – Relativamente ao imposto territorial rural notificado a apenas um dos con-
dôminos, o outro condômino está excluído de qualquer responsabilidade.
2 – A solidariedade tributária, segundo os princípios gerais vigentes em nosso
direito, não se presume, pois tem de estar prevista em lei.
3 – Normalmente, quando há solidariedade tributária e um dos devedores é
perdoado por lei, a dívida se reparte pelos demais, que respondem pela to-
talidade.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, F.
d) F, F, F.
e) F, V, F.

16. As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, poderão


opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal?
– Segundo decorre do Código Tributário Nacional, silvícola, enquanto durar
sua incapacidade civil, é passível de ter capacidade tributária?
– Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente
encontrado junto à sua banca de comércio, poderá ser considerada pela autori-
dade fiscalizadora como sem domicílio fiscal?
184 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

a) Não, sim, não.


b) Sim, sim, não.
c) Sim, não, sim.
d) Não, não, não.
e) Sim, sim, sim.
17. O imposto territorial rural incidente sobre um imóvel, em cujo título aquisitivo
conste ter sido quitado, sub-roga-se na pessoa do respectivo adquirente?
– Neste caso, o tabelião em cujas notas foi feita a escritura responde pelo imposto?
– A incorporação de uma instituição financeira por outra, a bem da segurança
do sistema financeiro, e mediante o assentimento da autoridade competente,
extingue as obrigações da incorporada?
a) Sim, sim, sim.
b) Sim, sim, não.
c) Sim, não, sim.
d) Não, não, não.
e) Não, sim, não.
18. Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para a(s) verdadei-
ra(s) e F para a(s) falsa(s). Em seguida, marque a opção que contenha tais le-
tras na seqüência correta.
1 – Em regra, respondem pelo pagamento do crédito tributário os bens grava-
dos por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade,
seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula.
2 – Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do
fato gerador da obrigação, tenha outorgado ao crédito maiores garantias ou
privilégios, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
3 – Presume-se fraudulenta a alienação ou oneracão de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por cré-
dito tributário regularmente enviado para inscrição como dívida ativa e
posterior execução.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, F.
d) F, F, F.
e) F, F, V.
19. Diz o Código Tributário Nacional que “a legislação tributária, observado o dis-
posto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autorida-
des administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação”. A legislação
mencionada, salvo disposição em contrário, aplica-se, exclusivamente:
a) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes do imposto a que alude a
norma respectiva;
b) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus diretores ou repre-
sentantes legais;
c) a todas as pessoas que se achem em seu campo de incidência, inclusive às que go-
zem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal;
d) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos em geral ou
pelo tributo específico a que se refira;
e) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às que sejam isentas ou não tri-
butadas por força de norma infraconstitucional (leis, decretos etc.).
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 185

Série Provas e Concursos


20. Assinale, abaixo, a opção que, segundo decorre do Código Tributário Nacional,
contém afirmação falsa.
a) A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez e
tem o efeito de prova pré-constituída, dispensando a autoridade exeqüente, portan-
to, do ônus de provar sua legitimidade.
b) A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou o erro a eles
relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decor-
rente.
c) A nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substitui-
ção da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado, o prazo
para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
d) À certidão positiva, de que conste a existência de créditos não-vencidos, o Código
Tributário Nacional atribuiu o mesmo efeito de certidão negativa.
e) A certidão de que conste a existência de créditos vencidos mas que estejam em curso
de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade
esteja suspensa, tem efeito de certidão negativa.

Gabarito – Auditor Fiscal da Receita Federal – AFRF – 2002


1. D – art. 155, I, da CF
2. C – art. 150, V, da CF
3. B – arts. 150, § 6o, e 195 da CF
4. E – arts. 147 e 156 da CF
5. C – art. 146, III, da CF
6. B – arts. 146, III, e 155, § 2o, IV, da CF ( o Senado Federal tem que fixar as alíquotas in-
terestaduais e de exportação)
7. C – art. 2o da Lei no 9.393/1996 e art. 7o do CTN
8. D – arts. 3o, 4o e 6o da Lei no 9.317/1996
9. E – art. 24, I, da CF
10. B – arts. 97, I, 98, 100, I, do CTN e art. 150, I, da CF
11. E – art. 62, e §§, da CF
12. D – art. 84, VIII, da CF
13. C – art. 149, 153, § 1o, e 159 da CF
14. B – arts. 113, §§ 1o, e 3o, e 115 do CTN
15. E – arts. 124 e 125 do CTN
16. A – arts. 126 e 127 do CTN
17. E – arts. 130, 133 e 134, VI, do CTN
18. C – arts. 144, § 1o, 184 e 185 do CTN
19. C – art. 194 e parágrafo único do CTN
20. A – art. 204, parágrafo único do CTN
186 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

