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2007 Novembro 24
tags: Amor, Arte, Bar, Bill Watterson, Blogs, Brasil, Calvin, Ciência, Cultura,
Fantasma, Hobbes, Humor, Imagem, James Joyce, Mundo, Quadrinhos, RP,
Tecnologia, Tempo, Terra, Trema, Umberto Eco, watterson, Web, Wikipedia,
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by Leonardo Fontes
O começo deste post será com uma citação de Umberto Eco, no The Aesthetics of
Chaosmos: The Middle Ages of James Joyce, em que admite que o único autor sobre
quem jamais escreverá impacialmente é James Joyce. Fã incondicional não tem moral
para falar sobre o ídolo. O mesmo acontece por aqui com Bill Watterson, autor da
tirinha que ficou conhecida no Brasil como Calvin e Haroldo (Hobbes no original): não
dá para escrever sobre sem babar.
Para os poucos infelizes que não conhecem, Calvin é esse garoto louro (tem quem diga
que é ruivo) da imagem, e Hobbes é o tigre, amigo imaginário que só tem vida quando
ambos estão sós, como na tirinha abaixo:
Incentivado por artigo recente do Mário Aragão, no Desopilando, decidi desenterrar este
post dos rascunhos e recolocá-lo em produção. Taí o resultado, dez das minhas tirinhas
prediletas, embora o universo criado por Watterson seja vasto. Algumas não consegui
encontrar em português, a maioria foi tirada do Depósito do Calvin e todas são clicáveis
para ampliação.
Kazam
Calvin cool
Bill Watterson está presente em todas a tiras, em algumas de forma mais evidente. Nesta
em particular gosto de três detalhes: a crítica aos modismos, uma constante em todo o
Calvin, o diálogo com o leitor e a capacidade de imprimir movimento no estático.
El fugitivo
Tenho pena dos pais de Calvin, como tenho. De tanto infernizar a vida de ambos, é
complicado encontrar uma tirinha que represente a enorme paciência exercitada
diariamente com as loucuras do menino. Destruição do carro, alagamentos constantes da
casa, a maravilhosa seqüência em que Calvin faz esculturas macabras de homens-da-
neve, o dilema que são as refeições, o banho que é um verdadeiro tormento para
começar e que sempre acaba mal… Calvin não é tão difirente da maioria das crianças,
talvez só um pouco mais teatral, dramático.
Transmogrification
Em outra das séries imperdíveis, Calvin cria uma máquina para transformá-lo em
qualquer coisa. É a nova tecnologia chamada “transmogrification“. Sua estatura é
sempre um problema, motivo para inúmeras piadas de Hobbes, e mesmo transformado
em tigre, continua baixinho. É uma das séries raras de se encontrar.
O Pai do Calvin
O pai sem nome está sempre lendo e tem todos os elementos de ter sido igual ao Calvin
quando criança. Eventualmente mostra seu lado viajandão e bem-humorado, como bem
citado pelo Mário Aragão. É um aventureiro fracasssado e, de certa forma, o fim da
saga, a promessa de que crianças como Calvin um dia se transformarão em adultos
recatados, eternamente sentados em poltronas na sala-de-estar.
A ciência e filosofia
Calvin e o amor
Ele não suporta Susie, Susie não o suporta, mas na fase em que meninos e meninas não
se bicam, quem pode dizer com certeza?
A expressividade
Fantasmas
Como toda criança, Calvin cria o medo do nada.