12.33. Concurso Público para Fiscal de Tributos Estaduais – Pará –


2002
1. Os princípios da ________________ e da _________________ não se aplicam aos impos-
tos sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de
produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; operações de
crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
a) estrita reserva legal, anterioridade;
b) isonomia, irretroatividade da lei;
c) uniformidade da tributação, capacidade contributiva;
d) igualdade tributária, liberdade de tráfego;
e) vedação de tributo confiscatório, transparência dos impostos.

2. A Constituição Federal atribui aos Estados a competência para a instituição de:


a) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios;
b) contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, contribuições
de melhoria e taxas;
c) contribuições sociais relativas à seguridade social, contribuições de melhoria e ta-
xas;
d) pedágios, empréstimos compulsórios e imposto sobre a propriedade de veículos au-
tomotores;
e) contribuições de intervenção no domínio econômico, pedágios e imposto sobre a
transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos.

3. A não-incidência de impostos sobre as autarquias e as fundações públicas, no


que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finali-
dades essenciais ou delas decorrentes, resulta de:
a) remissão;
b) anistia;
c) isenção;
d) imunidade;
e) moratória.

4. Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o


não-enriquecimento injusto.
a) Imposto.
b) Taxa.
c) Empréstimo compulsório.
d) Contribuição social.
e) Contribuição de melhoria.

5. Tem por gerador uma situação independente de qualquer atividade estadual


específica, relativa ao contribuinte:
a) imposto;
b) taxa;
c) contribuição de melhoria;
d) pedágio;
e) preço público.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 187

Série Provas e Concursos


6. A Constituição Federal atribui a denominada competência residual ou rema-
nescente, ao impostos (1) e, no que se refere às taxas e às contribuições de me-
lhoria, (2).
a) (1) aos Estados-membros, (2) à União;
b) (1) à União, (2) aos Municípios;
c) (1) ao Distrito Federal, (2) aos Estados-membros;
d) (1) à União, (2) aos Estados-membros;
e) (1) aos Estados-membros, (2) aos Municípios.

7. Prestam-se a adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributá-


rio e a criar certos tributos:
a) normas complementares;
b) decretos;
c) tratados internacionais;
d) leis ordinárias;
e) leis complementares.

8. No Brasil, persiste controvérsia doutrinária sobre se, por meio de leis delega-
das, podem ser instituídos tributos. A Constituição Federal, todavia, veda ex-
pressamente a utilização de tais normas jurídicas para a criação de:
a) taxas;
b) contribuições de melhoria;
c) empréstimos compulsórios;
d) contribuições sociais;
e) pedágios.

9. Os acordos sobre dupla tributação internacional, como todos os tratados que


requerem aprovação congressional, começam a vigorar no ordenamento jurídi-
co interno brasileiro:
a) com a aprovação do projeto de acordo internacional pelo Congresso Nacional, que o
faz por meio de decreto legislativo;
b) com o início da vigência dos decretos que os promulgaram;
c) com a troca dos instrumentos de ratificação;
d) com a assinatura do projeto de acordo internacional;
e) com a rubrica do texto convencional, feita pelos chefes das delegações nacio-
nais.

10. A analogia constitui elemento de:


a) integração da legislação tributária;
b) interpretação da legislação tributária;
c) exclusão do crédito tributário;
d) suspensão da exigibilidade do crédito tributário;
e) extinção do crédito tributário.

11. Publicação de lei que institua ou majore contribuição social para a seguridade
social poderá ser aplicada somente:
a) no exercício financeiro seguinte;
b) decorrido o prazo de três meses;
c) decorrido o prazo de noventa dias;
188 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

d) decorrido o prazo de quarenta e cinco dias;


e) decorrido o prazo de trinta dias.

12. De acordo com o Código Tributário Nacional, a obrigação que surge com a ocor-
rência do fato gerador e tem por objeto o pagamento de penalidade pecuniária
é denominada:
a) indireta;
b) secundária;
c) punitiva;
d) acessória;
e) principal.

13. Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa:


a) obrigada a pagar a prestação pecuniária compulsória;
b) obrigada às prestações no interesse da arrecadação e da fiscalização;
c) obrigada a pagar o tributo estabelecido em lei ordinária;
d) que determina a matéria tributável;
e) que quantifica o montante do tributo devido.

14. Relativamente aos efeitos da solidariedade tributária passiva, é correto afir-


mar que:
a) o pagamento feito por apenas um dos obrigados não aproveita aos demais;
b) a isenção objetiva aproveita a todos;
c) a remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados aproveita aos demais;
d) a interrupção da prescrição contra um dos coobrigados atinge a todos os demais;
e) não se aplicam aos responsáveis tributários.

15. O ato ou procedimento administrativo de lançamento tem as finalidades abai-


xo, exceto:
a) identificar o sujeito passivo da obrigação tributária;
b) determinar a matéria tributável;
c) quantificar o montante do tributo devido;
d) verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária;
e) ensejar o nascimento da obrigação tributária.

16. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo poderá ser alterado


em decorrência de:
a) transferência da sujeição passiva a pessoa isenta;
b) majoração superveniente das alíquotas do tributo;
c) modificação posterior da lei tributária;
d) interposição de recurso de ofício;
e) decurso do prazo decadencial.

17. Será suspensa a exigibilidade do crédito tributário no caso de:


a) parcelamento;
b) isenção;
c) remissão;
d) decadência;
e) compensação.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 189

Série Provas e Concursos


18. É correto afirmar que, por meio da _______________________________________, ope-
ra-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo crédito
tributário regularmente constituído.
a) isenção;
b) prescrição;
c) remissão;
d) anistia;
e) decadência.

19. É vedada a divulgação, por servidores da Fazenda Pública, de informações ob-


tidas em razão do ofício relativas a:
a) parcelamento;
b) moratória;
c) representações fiscais para fins penais;
d) negócios, atividades e situação econômica do sujeito passivo;
e) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública.

20. A presunção de liquidez e certeza de que goza a dívida regularmente inscrita na


repartição administrativa competente, de natureza tributária ou não-tributária, é:
a) absoluta;
b) relativa;
c) inexistente;
d) imprópria;
e) juris et de jure.

Gabarito – Concurso Público para Fiscal de Tributos Estaduais – Pará – 2002


1. A – arts. 150, § 1o, e 153, § 1o, da CF
2. C – arts. 145, II e III, e 149, § 1o, da CF
3. D – art. 150, § 2o, da CF
4. E – arts. 81 e 82 do CTN
5. A – art. 16 do CTN
6. O gabarito oficial foi “D”. No entanto, entendemos que a competência tributária para
instituir taxas e contribuições de melhoria é comum à União, Estados, DF e Municí-
pios, todos dentro das suas respectivas atribuições
7. E – arts. 146, 148, 153, VII, e 154, I, da CF
8. C – art. 68, § 1o, da CF
9. B – arts. 49, I, e 84, VII, da CF e Jurisprudência do STF
10. A – art. 108, I, do CTN
11. C – art. 195, § 6o, da CF
12. E – arts. 145, III, e 149, § 1o, da CF (vale lembrar que as contribuições a serem insti-
tuídas por Estados, DF e Municípios são para custeio apenas da previdência em be-
nefício de seus servidores)
13. B – art. 122 do CTN
14. B – art. 125, I, do CTN
15. E – art. 142 do CTN
16. D – art. 145 do CTN
17. A – art. 151, VI, do CTN
18. C – art. 172 do CTN
19. D – arts. 198 e 199 do CTN
20. B – art. 204, parágrafo único, do CTN
190 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

12.34. Prova de Técnico da Receita Federal – ESAF – Fevereiro de


2006
1. A competência tributária, assim entendido o poder que os entes políticos têm
para instituir tributos, encontra limites na Constituição Federal e no Código
Tributário Nacional. Entre as limitações constitucionais ao poder de tributar, é
incorreto afirmar que:
a) é vedado à União cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes da vi-
gência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) é vedado à União conceder isenções de tributos da competência dos Estados, do Dis-
trito Federal ou dos Municípios, exceto para os produtos definidos em lei como inte-
grantes da denominada “cesta básica”;
c) é vedado aos entes políticos – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – instituir
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
d) é vedado aos entes políticos, em geral, utilizar tributo com efeito de confisco;
e) por meio de medida provisória, pode a União majorar imposto de sua competência.

2. Em relação às imunidades, avalie as afirmações abaixo e, em seguida, marque


a opção correta.
I. A diferença básica entre imunidade e isenção está em que a primeira atua
no plano da definição da competência, e a segunda no plano do exercício da
competência.
II. As imunidades podem ser definidas em função de condições pessoais de
quem venha a vincular-se às situações materiais que ensejariam a tributação.
III. As imunidades podem ser definidas em função do objeto suscetível de ser
tributado.
IV. A Constituição, ao definir a competência, excepciona determinadas situa-
ções que, não fosse a imunidade, estariam dentro do campo da competên-
cia, mas por força da norma de imunidade, permanecem fora do alcance do
poder de tributar.
a) Todos os itens estão errados.
b) Há apenas um item correto.
c) Há dois itens corretos.
d) Há três itens corretos.
e) Todos os itens estão corretos.

3. Consoante decisões recentes dos Tribunais Superiores acerca do Imposto so-


bre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, é incorreto afirmar-se que:
a) não incide ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que não seja con-
tribuinte do imposto;
b) na entrada de mercadoria importada do exterior, é ilegítima a cobrança do ICMS por
ocasião do desembaraço aduaneiro;
c) é legítima a incidência do ICMS na comercialização de exemplares de obras cinema-
tográficas, gravados em fitas de videocassete;
d) não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um
para outro estabelecimento comercial do mesmo contribuinte;
e) o fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares,
restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir so-
bre o valor total da operação.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 191

Série Provas e Concursos


4. Com relação às medidas provisórias em matéria tributária é errôneo afirmar-
se que:
a) o Supremo Tribunal Federal tem entendido que cabe ao chefe do Poder Executivo e
ao Poder Legislativo a avaliação subjetiva das hipóteses de urgência que possam en-
sejar a edição de medida provisória;
b) na hipótese de veto do projeto de lei de conversão por parte do Presidente da Repú-
blica, a medida provisória deverá ser tida por rejeitada, cabendo ao Congresso Nacio-
nal, em sessenta dias, disciplinar, por Decreto Legislativo, as relações jurídicas de-
correntes;
c) a medida provisória paralisa temporariamente a eficácia da lei que versava sobre a
matéria, eis que, caso venha a ser rejeitada, restaura-se a eficácia da norma anterior;
d) caso instituam ou majorem tributo, só produzirão efeitos no exercício financeiro se-
guinte se forem convertidas em lei até o último dia daquele em que houver sido edi-
tada;
e) somente poderão ser instituídos ou majorados por medida provisória aqueles que
não dependam de lei complementar.

5. Sobre a obrigação tributária acessória, é incorreto afirmar-se que:


a) realizar matrícula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar decla-
rações ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos;
b) tal como a obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de fato
gerador;
c) objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o controle do reco-
lhimento de tributos;
d) sua inobservância converte-se em obrigação principal, relativamente à penalidade
pecuniária;
e) tem por objeto prestações positivas previstas na legislação tributária.

6. Em relação ao domicílio tributário, é correto afirmar-se que:


a) este pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não ten-
do a autoridade administrativa o poder de recusá-lo;
b) relativamente às pessoas jurídicas de direito público, será considerado como seu do-
micílio tributário aquele situado no Município de maior relevância econômica da enti-
dade tributante;
c) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que tenham dado
origem à obrigação tributária, na impossibilidade de aplicação dos critérios de identi-
ficação indicados pelo Código Tributário Nacional;
d) quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou des-
conhecida, aquela que a autoridade administrativa assim eleger;
e) no caso de pessoa jurídica de direito privado que possua mais de um estabeleci-
mento, seu domicílio será aquele cuja escrituração contábil demonstre maior fatu-
ramento.

7. Sobre as modalidades de lançamento do crédito tributário, podemos afirmar


que:
a) o lançamento por declaração é aquele feito em face da declaração prestada pelo pró-
prio contribuinte ou por terceiro;
b) lançamento por homologação é feito quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de calcular o tributo, submetê-lo ao prévio exame da autori-
dade administrativa, e realizar seu pagamento;
192 Direito Tributário – Claudio Borba ELSEVIER
Série Provas e Concursos

c) o lançamento de ofício é aquele feito pela autoridade administrativa, com base nas
informações prestadas pelo contribuinte;
d) a revisão do lançamento, em quaisquer de suas modalidades, pode ser iniciada mes-
mo após a extinção do direito da Fazenda Pública, nos casos de erro por parte do
contribuinte;
e) na hipótese do lançamento por homologação, não fixando a lei ou o regulamento
prazo diverso para homologação, seu prazo será de cinco anos, contados do fato ge-
rador.

8. De acordo com o art. 175 do Código Tributário Nacional, a isenção e a anistia


excluem o crédito tributário. Por isso, podemos afirmar que:
a) a isenção pode-se estender às taxas e às contribuições de melhoria, caso haja previ-
são legal;
b) a exclusão do crédito tributário dispensa, inclusive, o cumprimento das obrigações
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído;
c) a anistia somente pode ser concedida em caráter geral;
d) a isenção pode ser revogada ou modificada, em qualquer hipótese, por despacho
fundamentado da autoridade competente para concedê-la;
e) a anistia, como regra, abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente
à vigência da lei que a concede. Entretanto, esta lei poderá ter efeitos futuros, nas si-
tuações e condições que especificar.

9. Em determinadas situações, como para participar de processo licitatório pro-


movido pela Administração Pública, a lei pode exigir que o contribuinte com-
prove estar em dia com os tributos e contribuições que deva recolher, por meio
de certidão negativa. Sobre esta, podemos afirmar que:
a) havendo permissão legal, poderá ser dispensada a prova de quitação de tributos, ou
seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a cadu-
cidade de direito;
b) será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo interessado, no
prazo de quinze dias da data de entrada do requerimento na repartição;
c) a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha erro contra a
Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir, pelo crédito
e juros de mora acrescidos;
d) tem os mesmos efeitos de certidão negativa documento firmado pela autoridade
competente que indique a existência de crédito vincendo, ou sob execução garantida
por penhora, ou com a exigibilidade suspensa;
e) caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via administrativa, pelo for-
necimento de certidão que contenha erro contra a Fazenda Pública, não há que se fa-
lar em responsabilidade criminal.

10. É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Nacional e de seus servidores, de


informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira
do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negó-
cios ou atividades. Trata-se de regra contida no Código Tributário Nacional
que consagra o sigilo fiscal, a que se submetem todos os servidores da admi-
nistração tributária, que, no entanto, comporta algumas exceções. Avalie os
itens abaixo e, em seguida, marque a opção correta.
I. A autoridade judiciária pode requisitar informações protegidas por sigilo,
no interesse da justiça.
CAMPUS Capítulo 12 – Provas de Concursos Anteriores 193

Série Provas e Concursos


II. Não é vedada a divulgação de informações relativas a representações fis-
cais para fins penais.
III. A Fazenda Pública da União poderá permutar informações com Estados es-
trangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos, inde-
pendentemente de previsão em tratados, acordos ou convênios.
IV. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios poderão permutar entre si informações sigilosas, desde que haja
expressa previsão legal.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Há dois itens corretos.
c) Há apenas um item correto.
d) Há três itens corretos.
e) Todos os itens estão errados.

GABARITO – Técnico da Receita Federal – ESAF – Fevereiro de 2006


1. B – art. 151, III, da CF
2. E – A imunidade é prevista na CF, que define e limita a competência tributária, en-
quanto a isenção é apenas um benefício fiscal concedido por lei. Esta questão foi pos-
teriormente anulada pela ESAF, embora não haja nenhum motivo para este procedi-
mento.
3. A, B e D estão incorretas, prejudicando a questão – Súmulas no 660, no 661 e no 662,
do STF. Importante lembrar que a Súmula no 166 do STJ, a qual determina que não
constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para
outro estabelecimento comercial do mesmo contribuinte, tem como fundamento o
Decreto-Lei no 406/1968, hoje revogado pela Lei Complementar no 116/2003. Esta
questão foi posteriormente anulada pela ESAF por possuir três respostas corretas.
4. D – art. 62, § 2o, da CF (o dispositivo aplica-se apenas a imposto e não há tributos em
geral)
5. E – art. 113, § 2o, do CTN
6. C – art. 127 do CTN
7. A – art. 147 do CTN
8. A – art. 177 do CTN
9. D – art. 206 do CTN
10. B – arts. 198 e 199 do CTN

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